PLANO DE VIDA (Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito: Simplicidade e modéstia.
Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser
contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e
sonhos de grandeza e proeminência.
Lembrar-me: Do meu Anjo da Guarda.
Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze
companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se
com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.
Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse
e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na
retribuição de tantos favores recebidos.
Pequeno exame: Cumpri o propósito que me propus ontem?
Evangelho
Lc XX, 1-26
A autoridade de
Jesus
XX 1
Num daqueles dias, estando Ele no templo a ensinar o povo e a anunciar a
Boa-Nova, apresentaram-se os sumos sacerdotes, os doutores da Lei e os anciãos
2 e dirigiram-lhe a palavra, dizendo: «Diz-nos com que autoridade fazes estas coisas,
ou quem te deu tal autoridade.» 3 Respondeu-lhes: «Também Eu vou fazer-vos uma
pergunta. Dizei-me: 4 o baptismo de João era do Céu, ou dos homens?» 5 Eles
começaram a discorrer entre si, dizendo: «Se respondermos que era do Céu, Ele
dirá: ‘Porque não acreditastes nele?’ 6 Se respondermos que era dos homens,
todo o povo nos apedrejará, porque consideram João como profeta.» 7
Responderam, então, que não sabiam de onde era. 8 Jesus disse-lhes: «Também Eu
não vos digo com que autoridade faço isto.»
O vinhateiros
homicidas
9 Começou, depois, a expor
ao povo a seguinte parábola: «Um homem plantou uma vinha, arrendou-a a uns
vinhateiros e ausentou-se por muito tempo. 10 No devido tempo, mandou um servo
aos vinhateiros, para estes lhe entregarem parte dos frutos da vinha. Mas os
vinhateiros despediram-no de mãos vazias, depois de o terem açoitado. 11 Enviou
outro servo, mas também o açoitaram, ultrajaram e despediram-no sem nada. 12
Enviou ainda um terceiro; e eles, depois de o ferirem, lançaram-no fora. 13 O
dono da vinha disse, então: ‘Que hei-de fazer? Vou mandar-lhes o meu filho bem
amado; talvez o respeitem.’ 14 Mas, quando o viram, os vinhateiros disseram uns
aos outros: ‘Este é que é o herdeiro; matemo-lo, para que a herança seja
nossa.’ 15 E, lançando-o fora da vinha, mataram-no. A esses, que lhes fará o
dono da vinha? 16 Virá, exterminará os vinhateiros e entregará a vinha a
outros.» Ouvindo isto, eles disseram: «Que Deus não o permita!»
A pedra angular
17 Fitando-os, Jesus
disse-lhes: «Que significa, então, o que está escrito: A pedra que os
construtores rejeitaram veio a tornar-se pedra angular? 18 Todo aquele que cair
sobre esta pedra ficará despedaçado, e aquele sobre quem ela cair ficará
esmagado.» 19 Naquela altura, os doutores da Lei e os sumos sacerdotes
procuravam deitar-lhe a mão, pois tinham compreendido que esta parábola lhes
era dirigida; mas tiveram receio do povo.
O tributo a César
20 Então, puseram-se à
espreita e mandaram-lhe espiões, que se fingiam justos com o fim de o
surpreender em alguma palavra, para o entregarem ao poder e à jurisdição do
governador. 21 Fizeram-lhe a seguinte pergunta: «Mestre, sabemos que falas e
ensinas com rectidão e não fazes acepção de pessoas, mas ensinas o caminho de
Deus segundo a verdade. 22 Devemos pagar tributo a César, ou não?» 23
Conhecendo a sua astúcia, Ele respondeu-lhes: 24 «Mostrai-me um denário. De
quem é a efígie e a inscrição?» Eles disseram: «De César.» 25 Disse-lhes,
então: «Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.» 26 Não
conseguiram apanhar-lhe uma palavra em falso diante do povo; ao contrário,
admirados com a sua resposta, ficaram calados.
Considerações
Feridos na sua empáfia e orgulho com a parábola dos
vinhateiros homicidas, que, como diz o Evangelista compreenderam perfeitamente
que se lhes aplicava na íntegra, o chefes do povo não desistem de provocar
controvérsia e, por isso vamos deternos na consideração dos versículos 20 a 26
que versam sobre a questão do tributo a César.
Como sempre fazem, a pergunta não é “inocente”.
O
tributo que os israelitas tinha de pagar ao invasor romano era uma questão
muito séria e discutida. Óbviamente que nenhum povo gosta de ser dominado por
outro e, ainda mais, quando esse domínio implica um pagamento extra que o
invasor se acha com direito a cobrar.
Talvez
que a resposta esperada fosse que Jesus não estava de acordo com o pagamento do
tributo, refelando-Se assim solidário com o povo.
Se
assim fosse haveria pois um motivo sério para acusação ante o Pretor romano:
Este diz que não se deve pagar o tributo!
A
questão ficava resolvida já que o Pretor não poderia ignorar um inimigo de
Roma.
Mas,
a expectativa sai gorada porque Jesus não fugindo à pergunta responde
devolvendo a astúcia e armadilha aos inquiridores.
A
maravilha da resposta – que ficará para sempre como um exemplo de justiça
lapidar – deixou-os admirados com a sua
resposta, ficaram calados.
SÃO JOSÉ
A
figura de São José no Evangelho
Como
dizíamos, José era artesão da Galileia, um homem como tantos outros. E que pode
esperar da vida um habitante de uma aldeia perdida, como era Nazaré? Apenas
trabalho, todos os dias, sempre com o mesmo esforço. E, no fim da jornada, uma
casa pobre e pequena, para recuperar as forças e recomeçar o trabalho no dia
seguinte. Mas o nome de José significa em hebreu Deus acrescentará. Deus dá à
vida santa dos que cumprem a sua vontade dimensões insuspeitadas, o que a torna
importante, o que dá valor a todas as coisas, o que a torna divina. À vida
humilde e santa de São José, Deus acrescentou - se me é permitido falar assim -
a vida da Virgem Maria e a de Jesus Nosso Senhor. Deus nunca se deixa vencer em
generosidade. José podia fazer suas as palavras que pronunciou Santa Maria, sua
Esposa: «Quia fecit mihi magna qui potens est», fez em mim grandes
coisas Aquele que é todo poderoso «quia respexit humilitatem», porque
pôs o seu olhar na minha pequenez. (São Josemaria, Cristo que
passa, 40)