08/06/2011

Espírito Santo

Notável reflexão sobre o Espírito Santo e a Sua acção na alma.




O autor, JMA, trata o assunto com um conhecimento e detalhe que só pode ser fruto da experiência pessoal.

Decenário do Espírito Santo

O Espírito Santo e os cristãos

Cada geração de cristãos deve redimir e santificar o seu tempo; para tanto, precisa de compreender e de compartilhar os anseios dos homens, seus iguais, a fim de lhes dar a conhecer, com dom de línguas, como corresponder à acção do Espírito Santo, à efusão permanente das riquezas do Coração divino. 

A nós, cristãos, compete anunciar nestes dias, ao mundo a que pertencemos e em que vivemos, a antiga e sempre nova mensagem do Evangelho.

Do Espírito Santo procede o conhecimento das coisas futuras, a inteligência dos mistérios, a compreensão das verdades ocultas, a distribuição dos dons, a cidadania celeste, a conversação com os anjos. Dele a alegria que nunca termina, a perseverança em Deus, a semelhança com Deus e a coisa mais sublime que pode ser pensada - a transformação em Deus. [i]

ama, 2011.06.08


[i] S. Basilio, De Spiritu Sancto, 9, 23: NR. 32, 110

Restaurar a esperança dos portugueses

Observando

Recordo-me de uma expressão que ouvi há uns 20 anos atrás ao Cardeal Poupard, então presidente do Dicastério da Cultura, no Vaticano.

A frase que me marcou profundamente até hoje, e que recordo no momento muito especial que vivemos em Portugal, é mais ou menos a seguinte: “A Esperança é a virtude estratégica dos tempos trágicos”.
O Papa Bento XVI recorda-no-lo vigorosamente na sua Carta Encíciclica Spe Salvi, de 30 de novembro de 2007.
Na sua Carta Encíclica diz-nos o Sumo Pontífice: “A redenção é-nos oferecida no sentido que nos foi dada a esperança, uma esperança fidedigna, graças à qual podemos enfrentar o nosso tempo presente: o presente, ainda que custoso, pode ser vivido e aceite, se levar a uma meta e se pudermos estar seguros desta meta, se esta meta for tão grande que justifique a canseira do caminho.”
Muita água já passou por debaixo da ponte das eleições de ontem, 5 de Junho.
E muito mais água passará, para gáudio da comunicação social e terapia dos analistas políticos.
Pelo meu lado, gostaria apenas de sublinhar que nestas eleições, em tempo verdadeiramente crítico, senão trágico, para a comunidade nacional, se vê restaurada a esperança dos portugueses, levantada a alma lusa, retomada a consciência de que poderemos vencer a adversidade apesar, e sem embargo, da troika.
É esta uma das vantagens óbvias do regime democrático.
Quando a usura do poder faz evidenciar os seus efeitos, seja pelo autismo no modo como ele é exercido, seja pela sobranceria no seu exercício prolongado, o povo tem o poder de, brandindo a “arma” ao seu dispor – o voto, proclamar a alternância democrática e de, por essa via, pôr cobro às derivas de governação.
E, acrescente-se, o povo português tem revelado uma extraordinária sabedoria sempre que é chamado a decidir, ao longo dos últimos 37 anos de vivência democrática.
Serve esta lição não apenas para os que, contundentemente derrotados, deixam a esfera do poder. Mas, constitui igualmente matéria de profunda reflexão – e de aviso – para aqueles que se veem investidos na nobilíssima tarefa de, em confortável maioria parlamentar, se ocuparem da res publica a partir de agora.
Mas de que Esperança anseiam os portugueses?
Primeiro, uma Esperança de estabilidade política... e social. O povo português não criou, nem desejou, a crise política que levou à convocação de eleições antecipadas, ainda antes de cumprida metade da legislatura. Castigou exemplarmente os seus fautores e deu um sinal inequívoco de ambicionar viver em ambiente sereno para fazer face, com rigor e parcimónia, aos difíceis desafios que enfrenta. Mais, o resultado das eleições deve ainda ser interpretado como um sério aviso àqueles que, falhos de outros argumentos, ameaçam novamente com a agitação social e as ações de rua para fazerem ouvir vozes minoritárias, na pueril presunção de que os portugueses se deixarão intimidar ou assustar com vozearias incongruentes.
Segundo, uma Esperança de reequilíbrio em valores de humanidade e de convivialidade que respeitam a raiz cultural e espiritual do modo de ser lusitano, após um período de teses “fraturantes” esgrimidas ao sabor de conveniências conjunturais da política, entendida esta em termos oportunistas e desagregadoras dos alicerces da sociedade, ditados por mero capricho faccioso. Importa reafirmar bem alto a Esperança num tempo mais ético, e coerente com os valores humanistas e cristãos que desde sempre suportam a matriz civilizacional de Portugal.
Terceiro, uma Esperança em sinais de futuro, luzes ao fundo do túnel, que nas sábias palavras de Bento XVI, acima citadas, permitam suportar as canseiras do presente em nome de uma visão mobilizadora de um novo tempo de prosperidade. A Esperança é, pois, a virtude estratégica dos portugueses para alimentar a coragem e a determinação em virar esta folha delicada do seu livro de nove centúrias.
A crise foi praticamente uma constante na história destes 900 anos. Mas, mais forte do que a crise que nos assolou em quase permanência, a memória nacional regista sobretudo a vontade inquebrantável de a ultrapassar, de fazer dela uma oportunidade para renascer e se recriar, como comunidade soberana e como nação independente.
Sublinho, para remate, que o cristão é portador de uma especial e irrenunciável responsabilidade neste tempo de grande exigência.
O cristão é, por mandato e por missão, portador da Esperança; do mesmo passo que a Igreja que, para ser verdadeiramente Ecclesia, tem de ser profética.
Compete-nos, pois, dar testemunho vivo e inequívoco sendo “sal da terra” e “consciência” profética da sociedade em que labutamos e vivemos.
Há apenas dois dias atrás, num notável pronunciamento feito no Teatro Nacional de Zagreb, Croácia, o Papa dizia: “A qualidade da vida social e civil, a qualidade da democracia dependem em grande parte deste ponto «crítico» que é a consciência, de como a mesma é entendida e de quanto se investe na sua formação (...) se a consciência é descoberta novamente como lugar da escuta da verdade e do bem, lugar da responsabilidade diante de Deus e dos irmãos em humanidade – que é a força contra toda a ditadura – então há esperança para o futuro.”
Confiemos, pois, e afirmemos com vigor a nossa “conscienciosa” Esperança cristã no futuro da nação portuguesa.

