24/12/2010

Boa Tarde! 26

Não me entendeste… Não era para te assustar aquilo que ontem te disse…

Mas não te faz mal nenhum pensar nisso e, nesta Noite Santa, ao adorares o Menino no Presépio pede-lhe a Sua simplicidade para entenderes aquilo que ainda não percebes.

26

(ama, 2010.12.24)

Textos de Reflexão para 24 de Dezembro - MISSA DO GALO

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Missa do Galo
Evangelho: Mt 1, 1-25
1 Genealogia de Jesus Cristo, filho de David, filho de Abraão. 2 Abraão gerou Isaac, Isaac gerou Jacob, Jacob gerou Judá e seus irmãos. 3 Judá gerou, de Tamar, Farés e Zara, Farés gerou Esron, Esron gerou Aram. 4 Aram gerou Aminadab, Aminadab gerou Naasson, Naasson gerou Salmon. 5 Salmon gerou Booz de Raab, Booz gerou Obed de Rut, Obed gerou Jessé. Jessé gerou o rei David. 6 David gerou Salomão daquela que foi mulher de Urias. 7 Salomão gerou Roboão, Roboão gerou Abias, Abias gerou Asa. 8 Asa gerou Josafat, Josafat gerou Jorão, Jorão gerou Ozias. 9 Ozias gerou Joatão, Joatão gerou Acaz, Acaz gerou Ezequias. 10 Ezequias gerou Manassés, Manassés gerou Amon, Amon gerou Josias. 11 Josias gerou Jeconias e seus irmãos, na época da deportação para Babilónia. 12 E, depois da deportação para Babilónia, Jeconias gerou Salatiel, Salatiel gerou Zorobabel. 13 Zorobabel gerou Abiud, Abiud gerou Eliacim, Eliacim gerou Azor. 14 Azor gerou Sadoc, Sadoc gerou Aquim, Aquim gerou Eliud. 15 Eliud gerou Eleazar, Eleazar gerou Matan, Matan gerou Jacob, 16 e Jacob gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo. 17 Assim, são catorze todas as gerações desde Abraão até David; e catorze gerações desde David até à deportação para Babilónia, e também catorze as gerações desde a deportação para Babilónia até Cristo. 18 A geração de Jesus Cristo foi deste modo: Estando Maria, Sua mãe, desposada com José, antes de coabitarem achou-se ter concebido por obra do Espírito Santo. 19 José, seu esposo, sendo justo, e não querendo expô-la a difamação, resolveu repudiá-la secretamente. 20 Pensando ele estas coisas, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos, e lhe disse: «José, filho de David, não temas receber em tua casa Maria, tua esposa, porque o que nela foi concebido é obra do Espírito Santo. 21 Dará à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o Seu povo dos seus pecados».22 Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo Senhor por meio do profeta que diz: 23 “Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho, e Lhe porão o nome de Emanuel, que significa: Deus connosco”. 24 Ao despertar José do sono, fez como lhe tinha mandado o anjo do Senhor, e recebeu em sua casa Maria, sua esposa. 25 E, sem que ele a tivesse conhecido, deu à luz um filho, e pôs-Lhe o nome de Jesus.

Comentário:     
                                                                

Lux fulgebit hodie super nos, quia natus est nobis Dominus, hoje brilhará sobre nós a luz, porque nos nasceu o Senhor! Eis a grande novidade que comove os cristãos e que, através deles, se dirige à humanidade inteira. Deus está aqui! Esta verdade deve tomar posse de nossas vidas. Cada Natal deve ser para nós um novo encontro especial com Deus, que deixe a sua luz e a sua graça penetrarem até o fundo da nossa alma.
Detemo-nos diante do Menino, de Maria e de José; estamos contemplando o Filho de Deus revestido da nossa carne... Vem-me à memória a viagem que fiz a Loreto, em 15 de agosto de 1951, para visitar a Santa Casa por um motivo muito íntimo. Lá celebrei a Santa Missa. Queria dizê-la com recolhimento, mas não tinha contado com o fervor da multidão. Não tinha calculado que, nesse grande dia de festa, muitas pessoas dos arredores viriam a Loreto, com a bendita fé dessa terra e com o amor que têm à Madona. E a sua piedade, considerando as coisas - como diria? - unicamente do ponto de vista das leis rituais da Igreja, levava-as a manifestações não muito apropriadas.
E assim, enquanto eu beijava o altar, nos momentos prescritos pelas rubricas da Missa, três ou quatro camponeses beijavam-no ao mesmo tempo. Distraía-me, mas estava emocionado. E também me atraía a atenção o pensamento de que naquela Santa Casa - que a tradição assegura ser o lugar onde viveram Jesus, Maria e José -, em cima da mesa do altar, se tinham gravado estas palavras: Hic Verbum caro factum est. Aqui, numa casa construída pelas mãos dos homens, num pedaço da terra em que vivemos, habitou Deus! 

(s. josemaria, Cristo que Passa, 12)


SANTO NATAL!

Natal em tempo de guerra!


Sozinho
Na minha tenda, numa noite destas!

