17/02/2017

NUNC COEPI: Publicações em 17.02.2017

Hoy el reto del amor es que le entregues ese proye...
Actos dos Apóstolos
Leitura espiritual
Evangelho e comentário
Reflectindo - 227
A dor de corrigir
Fátima:Centenário - Oração diária
Pequena agenda do cristão

Hoy el reto del amor es que le entregues ese proyecto

CHICHÓN EN LA CABEZA

Estábamos ventilando la sala de trabajo, por lo que estaban la puerta y las ventanas abiertas de par en par. Pero a Jubi le encanta esa sala, y sobre todo las papeleras, así que Sión ideó una "puerta corredera" improvisada con una mesa sin patas para que Jubi no se colase y poder ventilar sin problema.

Bajé con prisa a la sala y me encontré el obstáculo de la mesa (en ese momento no sabía que era corredera). Vi que al otro lado había una silla sujetándola, así que levanté una pierna, levanté la otra, y salté por encima. Ya estaba dentro de la sala, pero subida a una silla. En ese momento Sión me dijo desde el otro lado de la puerta que se podía correr a un lado para pasar. Yo, impresionada, me giré para mirar el invento y, ¡¡pum!! Me dí en toda la cabeza con el dintel de la puerta. Al principio no parecía mucho, pero al cabo de un rato empezó el dolor de cabeza.

Cuántas veces vemos un objetivo claro en la vida: entrar en la sala de abajo. Y no nos importa lo que se nos ponga por delante: proyectos, personas, acontecimientos... todo eso no es importante con tal de conseguir el objetivo. Cuando nos obcecamos en una cosa, no vivimos el resto de ellas; con las personas estás más distante, incluso a veces te molestan para conseguir eso que te has propuesto, y en las distintas situaciones de la vida sobrevives como puedes porque tu cabeza está en otra cosa.

Pero Cristo quiere que vivas en el presente, que disfrutes en el hoy. Él, sabiendo que su hora estaba cerca, no dejó nunca de amar a los demás, les atendía, seguía haciendo milagros, les sanaba.

Puede que tú estés en esta situación en la que te han dicho más de una vez: "¿Pero dónde tienes la cabeza? Parece que estás a otra cosa."

Si hoy te está absorbiendo toda tu atención, todo tu ser... ese proyecto, y no te deja centrarte en el hoy porque siempre tienes la cabeza en el futuro, te invito a mirar a Cristo.

Hoy el reto del amor es que le entregues ese proyecto. Esto no quiere decir que no se vaya a realizar, simplemente entrégale el control, pídele no adelantarte y vivir el presente. Él te va a regalar la alegría del hoy. ¡Estate atento de que la puerta es corredera!, sino quieres terminar con un chichón en la cabeza...