roberto carneiro, Ecclesia, 2011.06.07

TEXTOS DE SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ

“Sê alma de Eucaristia!” 

Sê alma de Eucaristia! – Se o centro dos teus pensamentos e esperanças está no Sacrário, filho, que abundantes os frutos de santidade e de apostolado! (Forja, 835)

Jesus ficou na Eucaristia por amor..., por ti.
Ficou, sabendo como o receberiam os homens... e como o recebes tu.
Ficou, para que o comas, para que o visites e lhe contes as tuas coisas e, falando intimamente com Ele na oração junto do Sacrário e na recepção do Sacramento, te apaixones cada dia mais e faças com que outras almas – muitas! – sigam o mesmo caminho. (Forja, 887)

Quando receberes Nosso Senhor na Eucaristia, agradece-lhe com todas as veras da tua alma essa bondade de estar contigo.
– Nunca te detiveste a considerar que passaram séculos e séculos, para que viesse o Messias? Os patriarcas e os profetas a pedir, com todo o povo de Israel: "A terra tem sede, Senhor, vem!".
Oxalá seja assim a tua espera de amor. (Forja, 991)

Agiganta a tua fé na Sagrada Eucaristia. Pasma ante essa realidade inefável!: temos Deus connosco, podemos recebê-lo cada dia e, se quisermos, falamos intimamente com Ele, como se fala com o amigo, como se fala com o irmão, como se fala com o pai, como se fala com o Amor. (Forja, 268)

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

João Paulo II e o Opus Dei

Entrevista com D. Javier Echevarría, prelado do Opus Dei, por ocasião da beatificação de João Paulo II.

