por El Reto del amor
Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
27/01/2019
OS SETE DOMINGOS DE SÂO JOSÉ
7 Dores e Alegrias de S. José
A
devoção dos sete domingos, honra as sete alegrias e as sete dores de S. José.
Recolhem-se
os textos do Evangelho correspondentes a cada uma delas e um breve comentário de
São Josemaria Escrivá.
_____________________
"Como seria José, como teria
actuado nele a graça, para ser capaz de levar a cabo a tarefa de desenvolver no
aspecto humano o filho de Deus?
"Por isso Jesus devia
parecer-se com José: no modo de trabalhar, nos traços do seu carácter, na
maneira de falar. No realismo de Jesus, no seu espírito de observação, no seu
modo de se sentar à mesa e de partir o pão, no seu gosto por falar dum modo
concreto tomando como exemplo as coisas da vida corrente, reflecte-se o que foi
a infância e a juventude de Jesus, e, portanto, o seu trato com José.
"Não é possível desconhecer a
sublimidade do mistério. Esse Jesus que é homem, que fala com o sotaque de uma
determinada região de Israel, que se parece com um artesão chamado José, esse é
o Filho de Deus."[i]
I
- A primeira dor e alegria de S. José:
A sua dor quando decidiu repudiar a
Virgem Santíssima; a sua alegria quando o anjo lhe revelou o mistério da
Encarnação, que o filho de Maria é o Filho de Deus, o Messias desejado.
"José,
filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que nela se gerou,
é obra do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, a Quem porás o nome de
Jesus, porque Ele salvará o seu povo dos seus pecados."[ii]
"Das narrações evangélicas depreende-se
a grande personalidade humana de S. José: em nenhum momento nos aparece como um
homem diminuído ou assustado perante a vida; pelo contrário, sabe enfrentar-se
com os problemas, superar as situações difíceis, assumir com responsabilidade e
iniciativa os trabalhos que lhe são encomendados."[iii]
[i] Josemaria
Escrivá, "Na oficina de José", em “Cristo que passa”, n. 55
[ii]
Mt 1,20-21
[iii] Ibid., n. 40
Temas para reflectir e meditar
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Viver a família.
Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.
Lembrar-me:
Cultivar a Fé
São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
Nunca actueis por medo ou por rotina
Atravessas uma etapa crítica: um certo
vago temor; dificuldade em adaptares o plano de vida; um trabalho angustiante,
porque não te chegam as vinte e quatro horas do dia para cumprir todas as tuas
obrigações... Já experimentaste seguir o conselho do Apóstolo: "Faça-se
tudo com decoro e com ordem", quer dizer, na presença de Deus, com Ele,
por Ele e só para Ele? (Sulco 512)
E como é que vou conseguir – parece
que me perguntas – actuar sempre com esse espírito, que me leve a concluir com
perfeição o meu trabalho profissional? A resposta não é minha. Vem de S. Paulo:
Trabalhai varonilmente, sede fortes. Que tudo, entre vós, se realize na caridade.
Fazei tudo por Amor e livremente. Nunca actueis por medo ou por rotina: servi
ao Nosso Pai Deus.
Gosto muito de repetir – porque tenho
experimentado bem a sua mensagem – aqueles versos pouco artísticos, mas muito
gráficos: Minha vida é toda amor / Se em amor sou entendido, / Foi pela força
da dor, / Pois ninguém ama melhor / Que quem muito haja sofrido.
Ocupa-te dos teus deveres
profissionais por Amor. Faz tudo por Amor – insisto – e comprovarás as
maravilhas que produz o teu trabalho, precisamente porque amas, embora tenhas
de saborear a amargura da incompreensão, da injustiça, da ingratidão e até do
próprio fracasso humano. Frutos saborosos, sementes de eternidade!
Acontece, porém, que algumas pessoas –
são boas, bondosas – afirmam por palavras que aspiram a difundir o formoso
ideal da nossa fé, mas se contentam na prática com uma conduta profissional
superficial e descuidada, própria de cabeças-no-ar. Se nos encontrarmos com
alguns destes cristãos de fachada, temos de ajudá-los com carinho e com clareza
e recorrer, quando for necessário, a esse remédio evangélico da correcção
fraterna: Irmãos, se porventura alguém for surpreendido nalguma falta, vós, os
espirituais, corrigi-o com espírito de mansidão; e tu, acautela-te a ti mesmo,
não venhas também a cair na tentação. Levai os fardos uns dos outros e desse
modo cumprireis a lei de Cristo. (Amigos de Deus, nn.
68–69)
Leitura espiritual
Fortaleza
Os
meios
Os meios para conseguir a
fortaleza devem encaminhar-se em primeiro lugar para o robustecimento da fé
Não é a mesma coisa ter
uma suspeita de fé ou uma certeza de fé.
