PLANO DE VIDA; (Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito: Sorrir; ser amável; prestar serviço.
Senhor que eu faça "boa cara" que seja alegre e transmita aos
outros, principalmente em minha casa, boa disposição.
Lembrar-me: Papa, Bispos, Sacerdotes.
Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não
consinta que seja vencido pelos seus inimigos.
Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza
do Senhor.
Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de
Deus.
Pequeno exame: Cumpri o propósito que
me propus ontem?
Leitura espiritual
Evangelho
Lc XXII, 21-38
Jesus revela o
traidor
21 «No entanto, vede: a mão
daquele que me vai entregar está comigo à mesa! 22 O Filho do Homem segue o seu
caminho, como está determinado; mas ai daquele por meio de quem vai ser
entregue!» 23 Começaram a perguntar uns aos outros qual deles iria fazer semelhante
coisa.
Últimos avisos
24 Levantou-se entre eles
uma discussão sobre qual deles devia ser considerado o maior. 25 Jesus
disse-lhes: «Os reis das nações imperam sobre elas e os que nelas exercem a
autoridade são chamados benfeitores. 26 Convosco, não deve ser assim; o que fôr
maior entre vós seja como o menor, e aquele que mandar, como aquele que serve.
27 Pois, quem é maior: o que está sentado à mesa, ou o que serve? Não é o que
está sentado à mesa? Ora, Eu estou no meio de vós como aquele que serve. 28 Vós
sois os que permaneceram sempre junto de mim nas minhas provações, 29 e Eu
disponho do Reino a vosso favor, como meu Pai dispõe dele a meu favor, 30 a fim
de que comais e bebais à minha mesa, no meu Reino. E haveis de sentar-vos, em
tronos, para julgar as doze tribos de Israel.» 31 E o Senhor disse: «Simão,
Simão, olha que Satanás pediu para vos joeirar como trigo. 32 Mas Eu roguei por
ti, para que a tua fé não desapareça. E tu, uma vez convertido, fortalece os
teus irmãos.» 33 Ele respondeu-lhe: «Senhor, estou pronto a ir contigo até para
a prisão e para a morte.»
Predição da
negação de Pedro
34 Jesus disse-lhe: «Eu te digo, Pedro:
o galo não cantará hoje sem que, por três vezes, tenhas negado conhecer-me.» 35
Depois, acrescentou: «Quando vos enviei sem bolsa, nem
alforge, nem sandálias, faltou-vos alguma coisa?» Eles responderam: «Nada.»
36 E Ele acrescentou: «Mas agora, quem tem uma bolsa que a tome, assim como o
alforge, e quem não tem espada venda a capa e compre uma. 37 Porque, digo-vo-lo
Eu, deve cumprir-se em mim esta palavra da Escritura: Foi contado entre os
malfeitores. Efectivamente, o que me diz respeito chega ao seu termo.» 38
Disseram-lhe eles: «Senhor, aqui estão duas espadas.» Mas Ele respondeu-lhes:
«Basta!»
Considerações
Estes versículos do Evangelho escrito por São
Lucas são tão “densos” que me “perco” no que desejo considerar.
Resolvo não ter em conta o que se refere a
Judas e a todo o complexo e misterioso processo da sua traição para me ater ao
versículo 35 «Quando vos enviei sem bolsa, nem alforge, nem sandálias, faltou-vos
alguma coisa?» para evidenciar a
Providência Divina no que diz respeito a qualquer cristão.
Ele
manifestou uma missão para cada um de nós: Propagar a Palavra e o Reino de Deus
em todos os lugares da terra.
Como o
faremos com as nossas fraquezas, debilidades, falta de recursos?
Pois,
parece, exactamente assim, porque se Ele nos entrega uma missão providenciará o
que nos faltar para que a levemos a cabo com êxito.
Desde logo
o Divino Espírito Santo porá no nosso espirito o que devemos dizer, escrever ou
de alguma forma, manifestar da forma mais adequada ás circunstâncias que se
apresentarem.
Depois o
Próprio Jesus Cristo nos concederá os meios necessários para desempenhar o que
nos compete.
Por fim,
Deus Pai abençoará a nossa acção tornado-a profícua e eficaz.
E –
espantemo-nos – tudo isto gratuitamente sem necessidade de fazer-mos outra
coisa que pôr-mo-nos inteiramente ao serviço da Santíssima Trindade.
Deus Nosso
Senhor está diponível e desejoso de nos dar o que precisamos e, para o fazer,
só tem uma condição: Que Lho peçamos com simplicidade e confiança de filhos
pequenos… nada mais.
Pode ser
que – imaginemos – fazemos um pedido ao nosso Pai: ‘Dá-me isto porque quero
fazer aquilo…’, e ele responde ‘Posso dar-te o que me pedes mas não te convém
fazer o que te propões’ e, por justa sabedoria paterna não nos concede o que
pedimos.
Pois com
Deus Nosso Senhor acontece o mesmo: Dar-nos-á o que pedimos se for para nosso
bem porque a Sua Infinita Misericórdia anda sempre a par da Sua Infinita
Justiça.