A resposta de D. Álvaro, sempre pronta e fiel, estimulava-o também a sugerir iniciativas de apostolado. João Paulo II falava da nova evangelização pelo menos desde 1981, mas foi em 1985 que deu um forte impulso a esta prioridade pastoral, sobretudo nos países da Europa ocidental e América do Norte, onde os sintomas do secularismo iam crescendo de modo alarmante. Uma data simbólica é a de 11 de Outubro de 1985, dia em que o Santo Padre concluiu um Sínodo extraordinário de Bispos, celebrado em Roma, convidando a Igreja para um renovado impulso missionário, desejo que comentou com o Prelado numa conversa. D. Álvaro fez-se imediatamente eco deste programa, e com data de 25 de dezembro do mesmo ano, escreveu uma Carta pastoral aos fiéis da Prelatura, urgindo-os a colaborar com todas as suas forças nesta tarefa, que era particularmente necessária sobretudo nos países da velha Europa, Estados Unidos e Canadá.

O Papa convidou D. Álvaro a começar o trabalho da Obra nos países escandinavos. E, naturalmente, na Polónia. Pormenorizava que era muito importante difundir entre o povo de Deus na Polónia a necessidade da direcção espiritual pessoal e sabia como se praticava assiduamente no Opus Dei. Este alento em continuar a missão evangelizadora com o espírito próprio do Opus Dei, o Papa continuou-o a dar a D. Álvaro – como fez depois comigo – até ao final da sua vida.


michele dolz, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet, 2011/05/16
2011.06.08

Gospel

Soweto Gospel Choir - Amazing Grace


Teologia do Corpo e “Pureza Amadurecida”



Doutrina


João Paulo II acredita que ainda temos, no mais profundo do nosso ser, um potencial para viver de acordo com o sentido esponsal do corpo (49,6)


Implorou-nos não manter o nosso coração sob uma permanente suspeita, mas a ter confiança em que as graças redentoras de Cristo podem restaurar a pureza nos nossos corações: “Na pureza amadurecida, o homem desfruta da vitória sobre a concupiscência” (58,6)

Sem a pureza “usaremos” aqueles que desejamos amar: “A pureza é um requerimento do amor. 

É a dimensão da verdade interior do amor no coração do homem” (49,7).

janet e. smith, [i] "Theology of the Body and 'Mature Purity'." National Catholic Register, 2011.03.09, (trad ama).


[i] janet e. smith lecciona a Cátedra “Father Michael J. McGivney of Life Ethics” no Seminário Maior do Sagrado Coração em Detroit.

Obediência

Conta, peso e medida


A obediência assenta bem ao homem?  



Como qualquer virtude, a obediência melhora o homem. Neste caso facilita-lhe a vida em sociedade, trava o orgulho, dispõe a cumprir a Vontade de Deus, e exercita o amor.







Ideasrapidas, trad ama

2011.06.08

Criação, Fé e Ciência

Caminho e Luz
A debilidade do relativismo 

7. Não é o mesmo variação que relatividade


O relativismo pode ser provocado pela confusão que produz o não diferenciar entre variações e relatividade. Um mesmo principio, invariável, pode ter variações de aplicação ou interpretação, mas isso não implica que o princípio seja relativo.
Um princípio como não roubar, que é equivalente ao respeito da propriedade privada, não pode anular-se considerando-o como relativo por causa de ter sido aplicado de maneiras diferentes em diversos lugares.

eduardo garcía gaspar, conoZe, 2011.04.13, trad ama


Perguntas e respostas sobre Jesus de Nazaré. 8

Jesus de NazaréO que queria Jesus quando se pôs a lavar os pés aos seus discípulos?

“Jesus presta aos seus discípulos um serviço próprio de escravos (…) Com um acto simbólico, Jesus aclara o conjunto do seu serviço salvífico. Despoja-se do seu esplendor divino, ajoelha-se, por assim dizer, ante nós, lava e enxuga os nossos pés para nos tornar dignos de participar no banquete nupcial de Deus (…). O gesto de lavar os pés expressa precisamente isto: o amor serviçal de Jesus é o que nos tira da nossa soberba e nos faz capazes de Deus, nos torna ‘puros’.”





