13/08/2017

Como queres que te ouçam?

Corres o grande perigo de te conformares com viver (ou pensar que deves viver...) como um "bom rapaz", que se hospeda numa casa arrumada, sem problemas, e que não conhece senão a felicidade. Isso é uma caricatura do lar de Nazaré. Cristo, justamente porque trazia a felicidade e a ordem ao mundo, saiu a propagar esses tesouros entre os homens e mulheres de todos os tempos. (Sulco, 952)

Parecem-me muito lógicas as tuas ânsias de que a humanidade inteira conheça a Cristo. Mas começa pela responsabilidade de salvar as almas dos que convivem contigo, de santificar cada um dos teus companheiros de trabalho ou de estudo... Esta é a principal missão de que o Senhor te encarregou. (Sulco, 953)

Comporta-te como se de ti, exclusivamente de ti, dependesse o ambiente do lugar onde trabalhas: ambiente de laboriosidade, de alegria, de presença de Deus e de visão sobrenatural.

Não entendo a tua debilidade. Se tropeças com um grupo de colegas um pouco difícil (que talvez tenha chegado a ser difícil por desleixo teu...), esqueces-te deles, pões-te de parte, e pensas que são um peso morto, um lastro que se opõe aos teus ideais apostólicos; que nunca te entenderão...

Como queres que te ouçam, se (dando por descontado que os ames e sirvas com a tua oração e a tua mortificação) não falas com eles?...


Quantas surpresas apanharás no dia em que te decidas a criar amizade com um, com outro e com outro! Além disso, se não mudas, poderão exclamar com razão, apontando-te a dedo: «Hominem non habeo!», não tenho quem me ajude! (Sulco, 954)

Evangelho e comentário

Tempo Comum


Evangelho: Mt 14, 22-33

22 Depois, Jesus obrigou os discípulos a embarcar e a ir adiante para a outra margem, enquanto Ele despedia as multidões. 23 Logo que as despediu, subiu a um monte para orar na solidão. E, chegada a noite, estava ali só. 24 O barco encontrava-se já a várias centenas de metros da terra, açoitado pelas ondas, pois o vento era contrário. 25 De madrugada, Jesus foi ter com eles, caminhando sobre o mar. 26 Ao verem-no caminhar sobre o mar, os discípulos assustaram-se e disseram: «É um fantasma!» E gritaram com medo. 27 No mesmo instante, Jesus falou-lhes, dizendo: «Tranquilizai-vos! Sou Eu! Não temais!» 28 Pedro respondeu-lhe: «Se és Tu, Senhor, manda-me ir ter contigo sobre as águas.» 29 «Vem» - disse-lhe Jesus. E Pedro, descendo do barco, caminhou sobre as águas para ir ter com Jesus. 30 Mas, sentindo a violência do vento, teve medo e, começando a ir ao fundo, gritou: «Salva-me, Senhor!» 31 Imediatamente Jesus estendeu-lhe a mão, segurou-o e disse-lhe: «Homem de pouca fé, porque duvidaste?» 32 E, quando entraram no barco, o vento amainou. 33 Os que se encontravam no barco prostraram-se diante de Jesus, dizendo: «Tu és, realmente, o Filho de Deus!»

Comentário:

Novamente o Senhor fala sobre a fé, desta vez para censurar Pedro.

A fé de Pedro, naquela altura, é como a nossa, quase sempre: acreditamos, fazemos, até, um esforço para acreditar, mas…

O resultado é, quase sempre, afundarmo-nos no meio das procelas da vida sentindo-nos perdidos e com medo.

Mas, o Senhor, conta com essa nossa debilidade e está ali, sempre pronto e atento a responder ao nosso apelo: «Salva-me, Senhor!».

E, como a Pedro, estende-nos a Sua mão e salva-nos porque nos quer, nos ama e sabe muito bem que precisamos dessas provas que a vida nos trás para robustecer a nossa fé e acreditarmos deveras que, Ele, pode tudo.

(AMA, comentário sobre Mt 14, 22-33, 09.05.2017)








Hoy el reto del amor es no dejar que la vida te atropelle.

NO SEAS UN PRIMERIZO

Ayer por la mañana tuve una gran aventura en la que me acordé muchísimo de los primerizos... o de los que coordinan proyectos sin pringarse las manos. Te cuento.

