26/10/2018

Santíssima Virgem

Los ingleses redescubren la devoción mariana y el Rosario, privado y público, tras medio siglo de decadencia

Temas para reflectir e meditar

Formação humana e cristã – 89


O mistério da Santa Missa, repetimos, é, como todos os mistérios, impossível de abarcar na totalidade.
Convém muito pedir ao Espírito Santo que nos ilumine com os Seus dons em particular os de Ciência e Entendimento para irmos chegando cada vez mais perto de, não apenas acreditar, mas, ter uma fé esclarecida e bem estruturada.
O dia de Quinta-feira é particularmente indicado para meditar de forma mais cuidada e detida sobre a Santíssima Eucaristia e, naturalmente sobre a Santa Missa.
Penso que por nós próprios nunca seríamos capazes de comungar, esmagados pela realidade da nossa pobre condição humana comparada com a majestade e omnipotência do nosso Deus e senhor.
Mas fazemo-lo porque foi Ele próprio quem assim dispôs.
Porque sentimos uma necessidade imperiosa de nos convertermos em Cristo faculdade extraordinária que a Sagrada Comunhão nos proporciona.
Somos, embora por breves minutos, elevados a uma categoria divina de tal modo o Corpo o Sangue a Alma e a Divindade de Jesus Cristo se "misturam" com todo o nosso ser.
Então somos levados também a compreender e a dar-nos conta da dignidade do ser humano.
Consideramos o respeito com que devemos tratar o nosso corpo e o dos outros com quem nos cruzamos nos caminhos da vida.
Percebemos que todos, como filhos de Deus, temos uns direitos e uns deveres que por ninguém nem por nós próprios podem ser violados.
Assusta - e preocupa - muitos, verificarem que são milhares de pessoas que se aproximam da Comunhão Eucarística mas que o mesmo não se passa no que respeita à Confissão Sacramental.

AMA, reflexões.

Leitura espiritual

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LEGENDA MAIOR  

Vida de São Francisco de Assis

CAPITULO 7

Amor à pobreza e intervenções miraculosas nas necessidades

1 . Entre outros dons e carismas que o Doador de todos os bens concedeu a Francisco, houve um privilégio singular: o de crescer nas riquezas da simplicidade através do amor pela altíssima pobreza.
Considerando o santo que esta virtude havia sido familiar ao Filho de Deus e vendo-a quase desterrada do mundo, quis torná-la sua esposa, amando-a com amor eterno, e por ela não só deixou pai e mãe, mas generosamente distribuiu tudo quanto possuía. Ninguém foi tão ávido de ouro quanto o foi Francisco da pobreza e ninguém pôs tanto cuidado em guardar os seus tesouros como o foi ele em conservar tão preciosa pérola.
Por isso nada o ofendia tanto como ver em seus irmãos qualquer coisa que não estivesse inteiramente de acordo com a pobreza.
E na verdade, o santo, desde o início de sua vida religiosa até a morte possuiu estas riquezas: a túnica, o cordão e as roupas de baixo; e vivia contente.
Muitas vezes recordava, sem poder conter as lágrimas, a pobreza de Cristo e de sua Mãe.
Afirmava que esta é a rainha das virtudes, porque a vemos brilhar com pleno fulgor mais do que todas as outras, no Rei dos reis e na Rainha sua Mãe.
Por essa razão, certa vez, reunidos os irmãos e tendo-lhe um deles perguntado qual a virtude mais apropriada do que qualquer outra para se captar a perfeita amizade de Cristo, respondeu como quem descobre um segredo íntimo do coração.
“Sabei, irmãos, que a pobreza é o caminho mais seguro para a salvação, como fundamento que é da humildade e raiz de toda perfeição, e os seus frutos, embora ocultos, são múltiplos e abundantíssimos. Essa virtude é aquele tesouro evangélico escondido no campo; para comprá-lo deve-se vender tudo e por seu amor desprezar tudo o que não se pode vender”.

