23/02/2017

Hoy el reto del amor es preguntarle al Señor cuál es tu misión para el día.

¿RECUPERADOS DE LAS NAVIDADES?

Después de las Navidades, todavía teníamos todo lleno de figuras del Niño Jesús, árboles de Navidad, Belenes, decorados... y lo podríamos haber tenido así hasta el año que viene (siempre hay cosas más urgentes que hacer), pero nos decidimos y cada una se puso a recoger una parte. Cuando iba quitando bolas de los árboles, luces y demás, pensaba en la nostalgia con la que solemos recordar los días de Navidad, en lo que cuesta volver a entrar en la vida cotidiana. Pero, esta vez, quitábamos todo rápido para empezar con lo siguiente que nos ponía el Señor entre manos, no hubo tiempo para contemplaciones.

Puede que te haya costado volver a la vida cotidiana (incluso después de tantos días), te da pereza ir a trabajar, a clase, a volver con lo de todos los días. Y es que el Señor no nos quiere anclados en el pasado: si han sido unos días buenos, dale gracias por cada regalo; si no han sido tan buenos, pídele que te saque de la tristeza. Pero en el día de hoy Cristo te regala un día nuevo, un día para ser feliz.

El Señor quiere verte feliz, no quiere que pienses en el pasado, entrégaselo para poder vivir el presente. A nosotras no nos dejó ni un minuto para pensárnoslo, Él está vivo y enseguida nos puso nuevos proyectos para anunciarle.

¿Tú te crees que está vivo? Los apóstoles no dejaron de anunciarle, no terminaban en una ciudad, que ya estaban en otra. Lo mismo estaban bautizando, que partiendo el pan, que ayudando a las personas... cuando te agarras a Él, empiezas a vivir entregado. Cada día Él nos pone una misión, atrévete a buscar la tuya.

Hoy el reto del amor es preguntarle al Señor cuál es tu misión para el día. Te aseguro que Él te pondrá una situación en la que le vas a ver, le vas a sentir. ¡Fíate! Puede que no llegues a lo que te habías planeado para hoy pero la alegría que Él grabará en tu corazón no se podrá comparar con nada.


VIVE DE CRISTO

Actos dos Apóstolos

Actos dos Apóstolos

IV. PAULO PRISIONEIRO DE CRISTO [i]

Capítulo 28

Paulo em Malta



(Nota de ama: Por graça de Deus pude estar já por duas vezes na gruta onde o Apóstolo viveu durante a sua estadia em Malta. Numa emoção que não posso descrever, verifiquei a simplicidade – pobreza- do local: um pequeno altar em pedra e o genuflexório onde se ajoelhou, também por duas vezes, outro Santo: São João Paulo II.)

1Depois de salvos, é que soubemos que a ilha se chamava Malta. 2Os nativos trataram-nos com invulgar humanidade, pois acenderam uma grande fogueira, junto à qual nos recolheram a todos, por causa da chuva que estava a cair e por causa do frio.
3Paulo juntou um braçado de lenha seca e, ao lançá-la à fogueira, o calor fez saltar uma víbora que se lhe enroscou na mão. 4Quando os nativos viram a serpente pendurada na mão dele, disseram uns aos outros: «Com certeza, esse homem é assassino, pois conseguiu salvar-se do mar, mas a justiça divina não o deixa viver.» 5Mas ele, sacudindo o réptil para o fogo, não sofreu dano algum, 6enquanto eles esperavam que viesse a inchar ou a cair repentinamente morto. Depois de terem aguardado muito tempo e verem que nada de anormal lhe acontecia, mudaram de opinião e começaram a dizer que ele era um deus.
7Nas proximidades daquele sítio, havia umas terras pertencentes ao Primeiro da ilha, que se chamava Públio, o qual nos recebeu e, durante três dias, nos hospedou da forma mais cordial. 8Ora, o pai de Públio estava retido no leito com febre e disenteria. Paulo foi vê-lo e, depois de orar, impôs-lhe as mãos e curou-o. 9Em consequência disso, os outros enfermos da ilha vieram também procurá-lo e foram curados. 10Eles, por sua vez, cumularam-nos de honras e, na altura da partida, proveram-nos do que era necessário.

De Malta a Roma

11Volvidos três meses, tomámos um barco de Alexandria com o emblema dos Dióscoros, que tinha passado o Inverno na ilha. 12Aportámos a Siracusa, onde ficámos três dias 13e, de lá, contornando a costa, chegámos a Régio. No dia imediato, levantou-se o vento sul e, em dois dias, alcançámos Putéolos, 14onde encontrámos irmãos, que nos convidaram a passar sete dias com eles. E assim é que fomos para Roma.
15Os irmãos desta cidade, prevenidos da nossa chegada, vieram ao nosso encontro até Foro de Ápio e Três Tabernas. Paulo, ao vê-los, deu graças a Deus e cobrou ânimo.

