16/05/2013

Evangelho diário e comentário

Tempo de Páscoa
VII Semana


Evangelho: Jo 17, 20-26

20 «Não rogo somente por eles, mas também por aqueles que hão-de acreditar em Mim por meio da sua palavra, 21 para que todos sejam um, como Tu, Pai, estás em Mim e Eu em Ti, para que também eles sejam um em Nós, a fim de que o mundo acredite que Me enviaste. 22 Dei-lhes a glória que Me deste, para que sejam um, como também Nós somos um: 23 Eu neles e Tu em Mim, para que a sua unidade seja perfeita e para que o mundo conheça que Me enviaste e que os amaste como Me amaste. 24 Pai, quero que, onde Eu estou, estejam também comigo aqueles que Me deste, para que contemplem a Minha glória, a glória que Me deste, porque Me amaste antes da criação do mundo. 25 Pai justo, o mundo não Te conheceu, mas Eu conheci-Te e estes conheceram que Me enviaste. 26 Dei-lhes e dar-lhes-ei a conhecer o Teu nome, a fim de que o amor com que Me amaste, esteja neles e Eu neles».

Comentário:

Proliferam por esse mundo as chamadas ‘igrejas’ de Jesus Cristo.
Mas, de facto há uma só: a Igreja Católica Apostólica Romana.
Católica porque é universal, para todos sem excepção de ninguém.
Apostólica porque assenta nos Apóstolos de Jesus Cristo que dele receberam a missão de a propagar pelo mundo.
Romana porque em Roma reside o Papa, a cabeça e chefe visível desta mesma Igreja, que a governa e conduz em nome de Jesus Cristo que é a verdadeira cabeça da Igreja que Ele próprio fundou e cujas ‘chaves’ entregou a Pedro e aos seus sucessores.

(AMA, comentário sobre Jo 17, 20-26, 2013.04.24)

Leitura espiritual para 16 Maio


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.

Para ver, clicar SFF.

Pequena agenda do cristão



Quinta-Feira

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)

Propósito: Participar na Santa Missa.

Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse.Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.

Lembrar-me: Comunhões espirituais.

Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos

Pequeno exame: Cumpri o propósito e lembrei-me do que me propus ontem?