2. E dizia: “Quem pretende chegar ao cume da pobreza deve renunciar não somente à prudência segundo o mundo, mas também às letras e às ciências; assim despojado daquilo que ainda é uma forma de posse, proclamará o poder do Senhor (cf. SI 73,15-16) e se oferecerá nu ao abraço do Crucificado.
Aquele que guarda sua reservazinha de amor-próprio no íntimo do coração ainda não renunciou inteiramente ao mundo”.
Nos seus sermões aos irmãos sobre a pobreza, muitas vezes citava esta passagem do Evangelho: “As raposas têm suas covas e os pássaros seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça” (Mt 8,20).
Daí concluía que os irmãos não devem construir senão casas pequenas e pobres, como os pobres fazem, nem se instalar nelas como proprietários mas comportar-se como peregrinos e estrangeiros na casa dos outros. Ser peregrino, dizia ele, é ser recebido na casa dos outros, ter nostalgia da pátria e irradiar a paz à sua passagem.
Mandava mesmo derrubar casas já construídas ou fazia sair delas os irmãos, quando as considerava contrárias à pobreza evangélica por terem os irmãos aceite a propriedade deles ou exagerado o seu conforto. Para ele a pobreza era a pedra fundamental da Ordem, fundamento de todo esse edifício que permanecerá sólido enquanto ela for sólida e se um dia ela desaparecer, ficará completamente destruído.
“Para se entrar na vida religiosa, ensinava ele de acordo com uma revelação, é preciso começar praticando esta palavra do Evangelho: ‘Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que possuis e dá-o aos pobres”’ (Mt 19,21).  
Por essa razão só admitia à Ordem aquele que houvesse renunciado à propriedade e nada absolutamente, retivesse para si.
Assim se conformava ao Evangelho e evitava o escândalo que provocaria o costume das bolsas particulares.
Um homem da Marca de Ancona pediu-lhe um dia admissão na Ordem. “Se quiseres partilhar a vida dos pobres de Cristo, disse-lhe Francisco, distribui entre os pobres do mundo tudo o que possuis”.
Ao ouvir isso, retirou-se ele, distribuiu seus bens à própria família e os pobres ficaram sem nada. Era um amor bem carnal que assim o fazia agir. Voltou ele e contou tudo ao santo, que o repreendeu duramente:
“Segue teu caminho, irmão Mosca. Nunca deixaste a tua casa ou a tua família. Repartiste os teus bens com a parentela e defraudaste os pobres. Não és, pois, digno de viver com os pobres evangélicos. Começaste por espírito carnal: para um edifício espiritual é um fundamento que não vale nada!”
Voltou o homem carnal para os seus, exigiu de volta os bens que havia deixado e que não quis distribuir aos pobres, abandonando assim imediatamente seus propósitos de virtude.

3. Em outra época, vivia a comunidade de Santa Maria da Porciúncula em tanta miséria que nada tinham para oferecer aos irmãos que chegavam de visita.
O vigário de Francisco aproximou-se dele e falou-lhe da penúria que sofriam e pediu-lhe permissão para reservar algo dos bens dos noviços que entravam na Ordem para poderem recorrer a esses bens quando parecesse indispensável. Francisco, que tinha a protecção da divina Sabedoria, replicou:
“Irmão caríssimo, Deus proibiu que atentássemos contra a Regra por qualquer motivo que seja. Se a situação é precária, prefiro que se suprimam os adornos do altar da gloriosa Virgem ao menor atentado contra o voto de pobreza e observância do Evangelho. Pois a bem-aventurada Virgem Maria ficará muito mais satisfeita se, despojando embora o seu altar, seguirmos perfeitamente os conselhos do santo Evangelho do que se, enfeitando o seu altar, transgredirmos os conselhos que seu Filho nos deixou e nós prometemos seguir”.

4. Andando o santo certo dia com um companheiro através da Apúlia, viu, ao sair da cidade de Bari, no caminho, uma bolsa que parecia repleta de dinheiro. O companheiro insistiu com o pobrezinho de Cristo que seria conveniente recolher do chão aquela bolsa e distribuir o dinheiro aos pobres. Francisco recusou ouvir esse pedido, suspeitando que naquela bolsa se escondia, sem dúvida, alguma cilada diabólica. Por isso julgava que o companheiro lhe estava aconselhando uma coisa não meritória, ou até mesmo pecaminosa, isto é, apoderar-se do alheio a pretexto de o dar aos pobres. Por esta recusa afastaram-se daquele lugar e apressaram o passo continuando a viagem começada.
Mas aquele irmão não ficou tranquilo, levado de uma falsa piedade, chegando mesmo ao extremo de repreender a Francisco e acusá-lo de não querer socorrer as necessidades dos pobres.
Importunado com tanta insistência, consentiu o santo em voltar ao local mencionado, não para satisfazer o irmão, mas para pôr à luz o ardil do demónio. Volta até a bolsa com o irmão e um jovem que passava; põe-se em oração e ordena a seu companheiro que pegue o dinheiro. O irmão tremia já de medo, pois começava a pressentir uma aparição do demónio; mas forçado pelo preceito da santa obediência, pôs de lado toda dúvida e estendeu a mão para pegar o dinheiro.
No mesmo instante, uma serpente descomunal saiu da bolsa e, ao desaparecer, no mesmo instante, levou-a consigo, ficando bem claro o ardil do demónio. Uma vez desmascarada a dita astúcia, disse Francisco a seu companheiro:
“O dinheiro, irmão caríssimo, para os servos de Deus é apenas o demónio e uma serpente venenosa!”

