28/07/2015

NUNC COEPI o que pode ver em 28 Jul

O que pode ver em NUNC COEPI em Jul 28

São Josemaria – Textos

Experiência espiritual, Guillermo de Saint-Thierry

AMA - Comentários ao Evangelho Mt 13 36-43, Leit. Espiritual (Amigos de Deus), São Josemaria Escrivá

Bento XVI - Pensamentos espirituais

Defesa da vida, Quinto Mandamento


Agenda Terça-Feira

Defesa da vida

O quinto mandamento do Decálogo

3. O respeito pela vida humana

3.2. O aborto

«A vida humana deve ser respeitada e protegida, de modo absoluto, a partir do momento da concepção» [i].
Não é admissível nenhuma discriminação, nem sequer a fundada nas diferentes fases do desenvolvimento da vida.
Em situações conflituosas, é determinante a pertença natural à espécie biológica humana.
Com isto não se impõe à investigação biomédica limites diferentes dos que a dignidade humana estabelece para qualquer outro campo da actividade do homem.

«O aborto directo, isto é, querido como fim ou como meio, constitui sempre uma desordem moral grave enquanto morte deliberada de um ser humano inocente» [ii].
A expressão como fim ou como meio compreende as duas modalidades da voluntariedade directa: neste caso, o que actua quer conscientemente matar, e por isso realiza tal acção.

«Nenhuma circunstância, nenhum fim, nenhuma lei no mundo poderá jamais tornar lícito um acto que é intrinsecamente ilícito, porque contrário à Lei de Deus, inscrita no coração de cada homem, reconhecível pela própria razão, e proclamada pela Igreja» [iii].
O respeito pela vida deve ser reconhecido como o limite que nenhuma actividade individual ou estatal pode ultrapassar.
O direito inalienável da pessoa humana inocente à vida é elemento constitutivo da sociedade civil e da sua legislação e, como tal, deve ser reconhecido e respeitado tanto por parte da sociedade como da autoridade política [iv],[v].

Assim, podemos afirmar que «a autoridade é exigência da ordem moral e promana de Deus, caso os governantes legislarem ou prescreverem algo contra essa ordem e, portanto, contra a vontade de Deus, essas leis e essas prescrições não podem obrigar a consciência dos cidadãos», mais ainda, «a própria autoridade deixa de existir, degenerando em abuso do poder» [vi].
Tanto assim é que «leis deste tipo não só não criam obrigação alguma para a consciência, como, ao contrário, geram uma grave e precisa obrigação de opor-se a elas através da objecção de consciência» [vii] .

«Uma vez que deve ser tratado como pessoa desde a concepção, o embrião terá de ser defendido na sua integridade, tratado e curado, na medida possível, como qualquer outro ser humano» [viii].

(cont)



[i] Catecismo, 2270
[ii] João Paulo II, Enc. Evangelium Vitae, 25-III-95, 62.
[iii] João Paulo II, Enc. Evangelium Vitae, 25-III-95, 62. É tal a gravidade do crime do aborto, que a Igreja sanciona este delito com a pena canónica de excomunhão latae sententiae (cf. Catecismo, 2272).
[iv] cf. Catecismo, 2273
[v] Estes «direitos do homem não dependem nem dos indivíduos singularmente, nem dos pais e tampouco representam uma concessão da sociedade e do Estado. Eles pertencem à natureza humana e são inerentes à pessoa por força do acto criador do qual ela se origina (…). No momento em que uma lei positiva priva uma categoria de seres humanos da protecção que a legislação civil deveria conceder-lhes, o Estado nega a igualdade de todos perante a lei. Quando o Estado não põe a sua força ao serviço dos direitos de cada um dos cidadãos, e, particularmente, de quem é mais fraco, são ameaçados os próprios fundamentos de um Estado de direito». (Congregação para a Doutrina da Fé, Instr. Donum Vitae, 22-II-87, 3).
[vi] João XXIII, Enc. Pacem in Terris, 11-IV-63, 51.
[vii] João Paulo II, Enc. Evangelium Vitae , 25-III-95, 73.
[viii] Catecismo, 2274

Evangelho, comentário, L. Espiritual



Tempo comum XVII Semana


Evangelho: Mt 13, 36-43

36 Então, despedido o povo, foi para casa, e chegaram-se a Ele os Seus discípulos, dizendo: «Explica-nos a parábola do joio no campo». 37 Ele respondeu: «O que semeia a boa semente é o Filho do Homem. 38 O campo é o mundo. A boa semente são os filhos do reino. O joio são os filhos do Maligno. 39 O inimigo que o semeou é o demónio. O tempo da ceifa é o fim do mundo. Os ceifeiros são os anjos. 40 De maneira que, assim como é colhido o joio e queimado no fogo, assim acontecerá no fim do mundo. 41 O Filho do Homem enviará os Seus anjos e tirarão do Seu reino todos os escândalos e os que praticam a iniquidade, 42 e lançá-los-ão na fornalha de fogo. Ali haverá choro e ranger de dentes. 43 Então resplandecerão os justos como o sol no reino de seu Pai. O que tem, ouvidos para ouvir, oiça.

