Publicações em Abril 05
Plano
de vida: (Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito: Sorrir; ser amável; prestar serviço.
Senhor que eu faça "boa cara" que
seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.
Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser
recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a
todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à
minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou
desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.
Pequeno exame: Cumpri
o propósito que me propus ontem?
Leitura
espiritual:
Evangelho
Lc XIX, 1-27
Zaqueu, o publicano
1 Tendo entrado em Jericó, Jesus atravessava a cidade.
2 Vivia ali um homem rico, chamado Zaqueu, que era chefe de cobradores de
impostos. 3 Procurava ver Jesus e não podia, por causa da multidão, pois era de
pequena estatura. 4 Correndo à frente, subiu a um sicómoro para o ver, porque
Ele devia passar por ali. 5 Quando chegou àquele local, Jesus levantou os olhos
e disse-lhe: «Zaqueu, desce depressa, pois hoje tenho de ficar em tua casa.» 6
Ele desceu imediatamente e acolheu Jesus, cheio de alegria. 7 Ao verem aquilo,
murmuravam todos entre si, dizendo que tinha ido hospedar-se em casa de um
pecador. 8 Zaqueu, de pé, disse ao Senhor: «Senhor, vou dar metade dos meus
bens aos pobres e, se defraudei alguém em qualquer coisa, vou restituir-lhe
quatro vezes mais.» 9 Jesus disse-lhe: «Hoje veio a salvação a esta casa, por
este ser também filho de Abraão; 10 pois, o Filho do Homem veio procurar e
salvar o que estava perdido.»
Parábola das dez minas
11 Estando eles a ouvir estas coisas, Jesus
acrescentou uma parábola, por estar perto de Jerusalém e por eles pensarem que
o Reino de Deus ia manifestar-se imediatamente. 12 Disse, pois: «Um homem nobre
partiu para uma região longínqua, a fim de tomar posse de um reino e em seguida
voltar. 13 Chamando dez dos seus servos, entregou-lhes dez minas e disse-lhes:
‘Fazei render a mina até que eu volte.’ 14 Mas os seus concidadãos odiavam-no e
enviaram uma embaixada atrás dele, para dizer: ‘Não queremos que ele seja nosso
rei.’ 15 Quando voltou, depois de tomar posse do reino, mandou chamar os servos
a quem entregara o dinheiro, para saber o que tinha ganho cada um deles. 16 O
primeiro apresentou-se e disse: ‘Senhor, a tua mina rendeu dez minas.’ 17
Respondeu-lhe: ‘Muito bem, bom servo; já que foste fiel no pouco, receberás o
governo de dez cidades.’ 18 O segundo veio e disse: ‘Senhor, a tua mina rendeu
cinco minas.’ 19 Respondeu igualmente a este: ‘Recebe, também tu, o governo de
cinco cidades.’ 20 Veio outro e disse: ‘Senhor, aqui tens a tua mina que eu
tinha guardado num lenço, 21 pois tinha medo de ti, que és homem severo,
levantas o que não depositaste e colhes o que não semeaste.’ 22 Disse-lhe ele:
‘Pela tua própria boca te condeno, mau servo! Sabias que sou um homem severo,
que levanto o que não depositei e colho o que não semeei; 23 então, porque não
entregaste o meu dinheiro ao banco? Ao regressar, tê-lo-ia recuperado com
juros.’ 24 E disse aos presentes: ‘Tirai-lhe a mina e dai-a ao que tem dez
minas.’ 25 Responderam-lhe: ‘Senhor, ele já tem dez minas!’ 26 Digo-vos Eu: A
todo aquele que tem, há-de ser dado, mas àquele que não tem, mesmo aquilo que
tem lhe será tirado. 27 Quanto a esses meus inimigos, que não quiseram que eu
reinasse sobre eles, trazei-os cá e degolai-os na minha presença.»
Texto
Cartas de São Paulo
Rm 1, 1-32
PRÓLOGO
Saudação
1 Paulo, servo de Cristo Jesus, chamado a ser
Apóstolo, escolhido para anunciar o Evangelho de Deus, 2 que Ele de antemão
prometera por meio dos seus profetas, nas santas Escrituras, 3 acerca do seu
Filho, nascido da descendência de David segundo a carne, 4 constituído Filho de
Deus em poder, segundo o Espírito santificador pela ressurreição de entre os
mortos, Jesus Cristo Senhor nosso; 5 por Ele recebemos a graça de sermos
Apóstolos, a fim de, em honra do seu nome, levarmos à obediência da fé todos os
gentios, 6entre os quais estais também vós, chamados a ser de Cristo Jesus; 7 a
todos os amados de Deus que estão em Roma, chamados a ser santos: graça e paz a
vós, da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo!
