19/06/2017

Fátima: Centenário - Oração diária


Senhora de Fátima:

Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.
No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.
Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.

Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Leitura espiritual

A CIDADE DE DEUS 

Vol. 2

LIVRO XV

CAPÍTULO XVIII

Que significam Abel, Set e Enós que parece que se referem a Cristo e ao seu Corpo que é a Igreja.


A Set nasceu um filho a quem pôs o nome de Enós.
Este pôs a sua esperança em invocar o nome do Senhor Deus [i]


Eis como clama o testemunho da verdade. E, pois, na esperança que vive o homem, filho da ressurreição. É na esperança que vive a Cidade de Deus enquanto por cá peregrina, gerada que é da fé na ressurreição de Cristo. Porque estes dois homens — Abel que significa luto e Set, seu irmão, que significa ressurreição — são a figura da morte de Cristo e da sua vida ao sair de entre os mortos. Desta fé nasce cá a Cidade de Deus, isto é, o homem que pôs a sua esperança em invocar o nome do Senhor Deus. Diz o Apostolo:

Pela esperança seremos salvos. Mas esperança do que já se vê não é esperança. Quem é que, realmente, espera o que já se vê? Mas se esperamos no que não vemos, precisamos de
paciência para aguardar
[ii].

Quem não pensará que há aqui um profundo mistério?
Não pôs Abel a sua esperança em invocar o nom e do Senhor Deus, ele cujo sacrifício a Escritura relata que foi tão agradável a Deus? Não pôs Set a sua esperança em invocar o nome do Senhor Deus, ele de quem se disse:

Deus deu-me outro descende para o lugar de Abel [iii].

Porquê atribuir então a Enós como próprio o que se vê ser comum a todos os homens piedosos, senão porque aquele que se dá com o primeiro descendente do pai das gerações reservadas para uma melhor parte (isto é, pai da Cidade do Alto) devia prefigurar o homem ou a sociedade dos homens que vivem, não com o ao homem apraz na realidade da felicidade terrestre, mas como apraz a Deus na esperança da felicidade eterna? Não se disse «ele pôs a sua esperança no Senhor Deus», nem «ele invocou o nome do Senhor Deus» — mas sim:

Pôs a sua esperança em invocar o nome do Senhor Deus [iv].

Que quer dizer:

Pôs a sua esperança [v]

senão a profecia de que viria a nascer um povo que, por eleição da graça, invocaria o nome do Senhor Deus? Isto é — o que foi dito por outro profeta o aplicou o Apóstolo a este povo que pertencia à graça de Deus:

Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo [vi].

Isto mesmo que foi dito:

E pôs-lhe o nome de Enós, que quer dizer homem [vii]

e o que se segue:

Pôs a sua esperança em invocar o nome do Senhor [viii]


mostram bem que o homem não deve pôr a esperança em si mesmo. Assim se lê noutra passagem:


Maldito quem confia no homem [ix].


Ninguém, portanto, deve pôr a esperança em si mesmo, para ser cidadão da outra cidade — aquela que não se radica neste tempo, na peugada do filho de Caim, isto é, no decurso efémero deste mundo perecível, mas na imortalidade da eterna beatitude.

(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)



[i] Gen., IV, 26.
[ii] Rom., VIII, 24-25.
[iii] Gen., IV, 25.
[iv] Gen., IV, 26.
[v] Ibid.
[vi] Rom., X, 13.
[vii] [vii] Gen., IV, 26.
[viii] Ibid.
[ix] Jerem., VII, 5.

Doutrina – 360

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ
SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ
CAPÍTULO TERCEIRO

CREIO NO ESPÍRITO SANTO

137. Porque é que as missões do Filho e do Espírito são inseparáveis?



Na Trindade indivisível, o Filho e o Espírito são distintos, mas inseparáveis. De facto, desde o princípio até ao final dos tempos, quando o Pai envia o Seu Filho, envia também o Seu Espírito que nos une a Cristo na fé, para, como filhos adoptivos, podermos chamar Deus «Pai» (Rm 8,15). O Espírito é invisível, mas nós conhecemo-lo através da sua acção quando nos revela o Verbo e quando age na Igreja.

