(Re Jo XIII …)
Hoje considero as palavras com que São João descreve a Última Ceia de Páscoa que Jesus comeu com os Seus mais próximos para me deter nas que descrevem Jesus a lavar dos pés dos discípulos.
Lavar os pés era uma tarefa destinada ao mais humilde dos servos e, Jesus, ao fazer tal humilha-se voluntáriamente aprestar esse serviço.
Pedro rebela-se contra esta atitude e rejeita-a mas, as palavras de Jesus faz com que reconsidere e Lhe peça que o faça.
Eu, que me considero uma pessoa importante, de relevo, sou capaz de prestar estes serviços a outros?
Considero que em lugar de “rebaixar-me” dou um exemplo de solidariedade, de humilde serviço?
Também como Pedro eu desejo que o Senhor me lave os pés, a cabeça, todo o meu corpo para que limpo possa tomar parte com Ele na Ventura Eterna.
Imagino-me sentado num lugar alto a observar tudo à minha volta. Principalmente a observar-me a mim.
Estou curioso e, ao mesmo tempo, expectante.
Será que olham para mim?
Reparam que eu estou ali?
Alguém está pendente do que eu possa dizer?
Convidaram-me porque gostam de mim?
E, envergonhado, avalio esta tremenda postura de orgulho que me irrita e faz mal.
Quero, desejo com todas as minhas forças ser simples, amável, simpático e agradecido.
Dizes-me: Meu filho, sê sério, porta-te bem, convence-te que as pessoas gostam de ti, que não querem que sejas outra coisa que aquilo que realmente és.
Vá! Desce do palanque e toma o teu lugar à mesa dos que querem a tua companhia.