5. Depois disso, ao dirigir-se à cidade de Sena por motivo urgente, aconteceu ao santo um facto extraordinário.
Três senhoras pobres, perfeitamente semelhantes de estatura, idade e semblante, saíram-lhe ao encontro na grande planície que se estende entre Campiglia e San Quirico, as quais o saudaram de um modo completamente inusitado:
“Seja bem-vinda a Senhora Pobreza”.
A essas palavras, uma alegria inefável inundou o coração apaixonado daquele amante da Pobreza, pois se houvesse nele qualquer virtude a saudar, nenhuma outra melhor existiria.
Tendo elas desaparecido subitamente, os companheiros de Francisco, ao considerar nas três senhoras semelhança tão admirável e a surpresa de tal aparição, a forma que usaram de saudação e o repentino desaparecimento delas, julgaram com toda razão que nisso tudo se ocultava algum segredo misterioso relacionado com o santo fundador.
De facto, essas três senhoras pobres com traços tão semelhantes, saudação tão estranha e desaparecimento tão inesperado, podem perfeitamente simbolizar a perfeição evangélica, cuja tríplice beleza: pobreza, castidade e obediência, resplandecia igualmente no homem de Deus, que havia preferido orgulhar-se na pobreza.
Tinha como um privilégio e ora a chamava sua mãe, ora sua esposa, ora sua senhora. Na pobreza buscava Francisco superar a todos os outros, ele que aprendera da própria pobreza a se considerar inferior a todos. Se lhe acontecia encontrar alguma pessoa mais pobre que ele, ao menos na aparência, logo se censurava e se empenhava a ser também como ela, como se tivesse medo de ser vencido pelo outro na amorosa porfia da pobreza.
Certa ocasião, sucedeu-lhe encontrar um pobre. Vendo-lhe a nudez, compadeceu-se profundamente dele, e voltando-se ao companheiro, com voz lastimosa lhe disse:
“Que vergonha deve causar-nos, irmãos, a nudez deste mendigo!
Escolhemos a pobreza como nossa riqueza mais estimada, e eis que neste homem ela resplandece muito mais do que em nós”.


São Boaventura

(cont)

(Revisão da versão portuguesa por AMA)

Pequena agenda do cristão

Sexta-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:

Contenção; alguma privação; ser humilde.


Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.

Lembrar-me:
Filiação divina.

Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?





Quem ama a Deus dá-se a si mesmo


O tempo é o nosso tesouro, o "dinheiro" para comprarmos a eternidade. (Sulco 882)

Que pena viver tendo como ocupação matar o tempo, que é um tesouro de Deus! Não há desculpas para justificar essa actuação. Que ninguém diga: só tenho um talento, não posso ganhar nada. Também com um só talento podes agir de modo meritório. Que tristeza não tirar partido, autêntico rendimento de todas as faculdades, poucas ou muitas, que Deus concede ao homem para que se dedique a servir as almas e a sociedade!

Quando o cristão mata o seu tempo na Terra, coloca-se em perigo de matar o seu Céu, se, pelo seu egoísmo, se retrai, se esconde, se despreocupa. Quem ama a Deus, não entrega só o que tem, o que é, ao serviço de Deus: dá-se a si mesmo. Não vê – em perspectiva rasteira – o seu eu na saúde, no nome, na carreira. (Amigos de Deus, 46)

Evangelho e comentário


Tempo comum


Evangelho: Lc 12, 54-59

54 Dizia também às multidões: «Quando vedes uma nuvem levantar-se do poente, dizeis logo: ‘Vem lá a chuva’; e assim sucede. 55 E quando sopra o vento sul, dizeis: ‘Vai haver muito calor’; e assim acontece. 56 Hipócritas, sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu; como é que não sabeis reconhecer o tempo presente?» 57 «Porque não julgais por vós mesmos, o que é justo? 58 Por isso, quando fores com o teu adversário ao magistrado, procura resolver o assunto no caminho, não vá ele entregar-te ao juiz, o juiz entregar-te ao oficial de justiça e o oficial de justiça meter-te na prisão. 59 Digo-te que não sairás de lá, antes de pagares até ao último centavo.»


Comentário:

Parece ser atávica esta tendência que todos – mais ou menos – temos para fazer juízos a propósito ou a despropósito.

É verdade, também, que a maior parte das vezes o fazemos interiormente e não manifestamos o que nos vais no pensamento.
(Diria que… “do mal o menos”)

Mas, de facto, que direito, ou categoria, ou estatuto temos para julgar seja o que for a não ser a avaliação do que nos diz respeito pessoal: o que pensamos, o que fazemos, etc.?

Neste caso sim, mas não se tratará de um julgamento, mas de um exame, o que é útil e conveniente.

Tudo o resto deve ser evitado liminarmente porque é uma usurpação de um privilégio que só a Deus cabe exercer.



(AMA, comentário sobre Lc 12, 54-59, 27.10.2017)




Doutrina – 456


CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
Compêndio


PRIMEIRA SECÇÃO
A ECONOMIA SACRAMENTAL


CAPÍTULO SEGUNDO

A CELEBRAÇÃO SACRAMENTAL DO MISTÉRIO PASCAL


CELEBRAR A LITURGIA DA IGREJA

Quem celebra?


Pergunta:

235. Como é que a Igreja na terra celebra a liturgia?


Resposta:


A Igreja, na terra, celebra a liturgia, como povo sacerdotal, no qual cada um actua segundo a própria função, na unidade do Espírito Santo: os baptizados oferecem-se em sacrifício espiritual; os ministros ordenados celebram segundo a Ordem recebida para o serviço de todos os membros da Igreja; os Bispos e os presbíteros agem na pessoa de Cristo Cabeça.