Hoy el reto del amor es sonreír a las dificultades

FUNDIENDO ESTADÍSTICAS

En el baño del Novi tenemos un bote grande para poner todos los cepillos de dientes. Evidentemente, es fundamental que cada cepillo sea de un color diferente para evitar desastrosos errores...

Hace unas semanas, tuvimos que cambiar los cepillos viejos, que estaban destrozados. Sin embargo, los cepillos que encontramos... ¡eran todos prácticamente iguales! Tan solo una pequeña raya de color a mitad del mango, raya que, con el cepillo dentro del bote, ¡es imposible verla!

Con lo despistada que soy, temí lo peor... Pero, contra todo pronóstico, ¡no me he equivocado ni una sola vez! Claro, está tan difícil saber cuál es tu cepillo, ¡que tienes que estar muy atenta y fijarte mucho para encontrarlo!

Es cierto que a todos nos gusta que las cosas sean fáciles. Pero, orando todo esto, he descubierto que las dificultades, ¡pueden sacar lo mejor de ti mismo!

Cristo no es una especie de varita mágica que, una vez que entra en tu vida, hace desaparecer todos los problemas. No, las dificultades siguen ahí, pero Cristo lo que quiere es transformar tu mirada. Puedes verlas como complicaciones y disgustarte por ello... ¡o puedes dar la mano a Cristo para descubrirlas como oportunidades! Cristo sabe lo lejos que puedes llegar, ¡por eso siempre te anima a dar un paso más!

Hoy el reto del amor es sonreír a las dificultades. Para ello, siéntate un rato con Cristo, pídele poder descubrir su Presencia a tu lado toda la jornada. Y, cuando se presente esa persona que te cuesta... mira a Cristo, ¡y recíbela con una sonrisa! Sólo con eso, ¡has empezado a amarla! Es un buen comienzo, ¿no? ¡Feliz día!


VIVE DE CRISTO

Carícias de Deus

Estou doente, não me sinto bem, se calhar tenho a pressão alta, ou, talvez, baixa, está muito calor, provavelmente não me sustenho em pé...

Estas e muitas outras pretensas razões para servir de desculpa para não fazer algo cujo compromisso formal ou não se assumiu.

Se se cede e não se faz ficará, sempre, alguma amargura e tristeza resultado do inevitável confronto com a fraqueza pessoal e o reconhecimento do pouco que por nós próprios podemos e que precisamos de auxílio para fortalecer a vontade e resistir às próprias debilidades.

Esta reflexão tem uma raiz:
Levantei-me tarde depois de ter dormido muito bem umas boas dez horas, o que não é habitual.

Talvez por isso mesmo, sentia-me cansado, abúlico, sem vontade de fazer o que fosse.

Sim… é Domingo… tenho de ir à Missa, mas…
E comecei naquele arrazoado de pensamentos que acima descrevo, concluindo que, tinha razões de sobra para justificar uma falta.

Mas, de repente, saltei do confortável sofá, fui tomar banho, vesti-me e meti-me no automóvel a caminho da Igreja da Lapa. A Missa era às dezoito e quinze, mas, uma hora antes já lá estava.

Foi então que escrevi aquela reflexão.

Mas não acaba aqui porque, a Missa era por intenção do Centenário do Conservatório de Música do Porto que com a sua orquestra e coro magníficos cantou a Missa de Gounod conhecida como Missa de Santa Cecília.

Foi extraordinário, emocionante, empolgante e eu deixei-me “levar” por aquela música extraordinária.

Conclui – comovido em extremo – que o Senhor me tinha feito uma “carícia” apenas porá me mostrar o Seu agrado por eu ter tomado a decisão que tomei.

E senti-me pequeno, rasteiro, um “nada”, perante um Senhor assim que sem ter porque o fazer - cumpri uma obrigação – recompensa com extraordinário carinho e enormíssima magnanimidade, os pequenos actos de amor que – pobre de mim – consigo fazer.

