Evangelho:
Mt 20, 1-16
1
Tendo acabado todos estes discursos, Jesus disse aos discípulos: 2 «Como
sabeis, a Páscoa é daqui a dois dias, e o Filho do Homem será entregue para ser
crucificado.» 3 Então, os sumos sacerdotes e os anciãos do povo reuniram-se no
palácio do Sumo Sacerdote, que se chamava Caifás, 4 e deliberaram prender
Jesus, à traição, e matá-lo. 5 Diziam, porém: «Que não seja durante a festa,
para não haver alvoroço entre o povo.» 6 Jesus encontrava-se em Betânia, em
casa de Simão, o leproso. 7 Enquanto estava à mesa, aproximou-se dele uma
mulher, que trazia um frasco de alabastro com um perfume de alto preço e
derramou-lho sobre a cabeça. 8 Ao verem isto, os discípulos ficaram indignados
e disseram: «Para quê este desperdício? 9 Podia vender-se por bom preço e
dar-se o dinheiro aos pobres.» 10 Jesus apercebeu-se de tudo e disse: «Porque
afligis esta mulher? Ela praticou uma boa acção para comigo. 11 Pobres, sempre
os tereis convosco; mas a mim nem sempre me tereis. 12 Derramando este perfume
sobre o meu corpo, ela preparou a minha sepultura. 13 Em verdade vos digo: Em
qualquer parte do mundo onde este Evangelho for anunciado, há-de também
narrar-se, em sua memória, o que ela acaba de fazer.» 14 Então um dos Doze,
chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes 15 e disse-lhes:
«Quanto me dareis, se eu vo-lo entregar?» Eles garantiram-lhe trinta moedas de
prata. 16 E, a partir de então, Judas procurava uma oportunidade para entregar
Jesus.
Comentário:
Há
um outro episódio semelhante que se passa com Maria irmã de Marta talvez se
trate do mesmo, mas, seja como for, o que desejo ressaltar é a atitude desta
mulher que, com a sensibilidade feminina bem evidente, faz o que o seu coração
lhe dita como forma de prestar uma homenagem a Jesus e, ao mesmo tempo,
demonstrar publicamente o seu amor e veneração pelo Mestre.
Nós,
cristãos de hoje, talvez sejamos um pouco “comedidos” nas nossas demonstrações
de carinho e ternura pelo Senhor e… compreende-se, mas, há pelo menos uma
ocasião em que publicamente o devemos fazer e que é, exactamente, quando O recebemos
na Comunhão Eucarística.
Edificaremos
os outros com a nossa atitude de recolhimento em acção de graças por tão grande
bem acabado de receber.
(AMA, comentário sobre Mt 20, 1-16, 16.05.2017)