30/01/2018

Os filhos de Deus têm de ser contemplativos

Nunca compartilharei a opinião – ainda que a respeite – dos que separam a oração da vida activa, como se fossem incompatíveis. Os filhos de Deus têm de ser contemplativos: pessoas que, no meio do fragor da multidão, sabem encontrar o silêncio da alma em colóquio permanente com Nosso Senhor: e olhá-lo como se olha um Pai, como se olha um Amigo, a quem se quer com loucura. (Forja, 738)


Não duvideis, meus filhos: qualquer forma de evasão das honestas realidades diárias é, para vós, homens e mulheres do mundo, coisa oposta à vontade de Deus.

Pelo contrário, deveis compreender agora – com uma nova clareza – que Deus vos chama a servi-Lo em e a partir das ocupações civis, materiais, seculares da vida humana: Deus espera-nos todos os dias no laboratório, no bloco operatório, no quartel, na cátedra universitária, na fábrica, na oficina, no campo, no lar e em todo o imenso panorama do trabalho. Ficai a saber: escondido nas situações mais comuns há um quê de santo, de divino, que toca a cada um de vós descobrir.

Eu costumava dizer àqueles universitários e àqueles operários que vinham ter comigo por volta de 1930 que tinham que saber materializar a vida espiritual. Queria afastá-los assim da tentação, tão frequente então como agora, de viver uma vida dupla: a vida interior, a vida de relação com Deus, por um lado; e por outro, diferente e separada, a vida familiar, profissional e social, cheia de pequenas realidades terrenas.

Não, meus filhos! Não pode haver uma vida dupla; se queremos ser cristãos, não podemos ser esquizofrénicos. Há uma única vida, feita de carne e espírito, e essa é que tem de ser – na alma e no corpo – santa e cheia de Deus, deste Deus invisível que encontramos nas coisas mais visíveis e materiais.


Não há outro caminho, meus filhos: ou sabemos encontrar Nosso Senhor na nossa vida corrente ou nunca O encontraremos Por isso posso dizer-vos que a nossa época precisa de restituir à matéria e às situações que parecem mais vulgares o seu sentido nobre e original, colocá-las ao serviço do Reino de Deus, espiritualizá-las, fazendo delas o meio e a ocasião do nosso encontro permanente com Jesus Cristo. (Temas Actuais do Cristianismo, n. 114)

Temas para reflectir e meditar

Virgindade

Não obstante ter renunciado à fecundidade física, a pessoa virgem torna-se espiritualmente fecunda, pai e mãe de muitos, cooperando para a realização da família segundo o desígnio de Deus.

Os esposos cristãos têm, pois, o direito de esperar das pessoas virgens o bom exemplo e o testemunho da fidelidade à sua vocação até à morte.

Assim como para os esposos a fidelidade se torna por vezes difícil e exige sacrifício, mortificação e renúncia de si, assim também pode acontecer ás pessoas virgens.

A fidelidade destas inclusive perante eventuais provas, deve edificar a fidelidade daqueles.


SÃO JOÃO PAULO II, Exort. Apost. Familiaris Consortio 1981.11.22 nr. 16.