E só me ocorreu dizer repetidas vezes, no regresso a casa:

Gratias Tibi! Gratias Tibi!



AMA, 18.06.2017

Bento XVI – Pensamentos espirituais 150

153. Sequela


A resposta de quem segue Cristo consiste em percorrer o caminho escolhido com Aquele que, perante os males do seu tempo e de todos os tempos, abraçou decididamente a Cruz, seguindo o caminho mais longo, mas mais eficaz do amor.


Homilia de Quarta-Feira de Cinzas em Santa Sabina, (1.Mar.06)

(in “Bento XVI, Pensamentos Espirituais”, Lucerna 2006)

Doutrina – 335

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ

SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ

CAPÍTULO SEGUNDO

CREIO EM JESUS CRISTO, O FILHO UNIGÉNITO DE DEUS
«JESUS CRISTO PADECEU SOB PÔNCIO PILATOS, FOI CRUCIFICADO, MORTO E SEPULTADO»

113. Quais as acusações para a condenação de Jesus?

Alguns chefes de Israel acusaram Jesus de agir contra a Lei, contra o templo de Jerusalém, e em particular contra a fé no Deus único, porque Ele se proclamava Filho de Deus.
Por isso, O entregaram a Pilatos, para que O condenasse à morte.

Diálogos apostólicos

Diálogos apostólicos II Parte

Pergunto:

Gostaria de te ouvir sobre o chamado Juízo a que seremos submetidos após a nossa morte.


Respondo:


De facto, podemos dividir o Juízo a que seremos submetidos em dois:

O Juízo Particular e o Juízo Final.

Acrescento que o conceito de “Juízo” é apropriado porque, de facto, temos de prestar contas ao nosso Criador sobre o que fizemos – ou deixámos de fazer – durante a nossa vida.
Gostaria de ficasses com uma ideia clara sobre o assunto porque, se acreditamos na Vida Eterna, é perfeitamente natural que sejamos “avaliados” ao entrar nela.

Se assim não fosse, estaríamos perante uma flagrante injustiça, o que não é possível porque, Deus, é, Ele Próprio, sumamente justo.

Epístolas de São Paulo – 99

Carta aos Hebreus - cap 6

1Por isso, deixando de parte os ensinamentos elementares sobre Cristo, elevemo-nos a coisas mais completas, sem lançar de novo os fundamentos da conversão das obras mortas, da fé em Deus, 2da doutrina do baptismo, da imposição das mãos, da ressurreição dos mortos e do juízo eterno. 3É isso que faremos, se Deus o permitir. 4É impossível, com efeito, que aqueles que uma vez foram iluminados, que provaram o dom celeste, que se tornaram participantes do Espírito Santo, 5que provaram a boa palavra de Deus e as maravilhas do mundo futuro, 6e que, no entanto, caíram, é impossível que sejam de novo renovados, levados à conversão, pois por si mesmos crucificam de novo o Filho de Deus e expõem-no ao escárnio. 7Na verdade, a terra que absorve a chuva que cai muitas vezes sobre ela, e produz plantas úteis para aqueles que a cultivam, recebe a bênção de Deus; 8mas, se produz espinhos e cardos, não tem valor e está próxima da maldição: acabará por ser queimada. 9Quanto a vós, amados irmãos, e apesar de falarmos deste modo, estamos convencidos que existem em vós coisas melhores, que conduzem à salvação. 10De facto, Deus não é injusto, para esquecer as vossas obras e o amor que mostrastes pelo seu nome, pondo-vos ao serviço dos santos e servindo-os ainda agora. 11Desejamos, porém, que cada um de vós mostre o mesmo zelo para a plena realização da sua esperança até ao fim, 12de modo que não vos torneis preguiçosos, mas imiteis aqueles que, pela fé e pela perseverança, se tornam herdeiros das promessas.

