Dei por ela durante a Santa Missa. Estava uns lugares à minha frente e apresentava aquele ar “familiar” de alguém que se conhece mas não se consegue situar nem no tempo nem no lugar.
Um ar distintíssimo de uma senhora com alguma idade, um não sei quê de imponente e, ao mesmo tempo, doce e afável.
Foi à saída que me chamou:
- Vous êtes António, n’est ce pas?
Imediatamente a reconheci:
- Bien sur je suis António et vous êtes la sœur de ma belle sœur Danny? [i]
A caminho da rua fomos conversando. Uma Senhora autêntica, com um porte e uma pronuncia francesa de “antigamente”, ou seja culta, correctíssima, distinta.
Um dos filhos é sacerdote Jesuíta e, o seu marido falecido há poucos anos, deixou escritos extraordinários que, um dia, publicarei em NUNC COEPI.
Gonzague Hériard du Breuil foi um santo na terra – a sua muito amada França – e é um santo no Céu!
Despedi-mo-nos e eu disse-lhe:
- _ Je vous en remercie beaucoup de m’avoir appelé!
Respondeu-me com um largo sorriso:
- - C’est pas mon habitude, je vous le dis !
[i] Danny é viúva do meu irmão mais velho Manuel José, outro santo no Céu.