27/02/2020

NUNC COEPI

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Quaresma


Quaresma

Ideias práticas e básicas

Neste período que começou na Quarta-Feira de Cinzas e termina na Quarta-Feira da Semana Santa, somos convidados afazer o confronto especial entre as nossas vidas e a mensagem cristã expressa nos Evangelhos. Este confronto deve levar-nos a aprofundar a compreensão da Palavra de Deus e a intensificar a prática dos princípios essenciais da fé.
É um tempo de transformação, em que nos devemos exercitar espiritualmente para podermos melhorar. É um tempo de alegria, em que devemos estar atentos às oportunidades de mais amar.

Oração – para aprofundar e melhorar a minha relação com Deus. Trata-se de dar mais tempo e tempo de qualidade ao meu relacionamento com o Pai.
Esmola – para melhor amar e melhorar a minha relação com os outros. Estar atento aos que me rodeiam (Família, amigos, colegas de trabalho) e também aos que estão mais longe, mas que têm algum tipo de necessidades.
Jejum – para adquirir maior liberdade interior. Procurara as minhas dependências, aquelas que me limitam, afastam os outros, e tentar combatê-las.

Alguns exemplos destas três prácticas: [i]

Oração
(como, quanto tempo, de que maneira)
Esmola
(ir ao encontro do outro de forma positiva)
Jejum
(libertar de manias, preconceitos, vícios)
Meditação
Ajudar financeiramente pessoas vítimas da actual crise
Abster-se de beber ou comer o que nos dá maior prazer.
Exame de consciência
Dar atenção a alguém
Televisão
Eucaristia
Ajudar instituições de cariz social
Determinado tipo de conversas
Reconciliação
Agradecer
Show off
Rezar o terço
Dizer coisas positivas
Comentar ou fazer juízos de valor sobre o próximo
Rezar pelos outros
Um sorriso
Evitar compras desnecessárias
Fazer silêncio no meu dia
Visitar um doente, um idoso.
Computador

E, no fim do dia, pensar em algo que fiz bem e em algo que poderia ter feito melhor.



[i] Síntese elaborada com base na Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma de 2017.


Se os cristãos soubessem servir!


Quando te falo do "bom exemplo", quero indicar-te também que hás-de compreender e desculpar, que hás-de encher o mundo de paz e de amor. (Forja, 560)

Se os cristãos soubessem servir! Vamos confiar ao Senhor a nossa decisão de aprender a realizar esta tarefa de serviço, porque só servindo é que poderemos conhecer e amar Cristo e dá-Lo a conhecer e conseguir que os outros O amem mais.

Como o mostraremos às almas? Com o exemplo: que sejamos testemunho seu, com a nossa voluntária servidão a Jesus Cristo em todas as nossas actividades, porque é o Senhor de todas as realidades da nossa vida, porque é a única e a última razão da nossa existência. Depois, quando já tivermos prestado esse testemunho do exemplo, seremos capazes de instruir com a palavra, com a doutrina. Assim procedeu Cristo: coepit facere et docere, primeiro ensinou com obras, e só depois com a sua pregação divina.

Servir os outros, por Cristo, exige que sejamos muito humanos. Se a nossa vida é desumana, Deus nada edificará nela, porque habitualmente não constrói sobre a desordem, sobre o egoísmo, sobre a prepotência. Precisamos de compreender todas as pessoas, temos de conviver com todos, temos de desculpar todos, temos de perdoar a todos. Não diremos que o injusto é o justo, que a ofensa a Deus não é ofensa a Deus, que o mau é bom. Todavia, perante o mal, não responderemos com outro mal, mas com a doutrina clara e com a boa acção; afogando o mal em abundância de bem. (Cristo que passa, 182).


THALITA KUM 114


THALITA KUM 114 

(Cfr. Lc 8, 49-56)


Tomando as palavras do profeta Zacarias, São João diz:

Olharão para Aquele que trespassaram”. [1]

Lá se manifesta a plenitude do amor: o Pai, que dá o próprio Filho, e este, que obedece à vontade do Pai, em mútua doação amorosa, derramada sobre a humanidade: o dom do Espírito Santo.

