Diz o Senhor: "Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros. Nisto se conhecerá que sois meus discípulos".
– E São Paulo: "Levai a carga uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo".
– Eu não te digo
nada. (Caminho,
385)
Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
Diz o Senhor: "Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros. Nisto se conhecerá que sois meus discípulos".
– E São Paulo: "Levai a carga uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo".
– Eu não te digo
nada. (Caminho,
385)
Novo Testamento [i]
Evangelho
Mc XVI, 1-20
As
santas mulheres no sepulcro
1 Passado o
sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram perfumes para
irem embalsamar Jesus. 2 Partindo no primeiro dia da semana, de manhã cedo,
chegaram ao sepulcro quando o sol já era nascido. 3 Diziam entre si: «Quem nos
há-de retirar a pedra da entrada do sepulcro?». 4 Mas, olhando, viram removida
a pedra, que era muito grande. 5 Entrando no sepulcro, viram um jovem sentado
do lado direito, vestido de uma túnica branca e ficaram assustadas. 6 Ele
disse-lhes: «Não vos assusteis. Buscais a Jesus Nazareno, o crucificado?
Ressuscitou, não está aqui. Eis o lugar onde O depositaram. 7 Mas ide, dizei a
Seus discípulos e a Pedro que Ele vai diante de vós para a Galileia; lá O
vereis, como Ele vos disse». 8 Elas, saindo do sepulcro, fugiram, porque as
tinha assaltado o temor e estavam como que fora de si. Não disseram nada a
ninguém, tal era o medo que tinham.
Missão
dos Apóstolos
9 Jesus,
tendo ressuscitado de manhã, no primeiro dia da semana, apareceu primeiramente
a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demónios. 10 Ela foi noticiá-lo
aos que tinham andado com Ele, os quais estavam tristes e chorosos. 11 Tendo
eles ouvido dizer que Jesus estava vivo e que fora visto por ela, não
acreditaram. 12 Depois disto, mostrou-Se de outra forma a dois deles, enquanto
iam para a aldeia; 13 os quais foram anunciar aos outros, que também a estes
não deram crédito. 14 Finalmente, apareceu aos onze, quando estavam à mesa, e
censurou-lhes a sua incredulidade e dureza de coração, por não terem dado crédito
aos que O tinham visto ressuscitado. 15
E disse-lhes: «Ide por todo o mundo, e pregai o Evangelho a toda a criatura. 16
Quem crer e for baptizado, será salvo; mas quem não crer, será condenado. 17
Eis os milagres que acompanharão os que crerem: Expulsarão os demónios em Meu
nome, falarão novas línguas, 18 pegarão em serpentes e, se beberem alguma coisa
mortífera, não lhes fará mal; imporão as mãos sobre os doentes, e serão
curados».
Ascensão de Jesus, difusão da Boa Nova
19 O
Senhor, depois de assim lhes ter falado, elevou-Se ao céu e foi sentar-Se à
direita do Pai. 20 Eles, tendo partido, pregaram por toda a parte, cooperando
com eles o Senhor e confirmando a palavra com os milagres que a acompanhavam.
Textos
Dinheiro; saúde; sexo; sabedoria.
Quatro amigos discutem sobre a felicidade.
Alípio diz: ‘se eu tiver dinheiro, muito
dinheiro, serei feliz.’
Francisco, afirma: ‘por mim o que me trará a
felicidade é a saúde, não saber o que é a dor, o sofrimento.’
‘Por meu lado, aduz Jerónimo, serei feliz se
tiver à minha disposição mulheres bonitas, airosas, disponíveis para me
agradar...’
‘Eu’, declara José, ‘considerar-me-ei feliz,
muito feliz, se tiver sabedoria.’
Os outros três olharam para ele com um certo
desdém e alguma incredulidade.
Alípio perguntou: ‘Mas tu não queres saber de
dinheiro?! Mas que incompatibilidade há entre ter dinheiro e possuir
sabedoria?’
‘Bem... própriamente incompatibilidade não há
nenhuma mas torna-se muito mais difícil porque a tendência será fazer o que o
desejo apetece e não o que a sabedoria recomenda.
Por
outro lado, se agires com sabedoria na tua vida, no trabalho e, por isso,
conseguires meios de fortuna... terás alcançado, na tua forma de ver, a
felicidade.
Quanto
a ti, parece evidente que vivendo com sabedoria se evitam os excessos, as más
práticas, os vícios tudo o que traz consigo pesado ónus para a saúde’.
Como se escolhe, como se opta por um caminho?
Por um apetecer de momento?
Por
imitar um outro?
Porque
não se quer ter “trabalho” ou fazer um esforço na escolha?