VIRTUDES
Prudência
Para alcançar a sabedoria, são necessárias, em primeiro
lugar, a oração e a meditação da Palavra de Deus: “Foi por isso que a pedi e me
foi concedida a prudência. Supliquei e o espírito de sabedoria veio a mim ”(Sab
7, 7);
"Mas, percebendo que eu não poderia possuir a
sabedoria se Deus não ma desse – e já era um fruto de prudência saber de quem
procedia essa graça – dirigi-me ao Senhor e pedi-Lha" (Sab
8, 21).
REFLEXÃO
Conhecer-se
Dissertar sobre este tema coloca imediatamente uma
questão óbvia: quem sou eu?
Daqui parte-se para um dilema que se apresenta como
inevitável: sou quem sou ou quem pretendo ser, ou, talvez de outro ângulo:
actuo de acordo ou desvio-me como pretendo?
Pode - e talvez seja - mera especulação filosófica
muito conveniente para mascarar a realidade. Não estar absolutamente satisfeito
com o que se faz parece-me normal e saudável exactamente porque desperta o
desejo de melhoria ou, a convicção de não se fazer quanto realmente está ao
nosso alcance fazer.
Quem sou eu?
Magna questão cuja resposta tem forçosamente de
assentar num profundo e sincero sentimento de humildade sem o qual esta surgirá
sempre ou evasiva e incompleta ou, pelo menos, sem grande mérito.
Penso que a resposta não está disponível imediatamente
como se estivesse escondida no âmago mais íntimo da nossa idiossincrasia, mas,
antes, levará a um exercício constante e automático de exame pessoal.
Exame, digo, despido, de emoção ou condicionalismo
seja qual for, mas animado de uma decidida vontade lógica e simples de análise
sem temer as consequências que o "desfecho " ou resultado possam
significar.
Quando acima falei em "exercício automático"
quis significar exactamente isso: criar o hábito de análise imediata
subsequente ao que se pensou, disse ou fez.
O exame é assim um acto contínuo e as correções que se
mostrem necessárias mais fáceis de levar a cabo.
Em resumo: caminharemos decidida e seguramente para
uma melhoria pessoal e estaremos muito mais próximos de saber quem, de facto,
somos.
Qualquer coisa, escrito, ideia, acto, afirmação... o que for emanado
do ser humano tem, pelo menos, duas interpretações, duas reacções, dois
impactos.
Evidentemente que se conta com o primeiro, isto é, daquele que pensou,
disse, fez ou concluiu.
Depois haverá os outros em que dificilmente se encontrarão
coincidentes resultados.
A razão parece simples: não há duas pessoas iguais... absolutamente
iguais logo, a sua reacção tende a ser diferente.
Isto que parece óbvio tanto que dispensaria mais elucubrações é maior
riqueza ou o bem mais notável do ser humano o que no fundo o distingue do
irracional.
A idiossincrasia de cada ser está intimamente associada ao progresso
da sociedade porque, esta, não é um "bloco" uniforme e indivisível,
mas sim um conjunto mais ou menos equilibrado de várias idiossincrasias que
concorrem para um mesmo resultado: a variedade pluriforme da sociedade humana.
Gregário por natureza o ser humano não se confunde nem se deixa
absorver pelo conjunto antes concorre e contribui com o que lhe é próprio para
o que é comum.
Tantas vezes
se tenta algo diferente do habitual daquilo que ao longo dos dias vamos
construindo, às vezes laboriosamente forçado ou não e não conseguimos
encontrar o "fio condutor" que nos leve onde não programamos ir mas
que ambicionados chegar.
E quem tem por
hábito, sina ou feitio escrever sente de forma muito radical por vezes um como
que bloqueio inexplicável não conseguindo "arrancar" de dentro de si
mesmo o que sente necessidade de expor, mas, como não sabe bem o que é,
estálhe ausente e foge do seu controlo.
Escrever por
escrever pode se bom e até saudável. Sem esforço, deixando as palavras fluírem
livremente acaba por se envolver num processo quase automático de
escalpelização íntima como que uma catarse que tem de incluir um esforço muito
concreto de não se deixar cair na autocomiseração, no "esmagamento"
do "eu" sempre uma forma fácil de dar guarida ao amorpróprio e
orgulho e tentar manter o pensamento lógico e saudável.
Escrever sobre
si mesmo não é nem fácil nem difícil se se segue uma regra simples: escrever
para si mesmo sem a preocupação ou desejo que outros venham a ler o escrito.
Aliás, penso
que só deste modo a escrita tem autenticidade concreta porque se por detrás
dela se encontra algum por ténue ou indefinido que seja desejo ou intento
de ser lido, é praticamente impossível fugir ao uso da máscara ou disfarce da
realidade.
Sem querer,
talvez, ése levado pelo desejo de parecer inteligente, original,
interessantemas, depois, ao rever o escrito, ficase com um sentimento bem
amargo por vezes de inutilidade.
O
"truque" está numa fórmula muito simples: escrevi o que me apeteceu!
Esta conclusão
que não se pretende transformar em corolário, resolve muitos dilemas futuros,
como, por exemplo, concluir: já escrevi isto! Não vale a pena repetir!
E, daqui, pode
surgir uma nova ideia que leve a uma elaboração diferente de um tema já
rebuscado.
Parece-me
aceitável esta conclusão.