O Coração não é apenas um símbolo; é epifania da infinita misericórdia de Deus, gesto profético que se cumpre, irrompendo na realidade humana. Esse Coração foi despedaçado, para colocar tudo o que possuía à nossa disposição. Dele brotou a nossa Salvação. Temos que olhar para Ele. O amor verdadeiro - essa sede que não conseguimos estancar, a não ser ao contacto do próprio Coração de Cristo - foi, certamente, a experiência que viveram os mártires e os grandes santos: morreram de amor, num martírio de amor, como tanto o desejava Santa Teresinha de Lisieux.

Lembro-me, ainda hoje, do sermão que o Arcebispo de Aparecida, D. Geraldo Morais Penido, fez quando a minha mãe foi sepultada. Ele convidou-me a olhar para aquele corpo sofrido da Mãezinha, que chegara à idade de 90 anos, apesar de décadas de sofrimento, devido, particularmente, a um cancro. E disse-me: ‘Olhe para a sua mãe e veja o Coração de Cristo, pois este é o único gesto que irá consolá-lo’. Tenho procurado honrar esse Coração, através da doação da minha vida, e reconheço que somente o faço pelas graças especiais de que tenho sido cumulado. Vendo em minha mãe o Cristo crucificado, compreendi que seu sofrimento se transformara em abertura, em fonte inesgotável de felicidade eterna.

No Coração de Cristo, e a Ele associado o Coração Imaculado de Maria, revela-se o mistério de toda a obra da Salvação [2]: A Eucaristia e os demais Sacramentos, o Sacerdócio e a própria Igreja nascem desse gesto de doação do seu supremo amor. [3]

As palavras do profeta Isaías, «tirareis água com alegria das fontes da salvação» [4], que dão início à encíclica com a qual Pio XII recordava o primeiro centenário da extensão a toda a Igreja da festa do Sagrado Coração de Jesus, não perderam nada do seu significado hoje, cinquenta anos depois.
Ao promover o culto ao Coração de Jesus, a encíclica «Haurietis aquas» exortava aos crentes a abrir-se ao mistério de Deus e de seu amor, deixando-se transformar por ele. Cinquenta anos depois, continua em pé a tarefa sempre actual dos cristãos de continuar aprofundando em sua relação com o Coração de Jesus para reavivar em si mesmos a fé no amor salvífico de Deus, acolhendo-o cada vez melhor em sua própria vida.

O Lado Trespassado do Redentor é o manancial ao qual nos convida a acudir a encíclica «Haurietis aquas»: devemos recorrer a este manancial para alcançar o verdadeiro conhecimento de Jesus Cristo e experimentar mais profundamente o Seu amor. Deste modo, poderemos compreender melhor o que significa conhecer em Jesus Cristo o Amor de Deus, experimentá-Lo, mantendo o olhar N’ele, até viver completamente da experiência do Seu Amor, para poder testemunhá-lo depois aos outros.
De facto, retomando uma expressão de meu venerado predecessor, João Paulo II, «junto ao Coração de Cristo, o coração humano aprende a conhecer o autêntico e único sentido da vida e do seu próprio destino, a compreender o valor de uma vida autenticamente cristã, a permanecer afastado de certas perversões do coração, a unir o amor filial a Deus ao amor ao próximo.
Deste modo – e esta é a verdadeira reparação exigida pelo Coração do Salvador – sobre as ruínas acumuladas pelo ódio e a violência poderá edificar-se a civilização do Coração de Cristo» [5]


(AMA, reflexões).





[1] Jo 19,37 e Zc 12,10
[2] Cfr. Cl 1,26
[3] Cardeal Eusébio Oscar Scheid, Arcebispo do Rio de Janeiro, 20.06.2006
[4] Is 12, 3
[5] «Insegnamenti», vol. IX/2, 1986, p. 843.

Evangelho e comentário


Tempo de Cinzas


Evangelho Fev 27

Evangelho: Lc 9, 22-25

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «O Filho do homem tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas; tem de ser morto e ressuscitar ao terceiro dia». E, dirigindo-Se a todos, disse: «Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz todos os dias e siga-Me. Pois quem quiser salvar a sua vida, tem de perdê-la; mas quem perder a vida por minha causa salvá-la-á. Na verdade, que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se ou arruinar-se a si próprio?».

