(Re
Mt V, 20-26)
A
verdadeira justiça não se encerra exclusivamente em cumprir a Lei, esta
é uma obrigação de qualquer homem mas, segundo o critério do cristão, ela
deve contemplar o Amor.
Limitar-se
a observar o que a Lei enuncia é, digamos, uma obrigação mínima, observá-la
formatada pelo Amor completa-a.
Por
exemplo: Não matar outro ser humano por ser lesivo da Lei mas, de alguma forma
desejar a sua morte e, mais, não lhe prestar o auxílio ou o socorro que nos
seja possível prestar, revela, além de insensibilidade reprovável, como que uma
falta ao Mandamento que vem em segundo lugar: Amar o próximo.
Tomo
como exemplo a pessoa de São José:
A
letra da Lei permitia-lhe repudiar, com base em evidências de “má conduta” a
sua prometida Esposa Santa Maria.
Mas,
como era «Justo», o Amor prevaleceu, e decidiu cumprir a Lei mas «em
segredo», sem a expôr públicamente.
Foi
este Amor, que moveu o Senhor a enviar o Seu Anjo que, em sonhos lhe revelou a
verdade subjacente aos Seus planos.
Ou
seja, o Amor prevalece sobre a Lei, e dá-lhe o que possa faltar da verdadeira
Justiça.
Que
seria da humanidade, se São José não deixasse que a Lei se submetesse ao Amor?
A
missão que que lhe estava reservada por Deus… ser o Pai Adoptivo do Seu Divino
Filho, guardá-Lo, protegê-Lo, educá-Lo provendo o Seu sustento com o trabalho
honrado de simples carpinteiro, o ter arrostado com as dificuldades e
imprevistos, da “Fuga para o “Egipto”, a mudança de residência para colocar a
Família ao abrigo da perseguição de Herodes, mesmo cumprindo os deveres que a
Lei impunha, como a “Apresentação no Templo”, com o coração nas mãos, apertado
na preocupação mas, sempre confiante, foram determinantes para que a “História
da Salvação Humana” o tivesse, a ele, Varão Justo, como seu “actor” de vulto
inolvidável.
Cumprir
a Lei? Sim, sem dúvida alguma… mas, cumpri-la como que formatada pelo Amor!
Então,
essa Lei pode ser cumprida com a segurança de fazer e cumprir a Vontade de
Deus.
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