Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
08/12/2020
Pequena agenda do cristão
Doutrina
Culto das imagens:
católicos e protestantes
A adoração
de um só Deus é inculcada desde o livro do Génesis até ao livro do Apocalipse.
O
Monoteísmo parece ter sido o ponto de partida de todos os sistemas religiosos conhecidos
através de documentos confiáveis.
O
Animismo, o Totemismo e o Fetichismo das classes mais baixas, a adoração da
natureza, dos antepassados e dos heróis das nações civilizadas, são formas
híbridas de religião desenvolvidas sobre as linhas psicológicas indicadas acima,
todas são encarnações das mentes incultas ou cultas, e manifestações de uma noção
fundamental, pelo seu nome, e muito acima do homem, projectando desta forma, um
poder sobre este o qual depende para o bem e para o mal.
Por
seu lado o Politeísmo nasce da confusão das segundas causas com a primeira
causa, cresce na proporção inversa ao grau de facultades mentais, morre sob a
clara luz da razão ou da revelação.
Em alguns dicionários os
verbos adorar e venerar costumam confundir-se, muitas vezes relacionam-se como
sinónimos ainda que costumem ser completamente diferentes.
A ignorância
protestante não tem limites, se somamos a isto o desconhecimento por falta de preparação
do povo católico encontramos então que uma grande maioria dos nossos fiéis, desconhece
as verdades da nossa fé e não tem as ferramentas para a defender. É por isso
que ante o avanço progressivo das seitas, dos grupos pseudo cristãos e das ideologias
que se encontram dentro do paganismo, não somente é suficiente ter como livro
de apoio as Sagradas Escrituras, necessitamos mais, necessitamos livros de Apologética,
necessitamos livros de Moral, necessitamos bibliografia Cristológica,
Mariológica, necessitamos do Concilio Vaticano II, necessitamos do Catecismo da
Igreja Católica e entre outros do Código de Direito Canónico.
Com ele começamos a ilustrar-nos,
a preparar-nos e a aprofundar no que é nosso, e naquela da qual, pelo contrário,
somos presa fácil daqueles que vêm pregar um evangelho que não é o verdadeiro evangelho
de Jesus.
Ora bem, visto tudo
anteriormente exposto e supondo que foi fácil de compreender, para que com isso
possamos reforçar as nossas verdades de fé, torna-se necessário definir alguns
termos que nos enriquecerão no conhecimento que a nossa Igreja reparte.
Culto
é a reverência que damos a Deus, à Santíssima Virgem Maria Mãe de Deus e aos
Santos, na Igreja Católica existem três tipos de cultos, por razão da dignidade
diferente daqueles para os quais vai a nossa reverência, estes cultos são:
Latria
dirigida unicamente à Santa Trindade.
Dulia
dirigida especificamente aos Santos, Anjos e Mártires.
Hiperdulia
dirigida somente à Santíssima Virgem Maria.
Reflexão
Teologia
e fé
O
humanismo político crê que a verdadeira existência pode transformar o mundo,
modificar a história, reconciliar o objectivo e o subjectivo, ao passo que a
corrente existencial aceita uma visão dualista da realidade, dinamada do
esquema kantiano: transcendência e liberdade, por um lado, mundo fenomenal,
objectividade e razão científica, por outro.
O existencialismo teológico, reprensentado por
Kierkegard, Bultman e Barth, e, de um modo geral, para as escolas
existencialistas, com a sua oposição
entre o homem e o mundo, opera-se necessáriamente
na subjectividade e, para a opção cristã, na atitude da fé.
(A Mourão, BROTÉRIA, Outubro 1973, pg.
302)
Piedosos como meninos
*– Jesus, considerando agora mesmo as minhas misérias, digo-te: Deixa-te enganar pelo teu filho, como esses pais bons, carinhosos, que põem nas mãos do seu menino a dádiva que dele querem receber..., porque sabem muito bem que as crianças nada têm. E que alvoroço o do pai e o do filho, ainda que ambos estejam no segredo! (Forja, 195)
*A
vida de oração e de penitência e a consideração da nossa filiação divina
transformam-nos em cristãos profundamente piedosos, como meninos pequenos
diante de Deus. A piedade é a virtude dos filhos e, para que o filho possa
entregar-se nos braços do seu pai, há-de ser e sentir-se pequeno, necessitado.
Tenho meditado com frequência na vida de infância espiritual, que não se
contrapõe à fortaleza, porque requer uma vontade rija, uma maturidade bem
temperada, um carácter firme e aberto.
Piedosos,
portanto, como meninos; mas não ignorantes, porque cada um há-de esforçar-se,
na medida das suas possibilidades, pelo estudo sério e científico da fé. E o
que é isto, senão teologia? Piedade de meninos, sim, mas doutrina segura de
teólogos.
O
afã por adquirir esta ciência teológica – a boa e firme doutrina cristã –
deve-se, em primeiro lugar, ao desejo de conhecer e amar a Deus.
Simultaneamente é consequência da preocupação geral da alma fiel por alcançar a
mais profunda compreensão deste mundo, que é uma realização do Criador. Com
periódica monotonia, há pessoas que procuram ressuscitar uma suposta
incompatibilidade entre a fé e a ciência, entre a inteligência humana e a
Revelação divina. Tal incompatibilidade só pode surgir, e só na aparência,
quando não se entendem os termos reais do problema.