VIVE DE CRISTO


Actos dos Apóstolos

Actos dos Apóstolos

IV. PAULO PRISIONEIRO DE CRISTO [i]

Capítulo 22

Discurso de Paulo à multidão

1«Irmãos e pais, ouvi agora o que tenho a dizer-vos em minha defesa.» 2Como o ouvissem dirigir-lhes a palavra em língua hebraica, maior silêncio fizeram. Ele prosseguiu:
3«Sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, mas fui educado nesta cidade, instruído aos pés de Gamaliel, em todo o rigor da Lei dos nossos pais e cheio de zelo pelas coisas de Deus, como todos vós sois agora. 4Persegui de morte esta «Via», algemando e entregando à prisão homens e mulheres, 5como o podem testemunhar o Sumo Sacerdote e todos os anciãos. Recebi até, da parte deles, cartas para os irmãos de Damasco, onde ia para prender os que lá se encontrassem e trazê-los agrilhoados a Jerusalém, a fim de serem castigados.
6Ia a caminho, e já próximo de Damasco, quando, por volta do meio dia, uma intensa luz, vinda do Céu, me rodeou com a sua claridade. 7Caí por terra e ouvi uma voz que me dizia: ‘Saulo, Saulo, porque me persegues?’ 8Respondi: ‘Quem és Tu, Senhor?’ Ele disse-me, então: ‘Eu sou Jesus de Nazaré, a quem tu persegues.’ 9Os meus companheiros viram a luz, mas não ouviram a voz de quem me falava. 10E prossegui: ‘Que hei-de fazer, Senhor?’ O Senhor respondeu-me: ‘Ergue-te, vai a Damasco, e lá te dirão o que se determinou que fizesses.’ 11Mas, como eu não via, devido ao brilho daquela luz, fui levado pela mão dos meus companheiros e cheguei a Damasco.
12Ora um certo Ananias, homem piedoso e cumpridor da Lei, muito respeitado por todos os judeus da cidade, 13foi procurar-me e disse: ‘Saulo, meu irmão, recupera a vista.’ E, no mesmo instante, comecei a vê-lo. 14Ele prosseguiu: ‘O Deus dos nossos pais predestinou-te para conheceres a sua vontade, para veres o Justo e para ouvires as palavras da sua boca, 15porque serás testemunha diante de todos os homens, acerca do que viste e ouviste. 16E agora, porque esperas? Levanta-te, recebe o baptismo e purifica-te dos teus pecados, invocando o seu nome.’
17De regresso a Jerusalém, enquanto orava no templo, caí em êxtase. 18Vi o Senhor e Ele disse-me: ‘Apressa-te e sai rapidamente de Jerusalém, porque não receberão o teu testemunho a meu respeito.’ 19Eu respondi: ‘Senhor, eles bem sabem que eu andava pelas sinagogas a meter na prisão e a açoitar os que acreditavam em ti. 20E, quando foi derramado o sangue de Estêvão, tua testemunha, também eu estava presente, de acordo com eles, e tinha à minha guarda as capas dos que lhe davam a morte.’ 21Ele, então, disse-me: ‘Vai, que te vou enviar lá ao longe, aos pagãos.’»

Paulo declara-se cidadão romano

22Foram-no ouvindo até esta frase, mas, depois, ergueram a voz, dizendo: «Elimina da terra semelhante homem! Ele não pode continuar a viver!» 23Como não deixassem de gritar, de arremessar as capas e de atirar terra para o ar, 24o tribuno ordenou que ele fosse conduzido para a fortaleza e o obrigassem a falar, à força de vergastadas, a fim de saber por que motivo assim gritavam contra ele. 25Mas, quando iam amarrá-lo para ser açoitado, Paulo disse ao centurião de serviço: «Tendes autoridade para açoitar um cidadão romano, que nem sequer foi julgado?»
26Ouvindo isto, o centurião correu a avisar o tribuno: «Que vais fazer? - disse. Esse homem é cidadão romano!» 27O tribuno foi ter com Paulo e perguntou-lhe: «Diz-me, tu és cidadão romano?» Ele respondeu: «Sou.» 28O tribuno continuou: «Eu adquiri por muito dinheiro esse direito de cidadania.» Paulo retorquiu: «Pois eu já nasci com esse direito.» 29Os que o iam interrogar retiraram-se imediatamente e o tribuno ficou cheio de medo, ao saber que tinha mandado algemar um cidadão romano.
30No dia seguinte, querendo averiguar com imparcialidade do que era acusado pelos judeus, fê-lo desalgemar, convocou os sumos sacerdotes e todo o Sinédrio e mandou buscar Paulo, fazendo-o comparecer diante deles.




[i] (21,27-28,31)

Leitura espiritual

A CIDADE DE DEUS

Vol. 1

LIVRO VII


CAPÍTULO X

Justifica-se a distinção de Jano e Júpiter?

Se Jano é o mundo e Júpiter também é o mundo, e se o mundo é só um, porque é que há dois deuses— Jano e Júpiter? Porque é que têm templos distintos, altares distintos, ritos diversos e diferentes imagens? Será porque, sendo o poder dos primórdios uma coisa totalmente diferente do poder das causas, um recebe o nome de Jano e outro o de Júpiter? Mas então, se um homem tem dois poderes ou duas profissões em assuntos diferentes, poderá dizer-se que é ao mesmo tempo dois juízes ou dois artífices? Será então necessário pensar que um só deus, pelo facto de ser ao mesmo tempo senhor das origens e das causas, deverá ser desdobrado? Se se considera legítimo este desdobramento, pois que se diga: «Júpiter é em si mesmo tantos deuses quantos os nomes que lhe são dados em consequência dos seus múltiplos poderes, porque os objectos que lhe valeram estes nomes são múltiplos e distintos»! Vou citar alguns.