Tão longe o tempo da mocidade,
do sapatinho na chaminé

A que distância
a noite alegre
a recitar versos,
a cantar fados,
a dizer coisas sem importância.

Sozinho
Na minha tenda, numa noite destas!

A meu lado,
de repente,
serenos e confiantes,
como se fosse LÁ
e não AQUI,
obedecendo a rito já antigo,
ELES vêm pouco a pouco:

O meu Pai,
a minha Mãe,
os Manos,
a criadagem.

E eu, sem peru,
nem Bolo Rei
e até
(que tristeza)
sem versos.

Como derradeira ilusão
Lá, no meu quarto vazio,
eu sinto que o coração
se transforma em Presépio
e sereno e grave me ajoelho
e eu e ELES rezamos:

- Graças meu Deus!

- Menino, Te Deum Laudamus!

Angola, Bessa Monteiro, Natal 1963

Tema para breve reflexão - 2010.12.24

A humildade é o verdadeiro guardião da castidade.[i]


[i] S. Filipe de Néri, Máximas, F.W.Faber, Cromwell Press SN12 8PH, nr. 12 – 42

Textos de Reflexão para 24 de Dezembro

Sexta-Feira do Avento 24 de Dezembro

Evangelho: Lc 1, 67-79
67 Zacarias, seu pai, ficou cheio do Espírito Santo, e profetizou dizendo: 68 «Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e resgatou o Seu povo; 69 e suscitou uma força para nos salvar, na casa do Seu servo David, 70 conforme anunciou pela boca dos Seus santos profetas de outrora; 71 que nos livraria dos nossos inimigos, e das mãos de todos os que nos odeiam; 72 para exercer a Sua misericórdia a favor de nossos pais, e lembrar-Se da Sua santa aliança, 73 segundo o juramento que fez a nosso pai Abraão, de nos conceder 74 que, livres das mãos dos nossos inimigos, O sirvamos sem temor, 75 diante d'Ele com santidade e justiça, durante todos os dias da nossa vida. 76 E tu, menino, serás chamado o profeta do Altíssimo, porque irás à frente do Senhor, a preparar os Seus caminhos; 77 para dar ao Seu povo o conhecimento da salvação, pela remissão dos seus pecados, 78 graças à terna misericórdia do nosso Deus, que nos trará do alto a visita do Sol Nascente, 79 para alumiar os que jazem nas trevas e na sombra da morte; para dirigir os nossos pés no caminho da paz»
Nota:
Durante o Tempo do Advento não publicamos o costumado Comentário e/ou Meditação sobre o Evangelho do dia. Convidamos o leitor a fazê-lo e a amabilidade de o “postar) em comentários.

Tema para consideração: A confissão frequente

A)   O exame de consciência 3

3. Não é suficiente conhecer só os actos, as faltas. Igualmente importante – inclusive mais importante – é examinar as atitudes interiores e os sentimentos. Para tal serve o chamado exame de consciência «habitual», quer dizer, o dirigir um olhar breve, frequente, ao próprio interior, observar a inclinação, a tendência momentânea dominante do coração, o sentimento, as aspirações que então prevalecem nele. Entre os muitos sentimentos que lutam no coração do homem e o assaltam, há sempre um sentimento que domina que dá a sua orientação ao coração e determina os seus movimentos. Seja um desejo de louvor, de temor de alguma censura, de alguma humilhação, de alguma dor, sejam zelos ou amargura por alguma injustiça sofrida, seja uma desconfiança, um afã desordenado de trabalho, de saúde. Outras vezes é um estado de certa falta de energia, de desalento ante certas dificuldades, fracassos e experiências. Mas este sentimento dominante poderá também ser o amor a Deus, o afã de sacrificar-se num arranque de zelo ardente, na alegria de servir a Deus, na submissão a Deus, na humildade, na aspiração à mortificação, na entrega a Deus: «Onde está o meu coração?» Qual é a inclinação capital que o determina, qual é  a verdadeira olá que põe em movimento todas as partes do conjunto? Pode ser uma inclinação longa e duradoura, uma simpatia, uma amargura, uma antipatia; pode ser uma impressão momentânea, tão profunda e tão forte, que continua vibrando depois de longo tempo no coração. Perguntamos: «Onde está o meu coração?» Desta forma comprovamos frequentemente a inclinação momentânea, a orientação do coração, e avançamos até ao centro donde emanam os diversos actos, palavras e obras. Assim é como chegamos a conhecer os principais acontecimentos tanto no bem como no mal.
Este conhecimento serve para o exame de consciência, tanto particular como geral, e para o exame de consciência da santa confissão. Sem dificuldade descobrimos o que é importante e essencial para o nosso esforço, arrependemo-nos, damos graças a Deus ao ver ordem nos nossos sentimentos íntimos, imploramos de Deus a graça e a força. Descobrimos o que temos de ter em conta para a acusação na santa confissão e para o propósito; vemos em geral como com este rápido olhar interior e habitual, sempre e sempre renovado, começamos e afiançamos o exame de consciência, particular e geral.