23/11/2019

Quero entregar-me a Ti sem reservas!


Pedro diz-Lhe: "Senhor, Tu lavares-me os pés, a mim?!". Responde Jesus: "O que Eu faço, não o compreendes agora; entendê-lo-ás depois". Insiste Pedro: "Tu nunca me lavarás os pés!". Replicou Jesus: "Se Eu não te lavar, não terás parte coMigo". Simão Pedro rende-se: "Senhor, não só os pés, mas também as mãos e a cabeça!". Ao chamamento a uma entrega total, completa, sem vacilações, muitas vezes opomos uma falsa modéstia como a de Pedro... Oxalá fôssemos também homens de coração, como o Apóstolo!...
...Pedro não admite que ninguém ame Jesus mais do que ele. Esse amor leva-o a reagir assim: – Aqui estou! Lava-me as mãos, a cabeça, os pés! Purifica-me de todo, que eu quero entregar-me a Ti sem reservas! (Sulco, 266)

Está completo o tempo, e aproxima-se o Reino de Deus; fazei penitência, e crede no Evangelho (Mc 1, 15).
E vinha a Ele todo o povo, e ensinava-o (Mc 2, 13.)
Jesus vê aquelas barcas na margem, e sobe para uma delas. Com que naturalidade se mete Jesus na barca de cada um de nós!
Quando te aproximares do Senhor, lembra-te de que Ele está sempre muito perto de ti, dentro de ti: Regnum Dei intra vos est (Lc 17, 21). No teu coração O encontrarás.
Cristo deve reinar, em primeiro lugar, na nossa alma. Para que Ele reine em mim, preciso da sua graça abundante, pois só assim é que o mais imperceptível pulsar do meu coração, a menor respiração, o olhar menos intenso, a palavra mais corrente, a sensação mais elementar se traduzirão num hossana ao meu Cristo Rei.
Duc in altum – Ao largo! – Repele o pessimismo que te torna cobarde. Et laxate retia vestra in capturam – e lança as redes para pescar.
Devemos, confiar nessas palavras do Senhor: meter-se na barca, pegar nos remos, içar as velas e lançar-nos a esse mar do mundo que Cristo nos deixa em herança.
Et regni ejus non erit finis. – O Seu Reino não terá fim!
Não te dá alegria trabalhar por um reinado assim? (Santo Rosário, mistérios Luminosos: ‘O anúncio do Reino de Deus’)


THALITA KUM 17


THALITA KUM 17

(Cfr. Lc 8, 49-56)

A missão do Papa é uma missão divina porque emana do próprio Jesus Cristo, com um mandato preciso e claro.

O que Jesus disse a Pedro não foram generalidades mais ou menos abrangentes, algo vago, indefinido.

Não! [1]

É, portanto, claro que um cristão tem o dever de acatar as directrizes emanadas desde a Cátedra de Pedro.
Seja quem for o homem que a ocupe, ele é sempre o Vigário de Cristo na terra e, a palavra “vigário” significa exactamente, aquele que substitui alguém.

Na sua viagem no mar da vida, Jairo, encontra-se com a tempestade.
O drama da doença, da morte eminente da sua filha querida.
É um personagem importante [2], mas perante a gravidade da situação sabe, no mais íntimo do seu coração que só um milagre podia curar a filha e alguém lhe terá dito que, Jesus, poderia fazer esse milagre.
Talvez tenha ouvido falar dos milagres recentes que Ele fizera.

(AMA, reflexões sobre o Evangelho, 2006)




