06/05/2019

Evangelho e comentário


TEMPO COMUM



Evangelho: Lc 11 1-13

1 Sucedeu que Jesus estava algures a orar. Quando acabou, disse-lhe um dos seus discípulos: «Senhor, ensina-nos a orar, como João também ensinou os seus discípulos.» 2 Disse-lhes Ele: «Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu Reino; 3 dá-nos o nosso pão de cada dia; 4 perdoa os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo aquele que nos ofende; e não nos deixes cair em tentação.» 5 Disse-lhes ainda: «Se algum de vós tiver um amigo e for ter com ele a meio da noite e lhe disser: ‘Amigo, empresta-me três pães, 6 pois um amigo meu chegou agora de viagem e não tenho nada para lhe oferecer’, 7 e se ele lhe responder lá de dentro: ‘Não me incomodes, a porta está fechada, eu e os meus filhos estamos deitados; não posso levantar-me para tos dar’. 8 Eu vos digo: embora não se levante para lhos dar por ser seu amigo, ao menos, levantar-se-á, devido à impertinência dele, e dar-lhe-á tudo quanto precisar.» 9 «Digo-vos, pois: Pedi e ser-vos-á dado; procurai e achareis; batei e abrir-se-vos-á; 10 porque todo aquele que pede, recebe; quem procura, encontra, e ao que bate, abrir-se-á. 11 Qual o pai de entre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma serpente? 12 Ou, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião? 13 Pois se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo àqueles que lho pedem!»

Comentário:

O exemplo de Jesus rezando é marcante para os discípulos e, por isso mesmo, lhe pedem que os ensine rezar.
Jesus Cristo não Se faz rogado e ensina a oração que será para todo o sempre, a oração por excelência de todo o cristão.
Mas vai mais longe e insiste nas condições necessárias para que a oração seja eficaz, particularmente a perseverança.

O Senhor insiste que é desejo de Deus ser instado sem rebuços nem intervalos com os nossos pedidos, as nossas necessidades que Ele bem conhece mas que deseja que nós reconheçamos que Ele, se assim o entender e for para nosso bem, nos dará o que pedimos.

Assim, perseverança e a confiança são condições que devem estar sempre presentes na nossa oração.

(AMA, comentário Lc 11 1-13, 06.05.2019)




El Reto del Amor






por El Reto del amor

Leitura espiritual


Vida de Maria

Imaculada Conceição

A VOZ DO MAGISTÉRIO

«Deus inefável escolheu e assinalou desde o princípio, antes dos tempos, uma Mãe para que o Seu unigénito Filho encarnasse e nascesse d’Ela na ditosa plenitude dos tempos. E em tal grau a amou, acima de todas as criaturas, que só n’Ela se deleitou com singular benevolência. Por isso a cobriu da abundância de todos os dons celestiais, tirados do tesouro da Sua divindade, muito acima de todos os anjos e santos. E assim Ela, sempre absolutamente livre de toda a mancha de pecado, toda formosa e perfeita, possui uma tal plenitude de inocência e de santidade, que não é possível conceber maior plenitude depois de Deus e que ninguém pode imaginar fora de Deus».

«Era certamente convenientíssimo que uma Mãe tão venerável brilhasse sempre adornada com os resplendores da mais perfeita santidade e que, imune da mancha do pecado original, alcançasse um triunfo total sobre a antiga serpente. Com efeito, Deus Pai tinha disposto entregar-lhe o Seu Filho Unigénito — gerado do Seu coração, igual a Si mesmo e a quem ama como a Si mesmo — de tal modo que Ele fosse, por natureza, o próprio Filho único comum de Deus Pai e da Virgem; já que o mesmo Filho tinha determinado fazê-la substancialmente Sua Mãe e o Espírito Santo tinha querido e fez que fosse concebido e nascesse Aquele de Quem Ele próprio procede».