É necessário que
repassemos a vida de Cristo, que nos detenhamos nos Seus extraordinários
milagres – garantias fidedignas da autenticidade da Sua vida divina -; que
percorramos a história da Igreja, as maravilhas vividas ao longo dos séculos
por esses homens de Deus que chamamos santos; que constatemos as misericórdias
do Senhor e de Maria, Sua Mãe, estampadas em todas as épocas e em todos os
lugares…
É necessário, em última
instância, que aprofundemos nas verdades da fé, que nos deixemos impregnar por
elas, para adquirir essa segurança e essa certeza que só uma fé inquebrantável
pode comunicar.
É uma pena ver tantos
cristãos vacilantes e indecisos na fé.
Talvez o estudo das
verdades cristãs tenha ficado para eles estacionado num nível primário,
enquanto a personalidade foi amadurecendo e os conhecimentos científicos e
culturais se foram elevando até um nível superior, criando assim, porventura,
um desequilíbrio entre a capacidade intelectual que atingiram e o carácter elementar
da sua formação cristã.
Este fenómeno costuma
provocar o que alguns chamam “dúvidas de fé” e que, na realidade, deveriam
chamar-se dúvidas de ignorância.
A honestidade intelectual
e a coerência de vida exigem um aprofundamento que revigore a fé.
O micróbio da dúvida não
se pode instalar no núcleo das nossas convicções fundamentais.
A fé tem de se tornar inabalável.
E ela, por sua vez,
tornará inabalável a nossa personalidade.
Mas uma fé isolada da vida
não é suficiente.
A fé tem que ser
operativa.
Mais ainda, a fé – como todas
as virtudes – tem de se apoiar numa estrutura humana estável, consistente.
Um princípio fundamental
da teologia católica diz-nos que a graça não destrói a natureza, antes a
aperfeiçoa.
Isto é: Deus não dispensa
o nosso esforço humano, mas complementa-o.
É frequente haver pessoas que
se deixam enganar por um “espiritualismo”, beato.
Pensam: Deus ajudará, não
temos razão para nos inquietarmos; vamos confiar, vamos deixar que a fé actue.
Esquecem-se da sabedoria
do velho ditado cristão: “Ajuda-te e Deus te ajudará, que se fundamenta naquele
princípio teológico enunciado por Santo Agostinho: “Deus que te criou sem ti
não te salvará sem ti».
Não nos esqueçamos que
existe uma profunda diferença entre o verdadeiro abandono à vontade de Deus e o
“quietismo” herético que simplesmente canoniza a apatia e o desleixo.
É certo que muitos
problemas humanos são problemas espirituais.
Quantas situações de
depressão humana são uma falta de sentido espiritual para a vida!
Mas, com a mesma
convicção, diríamos que muitos problemas espirituais são problemas humanos: não
se progride na aquisição das virtudes próprias do cristão simplesmente porque
falta carácter, porque falta empenho, luta verdadeira.
A fé necessita pois, de um
forte hábito operativo, que reclama, por sua vez, uma luta séria, empenhada.
Veremos um possível
roteiro dos principais pontos em torno dos quais se deve travar essa luta.
(Do Livro FORTALEZA (1991)
de Rafael Llano Cifuentes)
(Revisão da versão
portuguesa por AMA)
Evangelho e comentário
Evangelho: Lc 1, 1-4. 4, 14-21
1
Visto que muitos empreenderam compor uma narração dos factos que entre nós se
consumaram, 2 como no-los transmitiram os que desde o princípio foram
testemunhas oculares e se tornaram "Servidores da Palavra", 3 resolvi
eu também, depois de tudo ter investigado cuidadosamente desde a origem,
expô-los a ti por escrito e pela sua ordem, caríssimo Teófilo, 4 a fim de
reconheceres a solidez da doutrina em que foste instruído.
14
Impelido pelo Espírito, Jesus voltou para a Galileia e a sua fama propagou-se por
toda a região. 15 Ensinava nas sinagogas e todos o elogiavam. 16 Veio a Nazaré,
onde tinha sido criado. Segundo o seu costume, entrou em dia de sábado na
sinagoga e levantou-se para ler. 17 Entregaram-lhe o livro do profeta Isaías e,
desenrolando-o, deparou com a passagem em que está escrito: 18 «O Espírito do Senhor
está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me
a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a
mandar em liberdade os oprimidos, 19 a proclamar um ano favorável da parte do
Senhor.» 20 Depois, enrolou o livro, entregou-o ao responsável e sentou-se.
Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. 21 Começou, então,
a dizer-lhes: «Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura, que acabais de
ouvir.»
Comentário:
A
Liturgia propõe-nos hoje dois excertos do Evangelho escrito por São Lucas
Primeiro
justifica a sua decisão afirmando que o que escreve foi visto e ouvido por
testemunhas oculares pelo deve ser tomado com absoluto crédito.
Depois,
descreve a passagem de Jesus pela Sinagoga de Nazaré sublinhando que, sem
margens para dúvidas o próprio Jesus Cristo confirma Quem É e o que vem fazer a
este mundo.
Não
pode haver nem dúvidas nem opiniões: é assim tal como Escritura!
(AMA,
comentário sobre Lc 1, 1-4. 4, 14-21, 14.11.2018)
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