Comentário:

Olho para um escaparate onde estão expostas revistas aos olhos dos passantes.
Jornais, publicações várias e “Revistas só para homens” – pergunta-se: que homens? -, enfim, uma amálgama de páginas e páginas ali expostas como se tivessem sido despejadas de um saco ou atiradas com uma pá sem qualquer preocupação ou critério.

Olho, e vejo essa sementeira estranha, de sementes absolutamente estéreis que não vão produzir nada, outras se utilidade ou inócuas, e outras ainda que são o autêntico joio de que nos fala o Evangelho, ali metidas, no meio das outras, as sugestivas porcarias das capas sugerindo a uma espreitadela rápida à imundície do interior.

(ama, comentário sobre Mt 13, 36-43, 2010.06.29)

Leitura espiritual




São Josemaria Escrivá

Amigos de Deus

196 
      
Jesus, parando, mandou chamá-lo.
E alguns dos melhores que o rodeiam, dirigem-se ao cego: Tem confiança; levanta-te; Ele chama-te.
É a vocação cristã!
Mas, na vida de cada um de nós, não há apenas um chamamento de Deus.
O Senhor procura-nos a todo o instante: levanta-te - diz-nos - e sai da tua preguiça, do teu comodismo, dos teus pequenos egoísmos, dos teus problemazinhos sem importância.
Desapega-te da terra; estás aí rasteiro, achatado e informe.
Ganha altura, peso, volume e visão sobrenatural.

Aquele homem, deitando fora a capa, levantou-se de um salto e foi ter com Jesus.
Atirou a capa!
Não sei se estiveste alguma vez na guerra.
Há já muitos anos, tive ocasião de andar por um campo de batalha, algumas horas depois de ter acabado a luta.
Lá havia, abandonados pelo chão, mantas, cantis e mochilas cheias de recordações de família: cartas, fotografias de pessoas queridas... E não pertenciam aos derrotados, mas aos vitoriosos!
Tudo aquilo lhes sobrava para correrem mais depressa e saltarem as trincheiras do inimigo.
Tal como acontecia com Bartimeu, para correr atrás de Cristo.

Não te esqueças de que, para chegar até Cristo, é preciso o sacrifício.
Deitar fora tudo o que estorva: manta, mochila, cantil. Tens de proceder da mesma maneira nesta luta pela glória de Deus, nesta luta de amor e de paz, com que procuramos difundir o reinado de Cristo. Para servires a Igreja, o Romano Pontífice e as almas, deves estar disposto a renunciar a tudo o que sobeja; a ficar sem essa manta, que é abrigo para as noites frias, sem essas recordações queridas da família e sem o refrigério da água.
Lição de fé, lição de amor, porque é assim que se tem de amar Cristo.

197
         
Fé com obras

E imediatamente começa um diálogo divino, um diálogo maravilhoso, que comove, que abrasa, porque tu e eu somos agora Bartimeu.
Da boca divina de Cristo sai uma pergunta: quid tibi vis faciam?
Que queres que te faça?
E o cego: Mestre, faz que eu veja.
Que coisa mais lógica!

E tu, vês?
Não te aconteceu já, alguma vez, o mesmo que a esse cego de Jericó?
Não posso agora deixar de recordar que, ao meditar nesta passagem há já muitos anos e ao compreender então que Jesus esperava alguma coisa de mim - algo que eu não sabia o que era! - compus para mim, umas jaculatórias:
Senhor, que queres?
Que me pedes?
Pressentia que me procurava para uma realidade nova e o Rabboni, ut videam - Mestre, que eu veja - levou-me a suplicar a Cristo, numa oração contínua: Senhor, que se faça isso que Tu queres.