«Os Padres e escritores eclesiásticos ao considerarem que a Santíssima Virgem foi chamada cheia de graça pelo anjo Gabriel — por mandato e em nome do próprio Deus — quando lhe anunciou a altíssima dignidade de Mãe de Deus [1], ensinaram que, com esta saudação solene e singular, jamais ouvida, se manifestava que a Mãe de Deus era a sede de todas as graças divinas e que estava adornada de todos os carismas do Espírito Santo».

«Daí decorre a sua opinião, clara e unânime, segundo a qual a gloriosíssima Virgem, em quem o Todo-poderoso fez grandes coisas [2], brilhou com tal abundância de dons celestiais, com tal plenitude de graça e com tal inocência, que se tornou como um inefável milagre de Deus; mais ainda, como o milagre máximo de todos os milagres e digna Mãe de Deus; e chegando-se a Deus o mais próximo possível, tanto quanto lho permitia a condição de criatura, foi superior a todos os louvores, quer de homens quer de anjos».

«Pelo qual, para honra da santa e indivisa Trindade, para glória e ornamento da Virgem Mãe de Deus, para exaltação da fé católica e incremento da religião cristã, com a autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, com a dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e com a nossa, declaramos, pronunciamos e definimos que foi revelada por Deus e, em consequência, deve ser acreditada firme e constantemente por todos os fiéis, a doutrina que sustenta que a Santíssima Virgem Maria foi preservada imune de toda a mancha de pecado original, no primeiro instante da sua concepção, por singular graça e privilégio de Deus omnipotente, em atenção aos méritos de Jesus Cristo, salvador do género humano».

Beato Pio IX, Bula Ineffabilis Deus, 8-XII-1854, ao definir como dogma de fé a Imaculada Conceição

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A VOZ DOS PADRES

«Exulte hoje toda a criação e estremeça de gozo a natureza. Alegre-se o céu nas alturas e as nuvens derramem a justiça. Destilem os montes doçura de mel e júbilo as colinas, porque o Senhor teve misericórdia do Seu povo e nos suscitou um poderoso Salvador na casa de David Seu servo, ou seja, nesta imaculadíssima e puríssima Virgem, através de quem chega a saúde e a expectativa dos povos».

«Que as almas boas e agradecidas entoem um cântico de alegria; que a natureza convoque todas as criaturas para lhes anunciar a boa nova da sua renovação e o início da sua reforma. Saltem as mães de alegria, pois a que carecia de descendência (Santa Ana) gerou uma Mãe virgem e imaculada. Alegrem-se as virgens, pois uma terra não semeada pelo homem trará como fruto Aquele que procede do Pai sem separação, segundo um modo mais admirável de quanto se possa imaginar. Aplaudam as mulheres, pois se noutros tempos uma mulher foi ocasião imprudente de pecado, também agora uma mulher nos traz as primícias da salvação; e a que antes foi ré, manifesta-se agora aprovada pelo juízo divino: Mãe que não conhece varão, escolhida pelo Seu Criador, restauradora do género humano».

«Que todas as coisas criadas cantem e dancem de alegria e contribuam adequadamente para este dia gozoso. Que hoje seja una e comum a celebração do Céu e da terra e que tudo o que há neste mundo e no outro faça festa de comum acordo. Porque hoje foi criado e erigido o santuário puríssimo do Criador de todas as coisas e a criatura preparou para o seu Autor uma hospedagem nova e apropriada».

«Hoje a natureza, antigamente desterrada do paraíso, recebe a divindade e corre com passo alegre para o cume supremo da glória. Hoje Adão oferece Maria a Deus em nosso nome, como as primícias da nossa natureza; e estas primícias, que não foram misturadas com o resto da massa, são transformadas em pão para a reparação do género humano.

«Hoje a humanidade, em todo o resplendor da sua nobreza imaculada, recebe o dom da sua primeira formação pelas mãos divinas e reencontra a sua antiga beleza. As vergonhas do pecado tinham obscurecido o esplendor e os encantos da natureza humana; mas nasce a Mãe do Formoso por excelência e esta natureza retoma n’Ela os seus antigos privilégios e é modelada seguindo um modelo perfeito e verdadeiramente digno de Deus. E esta formação é uma perfeita restauração; e esta restauração uma divinização; e esta, uma assimilação ao estado primitivo».