CAPÍTULO XI

Apelidos de Júpiter que se referem não a muitos, mas a um e mesmo deus.

Chamaram-lhe Victor, Invictus, Opitulus, Impulsor, Stator, Centumpeda, Supinalis, Tigillus, Almus, Ruminus e outros mais títulos, cuja enumeração seria longal. Aplicaram estes apelidos a um só deus, atendendo aos diversos poderes, sem o levarem a multiplicar-se em tantos deuses quantas as actividades: isto é, triunfa de tudo, por ninguém é vencido, presta auxílio (ops) aos necessitados, tem o poder de derrubar, de tomar firme, de manter, de destruir, como viga (tigillus) mantém e sustenta o mundo, alimenta todos os seres — é ruma, isto é, a mama que nutre todos os seres animados. Como vimos, algumas destas funções são importantes, outras insignificantes — e, todavia, julgou-se que um só deus cumpriria umas e outras. Na minha opinião, as causas e as origens das coisas, que os levaram de um único mundo a fazerem dois deuses— Júpiter e Jano —, estão mais aparentadas do que as operações de sustentar o mundo e de dar mama aos seres animados. E, embora estas duas operações estejam tão afastadas uma da outra pela virtude e dignidade, ninguém pensou que delas se deviam fazer dois deuses: um só Júpiter se chamou Tigillus para a primeira e Ruminus para a segunda.

Abstenho-me de dizer que, para dar mama aos seres animados, Juno estaria mais apta do que Jove, tanto mais que havia a deusa Rúmina que podia ajudá-la na prestação destes serviços. É certo que poderão responder-me, julgo eu, que a própria Juno mais não é que o próprio Jove, conforme os versos de Valério Sorano:

Júpiter omnipotente, progenitor e progenitora dos reis e das coisas e dos deuses, progenitor e progenitora dos deuses, deus único e, ele só, todos estes.

Mas para que lhe chamaram Ruminus se, com um pouco de atenção, se descobre que ele mais não é que a deusa Rúmina? Realmente, se parecia indigno da majestade dos deuses que para uma só espiga, um fosse encarregado dos nós da haste, outro dos folículos que envolvem os grãos, quanto mais indigno não será que uma só operação ínfima, ou seja a do aleitamento dos animais, exija o cuidado de duas divindades, uma das quais seria Júpiter, o próprio rei de todos os deuses, e o faria, não com sua esposa mas não sei com que obscura Rúmina — a não ser que ele seja esta mesma Rúmina; ou talvez Ruminus quando são machos os que mamam e Rúmina quando são as fêmeas. Diria que recusaram a Jove um nome feminino se ele não fosse alcunhado, nesses versos, de «pai e mãe» ou se eu não lesse entre todos os seus outros apelidos o de Pecúnia, uma dessas deusas minúsculas mencionadas no livro quarto. Mas, se homens e mulheres têm dinheiro (pecunia), porque é que a Júpiter se não chamou Pecúnia e Pecúnio como Rúmina e Rúmino? Eles lá sabem!

CAPÍTULO XII

Júpiter também se chama Pecúnia.

O engenho que revelam na explicação deste nome! Chama-se Pecúnia, dizem, porque tudo lhe pertence. Que bela razão de um nome divino! Bem ao contrário, o que tudo possui fica aviltado e degradado ao receber este nome de Pecúnia! Porque, em comparação de tudo o que encerram o Céu e Terra, que é o dinheiro {pecúnia) no conjunto de todos os bens que os homens possuem por seu intermédio? Foi com certeza a avareza que deu este nome a Jove, para que todo aquele que ama o dinheiro pense que não ama um deus qualquer, mas o próprio rei de todos os deuses.