COMUNHÃO ESPIRITUAL

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Aproxima-se o momento da comunhão!
À tua mente assoma um breve sentimento de revolta. Por causa da tua situação familiar não podes receber a comunhão eucarística.
E isso dói-te, profundamente, porque o teu desejo, a tua vontade de receber o Senhor, é maior do que o que tu podes conter.
Ouves as palavras e reza-las também:
«Senhor eu não sou digno que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e eu serei salvo.»
Vem à tua memória a passagem bíblica, (Lc 7, 1-10), onde está inscrita esta oração.
Aquele centurião romano acreditava que, mesmo não sendo digno, (não podendo), de receber o Senhor em sua casa, mesmo assim o Senhor não deixaria de o ouvir e de atender o seu pedido segundo a sua vontade.
Com efeito, a consciência de que não era digno, (digno ninguém é de O receber), ou melhor, não podendo receber o Senhor em sua casa, leva-o a conformar-se com esse impedimento, e assim está em comunhão com a vontade do Senhor.
Assim o seu pedido, «dizei uma palavra e o meu servo será curado», já é também uma conformidade com a vontade de Deus, e, por isso mesmo, um pedido atendido, porque é da vontade d’Aquele que o concede, porque só Ele o pode conceder.
Percebes então, que o Senhor não precisou de se deslocar àquela casa, não precisou de tocar fisicamente aquele que estava enfermo, para que, por sua vontade ele fosse curado, ele fosse salvo.
Dentro de ti desponta então esta certeza que vai tomando conta de ti: Embora eu não O possa receber fisicamente, embora eu não O possa receber na comunhão eucarística, Ele não deixará de dizer uma palavra para minha salvação, assim eu o peça com fé, e segundo a sua vontade.
Disposto a isso, deixas-te envolver no momento, e caminhas na tua imaginação com aqueles que vão receber o Corpo e Sangue do Senhor, porque dentro de ti, começas a acreditar, ou melhor, já acreditas, que também tu, pela infinita misericórdia de Deus, O vais receber espiritualmente, e assim Ele vai actuar em ti e conduzir-te no Caminho, na Verdade e na Vida que Ele é, ajudando-te a perceber como viver a tua situação particular de vida.
Desejas recebê-Lo, e fazes disso mesmo a tua inteira vontade, porque ao recebê-Lo sabes bem que Ele te vai iluminar, conduzir e fortalecer, para melhor viveres a vida que te foi dada, nas circunstâncias que agora vives.
E se esse desejo é tão grande em ti, então é porque a tua fé é grande também, e é grande porque acreditas que naquela hóstia, ou melhor, pela consagração na Eucaristia, o Senhor Jesus Cristo se faz real e verdadeiramente presente.
E ao acreditares nessa verdade da fé, não te conformas já tu com a vontade de Deus, não te abres já tu à comunhão com Deus, ao permanecer em Deus, para além da tua situação particular?
E não é também esta comunhão espiritual um formidável acto de caridade/amor?
Amor ao Senhor, amor a Deus!
Amor à Igreja, com a qual te queres conformar aceitando a tua particular situação!
Amor aos teus irmãos, ao teu próximo, sobretudo aos mais novos, não os confundindo, pois se te aproximasses da comunhão eucarística, que eles te sabem vedada pela tua própria situação, poderiam ficar descrentes do que lhes foi/é ensinado.
Começas a compreender que essa tua imensa vontade, (esse teu quase incontrolável desejo de receber o Senhor), alicerçado na fé de acreditares que Ele ali se faz presente, vivido no amor a Deus e ao próximo, te faz comungar espiritualmente o Senhor, e que, perante a tua abertura de coração, Ele diz a tal palavra que te conduzirá no caminho da salvação.
E admiras-te, porque no teu coração dás graças a Deus pela tua situação particular, que afinal te leva a ter tão grande consciência da presença real de Jesus Cristo na Eucaristia.
Desponta mesmo em ti uma pergunta sincera: Será que se não vivesses esta tua situação familiar particular, terias tão grande consciência do acontecimento extraordinário que é Deus dar-se como alimento ao homem e este poder-se alimentar do próprio Deus?
Olhas para aqueles que comungam e já não os invejas, antes pelo contrário, pedes por eles e por ti, para que o Senhor desperte nos corações de cada um, um amor cada vez mais forte e verdadeiro.
E sentes-te comunhão com eles!
Afinal, tu és Igreja também!
Assim o ensina a própria Igreja. Está-te vedada a comunhão eucarística, mas Deus está contigo, verdadeiramente, e tu és pedra viva da Igreja do Senhor.
E descobres em ti esse sentimento de te fazeres conforme a vontade Deus, conforme o ensinamento da Igreja, e encontras em ti uma humildade que não conhecias, fruto da obediência de amor a que te entregaste.
E dentro do teu coração, explode a oração:
Glória ao Senhor, agora e para sempre!
Creio no Pai, no Filho e no Espírito Santo, e creio na Igreja que é comunhão e me faz comunhão.
Amen.
Marinha Grande, 6 de Maio de 2013
Joaquim Mexia Alves
Nota:
Este texto é fruto da experiência que vivi durante alguns anos da minha vida. Foi um caminho ao encontro do Pão Vivo descido do Céu, um encontro com o Senhor realmente presente, que se faz sempre encontrado de muitas e variadas maneiras, por aqueles que de coração aberto O procuram.
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Resumos da Fé cristã



TEMA 18. O Baptismo e a Confirmação
O Baptismo outorga ao cristão a justificação. Com a Confirmação completa-se o património baptismal com os dons sobrenaturais da maturidade cristã.

Baptismo

1. Fundamentos bíblicos e instituição

De entre as numerosas prefigurações vetero-testamentárias do Baptismo, destaca-se o dilúvio universal, a travessia do Mar Vermelho e a circuncisão, visto se encontrarem explicitamente mencionadas no Novo Testamento ao aludirem a este sacramento (cf. 1 Pe 3, 20-21; 1 Cor 10, 1; Cl 2, 11-12). Com S. João Baptista, o ricto da água, ainda sem eficácia salvadora, une-se à preparação doutrinal, à conversão e ao desejo da graça, pilares do futuro catecumenato.

