07/05/2015

NUNC COEPI 2015.05.07







O que pode ver hoje em NUNC COEPI



Se alguém não luta... - São Josemaria – Textos

Meditações de Maio 7 - AMA - Meditações de Maio – 2015

Evangelho, comentário L Espiritual (A beleza de ser cristão) - A beleza de ser cristão (Ernesto Juliá), AMA - Comentários ao Evangelho Jo 15 9-11, Ernesto Juliá Diaz

Reflectindo - 78 - AMA - Reflectindo – Pureza

Temas para meditar - 440 - A Virgem Maria (Thomas de Saint Laurent), Santíssima Virgem, Thomas de Saint Laurent


Pequena agenda do cristão - Agenda Quinta-Feira

Se alguém não luta...

A alegria é um bem cristão, que possuímos enquanto lutarmos, porque é consequência da paz. A paz é fruto de ter vencido a guerra, e a vida do homem sobre a terra, lemos na Escritura Santa, é luta. (Forja, 105)

A tradição da Igreja sempre se referiu aos cristãos como milites Christi, soldados de Cristo; soldados que dão serenidade aos outros enquanto combatem continuamente contra as suas próprias más inclinações. Às vezes, por falta de sentido sobrenatural, por uma descrença prática, não querem compreender de forma alguma como milícia a vida na Terra. Insinuam maliciosamente que, se nos consideramos milites Christi, há o perigo de utilizarmos a fé para fins temporais de violência, de sedições. Esse modo de pensar é um triste e pouco lógico simplismo, que costuma andar unido ao comodismo e à cobardia.

Nada há de mais estranho à fé católica do que o fanatismo. Este conduz a estranhas confusões, com os mais diversos matizes, entre o que é profano e o que é espiritual. Tal perigo não existe, se a luta se entende como Cristo no-la ensinou, isto é, como guerra de cada um consigo mesmo, como esforço sempre renovado por amar mais a Deus, por desterrar o egoísmo, por servir todos os homens. Renunciar a esta contenda, seja com que desculpa for, é declarar-se de antemão derrotado, aniquilado, sem fé, com a alma caída e dissipada em complacências mesquinhas.


Para o cristão, o combate espiritual diante de Deus e de todos os irmãos na fé é uma necessidade, uma consequência da sua condição. Por isso, se alguém não luta, está a trair Jesus Cristo e todo o Corpo Místico, que é a Igreja. (Cristo que passa, 74)

Pequena agenda do cristão


Quinta-Feira

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Participar na Santa Missa.


Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.


Lembrar-me:
Comunhões espirituais.


Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?



Evangelho, comentário L Espiritual (A beleza de ser cristão)



Semana V da Páscoa

Evangelho: Jo 15 9-11

9 Como o Pai Me amou, assim Eu vos amei. Permanecei no Meu amor. 10 Se observardes os Meus preceitos, permanecereis no Meu amor, como Eu observei os preceitos de Meu Pai e permaneço no Seu amor. 11 Disse-vos estas coisas, para que a Minha alegria esteja em vós e para que a vossa alegria seja completa.

Comentário:

São João é o Evangelista do Amor.

Sim, Amor com maiúscula porque nos fala do Supremo e Total Amor que é Jesus Cristo Nosso Senhor.

Foi exclusivamente por amor que veio ao mundo fazendo-se igual a nós em tudo menos no pecado.

De facto, o pecado é incompatível com o amor  e, este, só é verdadeiro quando é igual ao de Cristo.
As relações entre Deus e os homens podem resumir-se numa palavra: amor!

(ama, comentário sobre Jo 15, 9-11, 2014.05.22)


Leitura espiritual

a beleza de ser cristão

PRIMEIRA PARTE



XI. OS DONS DO ESPÍRITO SANTO

…/23

«Os Sete Dons do Espírito Santo são: sabedoria, inteligência ou entendimento, ciência, conselho, fortaleza, piedade e temor de Deus. Pertencem em plenitude a Cristo, Filho de David “[i].[ii]
Que virtudes aperfeiçoam e completa cada dom?

As opiniões são variadas e, na realidade, não afectam o fundo da questão; porque de facto poder-se-ia afirmar, simplesmente, que todos os Dons influem na Fé, na Esperança e na Caridade.

