10/04/2012

Leitura Espiritual para 10 Abr 2012

Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.


Para ver, clicar SFF.

Nessun dorma

Turandot - Nessun dorma - Plácido Domingo



Liberdade Religiosa: De cinco em cinco minutos morre um cristão por causa da sua fé


A directora nacional da fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), Catarina Martins, afirmou esta terça-feira que os mais recentes números provam que os cristãos são os mais perseguidos e discriminados em todo o mundo.

"Há cerca de 200 milhões de cristãos que são perseguidos anualmente e de cinco em cinco minutos morre um cristão por causa da sua fé. A situação é dramática no mundo e nós assistimos a um agudizar das situações”, sublinhou esta responsável, em declarações à Renascença.

Um dos casos mais graves de perseguição atinge neste momento a minoria cristã na Síria, que já levou mais de mais de 50 mil cristãos a fugir para o Líbano.

“Esta ‘primavera árabe’ está a provocar muitas alterações políticas nestes países e os cristãos têm sido vítimas, uma vez que o regime ditatorial passa para um regime de ditadura religiosa”, diz a diretora da fundação AIS.

Lisboa, 04 abr 2012 (Ecclesia) - RR/OC

Malhadinha

Navegando pela minha cidade

– Ah, Liudmila, não quero que sejas jovem e bonita, quero apenas que o teu coração seja bondoso, e não apenas para os gatos e os cães! 

Agora, no convés do barco, recordava (pela primeira vez sem acusar os outros e sem gostar apenas de si própria) as palavras amargas que tinha ouvido durante a sua vida… Uma vez viu o marido ironizar, falando ao telefone: “Desde que arranjámos um gatinho, oiço a voz carinhosa da minha mulher.”
 A mãe disse-lhe uma vez: “ Liudmila, como é que podes recusar uma esmola aos pedintes, pensa só: um faminto está a pedir-te, a ti, uma pessoa farta…” ][1]

Há qualquer coisa de muito errado na – cada vez mais frequente – humanização dos animais. Sim, parece-me que há qualquer coisa civilizacionalmente perversa neste constante aumentar de clínicas; de alimentos; de hotéis e de “direitos” para animais.

Talvez a perversidade que intuo mais do que realizo seja, não uma causa mas sim uma consequência. Isto é, humanizam-se os animais porque o homens se desumanizam. Será isto?

Ou será simplesmente a expressão de sentimentos superficiais e, por esta mesma superficialidade, não ter real e efectiva substância? Uma expressão setimentaloide de uma classe pequeno-burguesa e urbano decadente que enquanto atira as crianças para creches e os pais para asilos, sacrifica-se, sofre e priva-se de muito para ter o seu cão ou o seu gato.

Vejamos. Ainda há cerca de duas semanas, vários postes de electricidade da nova variante que rodeia a Prelada e liga esta zona à Circunvalação tinham colados este aviso da Associação Animais da Quinta: Malhadinha – Esta cadelinha foi encontrada na rua. É novinha, meiguinha, brincalhona, de porte pequeno/médio. Alguém pode acolher esta menina tão bonita?
E mais abaixo, depois de vários retratos do bicho: Todos os nossos animais são entregues vacinados, desparasitados, esterilizados (adultos) e com micro-chip de identificação. As famílias interessadas em adoptar os nossos animais têm que assinar um Termo de Responsabilidade, comprometendo-se a prestar-lhes cuidados médicos, alimentação adequada e integração absoluta no seio familiar durante toda a sua longa vida. Reservamo-nos o direito de entregar o animal na sua futura morada, bem como a futuras visitas, com o objectivo de avaliar a evolução da adopção.

Sim, há qualquer coisa de muito perverso e obsceno nesta cultura: integração absoluta no seio familiar? O que é que isto significa verdadeiramente? O animal passa a ser uma espécie de irmão, de pai, de filho?

Mas há mais. Fui à NET, ao site desta Associação e li o seguinte debaixo da fotografia de um cão preto e branco: Já temos a realização da análise, o tumor é um sarcoma. Não há grande coisa a fazer, é esperar e dar o que for possível para ter qualidade de vida. Mas apesar de tudo o nosso Douro está super bem disposto, farta-se de correr atrás dos gatos da Fat com cara de “vou-te comer!!!”
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O nosso velhinho Douro foi operado de urgência ontem (20/03). Suspeitamos que algo estaria mal porque o encontramos muito apático, o que não era normal. Fomos ao veterinário, fez uma radiografia e ecografia que revelaram uma massa na zona do fígado. Para sabermos ao certo qual o problema do Dourinho tivemos que optar pela cirurgia. Ficamos a saber que era um tumor no fígado, foi extraído e mandado para análise. Aguardamos os resultados.

Mais uma cirurgia para pagar … se nos quiser ajudar a liquidar esta despesa, p.f. envie o seu donativo para a nossa conta: 0033 0000 4531 2549 446 05 (Millennium BCP)

O Douro agradece e nós também!