Jesus é baptizado nas águas do rio Jordão no início do Seu ministério público (cf. Mt 3, 13-17), não por necessidade, mas por solidariedade redentora. Nessa ocasião fica definitivamente indicada a água como elemento material do signo sacramental. Além disso, abrem-se os céus, desce o Espírito Santo em forma de pomba e ouve-se a voz de Deus Pai que confirma a filiação divina de Cristo: acontecimentos que revelam nos primórdios da futura Igreja o que depois se realizará sacramentalmente nos seus membros.

Depois disso, teve lugar o encontro com Nicodemos, durante o qual Jesus afirma o vínculo pneumatológico que existe entre a água baptismal e a salvação, daí a sua necessidade: «quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus» (Jo 3, 5).

O mistério pascal confere ao baptismo o seu valor salvífico. Jesus, com efeito, «já tinha falado da sua paixão, que ia sofrer em Jerusalém, como dum “baptismo” com que devia ser baptizado (Mc 10, 38; cf. Lc 12, 50). O sangue e a água que manaram do lado aberto de Jesus crucificado são tipos do Baptismo e da Eucaristia, sacramentos da vida nova» (Catecismo, 1225).

Antes de subir aos céus, o Senhor disse aos Apóstolos: «Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos, baptizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado» (Mt 28, 19-20). Este mandato é seguido fielmente a partir do Pentecostes e marca o sentido primordial da evangelização, que continua a ser actual.

Comentando estes textos, disse S. Tomás de Aquino que a instituição do Baptismo foi múltipla: no que se refere à matéria, no Baptismo de João; a sua necessidade foi afirmada em Jo 3, 5; o seu começou quando Jesus enviou os seus discípulos a pregar e a baptizar; a sua eficácia provém da Paixão; a sua difusão foi imposta em Mt 28, 19 1.

philip goyret

E, com esse convívio, gerar-se-á o Amor


O único meio de conhecer Jesus: privar com Ele! N'Ele encontrarás sempre um Pai, um Amigo, um Conselheiro e um Colaborador para todas as actividades honestas da tua vida quotidiana... E, com esse convívio, gerar-se-á o Amor. (Sulco, 662)

Se procuras meditar, o Senhor não te negará a sua assistência. Fé e obras de fé! Obras, porque o Senhor – tu já reparaste nisso desde o princípio e eu já to fiz notar a seu tempo – cada dia é mais exigente. Isto já é contemplação e união; e assim há-de ser a vida de muitos cristãos, avançando cada um pela sua própria via espiritual – são infinitas – no meio dos afazeres deste mundo, mesmo sem se darem conta disso.

Uma oração e uma conduta que não nos afastam das nossas actividades correntes, que nos conduzem a Nosso Senhor no meio dos nossos nobres empenhos terrenos. Ao elevar a Deus todas essas ocupações, a criatura diviniza o mundo. Tenho falado tantas vezes do mito do rei Midas que convertia em ouro tudo aquilo em que tocava! Podemos converter em ouro de méritos sobrenaturais tudo o que tocamos, apesar dos nossos erros pessoais.

Assim actua o Nosso Deus. Quando aquele filho regressa, depois de ter gasto o seu dinheiro, vivendo mal, depois – sobretudo – de se ter esquecido do pai, o pai diz: depressa, trazei aqui o vestido mais rico e vesti-lho e colocai-lhe um anel no dedo; calçai-lhe as sandálias. Tomai um vitelo gordo, matai-o e comamos e celebremos um banquete. O Nosso Pai, Deus, quando recorremos a Ele com arrependimento, tira riqueza da nossa miséria e força da nossa debilidade. Que preparará para nós, se não O abandonarmos, se O procurarmos todos os dias, se Lhe dirigirmos palavras carinhosas confirmadas pelas nossas acções, se Lhe pedirmos tudo, confiados na Sua omnipotência e na Sua misericórdia? (Amigos de Deus, nn. 308–309)

Tratado das paixões da alma 28





Questão 28: Dos efeitos do amor.
Art. 5 – Se o amor é paixão lesiva.

(III Sent., dist. XXVII, q. 1, a . 1, ad 4).



O quinto discute-se assim. ― Parece que o amor é uma paixão lesiva.