Evangelho e comentário

Tempo Comum


Evangelho: Mc 5, 21-43

21 Depois de Jesus ter atravessado, no barco, para a outra margem, reuniu-se uma grande multidão junto dele, que continuava à beira-mar. 22 Chegou, então, um dos chefes da sinagoga, de nome Jairo, e, ao vê-lo, prostrou-se a seus pés 23 e suplicou instantemente: «A minha filha está a morrer; vem impor-lhe as mãos para que se salve e viva.» 24 Jesus partiu com ele, seguido por numerosa multidão, que o apertava. 25 Certa mulher, vítima de um fluxo de sangue havia doze anos, 26 que sofrera muito nas mãos de muitos médicos e gastara todos os seus bens sem encontrar nenhum alívio, antes piorava cada vez mais, 27 tendo ouvido falar de Jesus, veio por entre a multidão e tocou-lhe, por detrás, nas vestes, 28 pois dizia: «Se ao menos tocar nem que seja as suas vestes, ficarei curada.» 29 De facto, no mesmo instante se estancou o fluxo de sangue, e sentiu no corpo que estava curada do seu mal. 30 Imediatamente Jesus, sentindo que saíra dele uma força, voltou-se para a multidão e perguntou: «Quem tocou as minhas vestes?» 31 Os discípulos responderam: «Vês que a multidão te comprime de todos os lados, e ainda perguntas: ‘Quem me tocou?’» 32 Mas Ele continuava a olhar em volta, para ver aquela que tinha feito isso. 33 Então, a mulher, cheia de medo e a tremer, sabendo o que lhe tinha acontecido, foi prostrar-se diante dele e disse toda a verdade. 34 Disse-lhe Ele: «Filha, a tua fé salvou-te; vai em paz e sê curada do teu mal.» 35 Ainda Ele estava a falar, quando, da casa do chefe da sinagoga, vieram dizer: «A tua filha morreu; de que serve agora incomodares o Mestre?» 36 Mas Jesus, que surpreendera as palavras proferidas, disse ao chefe da sinagoga: «Não tenhas receio; crê somente.» 37 E não deixou que ninguém o acompanhasse, a não ser Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago. 38 Ao chegar a casa do chefe da sinagoga, encontrou grande alvoroço e gente a chorar e a gritar. 39 Entrando, disse-lhes: «Porquê todo este alarido e tantas lamentações? A menina não morreu, está a dormir.» 40 Mas faziam troça dele. Jesus pôs fora aquela gente e, levando consigo apenas o pai, a mãe da menina e os que vinham com Ele, entrou onde ela jazia. 41 Tomando-lhe a mão, disse: «Talitha qûm!», isto é, «Menina, sou Eu que te digo: levanta-te!» 42 E logo a menina se ergueu e começou a andar, pois tinha doze anos. Todos ficaram assombrados. 43 Recomendou-lhes vivamente que ninguém soubesse do sucedido e mandou dar de comer à menina.

Comentário:

Parece-me que a intenção da Liturgia ao propor estes versículos do Capítulo 5 do Evangelho escrito por São Marcos é clara:

Dar-nos uma ideia – embora sempre aproximada - do que era um dia de Jesus.

Dois milagres portentosos, os detalhes de como se realizaram, as consequências, ou melhor, os efeitos que tiveram nos que os constataram.

Cristo não faz milagres adrede, mas para confirmar na Fé os que O seguem. Alguns são espectaculares - como por exemplo a multiplicações de pães e peixes – outros só perceptíveis pelos mais atentos:

«Quem tocou as minhas vestes?» 31 Os discípulos responderam: «Vês que a multidão te comprime de todos os lados, e ainda perguntas: ‘Quem me tocou?’»

Também a nós o Senhor nos pergunta muitas vezes porque não O tocamos, ou melhor, porque não O recebemos em Corpo, Alma e Divindade na Hóstia Consagrada.

Haverá milhões de pessoas a comungar cada dia, mas, para Cristo, cada uma é individual, única como a nossa, por exemplo.

Portanto que preparação, entusiasmo, respeito e fé devemos ter ao aproximar-nos da Sagrada Comunhão!

(AMA, comentário sobre Mc 5, 21-43, 31.01.2017)







Leitura espiritual

CAPÍTULO V
  
O SUBLIME CONHECIMENTO DE CRISTO


3.   «A fé termina nas coisas»

Revitalizar o dogma que fala de Jesus como “uma pessoa” significa passar da consideração da essência da pessoa para a sua existência, isto é, aperceber-se que Jesus Ressuscitado é uma pessoa viva que está à minha frente, que me chama pelo nome, do mesmo modo que chamou Saulo.
É preciso que, também no âmbito da fé, levemos a efeito o programa, tão querido do filósofo Husserl e de toda a fenomenologia, de se “ir às coisas”; é preciso ultrapassar os conceitos, as palavras, os enunciações de fé, para atingir as realidades da fé tais como elas são.
Neste caso a realidade da fé é Cristo Jesus ressuscitado e vivente.
“A fé não acaba nos enunciados, mas sim nas coisas”, disse S. Tomás [i] .
Não nos podemos contentar com o acreditar na fórmula “uma pessoa”, devemos atingir essa pessoa e, em certo sentido, tocar-lhe.