Por las mañanas, Sión es la encargada del perro: darle de comer, sacarle a hacer sus cosas y limpiar la sala de abajo, que es donde duerme. Y, cuando Sión no puede, como a todas les encanta estar con el perro, dejo que Celia, Israel o Joane se encarguen. Ellas tan contentas. Así, el perro lleva ya tres meses con nosotras... y yo ningún día me he visto envuelta en ese lío.

Pero ayer, no sé cómo, nadie podía hacerse cargo de Jubi. Yo, muy decidida, les dije:

-Tranquilas, que yo doy de desayunar al perro, le saco, limpio todo... ¡en diez minutos acabo!

Tenía el plan perfectamente diseñado. Todo bajo control. Bajo a donde el perro, entro y... como me he retrasado un rato, Jubi no podía más. Te puedes imaginar el charco que me ha montado en mitad de la habitación...

Nada más verme sólo quería jugar. Yo no sabía si sacarle, si darle el desayuno o limpiar. Opté por empezar a limpiar, pero mi sorpresa fue que no encontraba el papel con que lo hacen. Además, lo curioso fue que me habían dicho: "Usa el spray para limpiar bien"... y en el armario había un montón y todos distintos: uno para lavarle en seco; otro, ambientador; en otro me pareció leer colonia...

Total, que al final encuentro el que es y, con todo lo limpio, le abro la puerta... y el perro no quiere salir a la huerta, quiere desayunar. Vale...

Le preparo el desayuno. Me habían dicho que, entre las bolitas, tenía que picarle un poco de salchicha. En ello estaba cuando, en un segundo que me despisté, Jubi tiró del mantel, el paquete de salchichas cayó al suelo, lo pilló... y me dejó a cuadros. Se ha comido el paquete y sólo podía darle media salchicha. Total, que me senté en el suelo sintiéndome, a pesar de los tres meses de convivencia, una primeriza. El Señor me ha mostrado que, cuando hay algo nuevo, me tengo que implicar, que no puedo dejarlo para los demás. Que siempre hay un momento para comenzar.

Hoy el reto del amor es no dejar que la vida te atropelle. No seas primerizo, pringarte en lo que tienes entre manos, involúcrate, verás cómo la vida se ve de otra manera.

Hoy seguro que vas a vivir o vas a pasar junto a algo que todos los días intentas esquivar. Hoy es el día de afrontarlo, no tengas miedo, sé que te supera y que prefieres dejarlo para mañana. Hoy mira a Cristo y pídele que te dé su fuerza para empezar de nuevo, para luchar con eso que tienes clavado en el corazón. Sé valiente y no te rindas. La vida es para vivirla y vivirla en plenitud.


VIVE DE CRISTO 

Pequena agenda do cristão

DOMINGO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Viver a família.

Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.

Lembrar-me:
Cultivar a Fé

São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?

Fátima: Centenário - Vida de Maria - 55



Centenário das aparições da Santíssima 

Virgem em Fátima


Fuga para o Egipto



A voz do Magistério

«Tal como o agir, também o sofrimento faz parte da existência humana. Este deriva, por um lado, da nossa finitude e, por outro, do volume de culpa que se acumulou ao longo da história e, mesmo actualmente, cresce de modo irreprimível.

Certamente é preciso fazer tudo o possível para diminuir o sofrimento: impedir, na medida do possível, o sofrimento dos inocentes; amenizar as dores; ajudar a superar os sofrimentos psíquicos. Todos estes são deveres tanto da justiça como da caridade, que se inserem nas exigências fundamentais da existência cristã e de cada vida verdadeiramente humana. Na luta contra a dor física conseguiu-se realizar grandes progressos; mas o sofrimento dos inocentes e inclusive os sofrimentos psíquicos aumentaram durante os últimos decénios.

Devemos – é verdade – fazer tudo por superar o sofrimento, mas eliminá-lo completamente do mundo não entra nas nossas possibilidades, simplesmente porque não podemos desfazer-nos da nossa finitude e porque nenhum de nós é capaz de eliminar o poder do mal, da culpa que – como constatámos – é fonte contínua de sofrimento. Isto só Deus o poderia fazer: só um Deus que pessoalmente entra na história fazendo-Se homem e sofre nela. Nós sabemos que este Deus existe e que por isso este poder que «tira os pecados do mundo» [i] está presente no mundo. Com a fé na existência deste poder, surgiu na história a esperança da cura do mundo».

Bento XVI (século XXI), Carta encíclica Spe salvi, 30-XI-2007, n. 36.




[i] Jo 1,29