55 Preguntas y respuestas sobre Jesús de Nazaret, extraídas del libro de Joseph Ratzinger-Benedicto XVI: “Jesús de Nazaret. Desde la Entrada en Jerusalén hasta la Resurrección”, Madrid 2011, Ediciones Encuentro. Pag. 126, marc argemí, trad. ama

Sobre a família 76

Matrimónio: Um com uma 10

Não estará a condenar os homossexuais a uma vida de solidão e miséria? 2





Infelizmente, o mundo está constantemente a dizer-nos que a intimidade sexual é a única intimidade que vale a pena ter – que se deve ter uma relação sexual para se ser feliz ou se estará condenado a uma vida miserável sem ninguém que nos ame. A experiência da vida real de pessoas solteiras por todo o mundo testemunha que isto é simplesmente falso! Milhões de pessoas solteiras em todo o mundo vivem vidas felizes, preenchidas – amando outros e sendo profundamente amados em troca – sem terem sexo. A nossa necessidade de amor é muito, muito maior que a nossa necessidade de praticar sexo.

mary joseph,[i] MercatorNet, 2011.03.09, trad ama





[i] Mary Joseph is a project officer at the Life, Marriage and Family Centre of the Catholic Archdiocese of Sydney.

Confidências de alguém

Confidências de Alguém
Nota de AMA: 
Estas “confidências” têm, obviamente, um autor, que não se revela; foram feitas em tempo 
indeterminado, por isso não se lhes atribui a data. O estilo discursivo revela, obviamente, que se tratam de meditações escritas ao correr da pena. A sua publicação deve-se a ter considerado que, nelas se encontram muitas situações e ocorrências que fazem parte do quotidiano que, qualquer um, pode viver.


Luto, tenho de lutar, por alcançar a humildade

Tenho de empenhar-me num esforço diário, constante de correcção das minhas emoções, do que digo, do que faço e do que penso.
A minha fraqueza não me deixa fazer as coisas como deveria, terei de ir ponto por ponto, seguindo sempre de um para outro e logo voltar ao princípio uma e outra vez.

Sempre, até ao fim da minha vida.

Nesta semana, nos dias que faltam, vou combater "o dizer".
Aquilo que digo aos outros sobre mim, sobre os outros, sobre as coisas.
As insinuações que faço sobre mim mesmo para me elevar, para que me cumprimentem, para que pensem bem de mim. 
O que deixo “cair" a respeito dos outros, sobretudo quando não estão presentes. 
O que avalio, aprecio e peso em relação a factos, a pessoas.
No fim e ao cabo, moderar a minha forma de falar.
E também, não falar tanto, sobretudo de mim: eu fiz, eu penso, eu vou fazer, eu acho que...
Peço-te meu Jesus, que me auxilies neste esforço.

Divino Espírito Santo dá-me força e determinação, assiste-me nesta luta e dá-me os meios para a levar a bom termo.

Sobretudo, ajuda-me a perseverar, a ser constante.
Pretendo ser um bom filho: obediente, sensato, trabalhador e, sobretudo, honesto comigo mesmo e com os outros.
Para ser honrado é fundamental ser humilde.
Reconhecer que o que sou, ou o que tenho, não tem qualquer mérito pessoal ou propriedade.

Tudo me foi dado pelo Senhor, sou apenas depósito destas bênçãos e destes bens que tenho de usar intensamente de forma que rendam o mais possível.
Mas este uso tem de ser correcto e contínuo para dar fruto e fruto que se possa, que eu possa, dar, restituir ao Senhor em acção de graças pela sua bondade e misericórdia.
Só sendo humilde poderei trabalhar assim.
Só com humildade poderei ver os escolhos, os tropeços, empecilhos, e obstáculos de toda a ordem que os meus olhos cheios de soberba não podem ver.
E é por isso que caio, e é por isso que fico parado, de encontro à parede, sem ser capaz de progredir, de andar para a frente.
Com humildade, com espírito humilde, verei as saídas, distinguirei os caminhos que torneiam esses obstáculos e conseguirei ultrapassá-los.
Dá-me Senhor, olhos humildes que vejam a verdade e a realidade, removendo estas escamas de soberba e vaidade que me fazem ver as coisas distorcidas, irreais e quiméricas, fantasmas e devaneios que persigo e que não me conduzem a lugar que valha a pena.

Confio em Ti Senhor, para esta tarefa que agora me imponho.

Com a Tua ajuda constante, serei capaz de ir remodelando o meu carácter, de forma a poder merecer, pelo menos em parte, o Teu amor, confiança e bondade.