Resulta mais fácil e é muito mais seguro se
recorrermos à sabedoria.
Pesando todos os prós e contras, avaliando o
que convém, o que é importante e o acessório, a escolha surge naturalmente como
a mais conveniente e acertada.
Ninguém sabe, por si mesmo, nada de
verdadeiramente importante, o que sabemos é apenas o conhecimento fruto das
experiências da vida e, alguma parte, do que sabemos de experiências de outros.
Para saber há que aprender e, sempre, por
esta ordem.
A aprendizagem é uma actividade sequencial.
Não
se começa pelo resultado para conhecer um efeito nem nos ficamos neste sem
saber a causa.
Aprender,
portanto, necessita de método e, este consegue-se, tanto melhor, quanto melhor
for o ensino e o que ensina.
“Despejar” informação no conhecimento pessoal
não educa coisa nenhuma até porque, quase sempre nestes casos, nem se sabe o
que convém saber, ou o que é dispensável ou não interessa.
Tem-se
a ilusão de possuir um vasto conhecimento quando, na realidade se esconde a
ignorância mais gritante acerca das coisas mais comezinhas.
A tendência de considerar o ser humano como
uma máquina leva a essa descaracterização do ensino.
Partindo
do princípio que a pessoa tem de saber tudo sobre tudo, descura-se a necessidade
de conhecer bem o pormenor, o detalhe do que é realmente importante para a
pessoa.
Daqui surgem os desajustes de comportamentos
e as incongruências nas relações interpessoais ou, então, o isolamento mais
feroz e castrador da principal característica humana que é a sociabilidade.
A sabedoria é, repete-se, um bem de
inestimável valor, exactamente porque permite à pessoa as escolhas acertadas em
cada momento.
Salomão foi, talvez, o mais excelente e
poderoso Rei do seu tempo e tal deve-se à sabedoria com que Deus, a seu pedido,
o cumulou.
Qual de nós, pessoas normais e correntes, ou
figuras de destaque na sociedade, qual de nós, se nos fosse colocada a escolha,
pediria para si, como bem mais precioso, a sabedoria?
Examine-se cada um e, seguramente, concluirá
que nem tal lhe ocorreria.
Sendo um Dom do Espírito Santo, a Sabedoria
é-nos dada.
Absolutamente,
ninguém a adquire por si só.
Isso que chamamos “a sabedoria dos mais
velhos”, não é outra coisa que experiência acumulada.
Quando uma criança se queima numa brasa
incandescente, grava umas sensações desagradáveis que levam a que evite repetir
o acto.
Isso
não tornou a criança sábia mas experiente.
Se um fumador evita fumar porque sabe que o
fazê-lo poderá contribuir para uma melhoria na sua saúde está a agir motivado
pela sabedoria.
Frustração ou Tentação?
Não
ser capaz de fazer o que desejo em "ambiente informático", enviar uma
mensagem, um vídeo... etc., é frustrante.
Considerar
que qualquer um dos meus Netos faz "isso" com facilidade que me
sidera, é... "tout court" inveja!
Pedir
que me ensinem como, será o que devo fazer.
Humildade?
Talvez
não.
Reconhecer
as minhas limitações?
Sim!
Resignar-me!
Não!
Concluo:
tenho de fazer o que devo e posso fazer para ultrapassar as minhas limitações.
Fortaleza
Ser
fortes de ânimo ajuda a suportar as dificuldades e superar nossos limites. Para
os cristãos, Cristo é o exemplo para viver uma virtude que abre a porta a
muitas outras.
1.
“Per aspera ad astra!”
“Através
das dificuldades, chega-se às estrelas”. Esta conhecida frase de Séneca exprime
de modo gráfico a experiência humana de que, para conseguir o melhor, há que
esforçar-se, de que “o que vale, custa”, de que é preciso lutar para vencer os
obstáculos e arestas que se vão apresentando ao longo da vida, para poder
alcançar os bens mais altos.
Muitas obras literárias de diversas culturas exaltam a figura do herói, que encarna de algum modo as palavras da sabedoria latina, que qualquer pessoa desejaria também para si: nil difficile volenti, nada é difícil para aquele que quer.
Assim pois, a nível humano, a fortaleza é valorizada e admirada. Essa virtude, que anda de mãos dadas com a capacidade de sacrificar-se, tinha entre os antigos um contorno bem definido. O pensamento grego considerava a “andreia” como uma das virtudes cardeais 1, que modera os sentimentos de combate próprios do apetite irascível, e assim dá vigor ao homem para procurar o bem, mesmo que seja difícil e árduo, sem que o medo o detenha.