É muito possível verificarmos ter várias características a corrigir, a melhorar mas é necessário fugir à tentação de travar uma luta, como se diz, em todas as frentes, porque talvez não consigamos ganhar uma só que seja. Por isso, tal como também já se abordou, é fundamental concluir o que é dominante no nosso carácter e “atacar” aí com a intenção de corrigir ou de promover porque a luta pela melhoria pessoal não se trava só corrigindo ou evitando o que é menos bom mas em promover o que temos de melhor.
A um defeito ou fraqueza opõe-se sempre uma virtude e uma potência e, por vezes, talvez baste implementar estes para diminuir a importância ou impacto daqueles.
Se sou uma pessoa generosa será útil decidir ser ainda mais generoso e, desta forma, ir-se-á resolvendo algum problema de egoísmo.
Em suma, em vez de tentar não fazer algo mau ou sem utilidade, esforçar-se por praticar o bem.
É fundamental que a consciência do bem e do mal esteja devidamente formada, que as balizas sejam nítidas e que não se tente esconder a realidade com uma justificação momentânea.
Nada pode justificar um mau procedimento mesmo com a remota pretensão de que se alcançará um bem.
Não é eliminando fisicamente o violentador que se eliminam os efeitos da violência que perpetrou ou, sequer, atenua o sofrimento que lhe estará adjacente.
Para o conseguir o caminho a seguir é actuar junto de quem sofreu a violência prestando ajuda para ajudar a ultrapassar a situação.
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