Comentário:

Parece um “plano” catastrófico este discurso do Senhor.

Tem de ser rejeitado e morto e, só depois, há-de ressuscitar em plena glória para, assim completar a Sua obra da salvação da humanidade.

Quanto aos que O querem acompanhar, nada mais natural que se disponham a segui-Lo em tudo nesta vida para poderem, enfim, segui-Lo também na Vida eterna.

Disse “plano catastrófico” mas, de facto, é um plano de Amor supremo, completo, total:

O Senhor Jesus Cristo, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade oferece a Sua vida pela salvação de todos nós, a minha também e mesmo daqueles que não O aceitam ou seguem.

(AMA, comentário sobre Lc 9, 22-25, 11.12.2018)

Leitura espiritual

Cartas Católicas

Carta de Tiago

Tg 2

Caridade para com todos –

1 Meus irmãos, não tenteis conciliar a fé em Nosso Senhor Jesus Cristo glorioso com a acepção de pessoas. 2 Suponhamos que entra na vossa assembleia um homem com anéis de ouro e bem trajado, e entra também um pobre muito mal vestido, 3 e, dirigindo-vos ao que está magnificamente vestido, lhe dizeis: «Senta-te tu aqui, num bom lugar», e dizeis ao pobre: «Tu, fica aí de pé»; ou «Senta-te no chão, abaixo do meu estrado.» 4 Não é verdade que, então, fazeis distinções entre vós mesmos e julgais com critérios perversos? 5 Ouvi, meus amados irmãos: porventura não escolheu Deus os pobres segundo o mundo para serem ricos na fé e herdeiros do reino que prometeu aos que o amam? 6 Mas vós desonrais o pobre. Porventura não são os ricos que vos oprimem e vos arrastam aos tribunais? 7 Não são eles os que blasfemam o belo nome que sobre vós foi invocado? 8 Se cumpris a lei do Reino, de acordo com a Escritura: Amarás o teu próximo como a ti mesmo, procedeis bem; 9 mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis um pecado e a lei condena-vos como transgressores. 10 Porque quem observa toda a lei mas falta num só mandamento torna-se réu de todos os outros. 11 Pois aquele que disse: Não cometerás adultério, também disse: Não matarás. Se, pois, não cometeres adultério, mas matares, tornas-te transgressor da lei. 12 Falai e procedei como pessoas que hão-de ser julgadas segundo a lei da liberdade. 13 Porque quem não pratica a misericórdia será julgado sem misericórdia. Mas a misericórdia não teme o julgamento.


Fé com obras (Rm 3,28; 4,1-12) –

14 De que aproveita, irmãos, que alguém diga que tem fé, se não tiver obras de fé? Acaso essa fé poderá salvá-lo? 15 Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e precisarem de alimento quotidiano, 16 e um de vós lhes disser: «Ide em paz, tratai de vos aquecer e de matar a fome», mas não lhes dais o que é necessário ao corpo, de que lhes aproveitará? 17 Assim também a fé: se ela não tiver obras, está completamente morta. 18 Mais ainda: poderá alguém alegar sensatamente: «Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me então a tua fé sem obras, que eu, pelas minhas obras, te mostrarei a minha fé. 19 Tu crês que há um só Deus? Fazes bem. Também o crêem os demónios, mas enchem-se de terror.» 20 Queres tu saber, ó homem insensato, como é que a fé sem obras é estéril? 21 Não foi porventura pelas obras que Abraão, nosso pai, foi justificado, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaac? 22 Repara que a fé cooperava com as suas obras e que, pelas obras, a sua fé se tornou perfeita. 23 E assim se cumpriu a Escritura que diz: Abraão acreditou em Deus e isso foi-lhe contado como justiça, e foi chamado amigo de Deus. 24 Vedes, pois, como o homem fica justificado pelas obras e não somente pela fé. 25 Do mesmo modo, a prostituta Raab não foi ela também justificada pelas suas obras, ao receber os mensageiros e ao fazê-los sair por outro caminho? 26 Assim como o corpo sem alma está morto, assim também a fé sem obras está morta.




Pequena agenda do cristão

Quinta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Participar na Santa Missa.


Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.


Lembrar-me:
Comunhões espirituais.


Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?