04/03/2012

Leitura espiritual para 04 de Março de 2012



Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.


Para ver, clicar SFF.

Sobre o casamento 4

S. Josemaria responde a dez perguntas sobre o matrimónio, o amor, o namoro, a fidelidade, a educação dos filhos, os principais valores para conseguir a unidade familiar, o que acontece quando não se têm filhos…


Que conselhos daria para que, com o passar do tempo, a vida matrimonial continue feliz, sem cedências à monotonia? Pode parecer uma questão pouco importante, mas recebem-se muitas cartas sobre este tema.

A mim parece-me que, com efeito, é um assunto importante, e por isso o são também as possíveis soluções, apesar da sua aparência modesta. Para que no matrimónio se conserve o encanto do começo, a mulher deve procurar conquistar o seu marido em cada dia, e o mesmo teria que dizer ao marido em relação à mulher. O amor deve ser renovado em cada novo dia, e o amor ganha-se com o sacrifício, com sorrisos e com arte também. Se o marido chega a casa cansado de trabalhar e a mulher começa a falar sem medida, contando-lhe tudo o que lhe parece que correu mal, pode-se surpreender que o marido acabe por perder a paciência? Essas coisas menos agradáveis podem-se deixar para um momento mais oportuno, quando o marido esteja menos cansado, mais bem disposto.

Outro pormenor: o arranjo pessoal. Se outro sacerdote vos dissesse o contrário, penso que seria um mau conselho. À medida que uma pessoa, que deve viver no mundo, vai avançando em idade, mais necessário se torna melhorar não só a vida interior como - precisamente por isso - procurar estar apresentável. Evidentemente, sempre em conformidade com a idade e as circunstâncias. Costumo dizer, por brincadeira, que as fachadas, quanto mais envelhecidas, mais necessidade têm de reparação. É um conselho sacerdotal. Um velho refrão castelhano diz que la mujer compuesta saca al hombre de otra puerta, a mulher arranjada tira o homem de outra porta.

Por isso atrevo-me a afirmar que as mulheres têm a culpa de oitenta por cento das infidelidades dos maridos, porque não sabem conquistá-los em cada dia, não sabem ter pequenas amabilidades e delicadezas. A atenção da mulher casada deve-se centrar no marido e nos filhos. Assim como a do marido se deve centrar na mulher e nos filhos. E para fazer isto bem é preciso tempo e vontade. Tudo o que torne impossível esta tarefa é mau, não está bem.

Não há desculpa para não cumprir esse amável dever. Para já, não é desculpa o trabalho fora do lar, nem sequer a própria vida de piedade, a qual, se não é compatível com as obrigações de cada dia, não é boa, Deus não a quer. A mulher casada tem que se ocupar primeiro do lar. Recordo uma antiga da minha terra, que diz: La mujer que, por la iglesia, / deja el puchero quemar, / tiene la mitad de ángel, / de diablo la otra mitad. - A mulher que, pela igreja, / deixa esturrar a comida, / tem metade de anjo, / de diabo a outra metade. A mim parece-me inteiramente um diabo.

(s. josemaria, Temas actuais do cristianismo, 107)

Quatro dogmas (demonstráveis?) nos quais até os ateus acreditam. 2

Crença 1 - O princípio de não contradição

Um objecto A não pode ser A e não-A ao mesmo tempo e no mesmo sentido. Não podemos dizer que certo animal é um gato, mas que não o é, se estamos chamando "gato" à mesma coisa, usando a palavra no mesmo sentido. Ou é, ou não é. Cair na contradição, dizemos, é um disparate. Alguns filósofos antigos (e alguns adolescentes modernos, alguns de idade avançada) asseguram que toda proposição é simultaneamente verdadeira e falsa. Mas Aristóteles observou que esses mesmos filósofos não eram coerentes com os seus postulados teóricos e ao rejeitar esta lei estavam sugerindo, simultaneamente, a sua validade.