[1] «Segundo os textos evangélicos, a missão pastoral do Romano Pontífice, sucessor de Pedro, comporta uma missão doutrinal. Como pastor universal, o Papa tem a missão de anunciar a doutrina revelada e de promover em toda a Igreja a verdadeira fé em Cristo. Pedro é o primeiro daqueles Apóstolos aos quais Jesus disse: Como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós (Jo 20,21; Cfr. 17,18). Como pastor universal, Pedro deve actuar em nome de Cristo e em sintonia com Ele em toda a ampla área humana na qual Jesus quis que se pregasse o Seu Evangelho e se anunciasse a verdade salvífica: No mundo inteiro. Contudo, o Bispo de Roma, como cabeça do colégio episcopal por vontade de Cristo, é o primeiro pregoeiro da fé, ao que corresponde a tarefa de ensinar a verdade revelada e de mostrar as suas aplicações no comportamento humano. Ele é o primeiro responsável pela difusão da fé no mundo. O sucessor de Pedro cumpre esta missão doutrinal mediante uma série contínua de intervenções orais e escritas que constituem o exercício ordinário do magistério como ensinamento das verdades em que é preciso acreditar e aplicar na vida (fidem et mores). Os actos que expressam tal magistério podem ser mais ou menos frequentes e tomar formas diferentes segundo as necessidades dos tempos, as exigências de situações concretas, as possibilidades e meios disponíveis, os métodos e as técnicas de comunicação. Mas, uma vez que derivam de uma intenção explícita ou implícita de se pronunciar em matéria de fé e costumes, remetem-se ao mandato recebido por Pedro e revestem-se da autoridade que Cristo lhe conferiu. Ao cumprir esta tarefa, o sucessor de Pedro expressa de forma pessoal, mas com autoridade institucional, a “regar da fé”, à qual devem ater-se os membros da Igreja universal – simples fiéis, catequistas, professores de religião, teólogos –, ao procurar o sentido dos conteúdos permanentes da fé cristã, inclusive em relação com as discussões que surgem dentro e fora da comunidade eclesial sobre diversos pontos ou sobre todo o conjunto da doutrina. É verdade que dentro da Igreja, todos, e de forma especial os teólogos, estão chamados a realizar este trabalho de contínuo esclarecimento e explicação. Mas a missão de Pedro e dos seus sucessores consiste em estabelecer e afirmar com autoridade o que a Igreja recebeu e acreditou desde o princípio, o que os apóstolos ensinaram, o que a Sagrada Escritura e a tradição cristã fixaram como objecto de fé e como norma cristã de vida. Também os outros pastores da Igreja, os bispos sucessores dos apóstolos, são confirmados pelo sucessor de Pedro na sua comunhão de fé com Cristo e no cumprimento fiel da sua missão. Deste modo, o magistério do bispo de Roma assinala a todos uma linha de clareza e unidade que, especialmente em tempos de máxima comunicação e discussão, como o nosso, resulta imprescindível. O Romano Pontífice (…) tem a missão de proteger o povo cristão contra os erros no campo da fé e da moral, o dever de guardar o depósito da fé (Cfr. 2 Tim 4,7). Ai daquele que se assustasse ante as críticas e as incompreensões! O seu papel é dar testemunho de Cristo, da Sua palavra, da Sua lei e do Seu amor. Mas à consciência da sua responsabilidade no campo doutrinal e moral, o Romano Pontífice deve acrescentar o compromisso de ser, como Jesus, «manso e humilde de coração» (Mt 11,29)» são joão paulo ii, Audiência Geral, 10.03.1993.
[2] À frente da sinagoga estava o arqui-sinagogo, que tinha como missão manter a ordem nas reuniões de sábado e nas festas, dirigir as orações, os cânticos e designar o que devia explicar a Sagrada Escritura. Era assistido na sua missão por um conselho, e tinha ao seu serviço um ajudante encarregado das funções materiais. (Cfr. Bíblia Sagrada, Anotada pela Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra, Comentários).

Evangelho e comentário


TEMPO COMUM



Evangelho: Lc 20, 27-40

Naquele tempo, aproximaram-se de Jesus alguns saduceus – que negam a ressurreição – e fizeram-lhe a seguinte pergunta: «Mestre, Moisés deixou-nos escrito: ‘Se morrer a alguém um irmão, que deixe mulher, mas sem filhos, esse homem deve casar com a viúva, para dar descendência a seu irmão’. Ora havia sete irmãos. O primeiro casou-se e morreu sem filhos. O segundo e depois o terceiro desposaram a viúva; e o mesmo sucedeu aos sete, que morreram e não deixaram filhos. Por fim, morreu também a mulher. De qual destes será ela esposa na ressurreição, uma vez que os sete a tiveram por mulher?». Disse-lhes Jesus: «Os filhos deste mundo casam-se e dão-se em casamento. Mas aqueles que forem dignos de tomar parte na vida futura e na ressurreição dos mortos, nem se casam nem se dão em casamento. Na verdade, já não podem morrer, pois são como os Anjos, e, porque nasceram da ressurreição, são filhos de Deus. E que os mortos ressuscitam, até Moisés o deu a entender no episódio da sarça ardente, quando chama ao Senhor ‘o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob’. Não é um Deus de mortos, mas de vivos, porque para Ele todos estão vivos». Então alguns escribas tomaram a palavra e disseram: «Falaste bem, Mestre». E ninguém mais se atrevia a fazer-Lhe qualquer pergunta.