Existe um conhecimento que é experiência, isto é, o de alguém que provou e tocou,
Dela fala S. Paulo quando diz: «Para que eu O possa conhecer a Ele…»
Aqui a palavra “conhecer” é muito evidente, pois segundo a linguagem bíblica significa “possuir”.
Não conhecer através de conceitos, mas de modo directo e imediato.
Falando de Jesus ressuscitado, Stº Agostinho diz:
«Se alguém O não puder tocar quando está sobre a terra, que, de entre os mortais, poderá tocar-Lhe, quando estiver no Céu? Pois bem, esse toque [ii] representa a fé! Toca em Cristo aquele que crê em Cristo [iii]»
Sucede, no conhecimento de fé, que, às vezes por instantes o nosso espírito fica “deslumbrado pelo esplendor da verdade como se fosse um relâmpago” e, então, estabelece-se “uma espécie de contacto espiritual” (quidam spirittatis contactus) com a realidade em que se crê [iv].

Não se trata de uma coisa que está longe de ti; não está nem no céu nem para além do mar, mas no teu próprio coração e falta somente sabê-la reconhecer.
Houve porventura um momento da tua vida em que Cristo se apresentou ao teu olhar interior em toda a Sua majestade, doçura e beleza, e em que, como o Apóstolo, te sentiste também tu «conquistado por Cristo»? [v]
Terá sido um momento, talvez breve, em que o mistério de Jesus e do Seu corpo místico te fascinou de tal maneira que desejaste “dissolver-te para estares com Cristo” e conhecê-Lo como Ele é?
Terá sido um momento – talvez nos teus anos de juventude – em que, por um instante, te foi manifestada claramente a “verdade” de Cristo, tanto que, por ela, poderias ter resistido ao mundo inteiro?
A verdade das profecias, a verdade dos evangelhos, a verdade de tudo quanto diz respeito a Cristo?
Pois foi esse o sublime conhecimento de Cristo, operado em ti pelo Espírito Santo.

A fé termina assim verdadeiramente nas “coisas”.
Tanto o Oriente como o Ocidente concordam em afirmar este tipo de conhecimento que atinge a realidade final.
«o nosso conhecimento das coisas – diz Cabasillas – é duplo: aquele que se pode adquirir ouvindo, e o que se ganha por experiência directa.
No primeiro não tocamos a coisa, mas vêmo-la nas palavras como numa imagem, embora não seja uma imagem exacta da sua forma.
De facto, entre as coisas existentes, não é possível encontrar uma única que seja em tudo semelhante a outra e que, sendo usada como modelo, seja suficiente para o conhecimento da primeira.
Conhecer por experiência, pelo contrário, significa atingir a coisa em si: então aqui a forma imprime-se na alma e suscita o desejo como um vestígio proporcionado à sua beleza,
Mas quando somos privados da ideia própria do objecto e recebemos dele uma imagem débil e obscura, extraída das suas relações com os outros objectos, o nosso desejo torna-se proporcional a esta imagem, e então não o amamos como devemos e não temos por ele os mesmos sentimentos que ele poderia suscitar, porque não lhe saboreámos a forma.
Do mesmo modo que as formas diversas das diferentes essências, imprimindo-se na alma, a configuram de maneira diferente, assim sucede com o amor.
Portanto, quando o amor do Salvador não deixa vislumbrar em nós nada de extraordinário e para além da natureza, é sinal evidente que encontrámos somente vozes que falam d’Ele; mas como é possível conhecer bem por este meio Aquele a Quem nada se assemelha, Aquele que nada tem de comum com os outros, ao Qual nada pode ser comparado e a nada pode comparar-Se?
Como conhecer a Sua beleza e amá-lO de modo digno da Sua beleza?
Aqueles aos quais foi dado um tal ardor que fora levados para fora da própria natureza e induzidos a desejar e a poder realizar obras maiores do que as dos homens vulgares podem conceber, esses foram feridos directamente pelo Esposo, foi Ele que lhes infundiu no olhar um raio da Sua beleza: o tamanho de ferida indica a flecha, o ardor revela aquele que feriu» [vi].

Quando o amor do Salvador não deixa vislumbrar em nós nada de extraordinário, é sinal que encontrámos somente vozes que falam d’Ele, Não a Ele!

Mas como poeremos restituir à nossa fé, tornada árida pelas fórmulas, este realismo que foi a fonte da Sua força nos Padres e nos Santos?
As fórmulas, os conceitos, as palavras ganharam tanta importância que se transformaram frequentemente num tremendo “isolador” que encobre as realidades e impede que elas nos sacudam.
Do mesmo modo que, na Eucaristia, os sinais visíveis – o pão e o vinho - se desfazem de si, se põem de lado, por assim dizer, e se reduzem a meros sinais, para dar lugar à realidade do Corpo e do Sangue de Cristo que devem transmitir, assim também, ao falarem de Deus, as palavras devem ser sinais humildes, preocupadas em afirmar as realidades e as verdades vivas que contém e depois pôr-se de lado.
Só assim as palavras de Cristo podem revelar-se por aquilo que são, isto é, «Espírito e vida» [vii].