Seria muito diferente se lhe chamassem Divitiae (riquezas), porque uma coisa é a riqueza e outra coisa é o dinheiro. Chamamos ricos aos homens sábios, justos, virtuosos, que não têm dinheiro ou têm pouco. Eles são ricos de virtudes, graças às quais, mesmo para as necessidades materiais, basta o que há. Mas são pobres os avarentos, sempre ávidos e necessitados. Podem possuir grandes somas de dinheiro, mas, na sua opulência, não podem deixar de estar necessitados. Ao próprio Deus verdadeiro chamam com razão rico, não de dinheiro mas de omnipotência. É verdade que também se chamam ricos aos endinheirados: mas no fundo são indigentes se são dominados pela cupidez. Também se chamam pobres aqueles a quem falta dinheiro — mas no fundo eles são ricos se forem sábios!

Que poderá, pois, valer para o sábio esta teologia em que o rei dos deuses recebeu o nome de uma coisa

 que nenhum sábio desejou? [i]

Se esta doutrina pudesse trazer qualquer salutar ensino para a vida eterna, quão mais simplesmente se teria chamado a Deus Senhor do Mundo, não Dinheiro (Pecunia) mas Sabedoria (Sapientia) pois que esta limpa as imundícias da avareza, isto é, do amor ao dinheiro.

CAPÍTULO XIII

Da explicação do que é Saturno e Génio, resulta que os dois e Júpiter são um só.

Para quê mais considerações acerca de Júpiter, ao qual se devem, talvez, reduzir todos os deuses? Sendo ele todos os outros, não tem sentido conceber uma multidão de deuses, quer os concebamos como partes ou atributos de Júpiter, quer a força da alma (que julgam difundida por todas as coisas) tenha recebido os nomes de muitos deuses procedentes das partes desta massa, nas quais aparece este mundo visível, ou as tenha recebido das múltiplas opera­ ções da natureza.

De facto, quem é Saturno? Um dos principais deuses, diz Varrão, que domina sobre todas as sementeiras. Não nos diz a explicação dos versos de Valério Sorano que Júpiter é o mundo e que de si emite e em si recebe todas as sementes? Nesse caso, tem o domínio de todas as sementeiras.

E que é o Génio? É o deus, diz-nos ele, que preside e dá vigor a tudo o que se gera. Mas este vigor — a quem se julga que pertencerá senão ao mundo ao qual se referem estas palavras:

Júpiter, progenitor e progenitora?

E quando, noutra passagem, ele nos diz que Génio é a alma racional de cada um, e que, portanto, cada um tem a sua alma, e que Deus é a alma racional do mundo, conduz-nos ao mesmo ponto, isto é, a pensarmos que a própria alma do mundo é, como o Génio, universal. E é a este que se chama Júpiter. Porque, se todo o Génio é deus e se a alma de cada um é Génio, segue-se que a alma de todo e qualquer homem é deus. Se a sua absurdidade os obriga a rejeitar esta consequência, só falta chamar Génio e, evidentemente, deus ao Génio a que chamam espírito do Mundo, e, portanto, a Júpiter.

CAPÍTULO XIV

Funções de Mercúrio e de Marte.

Quanto a Mercúrio e Marte, não encontraram maneira de os relacionar com qualquer parte do mundo e as obras de Deus ínsitas nos elementos. Por isso os puseram pelo menos à frente das empresas dos homens como ministros da linguagem e da guerra. Mas, se Mercúrio estende o seu poder à linguagem dos próprios deuses, ele até o rei dos deuses comanda — se é verdade que Júpiter tem de falar como àquele apraz ou dele recebe a faculdade de falar, o que é manifestamente absurdo. Se se julga que é apenas sobre a linguagem humana que Mercúrio tem autoridade, não é de crer que Júpiter se tenha querido rebaixar ao papel de dar de mamar não só às crianças, mas mesmo aos animais (donde o seu nome de Rúmino), e tenha renunciado ao cuidado com a nossa fala, que nos torna superiores aos animais. Disto resulta que Júpiter e Mercúrio são o mesmo.