Promessa e juramento de Deus


- 13Quando Deus fez a promessa a Abraão, como não tinha ninguém maior por quem jurar, jurou por si mesmo, 14dizendo: Na verdade, Eu te abençoarei e multiplicarei a tua descendência. 15E assim, Abraão, tendo esperado com paciência, alcançou a promessa. 16Ora, os homens juram por alguém maior do que eles, e o juramento é para eles uma garantia que põe fim a toda a controvérsia. 17Por isso, querendo Deus mostrar mais claramente aos herdeiros da promessa que a sua decisão era imutável, interveio com um juramento, 18para que, graças a duas acções imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, encontrássemos grande estímulo, nós os que procurámos refúgio nele, agarrando-nos à esperança proposta. 19Nessa esperança temos como que uma âncora segura e firme da alma, que penetra até ao interior do véu 20onde Jesus entrou como nosso precursor, tornando-se Sumo Sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedec.

Evangelho e comentário

Tempo Comum


Evangelho: Mt 5, 38-42

38«Ouvistes o que foi dito: Olho por olho e dente por dente. 39Eu, porém, digo-vos: Não oponhais resistência ao mau. Mas, se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a outra. 40Se alguém quiser litigar contigo para te tirar a túnica, dá-lhe também a capa. 41E se alguém te obrigar a acompanhá-lo durante uma milha, caminha com ele duas. 42Dá a quem te pede e não voltes as costas a quem te pedir emprestado.»

Comentário:

Assim, à primeira vista, parece que o Senhor aconselha a passividade.

De facto, há muita gente – muito mais que o que possamos imaginar – que a primeira palavra que lhes sai da boca ante qualquer solicitação ou pedido é: NÃO!

Nem sequer pensam que quem pede o fará porque tem uma necessidade concreta, real, premente e que, poderá muito bem estar na sua mão resolver – ou ajudar a solucionar – o assunto.

E não se trata de ceder – sem mais – ao que nos é pedido sob, digamos, exigência – dar o manto, a capa, andar duas milhas – mas com sensatez e simplicidade convencer pela bondade, pela caridade, tirando importância às coisas que não a têm.

Por outras palavras: “desarmar” o importuno.

(AMA, comentário sobre Mt 5, 38-42, 09.02.2017)







A vossa vocação humana é uma parte da vossa vocação divina

Jesus, nosso Senhor e nosso Modelo, crescendo e vivendo como um de nós, revela-nos que na existência humana – a tua –, as ocupações correntes e vulgares têm um sentido divino, de eternidade. (Forja, 688)

A fé e a vocação de cristãos afectam toda a nossa existência e não só uma parte dela. As relações com Deus são necessariamente relações de entrega e assumem um sentido de totalidade. A atitude de um homem de fé é olhar para a vida, em todas as suas dimensões, com uma perspectiva nova: a que nos é dada por Deus.

Vós, que hoje celebrais comigo esta festa de S. José, sois todos homens dedicados ao trabalho em diversas profissões humanas, formais diversos lares, pertenceis a diferentes nações, raças e línguas. Adquiristes formação em centros de ensino, em oficinas ou escritórios, tendes exercido durante anos a vossa profissão, estabelecestes relações profissionais e pessoais com os vossos companheiros, participastes na solução dos problemas colectivos das vossas empresas e da sociedade.

Pois bem: recordo-vos, mais uma vez, que nada disso é alheio aos planos divinos. A vossa vocação humana é uma parte, e parte importante, da vossa vocação divina.


Esta é a razão pela qual vos haveis de santificar, contribuindo ao mesmo tempo para a santificação dos outros, vossos iguais, precisamente santificando o vosso trabalho e o vosso ambiente: a profissão ou ofício que enche os vossos dias, que dá fisionomia peculiar à vossa personalidade humana, que é a vossa maneira de estar no mundo: o vosso lar, a vossa família; e a nação em que nascestes e que amais. (Cristo que passa, 46)

Pequena agenda do cristão



SeGUNDa-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça ‘boa cara’, que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.

Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?