23/10/2019

Nosso Senhor cruzou-se no nosso caminho


A entrega é o primeiro passo de uma corrida de sacrifício, de alegria, de amor, de união com Deus. E, assim, toda a vida se enche de uma bendita loucura, que faz encontrar felicidade onde a lógica humana não vê senão negação, padecimento, dor. (Sulco, 2)

Como a Nosso Senhor, também a mim me agrada muito falar de barcas e de redes, para todos tirarmos propósitos firmes e concretos dessas cenas evangélicas. S. Lucas conta-nos que uns pescadores lavavam e remendavam as redes à beira do lago de Genesaré. Jesus aproxima-se de uma daquelas naves atracadas na margem e sobe a uma delas, a de Simão. Com que naturalidade se mete o Mestre na vida de cada um de nós para nos complicar a vida, como se repete por aí em tom de queixa. Nosso Senhor cruzou-se convosco e comigo no nosso caminho, para nos complicar a existência, delicadamente, amorosamente.

Depois de pregar da barca de Pedro, dirige-se aos pescadores: duc in altum, et laxate retia vestra in capturam, remai para o mar alto e lançai as redes! Fiados na palavra de Cristo, obedecem e obtêm aquela pesca prodigiosa. Olhando para Pedro que, como Tiago e João, estava pasmado, Nosso Senhor explica-lhe: não tenhas medo; desta hora em diante serás pescador de homens. E, trazidas as barcas para terra, deixando tudo, seguiram-no. (Amigos de Deus, 21)

Temas para reflectir e meditar

FÀTIMA


“Consagrar o mundo ao Imaculado Coração de Maria” significa aproximar-nos, por intercessão da Mãe, da mesma fonte de Vida que brotou no Gólgota. 

Este manancial corre ininterruptamente, brotando dele a Redenção e a Graça. 

Nela se realiza continuamente a reparação pelos pecados do mundo. Este manancial é fonte incessante de vida nova e de santidade.

(são joão paulo iiHomília em Fátima, 1982.05.13)

Evangelho e comentário


TEMPO COMUM



Evangelho: Lc 12, 39-48

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Compreendei isto: se o dono da casa soubesse a que hora viria o ladrão, não o deixaria arrombar a sua casa. Estai vós também preparados, porque na hora em que não pensais virá o Filho do homem». Disse Pedro a Jesus: «Senhor, é para nós que dizes esta parábola, ou também para todos os outros?». O Senhor respondeu: «Quem é o administrador fiel e prudente que o senhor estabelecerá à frente da sua casa, para dar devidamente a cada um a sua ração de trigo? Feliz o servo a quem o senhor, ao chegar, encontrar assim ocupado. Em verdade vos digo que o porá à frente de todos os seus bens. Mas se aquele servo disser consigo mesmo: ‘O meu senhor tarda em vir’; e começar a bater em servos e servas, a comer, a beber e a embriagar-se, o senhor daquele servo chegará no dia em que menos espera e a horas que ele não sabe; ele o expulsará e fará que tenha a sorte dos infiéis. O servo que, conhecendo a vontade do seu senhor, não se preparou ou não cumpriu a sua vontade, levará muitas vergastadas. Aquele, porém, que, sem a conhecer, tenha feito acções que mereçam vergastadas, levará apenas algumas. A quem muito foi dado, muito será exigido; a quem muito foi confiado, mais se lhe pedirá».

Comentário:


O Senhor – que É a Justiça – dá-nos preciosa indicação sobre como ser justo.

Em primeiro lugar está a honestidade pessoal; quer nos pensamentos quer nas obras.

Depois, virá a integridade e unidade de vida sem o que não existirá verdadeira justiça.

Muitos talvez pensem que ser justo é julgar bem, mas estão enganados.

A nós, não nos compete julgar nada nem ninguém, o que nos respeita é proceder como se estivéssemos sempre – e de facto estamos – sob o olhar de Deus.

Se tivermos bem presente esta realidade, não nos atreveremos a proceder de outro modo.

(AMA, comentário sobre Lc 12, 54-59, 11.07.2017)


Leitura espiritual


Cartas de São Paulo

Rm 5

O amor de Deus, força da nossa esperança

1 Portanto, uma vez que fomos justificados pela fé, estamos em paz com Deus por Nosso Senhor Jesus Cristo. 2 Por Ele tivemos acesso, na fé, a esta graça na qual nos encontramos firmemente e nos gloriamos, na esperança da glória de Deus. 3 Mais ainda, gloriamo-nos também das tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência, 4 a paciência a firmeza, e a firmeza a esperança. 5 Ora a esperança não engana, porque o amor de Deus foi derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. 6 De facto, quando ainda éramos fracos é que Cristo morreu pelos ímpios. 7 Dificilmente alguém morrerá por um justo; por uma pessoa boa talvez alguém se atreva a morrer. 8 Mas é assim que Deus demonstra o seu amor para connosco: quando ainda éramos pecadores é que Cristo morreu por nós. 9 E agora que fomos justificados pelo seu sangue, com muito mais razão havemos de ser salvos da ira, por meio dele. 10 Se, de facto, quando éramos inimigos de Deus, fomos reconciliados com Ele pela morte de seu Filho, com muito mais razão, uma vez reconciliados, havemos de ser salvos pela sua vida. 11 Mais ainda, também nos gloriamos em Deus, por Nosso Senhor Jesus Cristo, por quem agora recebemos a reconciliação.


Pecado de Adão e graça de Cristo (Gn 3)

12 Por isso, tal como por um só homem entrou o pecado no mundo e, pelo pecado, a morte, assim a morte atingiu todos os homens, uma vez que todos pecaram... 13 De facto, antes da Lei já existia o pecado no mundo; mas o pecado não é tido em conta quando não há lei. 14 Apesar disso, desde Adão até Moisés reinou a morte, mesmo sobre aqueles que não tinham pecado por uma transgressão idêntica à de Adão, que é figura daquele que havia de vir. 15 Com efeito, o que se passa com o dom gratuito não é o mesmo que se passa com a falta. Se pela falta de um só todos morreram, com muito mais razão a graça de Deus, aquela graça oferecida por meio de um só homem, Jesus Cristo, foi a todos concedida em abundância. 16 E também com o dom não acontece o mesmo que acontece com as consequências do pecado de um só. Com efeito, o julgamento, que partiu de um só, teve como resultado a condenação; enquanto o dom gratuito, que partiu de muitas faltas, teve como resultado a justificação. 17 De facto, se pela falta de um só e por meio de um só reinou a morte, com muito mais razão, por meio de um só, Jesus Cristo, hão-de reinar na vida aqueles que recebem em abundância a graça e o dom da justiça. 18 Portanto, como pela falta de um só veio a condenação para todos os homens, assim também pela obra de justiça de um só veio para todos os homens a justificação que dá a vida. 19 De facto, tal como pela desobediência de um só homem todos se tornaram pecadores, assim também pela obediência de um só todos se hão-de tornar justos. 20 A lei interveio para aumentar a falta, mas, onde aumentou o pecado, superabundou a graça. 21 E deste modo, tal como o pecado reinou pela morte, assim também a graça reina pela justiça até à vida eterna, por Jesus Cristo, Senhor nosso.

Pregamor!


Pequena agenda do cristão

Quarta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)






Propósito:

Simplicidade e modéstia.


Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência.


Lembrar-me:
Do meu Anjo da Guarda.


Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.

Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?