198
         
Rezai comigo ao Senhor: doce me facere voluntatem tuam, quia Deus meus es tu, ensina-me a cumprir a tua Vontade, porque Tu és o meu Deus.
Por outras palavras: que brote dos nossos lábios o afã sincero por corresponder, com um desejo eficaz, aos convites do nosso Criador, procurando seguir os seus desígnios com uma fé inquebrantável, com a convicção de que Ele não pode falhar.

Amando deste modo a Vontade divina, percebemos como o valor da fé não consiste apenas na clareza com que se expõe, mas também na resolução de a defender com obras.
Assim, agiremos de acordo com ela.

Mas voltemos à cena que se desenrola à saída de Jericó.
Agora é contigo que Cristo fala.
Diz-te: que queres de Mim?
Que eu veja, Senhor, que eu veja!
E Jesus: Vai, a tua fé te salvou.
Nesse mesmo instante, começou a ver e seguia-o pelo caminho. Segui-lo pelo caminho.
Tu tomaste conhecimento do que o Senhor te propunha e decidiste acompanhá-lo pelo caminho.
Tu procuras seguir os seus passos, vestir-te com as vestes de Cristo, ser o próprio Cristo: portanto, a tua fé - fé nessa luz que o Senhor te vai dando - deverá ser operativa e sacrificada.
Não te iludas, não penses em descobrir novas formas.
É assim a fé que Ele nos pede: temos de andar ao seu ritmo com obras cheias de generosidade, arrancando e abandonando tudo o que seja estorvo.

199
        
Fé e humildade

Agora é S. Mateus quem nos descreve um quadro comovedor.
Eis que uma mulher, que, havia doze anos, padecia de um fluxo de sangue, se chegou por detrás dele e tocou a fímbria do seu manto. Que humildade a desta mulher!
Dizia dentro de si: Basta que eu toque somente o seu manto para ficar curada.
Nunca faltam doentes que imploram, como Bartimeu, com uma fé grande, e que não têm pejo em confessá-la aos gritos.
Mas reparai como, no caminho de Cristo, não há duas almas iguais. Grande é também a fé desta mulher, e não grita: aproxima-se sem que ninguém a note.
Basta-lhe tocar ao de leve o traje de Jesus, porque tem a certeza de que será curada.
E ainda mal tinha acabado de fazê-lo, quando Nosso Senhor se volta e a olha.
Já sabe o que se passa no interior daquele coração.
Apercebeu-se da sua segurança: Tem confiança, filha, a tua fé te salvou.

Tocou com delicadeza a orla do manto, aproximou-se com fé, acreditou e soube que tinha sido curada...
Também nós, se queremos salvar-nos, devemos tocar com fé o manto de Cristo.
Estás bem persuadido de como há-de ser a nossa fé?
Humilde.
Quem és tu, quem sou eu, para merecer este chamamento de Cristo? Quem somos nós, para estar tão perto dele?
Tal como àquela pobre mulher no meio da multidão, ofereceu-nos uma oportunidade.
E não só para tocar um pouco do seu traje ou, num breve momento, a ponta do seu manto, a orla.
Temo-lo a ele próprio.
Entrega-se-nos totalmente, com o seu Corpo, com o seu Sangue, com a sua Alma e com a sua Divindade.
Comemo-lo todos os dias, falamos intimamente com Ele, como se fala com um pai, como se fala com o Amor.
E isto é verdade.
Não são imaginações.

200
         
Procuremos que aumente a nossa humildade.
Porque só uma fé humilde permite que tenhamos visão sobrenatural. Não existe outra alternativa.
Só são possíveis dois modos de viver na terra: ou se vive vida sobrenatural ou vida animal.
E tu e eu não podemos viver senão a vida de Deus, a vida sobrenatural.
Que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua alma.
Que proveito terá para o homem tudo o que existe na terra, todas as ambições da inteligência e da vontade? Que vale tudo isto, se tudo se acaba, se tudo se desfaz, se são bambolinas de teatro todas as riquezas deste mundo terreno, se depois é a eternidade para sempre, para sempre, para sempre?

Este advérbio - sempre - tornou grande Teresa de Jesus. Quando ela - em criança - saía pela porta do rio Adaja, atravessando as muralhas da cidade acompanhada por seu irmão Rodrigo, com o intuito de chegar a terras de moiros, para que os decapitassem por amor de Cristo, ia segredando ao irmão que já dava mostras de cansaço: para sempre, para sempre, para sempre.

Mentem os homens ao dizer para sempre em coisas temporais. Só é verdade, com uma verdade total, o para sempre em relação a Deus.
E assim hás-de viver tu, com uma fé que te ajude a sentir sabor de mel, doçura de céu, ao pensares na eternidade, que é, de verdade, para sempre.