Comentário:

As pessoas com espírito retorcido e falta de seriedade no critério não chegam a dar-se conta do ridículo ou inapropriado das questões que colocam, as perguntas que fazem ou as opiniões que emitem.

São bem conhecidas – e numerosas infelizmente – essas pessoas que andam pela vida com um olhar crítico e o olhar acerado sempre pronto a avaliar, julgar, emitir opinião, parecendo – e talvez seja verdade – que nada mais os move na vida que avaliar, julgar, comentar sobre tudo e sobre todos, mesmo sobre matérias que desconhecem ou assuntos que não dominam.

O que se deve fazer com esta gente?

Ignorá-los!

Mostrar-lhes desinteresse ou desprezo?

Não foi assim que o Senhor procedeu, bem ao contrário, com infinita paciência pôs a descoberto o erro, o engano a falsa teoria.

Para bem dos próprios? Sem dúvida, mas, sobretudo para bem dos outros que os possam escutar.

(AMA, comentário sobre Lc 20, 27-40, 25.11.2017)

Leitura espiritual


CARTAS DE SÃO PAULO

2 Cor 4

Anunciar Jesus Cristo –

1 Por isso, investidos neste ministério que nos foi concedido por misericórdia, não perdemos a coragem, 2 mas repudiamos os subterfúgios vergonhosos, não procedendo com astúcia nem adulterando a palavra de Deus, antes, pela manifestação da verdade, recomendando-nos à consciência de todos os homens diante de Deus. 3 Se, entretanto, o nosso Evangelho continuar velado, está velado para os que se perdem, 4 para os incrédulos, cuja inteligência o deus deste mundo cegou, a fim de não verem brilhar a luz do Evangelho da glória de Cristo, que é imagem de Deus. 5 Pois, não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor, e nos consideramos vossos servos, por amor de Jesus. 6 Porque o Deus que disse: das trevas brilhe a luz, foi quem brilhou nos nossos corações, para irradiar o conhecimento da glória de Deus, que resplandece na face de Cristo.

Tribulações e esperanças do ministério apostólico –

7 Trazemos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que se veja que este extraordinário poder é de Deus e não é nosso. 8 Em tudo somos atribulados, mas não esmagados; confundidos, mas não desesperados; 9 perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não aniquilados. 10 Trazemos sempre no nosso corpo a morte de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifesta no nosso corpo. 11 Estando ainda vivos, estamos continuamente expostos à morte por causa de Jesus, para que a vida de Jesus seja manifesta também na nossa carne mortal. 12 Assim, em nós opera a morte, e em vós a vida. 13 Animados do mesmo espírito de fé, conforme o que está escrito: Acreditei e por isso falei, também nós acreditamos e por isso falamos, 14 sabendo que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus, também nos há-de ressuscitar com Jesus, e nos fará comparecer diante dele junto de vós. 15 E tudo isto faço por vós, para que a graça, multiplicando-se na comunidade, faça aumentar a acção de graças, para a glória de Deus.

Na esperança da glória –

16 Por isso, não desfalecemos, e mesmo se, em nós, o homem exterior vai caminhando para a ruína, o homem interior renova-se, dia após dia. 17 Com efeito, a nossa momentânea e leve tribulação proporciona-nos um peso eterno de glória, além de toda e qualquer medida. 18 Não olhamos para as coisas visíveis, mas para as invisíveis, porque as visíveis são passageiras, ao passo que as invisíveis são eternas.

Doutrina – 511


CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
Compêndio



SEGUNDA SECÇÃO

OS SETE SACRAMENTOS DA IGREJA


CAPÍTULO PRIMEIRO

OS SACRAMENTOS DA INICIAÇÃO CRISTÃ

O SACRAMENTO DA EUCARISTIA


294. Porque é que a Eucaristia é «penhor da futura glória»?


Porque a Eucaristia nos enche das graças e bênçãos do Céu, fortalece-nos para a peregrinação desta vida, faz-nos desejar a vida eterna, unindo-nos desde já a Cristo, sentado à direita do Pai, à Igreja do Céu, à santíssima Virgem e a todos os santos.

Na Eucaristia, partimos «o mesmo pão, que é remédio de imortalidade, antídoto para não morrer, mas para viver eternamente em Jesus Cristo» (S. Inácio de Antioquia).

Un hombre no es (todavía) una mujer



Pequena agenda do cristão

SÁBADO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Honrar a Santíssima Virgem.

A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.

Lembrar-me:

Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.

Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.
Não encontro, pobre de mim, nada mais que isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector, guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?