Acção de graças
8 Antes de mais, dou graças ao meu Deus por todos vós,
por meio de Jesus Cristo, pois a vossa fé é proclamada em todo o mundo. 9 Pois
Deus - a quem presto culto no meu espírito, anunciando o Evangelho do seu Filho
- me é testemunha de como constantemente me lembro de vós, 10 pedindo sempre
nas minhas orações que tenha, finalmente, ocasião de ir ter convosco; assim
Deus o queira. 11 É que eu anseio por vos ver, para vos comunicar algum dom
espiritual e assim vos fortalecer, 12 ou antes, para, estando convosco, ser reconfortado
pela fé que nos é comum, a vós e a mim. 13 Não quero que ignoreis, irmãos, que
muitas vezes me propus ir ter convosco - do que tenho sido impedido até agora -
a fim de também entre vós obter algum fruto, do mesmo modo que entre os
restantes gentios. 14 Tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a
ignorantes eu sou devedor. 15 Daí o propósito que tenho de também vos anunciar
o Evangelho, a vós que estais em Roma.
PARTE DOGMÁTICA: JUSTIFICAÇÃO POR MEIO DE JESUS CRISTO
I A JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ
Proposição do assunto
16 Eu não me envergonho do Evangelho, pois ele é poder
de Deus para a salvação de todo o crente, primeiro o judeu e depois o grego. 17
Pois nele a justiça de Deus revela-se através da fé, para a fé, conforme está
escrito: O justo viverá da fé.
Ignorância
palpável dos pagãos
18 De facto, a ira de Deus, vinda do céu, revela-se
contra toda a impiedade e injustiça dos homens que, com a injustiça, reprimem a
verdade. 19 Porquanto, o que de Deus se pode conhecer está à vista deles, já
que Deus lho manifestou. 20 Com efeito, o que é invisível nele - o seu eterno
poder e divindade - tornou-se visível à inteligência, desde a criação do mundo,
nas suas obras. Por isso, não se podem desculpar. 21 Pois, tendo conhecido a
Deus, não o glorificaram nem lhe deram graças, como a Deus é devido. Pelo
contrário: tornaram-se vazios nos seus pensamentos e obscureceu-se o seu
coração insensato. 22 Afirmando-se como sábios, tornaram-se loucos 23 e
trocaram a glória do Deus incorruptível por figuras representativas do homem
corruptível, de aves, de quadrúpedes e de répteis.
Castigo de Deus
24 Por isso é que Deus, de acordo com os apetites dos
seus corações, os entregou à impureza, de tal modo que os seus próprios corpos
se degradaram. 25 Foram esses que trocaram a verdade de Deus pela mentira, e
que veneraram as criaturas e lhes prestaram culto, em vez de o fazerem ao
Criador, que é bendito pelos séculos! Ámen. 26 Foi por isso que Deus os
entregou a paixões degradantes. Assim, as suas mulheres trocaram as relações
naturais por outras que são contra a natureza. 27 E o mesmo acontece com os
homens: deixando as relações naturais com a mulher, inflamaram-se em desejos de
uns pelos outros, praticando, homens com homens, o que é vergonhoso, e
recebendo em si mesmos a paga devida ao seu desregramento. 28 E como não
julgaram por bem manter o conhecimento de Deus, entregou-os Deus a uma
inteligência sem discernimento. E é assim que fazem o que não devem: 29 estão
repletos de toda a espécie de injustiça, perversidade, ambição, maldade; cheios
de inveja, homicídios, discórdia, falsidade, malícia; são difamadores, 30
maldizentes, inimigos de Deus, insolentes, orgulhosos, arrogantes, engenhosos
para o mal, rebeldes para com os pais, 31 estúpidos, desleais, inclementes,
impiedosos. 32 Esses, muito embora conheçam o veredicto de Deus - de que são
dignos de morte os que tais coisas praticam - não só as fazem, como até aprovam
os que as praticam.
Comentários:
O Apóstolo no versículo 7, refere: “Chamados a ser
santos”. Realmente: “Os seguidores de Cristo, chamados por Deus e
justificados no Senhor Jesus, não por merecimenyo próprio, mas pela vontade e
graça de Deus, são feitos pelo Baptismo da Fé, verdadeiramente filhos e
participantes danatureza divina e, por conseguite,realamente santos”. (Lumen
gentium, 40).