201
        
Vida corrente e contemplação

Voltemos ao Santo Evangelho e detenhamo-nos no que refere S. Mateus, no capítulo vigésimo primeiro.
Conta-nos que Jesus, quando voltava para a cidade, teve fome.
Vendo uma figueira junto do caminho, aproximou-se dela.
Que alegria, Senhor, ver-te com fome, ver-te também sedento, junto do poço de Sicar!
Contemplo-te perfectus Deus, perfectus homo: verdadeiro Deus, mas também verdadeiro homem, com carne como a minha.
Aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, para que eu nunca mais duvidasse de que Ele me compreende e me ama.

Teve fome.
Sempre que nos cansemos - no trabalho, no estudo, na tarefa apostólica - sempre que no horizonte haja trevas, então é preciso olhar Cristo: Jesus bom, Jesus cansado, Jesus faminto e sedento.
Como te fazes compreender bem, Senhor!
Como te fazes amar!
Mostras-te igual a nós em tudo, excepto no pecado, para que sintamos que contigo poderemos vencer as nossas más inclinações e as nossas culpas.
Efectivamente, não têm importância o cansaço, a fome, a sede, as lágrimas...
Cristo cansou-se, passou fome, teve sede, chorou.
O que importa é a luta - uma luta amável, porque o Senhor permanece sempre a nosso lado - para cumprir a vontade do Pai que está nos céus.

(cont)




Bento VXI – Pensamentos espirituais 61

O canto e o voo



A imagem do pássaro [i] é uma imagem jubilosa, através da qual o salmista nos dá a entender que toda a sua vida se transformou num cântico. Pode cantar e voar. O próprio canto é quase um voo, uma elevação para Deus, uma certa forma de antecipação cia eternidade, quando poderemos «cantar continuamente os louvores do Senhor».


Discurso no final do concerto do Coro da Sé de Ratisbona, (22.Out.05)

(in “Bento XVI, Pensamentos Espirituais”, Lucerna 2006)




[i] cfr. SI 84 (83), 4

Primeira condição: trabalhar, e trabalhar bem!

Se queremos de verdade santificar o trabalho, é preciso cumprir iniludivelmente a primeira condição: trabalhar, e trabalhar bem!, com seriedade humana e sobrenatural. (Forja, 698)

Na vossa ocupação profissional, corrente e ordinária, encontrareis a matéria – real, consciente, valiosa – para realizar toda a vida cristã, para corresponder à graça que nos vem de Cristo.

Nas vossas ocupações profissionais, realizadas face a Deus, pôr-se-ão em jogo a Fé, a Esperança e a Caridade. Os incidentes, as relações e os problemas que o vosso trabalho traz consigo alimentarão a vossa oração. O esforço por cumprirdes os vossos deveres correntes será o modo de viverdes a Cruz, que é essencial para o Cristão. A experiência da vossa debilidade e os fracassos que existem sempre em todo o esforço humano dar-vos-ão mais realismo, mais humildade, mais compreensão com os outros. Os êxitos e as alegrias convidar-vos-ão a dar graças e a pensar que não viveis para vós mesmos, mas para o serviço dos outros e de Deus.


Para viver assim, para santificar a profissão, é necessário, primeiro que tudo, trabalhar bem, com seriedade humana e sobrenatural. (…) O milagre que o Senhor vos pede é a perseverança na nossa vocação cristã e divina, a santificação do trabalho de cada dia: o milagre de converter a prosa diária em decassílabos, em verso heróico, pelo amor com que realizais a vossa ocupação habitual. Aí vos espera Deus para que sejais almas com sentido de responsabilidade, com zelo apostólico, com competência profissional. (Cristo que passa, nn. 49–50)

Temas para meditar - 476

O necessário para comunicar a Fé


Quando começamos a compreender o sentido interior das Escrituras e a força dos mistérios e dos desígnios de Deus, não somente compreendemos mais, mas produz-se um conhecimento experimental da consciência, que lê em si própria e percebe a bondade e o poder de Deus.

Renova-se em nós o texto de João: “O que nós vimos e entendemos, o que as nossas mãos tocaram do Verbo da Vida”.

A experiência espiritual torna-nos, de algum modo, em “contemporâneos” de Cristo e provamos também o sabor da Sua divindade.



(GUILLERMO DE SAINT-THIERRY, Expérience espirituel, trad. AMA)

Pequena agenda do cristão


TeRÇa-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Aplicação no trabalho.

Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.

Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.

Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?