(cont)
rainiero cantalamessa, Pregador da Casa Pontifícia.





[i] S. Tomás de Aquino, S. Th. II, ad 2 e, q. 1, a. 2
[ii] Cfr. Jo 20,17
[iii] Stº Agostinho, Sermo 243,1-2 (PI. 38,1144
[iv] Stº Agostinho, Sermo 52,6-16 (PI. 38,360
[v] Fl 3,12
[vi] N. Cabsillas, Vida em Cristo, II, 8 (PG 150,552 ss
[vii] Cfr. Jo 6,63

Doutrina – 397

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ
SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ
CAPÍTULO TERCEIRO

CREIO NA SANTA IGREJA CATÓLICA

A Igreja é una, santa, católica e apostólica

175. Em que consiste a missão dos Apóstolos?



A palavra Apóstolo significa enviado. Jesus, o Enviado do Pai, chamou a Si doze entre os Seus discípulos e constituiu-os como seus Apóstolos, fazendo deles testemunhas escolhidas da sua ressurreição e fundamentos da sua Igreja. Deu-lhes o mandato de continuarem a sua missão, dizendo: «Como o Pai me enviou, assim também Eu vos envio a vós» (Jo 20,21). E prometeu estar com eles até ao fim do mundo.

Devoción a la Virgen



Guadalupe congrega a multitudes: peregrinaron a ver a la Virgen 7,3 millones de personas, 110.000 más que en 2016

Hoy el reto del amor es que vayas a una Eucaristía

HOY EL MOMENTO MÁS FELIZ DE TU VIDA  

Una persona nos compartía que un estudio realizado entre personas mayores de 50 años encontró que el 90% de los entrevistados recuerda su Primera Comunión como uno de los momentos más importantes de su vida. Y es que es un día de nervios, de emoción... que nunca se olvida. Empieza una nueva etapa, y el niño es consciente de ello. Hasta ahora te llevan tus padres a catequesis, a hacer la Primera Comunión, pero, desde ese momento, es Jesús el que va a ti, el que empieza una historia más personal e íntima contigo. ¡Es Él en ti!

A lo largo de esta semana, muchas familias, sacerdotes y niños nos han escrito pidiendo oración por las Primeras Comuniones que tendrán lugar este fin de semana. 

La Primera Comunión... ¿Uno de los momentos más importantes? ¿O el más importante?

Seguro que pensarás:
-Nooo, el día más importante fue cuando me casé, cuando nació mi hijo, cuando me gradué, cuando...

Sin embargo, es Cristo el que hace que todo esto tenga sentido, pues Él en ti lo cambia todo. La soledad es habitada, tus miedos son vencidos, tu corazón se ensancha, tus alegrías son compartidas, el abrazo que necesitabas se te da, tus descisiones son iluminadas... y todo lo demás se llena de plenitud.

¿Y si hoy vuelves a ser niño? ¿Y si dejas que sea el momento más feliz de tu vida hoy y cada día? Aparca la razón, deja que lata el corazón de niño que tienes dentro y acércate a recibir a Jesús como la primera vez. Pídele esa ilusión, sentirle fuerte dentro de ti, experimentarle.

Hoy el reto del amor es que vayas a una Eucaristía y, cuando recibas a Jesús, quédate un rato con Él en silencio. No pasa nada si se vacía la iglesia, tú permanece con Él. Y si no puedes recibirle, para de igual manera delante de un Sagrario y, antes de hablarle, dile cuánto desearías tenerle dentro de ti. ¡Es el momento más feliz de tu vida! ¿Y mañana? ¡También! Y si tienes un rato, desempolva tus fotografías de ese día y comparte con alguien lo que viviste.

Oramos por todos los niños que hacen la Primera Comunión este año: nunca os separéis de Jesús, que siempre sea vuestro mejor amigo.


VIVE DE CRISTO

Pequena agenda do cristão


TeRÇa-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:

Aplicação no trabalho.

Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.

Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.

Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?