Dir-se-á que é a própria linguagem que se chama Mercúrio, como o indicam as interpretações dadas deste deus. Efectivamente, a palavra Mercúrio (Mercurius) significa medius currens (o que corre no meio), porque a linguagem corre como um mediador entre os homens. Ele preside também ao comércio porque entre vendedores e compradores a linguagem serve de intermediário. As asas. que apresenta na cabeça e nos pés significam que a linguagem voa através dos ares como uma ave. Chamam-lhe nuntius mensageiro) porque é por meio da linguagem que se anunciam todos os pensamentos. Portanto, se Mercúrio, conforme a interpretação que dão ao termo, é a própria linguagem, então, como eles mesmos confessam, não é deus. Mas, como criam para si deuses que nem demónios são, ao rogarem aos espíritos imundos são possuídos por estes espíritos que não são deuses mas demónios.

Da mesma forma, não tendo podido encontrar também para Marte um elemento ou uma parte do mundo onde ele cumprisse qualquer tarefa natural, fizeram dele o deus da guerra, que é uma tarefa humana e das menos apetecíveis. Se, portanto, a Felicidade assegurasse uma paz perpétua, Marte nada teria para fazer. Mas, se Marte é a própria guerra, como Mercúrio é a linguagem, oxalá que, assim como é manifesto que este não é deus, assim também deixe de existir a guerra a que tão falsamente chamam deus!

CAPÍTULO XV
+
Astros que os pagãos designaram com o nome de deuses.

Talvez esses deuses sejam aqueles astros a que foi dado o nome deles. Realmente, há um astro chamado Mercúrio e outro chamado Marte. Mas também há um chamado Júpiter, e todavia Júpiter é o Mundo. Há ainda um chamado Saturno, ao qual atribuem uma função de não pequena importância: o poder sobre todas as sementes. Há finalmente um, o mais brilhante de todos, a que chamam Vénus, que pretendem identificar com a Lua. Existe um astro brilhante acerca do qual, como acerca do pomo de ouro, discutem Juno e Vénus: uns dizem que a estrela da manhã (Lúcifer) pertence a Vénus, outros que a Juno. Mas, como é costume, é Vénus quem ganha. São muito mais os que atribuem esta estrela a Vénus e muito poucos os de diferente opinião. Mas quem é que não rirá ao ouvir proclamar Júpiter rei de todas as coisas e ao mesmo tempo reparar que o seu astro é tão superado em esplendor pelo de Vénus? Júpiter deveria superar os outros em esplendor, tal como os supera em poder. É assim, replicam, porque o astro que parece mais obscuro está mais alto e muito mais distante da Terra. Se, pois, a uma dignidade maior corresponde uma posição mais elevada, porque é que Saturno está no Céu acima de Júpiter? A mentira da fábula, que fez de Júpiter rei, não pôde chegar aos astros? E a posição que Saturno não pôde conservar no seu reino nem no Capitó­ lio, permitiu-se-lhe que a mantivesse no Céu? Então, porque é que Jano não recebeu um astro? Será porque nele, visto ser o Mundo, todos se encontram? Mas também Júpiter é o Mundo, e todavia tem um. Será que Jano lá se arranjou como pôde e, por um astro que não tem no Céu, recebeu tantas caras na Terra? De resto, se se basearam apenas nos astros para fazerem de Mercúrio e de Marte partes do mundo e para os considerarem como deuses (porque, realmente, nem a Linguagem nem a Guerra são partes do mundo, mas actos humanos) — então porque é que o Carneiro, o Touro, o Caranguejo, o Escorpião e outros que tais (que eles contam entre os sinais celestes e que são compostos, não de uma única estrela mas cada um de várias, colocados muito acima dos referidos astros de deuses, no cume do Céu em que o movimento mais constante assegura às estrelas um curso invariável), então porque é, repito, que estes não receberam nem altar, nem sacrifícios, nem templos, e porque é que não os colocam, não digo entre os deuses escolhidos, mas, pelo menos, entre os da plebe?

