26/12/2022

Publicações em Dezembro 26

 


Jesus Cristo, o Príncipe da Paz, insiste na paz interior de quem tem por missão difundir a Sua Palavra.

Ninguém pode conseguir o que for se não estiver em paz consigo próprio e, esta, só se alcança quando se está absolutamente seguro de que o que se faz é bem feito, com o empenho total e a disponibilidade absoluta que Cristo pede aos Seus pastores.

Homens santos, autênticos, de altar, que ponham no seu trabalho de pastores de almas estritamente o que a Igreja manda, sem acrescentar da sua lavra o que for.

A Santa Igreja é de Cristo, sua Cabeça, a Doutrina é a Doutrina de Cristo e, o modo de a aplicar é seguindo com obediência e fidelidade estritas o que manda o Magistério.

Senhor, eu julgo precisar dessas coisas todas: o oiro, a prata, o vestido, o alforge o calçado… Agarrado a tudo isto e, a tudo o mais que a minha pobre humanidade me ata, mal me sobra “cabeça” para me entregar ao que de mim esperas; e, porque esperas de mim tais coisas como se, eu, fosse alguém em que merecesse a pena confiar? Tu não me conheces, Senhor! Não sabes das minhas fraquezas, do pouco que sou! Ah!... Mas, Tu, sabes mais, esta é a verdade, e se me escolhes é porque eu terei capacidade de para corresponder. Ajuda-me, Senhor, a não defraudar a Tua confiança em mim.

Serviam! (servirei). Despido de coisas supérfluas, nu de roupagens excessivas e atavios desnecessários, lanço-me à tarefa que me ordenas, meto ombros aos encargos que me entregas sem me deter a considerar as minhas misérias, o pouco que sou, o nada que valho; se o fizesse, ficaria parado, aturdido pela grandeza da tarefa para os meus fraquíssimos recursos. Não! Se me escolhes é porque me encontras préstimo; se me chamas é porque desejas que corresponda.

Por isso e sem mais Te digo: Ecce ego quia vocasti me! (heis-me aqui porque me chamaste)

Não obstante ser um costume daqueles tempos - desejar a paz - e, ainda hoje ser comum sobretudo no Oriente, perdeu-se o sentido profundo do seu verdadeiro significado.

Desejar a paz é a melhor coisa que podemos querer para alguém, querer a paz deveria ser o desejo de qualquer ser humano.   Não esqueçamos, porém, que a paz pessoal, a paz de espírito é o bem mais precioso que podemos ambicionar porque não é possível propagar a paz à nossa volta - como é dever de todo o cristão - se nós próprios não a tivermos em nós.

Fala-se constantemente de paz, justamente por ela não estar, como deveria, instalada no mundo. A paz verdadeira, a única que nos deve interessar, é a paz de Cristo. A paz que os homens almejam não é a conseguida com a imposição, à força quer seja à mesa de negociações quer alcançada no campo de batalha. Para ter paz é preciso, antes de mais, estar pronto, disponível para ceder sem hesitação naquilo que, em nós, não passa de capricho ou teimosia. Enquanto o não fizermos é inútil perseguir a paz porque, não a tendo em nós mesmos, jamais a alcançaremos.

 

Não vamos fazer apostolado carregados - por assim dizer – com inúmeras virtudes, bens, poderes. Vamos como simples cristãos confiados que o Senhor porá o que nos faltar, que, talvez seja muito, para nós, mas, para Ele, nada representa. Não esqueçamos nunca que o apostolado é um trabalho pessoal que devemos fazer, sempre em nome de Jesus Cristo e nunca nos preocupemos com a possibilidade de “não estarmos à altura da tarefa”. Ele, conhece-nos intimamente – melhor que nós próprios nos conhecemos – e, se nos incita a ser apóstolos é porque, na Sua Infinita Sabedoria, quer que o façamos.

Mal fora se o apostolado estivesse reservado só aos sábios e dotados de inúmeras virtudes, não teríamos, a maior parte de nós, lugar nessa tarefa. Não esqueçamos que tudo começou com uns simples doze homens, de escassa cultura e com inúmeros defeitos e debilidades e, no entanto, o que fizeram ficou para sempre, ficará para sempre!

Em síntese o que o Senhor nos recomenda é critério na ordem do nosso amor, das nossas prioridades. Sempre e em qualquer circunstância, o que interessa é termos Deus em primeiro lugar e observar as condições para O seguir.

Jesus Cristo não poupa os avisos sobre as dificuldades que, os que O seguirem, hão-de encontrar. Dificuldades e obstáculos de toda a ordem muitas vezes parecendo impossíveis de superar, e, de facto, são-no para nós que nada podemos, mas, Ele não nos faltará nunca para que possamos. Este Senhor, Todo-Poderoso, promete uma recompensa por um simples copo de água dado em Seu Nome! Vale apena, pois, perseverar e lutar sem descanso com confiança absoluta naquele que tudo pode.

São Mateus deixa claro o tema que é por demais importante para que os cristãos tenham bem claro o que Ele pede aos que O seguem ou, desejam segui-Lo. Não esconde nem “emoldura” a verdade, bem ao contrário, mostra as dificuldades e obstáculos que os que optarem por esse caminho, hão-de encontrar, mas, a verdade, é que nunca faltaram – nem faltarão jamais - homens e mulheres de todas as raças e condições sociais, que optarão por esse caminho e – atenção – não necessariamente retirados do mundo, nos claustros de um convento. Na vida corrente, podemos encontrar a cada passo pessoas que vivem no mundo, mas “não são do mundo” porque tudo quanto fazem é para honrar e dar glória Deus. São estes “alicerces” em que se apoia a santidade da Igreja de Jesus Cristo, em que nos apoiamos todos os cristãos, que nos servem de exemplo a seguir, nos animam e são, de certo modo, a garantia de que é possível viver como Deus quer que vivamos.

A vida de um cristão é uma vida de luta. Em primeiro lugar consigo próprio no esforço contínuo de fazer a vontade de Deus. Para alguns esta luta reveste-se de particular dificuldade e, até, violência sobretudo para os que vivem em ambientes adversos onde a prática da fé requer heroicidade denodada.

Temos todos a obrigação de ajudar estes muitos irmãos nossos rezando por eles e com a oferta de algum sacrifício ou privação.

Temer o demónio? Parece que é esta a recomendação de Jesus, tal como Evangelista escreve, mas o que na verdade quer dizer é que devemos ter cuidado com as tentações que quando menos esperamos ele insinua no nosso espírito. Já o dissemos e repetimos com absoluta segurança: o demónio não tem qualquer poder sobre nós a menos que nós próprios lho outorguemos. Nem devemos ter medo das tentações porque o Senhor prometeu que jamais consentiria que fossemos tentados além das nossas forças.   Uma coisa é ter medo, outra, completamente diferente, é ter cuidado e cautela redobrados sobretudo naquelas situações ou circunstâncias em que podemos estar mais frágeis ou pouco vigilantes. No Pai-Nosso, Jesus Cristo ensinou-nos que não devemos pedir não ser tentados, mas sim força, ânimo e ajuda para não cairmos na tentação. Ah! E sabemos muito bem que quanto mais progredimos na nossa união com Cristo mais o demónio se encarniçará contra nós, por isso, tenhamos especial cuidado na vigilância e unidade de vida e, assim, estaremos a salvo.

Sem dúvida que a forma mais eficaz de não cair em tentação é evitar decididamente e sem delongas as ocasiões e circunstâncias que, bem sabemos, são propícias para que ocorram.

Mais vale prevenir…

 

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