Os Pastorinhos
viram que Nossa Senhora tinha sobre a palma da mão direita um Coração cercado
de espinhos que penetravam nele, fazendo-o sangrar horrivelmente. Era o Coração
Imaculado de Maria, ultrajado pelos pecados da humanidade, a pedir reparação...
A devoção ao Coração Imaculado de Maria germinou na era
patrística e desenvolveu-se na Idade Média e nos tempos modernos, por obra de
São Bernardo, de Santa Gertrudes, de Santa Brígida, de São Bernardino de Sena e
São João Eudes. Este último foi o maior apóstolo do culto ao Coração de Maria,
e em 1648 conseguiu obter a festa do Bispo de Autun (França). A Santa Sé
mostrou-se-lhe favorável ao início do século XIX, até que, em 1805 Pio VII
concedeu a celebração da festa às Dioceses e às Congregações religiosas que lhe
faziam pedido. Mais tarde (1855), Pio IX aprovou a Missa e o Ofício próprios.
Durante a última grande guerra (8 de dezembro de 1942), Pio XII fez a
consagração da Igreja e de todo o gênero humano ao Coração Imaculado de Maria
e, três anos após (1945), estendia a festa à Igreja universal.
O objeto primário da festa do Coração Imaculado de
Maria é a sua mesma pessoa. O objeto secundário é o Coração simbólico, isto é,
o coração físico da Virgem enquanto é símbolo de seu amor e de toda sua vida
íntima. O Coração Imaculado de Maria é a expressão de todos os seus
sentimentos, afetos, e, sobretudo, de sua ardentíssima caridade para com Deus,
para com seu Filho e para com todos os homens, que lhe foram confiados
solenemente por Jesus agonizante.
A Festa
A Festa sugere o louvor e ação de graças ao Senhor por
nos haver dado uma Mãe tão poderosa e misericordiosa, à qual nos podemos
dirigir confiantemente em qualquer necessidade. Inspira também que conduzamos
uma vida segundo o coração de Deus e que peçamos à Virgem Santa a chama de uma
ardente caridade.