25/10/2011

Hoje falei com a viúva de um santo!

Dei por ela durante a Santa Missa. Estava uns lugares à minha frente e apresentava aquele ar “familiar” de alguém que se conhece mas não se consegue situar nem no tempo nem no lugar.

Um ar distintíssimo de uma senhora com alguma idade, um não sei quê de imponente e, ao mesmo tempo, doce e afável.

Foi à saída que me chamou:

- Vous êtes António, n’est ce pas?

Imediatamente a reconheci:

- Bien sur je suis António et vous êtes la sœur de ma belle sœur   Danny? [i]

A caminho da rua fomos conversando. Uma Senhora autêntica, com um porte e uma pronuncia francesa de “antigamente”, ou seja culta, correctíssima, distinta.

Um dos filhos é sacerdote Jesuíta e, o seu marido falecido há poucos anos, deixou escritos extraordinários que, um dia, publicarei em NUNC COEPI.

Gonzague Hériard du Breuil foi um santo na terra – a sua muito amada França – e é um santo no Céu!

Despedi-mo-nos e eu disse-lhe:

-          _ Je vous en remercie beaucoup de m’avoir appelé!

Respondeu-me com um  largo sorriso:

-          - C’est pas mon habitude, je vous le dis !




[i] Danny é viúva do meu irmão mais velho Manuel José, outro santo no Céu.

Música e entretenimento

Tennessee Ernie Ford Sings 16 Tons


selecção ALS

Bom Samaritano

Reflectindo
Bom Samaritano é todo o homem que se detém junto ao sofrimento de outro homem, de qualquer género que ele seja. Esta paragem não significa curiosidade, mas antes disponibilidade. É uma determinada disposição interior do coração, que tem também a sua expressão emotiva. Bom samaritano é todo o homem sensível ao sofrimento alheio, o homem que se comove ante a desgraça do próximo.
Se Cristo conhecedor do interior do homem, sublinha esta comoção, quer dizer que é importante para toda a nossa atitude face ao sofrimento alheio. Portanto, é necessário cultivar em si mesmo esta sensibilidade do coração para com o que sofre. Por vezes esta compaixão é a única e a principal manifestação do nosso amor e da nossa solidariedade para o homem que sofre.

(joão paulo II, Carta Apostólica Salvifice Doloris 28.02. 1984, nr. 28)

Princípios filosóficos do Cristianismo

Filósofo
Rembrandt

Princípio da substância (II):

Heidegger
Mas, qual é esse ser de Heidegger? O ser, enquanto tal, não depende do homem nem é um produto ou projecto do homem. Diz Alfaro interpretando Heidegger: «melhor, é o homem que existe como projecto do ser, como fundamentalmente aberto ao ser e interpelado por ele a guardar a verdade do ser. Este é o sentido da frase de Heidegger "o homem é o pastor do ser».
No seu intento por «mostrar» a noção de ser, Heidegger parte da diferença ontológica entre o ser e os entes. O ser não é nem um ente, nem um constitutivo dos entes, nem a totalidade dos entes; não é nem Deus nem um fundamento último do mundo. Os entes provêem do ser, não mediante uma causalidade eficiente, mas enquanto são tais, graças à iluminação (Lichtung) do ser; quer dizer, o ser é a luz que tira os entes do seu anonimato e se torna assim presente a eles como seu fundamento transcendente. Esta relação do ser com os entes pertence internamente ao mesmo ser.
O ser esconde-se e descobre-se nos entes; é algo que acontece por pura iniciativa enquanto se descobre e encobre. O ser não pode ser pensado senão como mero acontecer. O homem não pode provocar por si mesmo a vinda do ser enquanto tal, mas unicamente aguardar a sua vinda e estar atento à sua voz. A interpretação do ser está ainda por fazer-se e é um enigma.

josé antonio sayés, [i] trad ama,


[i] Sacerdote, doutor em teologia pela Universidade Gregoriana e professor de Teologia fundamental na Faculdade de Teologia do Norte de Espanha.
Escreveu mais de quarenta obras de teologia e filosofia e é um dos Teólogos vivos mais importantes da Igreja Católica. Destacou-se pelas suas prolíferas conferências, a publicação de livros quase anualmente e pelos seus artigos incisivos em defesa da fé verdadeira.

Evangelho do dia e comentário













T. Comum– XXX Semana




Evangelho: Lc 13, 18-21

18 Dizia também: «A que é semelhante o reino de Deus; a que o compararei? 19 É semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e semeou na sua horta; cresceu, tornou-se uma árvore, e as aves do céu repousaram nos seus ramos». 20 Disse outra vez: «A que direi que o reino de Deus é semelhante? 21 É semelhante ao fermento que uma mulher tomou e misturou em três medidas de farinha, até que tudo ficasse levedado».

Comentário:

Para anunciar a chegada do Reino de Deus - missão que  O trouxe ao mundo - Jesus socorre-se de parábolas, exemplos que todos podem compreender.

O problema reside em aceitar aquilo que se entende e, sobretudo, o papel que somos chamados a desempenhar na sua propagação para que chegue a todos os homens em todos os cantos do mundo.

(ama, comentário sobre Lc 13,18-21, 2010.10.26)