«Hoje apareceu o brilho da púrpura divina e a miserável natureza humana revestiu-se da dignidade real. Hoje, de acordo com a profecia, floresceu o ceptro de David, o ramo sempre verde de Aarão, que para nós produziu Cristo, ramo da força. Hoje, de Judá e de David saiu uma jovem virgem, com a marca do reino e do sacerdócio d’Aquele que, segundo a ordem de Melquisedec, recebeu o sacerdócio de Aarão. Hoje a graça, purificando o éfode místico do divino sacerdócio, teceu — à maneira de símbolo — a veste da semente levítica e Deus tingiu com púrpura real o sangue de David».

«Dizendo tudo numa palavra: hoje começa a reforma da nossa natureza e o mundo envelhecido, submetido agora a uma transformação totalmente divina, recebe as primícias da segunda criação»

Santo André de Creta, Homilia 1 na Natividade da Santíssima Mãe de Deus.

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A VOZ DOS SANTOS

«Este é um mistério de amor. A razão humana não o consegue compreender. Só a fé pode explicar como é que uma criatura foi elevada a tão grande dignidade, até se tornar o centro amoroso em que convergem as complacências da Trindade. Sabemos que é um segredo divino. Mas, por se tratar da nossa Mãe, sentimo-nos capazes de o compreender melhor – se é possível falar assim – do que outras verdades da fé.»

«Os teólogos formularam com frequência um argumento para tentar compreender de algum modo o significado desse cúmulo de graças de que Maria se encontra revestida, e que culmina com a Assunção aos Céus. Dizem: convinha; Deus podia fazê-lo; e por isso o fez. É a explicação mais clara das razões que levaram Cristo a conceder a sua Mãe todos os privilégios, desde o primeiro instante da sua Imaculada Conceição. Ficou livre do poder de Satanás; é formosa – tota pulchra! – limpa, pura na alma e no corpo».
(São Josemaria, Cristo que passa, n. 171)

«Como gostam os homens de que lhes recordem o seu parentesco com personagens da literatura, da política, do exército, da Igreja!... - Canta diante da Virgem Imaculada, recordando-Lhe: Ave, Maria, Filha de Deus Pai; Ave, Maria, Mãe de Deus Filho; Ave, Maria, Esposa de Deus Espírito Santo... Mais do que tu, só Deus!
(São Josemaria, Caminho, n. 496)

«Talvez agora algum de vós possa pensar que o dia normal, o habitual ir e vir da nossa vida, não se presta muito para manter o coração numa criatura tão pura como Nossa Senhora. Convidar-vos-ia a reflectir um pouco. Que procuramos sempre, mesmo sem dar especial atenção, em tudo o que fazemos? Quando nos move o amor de Deus e trabalhamos com rectidão de intenção, procuramos o que é bom, o que é limpo, o que dá paz à consciência e felicidade à alma. Também cometemos muitos erros? Sim, mas precisamente reconhecer esses erros é descobrir com maior clareza que a nossa meta é esta: uma felicidade que não seja passageira, mas sim profunda, serena, humana e sobrenatural.

Existe uma criatura que conseguiu nesta terra essa felicidade, porque é a obra-prima de Deus: a Nossa Mãe Santíssima, Maria. Ela vive e protege-nos; está junto do Pai e do Filho e do Espírito Santo, em corpo e alma. É a mesma que nasceu na Palestina, que se entregou ao Senhor desde menina, que recebeu a anunciação do Arcanjo Gabriel, que deu à luz o Nosso Salvador, que esteve junto d'Ele ao pé da Cruz.

N'Ela tornam-se realidade todos os ideais, mas não devemos concluir que a sua sublimidade e a sua grandeza a apresentem para nós inacessível e distante É a cheia de graça, a soma de todas as perfeições: e é Mãe. Com o seu poder diante de Deus alcançar-nos-á o que lhe pedirmos; como Mãe, quer-no-lo conceder. E, também como Mãe, entende e compreende as nossas fraquezas, anima-nos, desculpa-nos, facilita o caminho, tem sempre o remédio preparado, mesmo quando parece que já nada é possível».