E esse influxo somar-se-ia à corrente de influência que já se dá entre as três virtudes.
Para facilitar, todavia, a compreensão do processo de gestação e de desenvolvimento da pessoa cristã, expomos a nossa própria opinião sobre a inter-relação dos Dons do Espírito Santo e das Virtudes teologais.
Podemos dizer que dos sete Dons os primeiros são quatro: Sabedoria, Entendimento, Ciência e Conselho fazem referência directa à inteligência e preparam-na para se ir abrindo mais e mais, mais e mais à Verdade, à comunicação da sabedoria de Deus.
De certo modo, estes dons tornam possível e dirigem o desenvolvimento da Fé e, sob a luz da Fé, a inteligência humana vai penetrando no mistério do ser de Deus e do actuar de Deus.
O dom de Fortaleza faz referência à memória e, abrindo a memória, já iluminada pela luza da Fé, a vida eterna e a possibilidade de alcançá-la, sustenta e fortifica o homem na Esperança.
Os dons de Piedade e de temor de Deus relacionam-se directamente com a vontade humana, também enriquecida com as verdades que a inteligência crente introduz na pessoa e modelam a caridade, segundo o coração de Deus, segundo o coração de Cristo, para que o cristão alcance amar a Deus e os homens com e no próprio coração de Cristo.
As palavras da Escritura, referidas directamente a Cristo, também se podem aplicar a cada «nova criatura em Cristo”; porque o Espírito Santo deseja fazer morada em todos e em cada um dos crentes: «E brotará uma vara do tronco de Jessé e rebentará das suas raízes um varão. Sobre ele repousará o espírito de Yahvé, espírito de sabedoria e de entendimento, espírito de conselho e de fortaleza, espírito de ciência e de piedade, e estará cheio de espírito de temor do Senhor”.[iii]
Que transformações se originam no homem sob a influência dos Dons?
Respondemos a esta pergunta mudando a ordem tradicional em que é costume enumera-los e referimo-nos a eles segundo a distribuição a que acabamos de aludir: sabedoria, entendimento, ciência e conselho; fortaleza; piedade e temor de Deus.
Deixaremos para o capítulo sobre os Frutos do Espírito Santo a análise mais detalhada dos efeitos da acção dos Dons no processo de conversão do cristão na «nova criatura”.
O Dom de Sabedoria é uma participação especial da inteligência humana no conhecimento misterioso e sumo, que é próprio de Deus, e que a Deus e refere.

De certo modo, ao fazer-nos partícipes da «natureza divina”, Deus predispõe-nos para que participemos também, e sempre segundo as nossas limitações pelo facto de ser criaturas que nunca nos abandonam, dos mistérios insondáveis do seun próprio Ser. Da riqueza da sua Verdade.
O conhecimento do Ser-Existir de Deus, fruto do dom da Sabedoria, é um saber impregnado pela caridade, graças ao qual, a alma adquire familiaridade, uma certa co-naturalidade, com as coisas divinas e deleita-se nelas. Saboreia-as. Deleita-se na sua contemplação.
O verdadeiro sábio, além de conhecer o viver e o actuar de Deus, tem deles uma certa experiência e vive-os.
«Provai e vede como o Senhor é bom; venturoso o varão que a Ele se acolhe”.[iv]
Este dom também outorga à inteligência humana uma capacidade especial para julgar os acontecimentos da natureza, os factos da história desde uma perspectiva que o aproxima do modo como Deus os contempla.
O Dom de Entendimento ou de Inteligência impulsiona a inteligência humana, e fortalece a Fé, para conhecer mais detalhadamente, com maior profundidade e maior plenitude, a verdade revelada.
Mediante este dom, o Espírito Santo, que «perscruta as profundidades de Deus”,[v] comunica ao crente uma centelha dessa capacidade de penetração nas realidades que o cercam, que lhe abre o coração à percepção gozosa do destino amoroso de Deus, a revelar o verdadeiro rosto de Cristo, muito especialmente ajudando a compreender as sua actuações e a s suas palavras recolhidas nos Evangelhos.
O Senhor já tinha adiantado a actuação deste Dom, ao anunciar a vinda do Espírito Santo sobre os Apóstolos: «Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não podeis entende-las agora.
Quando vier Aquele, o Espírito da verdade vos guiará até à verdade completa”.[vi]
E as suas palavras soam como o cumprimento daquela promessa de Yahvé a David: «Dar-te-ei inteligência e mostrar-te-ei o caminho que hás-de seguir; fixos em ti os olhos serei o teu conselheiro”.[vii]
Se os dons de Sabedoria e Inteligência enformam a actuação da Fé-Inteligência do homem para descobrir e gozar da vida de Deus em Si própria, e da compreensão do Amor de Deus encerrado na vida terrena de Jesus Cristo, o Dom de Ciência dá-nos a conhecer a mente de Deus ao criar o mundo e ao criar o homem; e, ao mesmo tempo, permite que o homem descubra o verdadeiro valor das criaturas em relação com o Criador.
Com este dom, o homem entende directamente a dependência essencial que tudo o criado tem com o seu Criador e descobre o sentido teológico do criado, ao apreciar a ordem, as leis e a liberdade com que Deus corou a criação do universo, dos animais e das plantas e do homem.
O Dom de Ciência permite que o homem contemple a criação como o que realmente é: manifestação da verdadeira e real, e ao mesmo tempo limitada, da verdade, da beleza, do amor infinito que é Deus, e, como consequência dessa contemplação, sente-se compelido a a traduzir a descoberta em louvores, em oração, em acções de graças ao Criador.
«Se, vãos por natureza, todos os homens que ignoraram Deus e não foram capazes de conhecer pelos bens visíveis Aquele que è nem atendendo às obras, reconheceram o Artífice… pois pelas grandeza e pela beleza das criaturas pode chegar-se claramente ao conhecimento do seu Criador”.[viii]
Dentro e no conjunto da criação, o homem tem outorgado um lugar privilegiado de cooperador do próprio Deus.
E já lhe foi concedido no paraíso, quando recebeu o encargo de cuidar do jardim e de trabalhar nele, além do convite a multiplicar-se e a encher a terra.