O primeiro comentário – ou consideração – que
ocorre, é esta afirmação do Apóstolo: “Eu não me envergonho do Evangelho,
pois ele é poder de Deus para a salvação de todo o crente, primeiro o udeu e
depois o grego” (V, 16). Ou seja: o Evangelho – a Palavra de Deus – é o Seu
poder e garantia de salvação!
Um segundo comentário para referir a dura clareza com
que São Paulo fala da castidade e da pureza. Como então, hoje assistimos a um
degradar proguessivo da permissividade e de novas “teorias” – como a iguladade
de género, para referir apenas de uma – donde que, o que escreve nesta Epístola
continua não só válido como actual. As consequências do desregramento são
elancadas e claríssimas e, sabemos muito bem, aplicam-se inteiramente. O
comportamento permissivo não provoca só a degradação das consciências mas,
inclusive, a corrupção dos corpos e privação da liberdade pessoal. Sim… a
impureza, que muitas vezes chega a patamares aberrantes, é como que uma amarra
que prende cada vez mais estreita e solidamente os que a ela se entregam e, o
caminho, é, sempre, cada vez mais fundo. A pessoa fica como que inibida de
pensar ou agir de outra forma que não seja satisfazer o seu vício, deixando
tudo de lado, postergando sucessivamente a dignidade de vida, os deveres
sociais mais elementares e, claro está, comprometendo o amor. Deus Nosso Senhor
não pode aceitar nem admitir pessoas assim – mesmo sendo Seus filhos =
exactamente porque, Ele, É O AMOR.
Reflexão:
Jesus está connosco!
No Santo Sacrifício do altar, o sacerdote pega no
Corpo do nosso Deus e no Cálice com o seu Sangue, e levanta-os sobre todas as
coisas da terra, dizendo: "Per Ipsum, et cum Ipso, et in Ipso",
pelo meu Amor!, com o meu Amor!, no meu Amor! Une-te a esse gesto. Mais ainda:
incorpora essa realidade na tua vida. (Forja, 541)
Assim se entra no Canon, com a confiança filial que
nos leva a chamar clementíssimo ao nosso Pai Deus. Pedimos-Lhe pela Igreja e
por todos os que estão na Igreja, pelo Papa, pela nossa família, pelos nossos
amigos e companheiros. E o católico, como tem coração universal, pede por todo
o mundo, porque o seu zelo entusiasta nada pode excluir. E para que a petição
seja acolhida, recordamos a nossa comunhão com a Santíssima Virgem e com um
punhado de homens que foram os primeiros a seguir Cristo e por Ele
morreram. Quam oblationem... Aproxima-se o momento da consagração.
Agora, na Santa Missa, é outra vez Cristo que actua, através do sacerdote: Isto
é o meu Corpo. Este é o cálice do meu Sangue. Jesus está connosco! Com a
transubstanciação, renova-se a infinita loucura divina, ditada pelo Amor.
Quando hoje se repete esse momento, que saiba cada um de nós dizer ao Senhor,
mesmo sem pronunciar quaisquer palavras, que nada nos poderá afastar d'Ele e
que a sua disponibilidade de se deixar ficar – totalmente indefeso – nas
aparências, tão frágeis, do pão e do vinho, nos converteu voluntariamente em
escravos: praesta meae menti de te vivere et te illi semper dulce
sapere, faz com que eu viva de Ti e saboreie sempre a doçura do teu
amor. (Cristo que passa, 90)
Virtudes:
Prudência
A prudência é a virtude mais necessária à vida humana,
pois viver bem consiste em agir bem. Ora, para agir bem é preciso não só fazer
alguma coisa, mas fazê-lo também do modo certo, ou seja, por uma escolha
correcta e não por impulso ou paixão. Como a escolha visa aos meios para se
conseguir um fim, para ser correcta exigem-se duas coisas: o fim devido (debitum
finem) e os meios adequados a esse fim … Quanto aos meios adequados a esse
fim, importa que o homem esteja directamente disposto pelo habitus da
razão, porque aconselhar e escolherc, que são acções relacionadas com os meios,
são atos da razão. É necessário, pois, haver na razão alguma virtude
intelectual que a aperfeiçoe, para que proceda com acerto em relação aos meios.
Essa virtude é a prudência, virtude portanto necessária para bem viver.
São Tomás de Aquino, Suma Teológica P
I-II,q.57.
[1] Conteúdo: Evangelho (sequencial) - Texto