Se
o mundo saiu das mãos de Deus, se Ele criou o homem à sua imagem e semelhança e
lhe deu uma chispa da sua luz, o trabalho da inteligência deve ser – embora
seja um trabalho duro – desentranhar o sentido divino que naturalmente já têm
todas as coisas. E, com a luz da fé, compreendemos também o seu sentido
sobrenatural, que resulta da nossa elevação à ordem da graça. Não podemos
admitir o medo da ciência, visto que qualquer trabalho, se é verdadeiramente
científico, tende para a verdade. E Cristo disse: «Ego sum veritas». Eu sou a verdade. (Cristo que passa,
10)
LEITURA ESPIRITUAL Dez 08
Mt VI, 25 – 34; VII, 1 – 11
Confiança na Providência de Deus
25
«Por isso vos digo: Não vos inquieteis quanto à vossa vida, com o que haveis de
comer ou beber, nem quanto ao vosso corpo, com o que haveis de vestir.
Porventura não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o
vestido? 26 Olhai as aves do céu: não semeiam nem ceifam nem recolhem em
celeiros; e o vosso Pai celeste alimenta-as. Não valeis vós mais do que elas?
27 Qual de vós, por mais que se preocupe, pode acrescentar um só côvado à
duração de sua vida? 28 Porque vos preocupais com o vestuário? Olhai como
crescem os lírios do campo: não trabalham nem fiam! 29 Pois Eu vos digo: Nem
Salomão, em toda a sua magnificência, se vestiu como qualquer deles. 30 Ora, se
Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã será lançada ao
fogo, como não fará muito mais por vós, homens de pouca fé? 31 Não vos
preocupeis, dizendo: ‘Que comeremos, que beberemos, ou que vestiremos?’ 32 Os
pagãos, esses sim, afadigam-se com tais coisas; porém, o vosso Pai celeste bem
sabe que tendes necessidade de tudo isso. 33 Procurai primeiro o Reino de Deus
e a sua justiça, e tudo o mais se vos dará por acréscimo. 34 Não vos
preocupeis, portanto, com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã já terá as suas
preocupações. Basta a cada dia o seu problema.»
Não julguemos o próximo
1«Não
julgueis, para não serdes julgados; 2pois, conforme o juízo com que julgardes,
assim sereis julgados; e, com a medida com que medirdes, assim sereis medidos.
3 Porque reparas no argueiro que está na vista do teu irmão, e não vês a trave
que está na tua vista? 4 Como ousas dizer ao teu irmão: ‘Deixa-me tirar o
argueiro da tua vista’, tendo tu uma trave na tua? 5 Hipócrita, tira primeiro a
trave da tua vista e, então, verás melhor para tirar o argueiro da vista do teu
irmão.» 6 «Não deis as coisas santas aos cães nem lanceis as vossas pérolas aos
porcos, para não acontecer que as pisem aos pés e, acometendo-vos, vos
despedacem.»
Eficácia da oração
7
«Pedi, e ser-vos-á dado; procurai, e encontrareis; batei, e hão-de abrir-vos. 8
Pois, quem pede, recebe; e quem procura, encontra; e ao que bate, hão-de abrir.
9 Qual de vós, se o seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? 10 Ou, se lhe
pedir peixe, lhe dará uma serpente? 11 Ora bem, se vós, sendo maus, sabeis dar
coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai que está no Céu dará
coisas boas àqueles que lhas pedirem.»
JESUS CRISTO
NOSSO SALVADOR
Iniciação à
Cristologia
Capítulo V
CRISTO
ENQUANTO HOMEM CHEIO DE GRAÇA E DE VERDADE
2. A graça e
a santidade de Cristo
f) A
santidade de vida e a ausência de pecado em Jesus Cristo
Jesus é
santo também no sentido operativo e moral, enquanto viveu livremente em todo o
momento a união sobrenatural com seu Pai pelo amor. A perfeição de graça e de
caridade que possuía, levavam-no a identificar completamente a sua vontade
humana com a vontade santa de Deus, no grande e no pequeno. Ele próprio
confessa: «Eu faço sempre o que agrada a meu pai» (Jo 8,29; cf. 4,34).
E está
livre de todo o pecado: «vem o príncipe deste mundo (Satanás), mas não tem nada
em mim» (Jo 14,30; cf. Pd 2,22). Por isso o Magistério da Igreja, unindo-se à
Sagrada Escritura, ensinou em muitas ocasiões esta realidade: Cristo é
«semelhante a nós em tudo, excepto no pecado» (Heb 4,15; cf. 7,26-27)[1].
O
Magistério da Igreja também assinalou que Jesus esteve livre do pecado original
e que não sofreu a desordem da concupiscência, consequência desse pecado; de
modo que n’Ele a sensibilidade estava sempre perfeitamente subordinada à razão[2].
Mas há mais:
os teólogos sustentam que Cristo não só não teve nenhum pecado de facto, mas
que, além disso, era impecável. A
razão é óbvia: as acções são da pessoa; e se Cristo pudesse pecar, seria Deus
quem pecaria, e teria que negar-se a si mesmo. Além do mais, Jesus Cristo
enquanto homem, como veremos, gozava da visão intuitiva de Deus, que supõe
também a impossibilidade de rejeitar o Bem infinito.
Vicente Ferrer Barriendos
(Tradução
do castelhano por ama)