Com o Dom de Ciência, o ser humano pode desenvolver essa cooperação nas obras de Deus, segundo a mente e o querer de Deus.

O Dom de Conselho torna possível que o homem se situe nesse lugar proeminente e coopere com Deus em relação aos encargos recebidos.
O Espírito Santo, através do Dom de Conselho, ilumina a consciência do homem nas opções da vida diária, e guia a alma para a luz da verdade de Deus sobre ele próprio.
A consciência converte-se assim em reflexo claro da verdadeira luz de Deus e torna possível ao homem ver melhor o que há-de fazer em qualquer circunstância do seu viver, por muito difícil e intrincada que a decisão se apresente.
«O conselho no coração do homem é água profunda, o homem inteligente saberá obtê-la”.[ix]
O Dom de Conselho ilumina a inteligência do homem de Fé para descobrir os planos de Deus sobre ele.
Ajuda-o a discernir a sua própria vocação e a entender a Vontade de Deus no meio das circunstâncias do seu viver, ao mesmo tempo que o orienta na escolha dos caminhos mais adequados para prosseguir na sua conversão a Deus e chegar a amá-lo «com todo o coração, com toda a mente”.
Uma vez assente a verdade de Deus na mente, o cristão pode descobrir-se deslumbrado pela riqueza divina que encontrou em si mesmo.
Deu-se nele a conversão de que São Paulo fala na sua primeira Carta aos Coríntios: «O homem natural não capta as coisas do espírito de Deus; são para ele, desperdício.
E não as pode entender, poi só o Espírito as pode julgar.
Ao invés, o homem espiritual julga tudo; e a ele ninguém o pode julgar.
Porque quem conheceu o pensamento do Senhor para o instruir?
Mas nós possuímos os pensamentos de Cristo”.[x]
Ante esta luz de Deus, e na contemplação da grandeza do Criador e da própria limitação da criatura, a conversão do homem em cristão só é possível na Esperança.

(cont)

ernesto juliá, La belleza de ser cristiano, trad. ama)





[i] cfr. Is 11, 1-2
[ii] Catecismo, n. 1831
[iii] Is 11, 1-3
[iv] Sal 33, 9
[v] 1 Co 2, 10
[vi] Jo 16, 12-13
[vii] Sal 32, 8
[viii] Sb 13, 1 e 5
[ix] Pr 20, 5
[x] 1 Cor 2, 14,-16

Reflectindo - 78

Pureza

1 - Muitas pessoas encaram esta virtude com uma perspectiva errada.
Consideram talvez que a melhor atitude a tomar seja a negação pura e rigorosa de quanto possa feri-la.
Normalmente esta forma de pensar está associada a um temor de cair ou melhor não ter forças para resistir aos apelos da sexualidade.
Bem ao contrário a atitude a ter em questões de pureza deve ser positiva no sentido de afastar o temor excessivo de praticar actos ou ter pensamentos inconvenientes porque qualquer pessoa - e não importa a idade, condição física ou circunstâncias - está sujeita a essa condição humana em que o corpo quer impor-se à vontade que emana do espírito.

Evidentemente que a virtude da Prudência é fundamental para evitar quanto possa constituir uma "situação de risco".
Ser prudente não tem nada a ver com temor, medo ou receio que são atitudes negativas que impedem muitas vezes tomar a atitude correcta ou mais apropriada à circunstância.

(cont)


ama, 2015.03.17

Meditaçõesde Maio 7

Salve Rainha

Mãe de misericórdia
Vida e doçura
Esperança nossa
A vós bradamos
Degredados filhos de Eva
A vós suspiramos


Que atendas o que vos pedimos, que oiças o nosso apelo, que leves ao teu Filho as nossas ânsias e preocupações.



(ama, meditações de Maio, Salve Rainha, 2015)

Temas para meditar - 440

Santíssima Virgem



Como fazia na terra, Jesus no Céu tem por Maria todo o respeito e toda a ternura de filho.
É, pois, impossível que Ele deixe de realizar os desejos dela.
É impossível que deixe de ouvir as nossas orações, se as apresentamos em nome do amor que Ele deve e sempre deverá ter à sua Mãe.



(thomas de saint laurent, A Virgem Maria, ISBN: 972-26-1287-5, nr. 61)