(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)





[i] Salústio, Catilim, XI, 3.

Evangelho e comentário

Tempo comum


Evangelho: Mc 8, 34. 9, 1

34 Depois, chamando a Si o povo com os Seus discípulos, disse-lhes: «Se alguém quer seguir-Me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me.
9 1E dizia-lhes: «Em verdade vos digo que alguns dos que aqui se encontram não morrerão sem terem visto antes o reino de Deus vir com poder».

Comentário:

O verdadeiro sentido da vida humana é seguir Jesus Cristo.

Porquê?

Fundamentalmente porque o homem tende naturalmente para Deus, para a Vida Eterna seu máximo e último objectivo exactamente porque é o objectivo da felicidade.

Mas, há um único caminho, uma só mediação, seguir Jesus, solicitar a Sua intermediação junto do Pai para que o consigamos fazer.

 (ama, comentário sobre Mc 8, 34 - 9, 1, 2014.02.21)






Reflectindo - 227

O futuro

Podemos nós, homens, influenciar o futuro?

Certamente que sim, aliás o futuro assenta no presente e assim o reflexo das nossas ações será visível no futuro.

E podemos modificar o futuro, isso é algo que possamos fazer?

Não porque sabemos nada do futuro.

E o presente podemos modifica-lo?

Podemos pedir Deus e se a petição for justa e conveniente, Ele não deixará de o fazer.

Por exemplo a cura de uma doença grave, irreversível.

Para Deus nada, absolutamente, é impossível e, portanto, pode fazer o que bem entender como e quando quiser.

Ele próprio o afirmou várias vezes como, por exemplo: «se um filho te pedir um ovo dar-lhe-ás um escorpião?»

Não esqueçamos nunca que o que move o Coração de Deus é a misericórdia e que a misericórdia é o amor.

Deus É Amor e sempre actuará em conformidade.


AMA, reflexões, 2016.11.04


A dor de corrigir

Esconde-se uma grande comodidade – e às vezes uma grande falta de responsabilidade – naqueles que, constituídos em autoridade, fogem da dor de corrigir, com a desculpa de evitar o sofrimento alheio. Talvez poupem desgostos nesta vida..., mas põem em jogo a felicidade eterna – a deles e a dos outros – pelas suas omissões que são verdadeiros pecados. (Forja, 577)

O santo, para a vida de muitos, é "incómodo". Mas isto não significa que tenha de ser insuportável.

O seu zelo nunca deve ser amargo; a sua correcção nunca deve ferir; o seu exemplo nunca deve ser uma bofetada moral, arrogante, na cara do próximo. (Forja, 578)

Portanto, quando nos apercebemos de que na nossa vida ou na dos outros alguma coisa corre mal, alguma coisa precisa do auxílio espiritual e humano, que nós, filhos de Deus, podemos e devemos prestar, uma clara manifestação de prudência consistirá em dar-lhe remédio oportuno, a fundo, com caridade e com fortaleza, com sinceridade. Não valem as inibições. É errado pensar que com omissões ou adiamentos se resolvem os problemas.


Sempre que a situação o requeira, a prudência exige que se aplique o remédio totalmente e sem paliativos, depois de pôr a chaga a descoberto. Ao notar os menores sintomas do mal, sede simples, verazes, quer sejais vós a curar os outros, quer sejais vós a receber essa assistência. Nesses casos, deve-se permitir à pessoa que está em condições de curar em nome de Deus que aperte de longe a zona infectada e depois de mais perto, até sair todo o pus, de modo que o foco da infecção acabe por ficar bem limpo. Em primeiro lugar, temos que proceder assim connosco mesmos e com quem, por motivos de justiça ou caridade, temos obrigação de ajudar. Rezo nesse sentido especialmente pelos pais e por quem se dedica a tarefas de formação e de ensino. (Amigos de Deus, 157)

Fátima:Centenário - Oração diária


Senhora de Fátima:


Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.

No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.

Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.
Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Pequena agenda do cristão

Sexta-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:

Contenção; alguma privação; ser humilde.


Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.

Lembrar-me:
Filiação divina.

Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?