Quando um chefe, um rei, um proprietário encomenda a alguém uma tarefa, dá
instruções precisas aos enviados para fazerem o que deseja e como o devem
fazer.
A iniciativa pessoal será sempre necessária, mas, o deveras importante, é
cumprir quanto e como lhe é encomendado por quem tem o múnus ou o poder para
tal.
Seguramente que não será aceite um trabalho mal feito, apressadamente
levado a cabo, sem empenho nem dedicação que garantam a satisfação de quem deu
as ordens e instruções.
Os cristãos têm de ter bem presente que as instruções do Senhor são para
cumprir sem o que correm o risco de se apresentarem no julgamento final e
decisivo de mãos vazias, e, aí, já será tarde demais para corrigir.
Como um excelente
“director espiritual” Jesus Cristo não só dá instruções precisas de como actuar
como, além disso, recomenda a postura correcta que o apóstolo deve ter.
A nossa iniciativa
pessoal fica assim enformada por estas instruções e não teremos que “inventar”
nada para cumprirmos o que nos propomos. Vamos – todos os cristãos devem ir –
apresentar algo que não é nosso mas do Senhor é natural, portanto, que usemos
as Suas instruções com o rigor possível e adequado a cada circunstância.
Se assim procedermos,
estamos certos que o nosso trabalho apostólico dará frutos.
Não parece muito
atraente a decisão de seguir Jesus se considerarmos todas as vicissitudes que
se apresentarão aos Seus fiéis seguidores.
Há, no entanto, uma
promessa solene que o Senhor faz: a assistência do Espírito Santo em todos os
momentos particularmente naqueles em que o perigo ou a complexidade da situação
seja difícil ou mesmo impossível de “controlar”. E, como para Deus não há
impossíveis e Ele nunca falta ao que promete, podemos estar descansados e em paz.
De todas a virtudes
humanas a perseverança será, talvez, a mais difícil de conseguir em plenitude.
Porque deve ser diária, constante, sem pausa. Não se persevera em algo de
“tempos a tempos” mas com tenaz constância como algo que nos torna iguais a nós
mesmos, ao que queremos ser, ao que devemos ser. A perseverança traz consigo um
cortejo de virtudes que dificilmente sobreviveriam se a não tivéssemos.
Tudo quanto Jesus Cristo anuncia não é um vaticínio, uma previsão mas sim
uma profecia e, como todas as profecias, há-de verificar-se palavra por
palavra, tal qual sem qualquer alteração.
Os profetas do A T, falavam de forma figurada, por imagens mais ou menos
claras, muitas vezes algo enigmáticas. Jesus Cristo não! Revela com clareza e
até detalhe o que acontecerá. Eles
profetizavam em nome deLe, Ele, afirma o que sabe irá acontecer.
Parece que Jesus
Cristo convida os Seus seguidores a uma vida impossível, nada atraente. De
facto, ao longo dos tempos e até aos dias de hoje, tudo quanto diz se tem verificado
e, às vezes, com violência e “ferocidade” tais que raiam o inumano; não
obstante, nunca faltaram seguidores – nem faltarão – alguns de forma tão
completa e total que entregam as suas vidas única e exclusivamente ao Seu
serviço. Será que, esta atracção que
Cristo exerce sobre os que O ouvem é assim tão forte e irrecusável? Será que o prémio prometido excederá em
muito o imaginável?
Ambas são razões
fundamentais e bastantes para justificar esse cortejo santo de homens e
mulheres que seguem Cristo e vão pela vida espalhando a Sua Palavra, arrastando
outros com o seu exemplo.
Porque será que, seguir Cristo, é tarefa tão difícil como atraente?
É possível que – como alguns defendem – o homem seja intrinsecamente mau e,
portanto, seguir Jesus que É intrinsecamente Bom vai contra a sua natureza?
Não!
Em primeiro lugar porque o homem não é intrinsecamente mau nunca o poderia
ser porque Deus não pode criar nada que não seja muito bom, e, depois, porque o
demónio se esforça continuamente por o afastar do caminho recto
apresentando-lhe visões de felicidade pessoal que o atraem e, não poucas vezes,
o arrastam. Só que o demónio não pode prometer nada porque embora tenha um
enorme poder não pode “comandar” o futuro e, muito menos, que o que promete
seja bom porque ele, sim, é intrinsecamente mau. Por isso mesmo Cristo nos
ensinou a pedir no “Pai-Nosso”: «não nos
deixeis cair em tentação e livrai-nos do mal»
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