Santíssima Virgem Glória e Graça
Santíssima Virgem - Santo Rosário - Mistérios do Evangelho
Fidelidade de Jesus
«Muito
bem, servo bom e fiel! Foste fiel em coisas de pouca monta, dar-te-ei a
superintendência de coisas grandes. Entra no gozo do teu Senhor» (Cfr.
Mt XXV, 21-23).
A
mim, parece-me muito justa esta declaração de Jesus, como se pode ser assegurar
a quem for a nossa fidelidade se só nos preocupamos com o que tem relevo,
notariedade?
As
“coisas pequenas” que são a maior parte das com que nos deparamos diariamente,
não podem ser descartadas como não importantes; o desprezo ou alheamento das
“coisas pequenas” é meio-caminho andando para desprezar as grandes.
O
nosso critério, do que é grande ou pequeno, não deverá ser o que devemos ter em
conta, para o Senhor, nada, absolutamente, é pequeno, sem valor,
desconsiderável, tudo tem um valor intrínseco que não nos compete avaliar.
Não
se começa o treino para uma maratona correndo vinte ou mais quilómetros,
começa-se por, dia a dia, perseverantemente, ir correndo pequenas distâncias
que irão aumentando à medida que os nossos músculos se vão adaptando e
fortalecendo.
Com
esse empenho diário, consequente, chegaremos ao “estágio” que desejamos: Estar
prontos, preparados, para o desafio, seja qual for.
A
pessoa fiel tem muitos amigos que confiam nele sejam quais forem as
circunstâncias e, por isso, recorrem a ele pedindo ajuda nos momentos mais
difíceis e problemáticos.
A
palavra, a acção, o jesto da pessoa fiel tem um valor intrínsseco que é
reconhecido como veraz e não uma conveniência de momento.
A
fidelidade tem sempre um “prémio”… a satisfação íntima de se ter feito o que se
deveria fazer.
As
“pequenas coisas” tornam-se, assim, coisas grandes que não podem nem devem ser
ignoradas.
Por
mais de uma vez Jesus afirmou que era fiel e que nunca abandonaria os seus
irmãos os homens mesmo aqueles que lhe são infiéis faltando a compromissos que
livremente assumiram.
Da
Santíssima Virgem recebeu o constante exemplo de fidelidade.
A
sua “declaração” “FIAT” foi plenamente assumida para sempre, abdicando da sua vontade
própria para se entregar plenamente à Vontade Divina.
É o que
nos diz também em Caná: «Fazei o que Ele vos disser».
Eu
tenho a certeza absoluta que se for fiel aos compromisos assumidos no meu
Babtismo me salvarei alcançando a Vida Eterna único objectivo que realmente me
interessa.
Mas,
sei muito bem como sou fraco e volúvel e como me deixo seduzir, mesmo que
brevemente, por falsas miragens de felicidade e, por isso mesmo peço com
insistência ajuda à minha Mãe do Céu.
Ao
longo de toda a minha vida, desde muito pequeno, ela te-me dado sobejas provas
da sua fidelidade de Mãe atenta e carinhosa quer em grandes coisas como as
doenças graves, a guerra, os desastres de viação, quer nas coisas pequenas de
todos os dias.
Sendo,
como me esforço por ser, fiel a ti, Mãe, sei que serei fiel ao teu Divino
Filho.