Ah! Liudmilas! Ah! Liudmilas que encheis os corações com amores caninos e ignorais os humanos!

Ah! Liudmilas fartas.


Afonso Cabral


[1]  Vasili Crossman – Vida e Destino – Publicações Dom  Quixote, 2011 – pág. 137

Evangelho do dia e comentário



Tempo de Páscoa

Oitava da Páscoa 
Evangelho: Jo 20, 11-18

11 Entretanto, Maria estava da parte de fora do sepulcro a chorar. Enquanto chorava, inclinou-se para o sepulcro 12 e viu dois anjos vestidos de branco, sentados no lugar onde fora posto o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. 13 Eles disseram-lhe: «Mulher, porque choras?». Respondeu-lhes: «Porque levaram o meu Senhor e não sei onde O puseram». 14 Ditas estas palavras, voltou-se para trás e viu Jesus de pé, mas não sabia que era Jesus. 15 Jesus disse-lhe: «Mulher, porque choras? A quem procuras?». Ela, julgando que era o hortelão, disse-Lhe: «Senhor, se tu O levaste, diz-me onde O puseste; eu irei buscá-l'O». 16 Jesus disse-lhe: «Maria!». Ela, voltando-se, disse-Lhe em hebreu: «Rabboni!», 17 Jesus disse-lhe: «Não Me retenhas, porque ainda não subi para Meu Pai; mas vai a Meus irmãos e diz-lhes que subo para Meu Pai e vosso Pai, para Meu Deus e vosso Deus». 18 Foi Maria Madalena anunciar aos discípulos: «Vi o Senhor!», e as coisas que Ele lhe disse.

Meditação:

Percebe-se bem que para reconhecer Jesus é fundamental ter intimidade com Ele.
Madalena reconhece-o pela tonalidade da voz. A forma como Jesus pronuncia o seu nome jamais se varreu da sua memória.

Assim sucede connosco quando a nossa intimidade com o Senhor nos faz conhecer sem sombra de dúvida a Sua Vontade sobre o quer que se nos apresente.

Podemos então, como a Madalena, dizer-lhe: "Mestre!"

E acrescentar: "Docere me facere Voluntatem Tuam!" Ensina-me a fazer a Tua vontade porque, eu, só poderei ser feliz se viver como Tu queres, me comportar como Tu desejas e, mais, só me salvarei se, ao som inconfundível da Tua voz Te seguir para onde quer que fores.

(ama, meditação sobre Jo 20, 11-18, 2011.07.22)

Antropologia e critérios neurológicos da morte



Pensamentos inspirados à procura de Deus

À procura de Deus

A certeza de Te ter,

Senhor,

é a razão do meu viver.

jma

Quer que sejamos muito humano e muito divinos

Textos de S. Josemaria

Há muitos anos já que vi com clareza meridiana um critério que será sempre válido: o ambiente da sociedade, com o seu afastamento da fé e da moral cristãs, necessita de uma nova forma de viver e de propagar a verdade eterna do Evangelho. No próprio cerne da sociedade, do mundo, os filhos de Deus hão-de brilhar pelas suas virtudes como lanternas na escuridão, "quasi lucernae lucentes in caliginoso loco". (Sulco, 318)

Se aceitarmos a nossa responsabilidade de filhos de Deus, saberemos que Ele quer que sejamos muito humanos. A cabeça pode tocar o céu, mas os pés assentam na terra, com segurança. O preço de se viver cristãmente não é nem deixar de ser homem nem abdicar do esforço por adquirir essas virtudes que alguns têm, mesmo sem conhecerem Cristo. O preço de todo o cristão é o Sangue redentor de Nosso Senhor, que nos quer – insisto – muito humanos e muito divinos, com o empenho diário de O imitar, pois é perfectus Deus, perfectus homo.
Talvez não seja capaz de dizer qual é a principal virtude humana. Depende muito do ponto de vista de que se parta. Além disso, a questão torna-se ociosa, porque não se trata de praticar uma ou várias virtudes. É preciso lutar por adquiri-las e praticá-las todas. Cada uma de per si entrelaça-se com as outras e, assim, o esforço por sermos sinceros, por exemplo, torna-nos justos, alegres, prudentes, serenos.
Precisamos, ao mesmo tempo, de considerar que a decisão e a responsabilidade residem na liberdade pessoal de cada um e, por isso, as virtudes são também radicalmente pessoais, da pessoa. No entanto, nessa batalha de amor ninguém luta sozinho – ninguém é um verso solto, costumo repetir –: de certo modo, ou nos ajudamos ou nos prejudicamos. Todos somos elos de uma mesma cadeia. Pede agora comigo a Deus Nosso Senhor, que essa cadeia, nos prenda ao seu Coração, até chegar o dia de O contemplar face a face, no Céu, para sempre. (Amigos de Deus, 75–76).

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