(j. cadarso / p. j. ginés, trad ama)

Criação de amor

Reflectindo






Deus Pai criou-nos por amor e para nos fazer participar dele e com Ele sem medida, e nisto encontra as suas delícias. [i]


[i] Francisco Fernández carvajal & Pedro Betteta lópez, Filhos de Deus, DIEL, ISBN 972-8040-08-03, nr. 19

Pensamentos inspirados à procura de Deus

À procura de Deus

A Igreja,

é maior do que o templo.

Aliás,

é maior do que o mundo.

jma

O Magnum Mysterium

Choir of Wells Cathedral


selecção ALS

Tratado sobre a Obra dos Seis Dias 36

Questão 48: Da distinção das coisas em especial



Art. 3 – Se nas criaturas há uma ordem dos agentes.
O terceiro discute-se assim. – Parece que, nas criaturas não há ordem dos agentes.

1. – Pois, o agente que age sem interme­diário é mais perfeito que o agente por intermediário. Ora, Deus é agente potentíssimo. Logo, não age por intermediário e, assim, uma criatura não age sobre outra.

2. Demais. – Um agente faz, por natureza, outro ser semelhante a si. Ora, aquilo à seme­lhança do que alguma coisa se faz é o exemplar. Se, pois, uma criatura é causa agente em relação a outra, segue-se que os seres mais dignos são os exemplares dos inferiores; opinião reprovada por Dionísio [1].

3. Demais. – Agente e fim incidem na mesma espécie, como diz Aristóteles [2]. Se, pois, uma criatura é causa activa de outra, será também uma a causa final da outra. O que vai con­tra a Escritura (Pr 16, 4): Tudo fez o Senhor por causa de si mesmo.

Mas, em contrário, diz o Apóstolo (Rm 13, 1): Todo homem esteja sujeito aos poderes superiores. E Dionísio diz que a lei da Divindade é reduzir a si os seres inferiores por meio dos superiores [3]. Logo, uma criatura age sobre outra.

Para ver a solução, clicar:

Evangelho do dia e comentário


Quaresma -  II Semana


Evangelho: Mc 9, 2-10

2 Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e conduziu-os sós, à parte, a um monte alto, e transfigurou-Se diante deles. 3 As Suas vestes tornaram-se resplandecentes, de uma brancura tal, que nenhum lavadeiro sobre a terra os poderia tornar tão brancos. 4 Depois apareceu-lhes Elias com Moisés, que estavam a falar com Jesus. 5 Pedro tomando a palavra disse a Jesus: «Rabi, que bom é nós estarmos aqui; façamos três tendas: uma para Ti, uma para Moisés e outra para Elias». 6 Não sabia o que dizia, pois estavam atónitos de medo. 7 E formou-se uma nuvem que os cobriu com a sua sombra, e da nuvem saíu uma voz que dizia: «Este é o meu Filho muito amado, ouvi-O». 8 Olhando logo à volta de si, não viram mais ninguém com eles senão Jesus. 9 Ao descerem do monte, ordenou-lhes que a ninguém contassem o que tinham visto, senão depois de o Filho do Homem ter ressuscitado dos mortos. 10 Observaram esta ordem, mas perguntavam-se o que queria dizer “quando tiver ressuscitado dos mortos”.

Meditação:

Como anseio ver o Teu rosto, Senhor!

Nesta turbulência que é a minha vida, como anseio a paz junto de Ti, último bem!

Imprime na minha alma a Tua imagem divina de forma tão clara e brilhante que eu não possa deixar de a ver permanentemente, assim, não só não Te ofenderei mais com as minhas faltas e omissões, como terei uma antevisão do que me está reservado quando um dia me chamares para o pé de Ti.

Quero, Senhor, ver o Teu rosto, mas, só, quando Tu quiseres.
Entretanto, ajuda-me a conseguir o equilíbrio de vida que me é necessário para me preparar para esse encontro. 

Vultum Tuum, Domine, requiram!

(ama, Meditação sobre Mc 9, 2-13, Quaresma 2000)