(São Josemaria, Amigos de Deus, n. 292)

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A VOZ DOS POETAS

À Conceição da Virgem Nossa Senhora

Para se namorar do que criou,

te fez Deus, santa Fénix, Virgem pura.

Vede que tal seria esta feitura

que a fez quem para si só a guardou.

No seu santo conceito te formou

primeiro que a primeira criatura,

para que única fosse a compostura

que de tão longo tempo se estudou.

Não sei se direi nisto tudo quanto baste

para exprimir as santas qualidades,

que quis criar em ti quem tu criaste.

És filha, mãe e esposa. E se alcançaste,

uma só, três tão altas dignidades,

foi porque a três e um só tanto agradaste.


Luís de Camões


[1] Lc, 1, 28
[2] Lc 1, 49

Temas para reflectir e meditar

Aburguesamento


Crer que (o Senhor) admite a Sua amizade a gente regalada e sem trabalhos, é disparate.







(Stª. Teresa de Jesus, Caminho de Perfeição, 18, 2) 

Participaremos na sua maternidade espiritual


Recorre constantemente à Virgem Santíssima, Mãe de Deus e Mãe da humanidade: e Ela atrairá, com suavidade de Mãe, ao amor de Deus as almas com quem fazes apostolado, para que se decidam a ser – no seu trabalho corrente, na sua profissão – testemunhas de Jesus Cristo. (Forja, 911)

Se nos identificarmos com Maria, se imitarmos as suas virtudes, poderemos conseguir que Cristo nasça, pela graça, na alma de muitos que se identificarão com Ele pela acção do Espírito Santo. Se imitarmos Maria, participaremos de algum modo na sua maternidade espiritual: em silêncio, como Nossa Senhora, sem que se note, quase sem palavras, com o testemunho íntegro e coerente de uma conduta cristã, com a generosidade de repetir sem cessar um fiat que se renova como algo íntimo entre Deus e nós. (Amigos de Deus, 281)

Evangelho e comentário



TEMPO DE PÁSCOA




Evangelho: Jo 6, 22-29

22 No dia seguinte, a multidão que ficara do outro lado do lago reparou que ali não estivera mais do que um barco, e que Jesus não tinha entrado no barco com os seus discípulos, mas que estes tinham partido sozinhos. 23 Entretanto, chegaram outros barcos de Tiberíades até ao lugar onde tinham comido o pão, depois de o Senhor ter dado graças. 24 Quando viu que nem Jesus nem os seus discípulos estavam ali, a multidão subiu para os barcos e foi para Cafarnaúm à procura de Jesus. 25 Ao encontrá-lo no outro lado do lago, perguntaram-lhe: «Rabi, quando chegaste cá?» 26 Jesus respondeu-lhes:«Em verdade, em verdade vos digo: vós procurais-me, não por terdes visto sinais miraculosos, mas porque comestes dos pães e vos saciastes. 27 Trabalhai, não pelo alimento que desaparece, mas pelo alimento que perdura e dá a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará; pois a este é que Deus, o Pai, confirma com o seu selo.» 28 Disseram-lhe, então: «Que havemos nós de fazer para realizar as obras de Deus?» 29 Jesus respondeu-lhes: «A obra de Deus é esta: crer naquele que Ele enviou.»

Comentário:

Jesus confirma que o verdadeiro alimento – o que de facto interessa para a nossa salvação – é a Sua palavra, Ele Próprio.

Na Sagrada Comunhão Eucarística temos esse privilégio que no Seu Coração Misericordioso Ele instituiu exactamente para que tenhamos esse mesmo alimento disponível sempre que dele precisarmos.

E… precisamos sempre!

Nele encontramos a força, a coragem, a determinação para seguir em frente nos caminhos da vida por agrestes ou difíceis que possam ser.

(AMA, comentário sobre Jo 6, 22-29, 13.02.2019)



Pequena agenda do cristão

SeGUNDa-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça "boa cara" que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.

Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?