João Paulo Reis é cooperador do Opus Dei. Neste testemunho, explica como voltou à Igreja Católica e como conheceu o Opus Dei.
É certo que há muito que eu sentia «o coração abrasar-me» (Lc 24,32), mas o acompanhar um familiar na Clínica Universitária de Navarra em Pamplona em 2006, aonde pude constatar o extraordinário calor humano para com os pacientes para além da excepcional qualidade dos cuidados médicos prestados fizeram-me olhar o Opus Dei de uma forma diversa daquela mal informada e deformada que tinha.
Poucos dias após o meu regresso e ao comentar a excepcional qualidade dos cuidados prestados ao meu familiar, uma colega minha, católica praticante, comentou que houvera poucos dias havia estado a navegar no site do Opus Dei em Portugal. Este aparente simples facto, hoje sei que foi o Espírito Santo que a usou como mensageira, aguçou-me a curiosidade e nesse mesmo dia fui ver o site e num impulso, que correspondia ao que me ia na alma, fui à página ‘contacte-nos’ e abri o meu coração com total transparência e sinceridade. Passados dois ou três dias responderam-me e desde daí tem sido um evoluir de amor e identificação.
A clareza das palavras que lia de S. Josemaria, o seu discurso incisivo, às vezes quase que provocador, mexeram profundamente comigo.
Talvez fruto da minha educação base, Escola Alemã e Colégio Militar, a ortodoxia e o total respeito à tradição nas celebrações eucarísticas, para além do cuidado extremo na celebração das mesmas foram e são outro aspecto, fruto do legado de S. Josemaria, que fazia da Santa Missa o centro do seu dia, que me atraíram e atraem no Opus Dei ao ponto de hoje me sentir incomodado quando as Leituras não têm uma boa dicção e quase são imperceptíveis, ou quando constato que um sacerdote não colocou o devido cuidado em todos os detalhes na preparação da celebração, ou quando, talvez por timidez, fala tão baixo que não se ouve.
S. Josemaria tinha um cuidado extremo a todos estes aspectos, não, e infelizmente que não, que o tenha conhecido, mas os inúmeros relatos, documentação fotográfica e vídeos existentes, comprovam que assim era.
Todos os dias recorro à sua intercessão antes da leitura matinal do Evangelho, e peço ao Senhor que por sua intercessão me guie durante o dia e me ampare nas quedas que diariamente dou.
Querido S. Josemaria, sabes bem que andava há dias para escrever estas palavras, mas aguardava, para que fossem o mais sinceras possíveis, da inspiração necessário para as redigir e desculpa-me a singeleza das mesmas e a pouca eloquência, mas este é o teu filho pecador na sua essência de homem simples.
Bem-haja por tudo, a ti e à tua magnífica Obra!
João Paulo Reis
INFORMAÇÕES MUITO BREVES [De vez em quando] 2011.08.03