Paulo e os judeus de Roma

16Quando entrámos em Roma, Paulo foi autorizado a ficar em alojamento próprio com o soldado que o guardava. 17Três dias depois, convocou os principais dos judeus e, quando estavam todos reunidos, disse-lhes:
«Irmãos, embora nada tenha feito contra o povo ou contra os costumes paternos, fui preso em Jerusalém e entregue às mãos dos romanos. 18Estes, depois de me terem interrogado, queriam libertar-me, por não haver em mim crime algum digno de morte. 19Mas, como os judeus se opuseram, fui constrangido a apelar para César, sem querer, de modo algum, acusar o meu povo. 20Foi por este motivo que pedi para vos ver e falar, pois é por causa da esperança de Israel que trago estas cadeias.»
21Eles responderam-lhe: «Nós não recebemos da Judeia carta alguma a teu respeito, e não chegou aqui nenhum irmão que contasse ou dissesse mal de ti. 22Desejamos, porém, ouvir da tua boca o que pensas, pois, quanto à seita a que pertences, sabemos todos que, por toda a parte, encontra oposição.» 23Marcaram, então, o dia e vieram ter com ele, em maior número, ao seu alojamento. Desde a manhã até à tarde, Paulo não cessou de lhes dar testemunho do Reino de Deus e procurou convencê-los do que diz respeito a Jesus, invocando a lei de Moisés e os Profetas. 24Alguns deixaram-se persuadir com as suas palavras; outros, porém, mantiveram-se incrédulos. 25Estando em desacordo uns com os outros, começaram a separar-se. Paulo apenas disse estas palavras: «Com razão falou o Espírito Santo a vossos pais, pela boca do profeta Isaías, dizendo:
26Vai ter com esse povo e diz-lhe:
Ouvireis com os vossos ouvidos,
mas não compreendereis;
vereis com os vossos olhos,
mas não percebereis.
27Sim, o coração deste povo tornou-se endurecido.
Taparam os ouvidos
e fecharam os olhos,
não fossem ver com os olhos,
e ouvir com os ouvidos,
entender com o coração,
converterem-se, e Eu curá-los!
28Ficai, agora, sabendo: esta salvação de Deus foi enviada aos pagãos que a hão-de escutar.»
29Depois de ele ter dito estas palavras, os judeus retiraram-se, travando entre eles animada discussão.

Epílogo

30Paulo permaneceu dois anos inteiros no alojamento que alugara, onde recebia todos os que iam procurá-lo, 31anunciando o Reino de Deus e ensinando o que diz respeito ao Senhor Jesus Cristo, com o maior desassombro e sem impedimento.




[i] (21,27-28,31)

Epístolas de São Paulo - 1

Carta aos Romanos – 1 

Foi durante o Inverno de 55-56, em Corinto, que Paulo escreveu esta Carta, provavelmente a última (16,23). Acabara de resolver os conflitos com as comunidades de Filipos (Fl 3,2-4) e Corinto (1 e 2 Cor), e considerava terminada a evangelização da parte oriental do império romano: as comunidades cristãs que fundara nas maiores cidades se encarregariam de irradiar o Evangelho para as províncias (15,23). Assim, podia finalmente visitar os cristãos de Roma (1,13-15; 15,22-24) e seguir de lá até à Espanha, a província ocidental do império.

Antes, porém, quer entregar aos cristãos de Jerusalém a colecta de solidariedade que, desde o “concílio”, organizou nas suas comunidades (15,25-28; Gl 2,10). Receia, no entanto, não ser bem aceite (15,30-32). Afinal, é em Jerusalém que mais o contestam, por não exigir que os gentios abracem certos preceitos da Lei judaica para serem cristãos. Sabe, por isso, que a aceitação da colecta em Jerusalém levaria, na prática, ao reconhecimento das suas comunidades; e, com uma unidade eclesial de judeus e gentios assim obtida, seria mais fácil a missão em Espanha. Daí que a maior parte da Carta seja escrita em forma de diálogo com um judeu (2,1-5). É às dúvidas dos cristãos de Jerusalém que se consideravam o verdadeiro Israel que ele responde.


(cont)

Leitura espiritual


A CIDADE DE DEUS

Vol. 1

LIVRO VIII

Aborda o terceiro género de Teologia, chamada natural, e trata da questão dos deuses a essa teologia ligados — isto é, se o culto desses deuses tem interesse para se conseguir a vida bem-aventurada que surgirá depois da morte. A discussão travar-se-á com os platónicos porque estes estão muito acima dos outros filósofos e estão mais próximos da verdade da fé cristã. Antes de tudo, refutam-se aqui Apuleio e todos os que pretendem que se deve prestar culto aos demónios como mediadores e intérpretes entre os deuses e os homens; demonstra-se que esses demónios estão sujeitos aos vícios e introduziram o que os homens honrados e prudentes reprovam e condenam, ou seja: as sacrílegas ficções dos poetas, os ludí­brios teatrais, os malefícios e os crimes das artes mágicas. Averiguado que eles favorecem e se comprazem com tudo isto, conclui-se que de modo nenhum se podem conciliar os homens com os deuses bons.

CAPÍTULO I

É com os filósofos que professam a mais elevada doutrina que se deve discutir a questão da teologia natural.

Precisamos agora de uma muito maior atenção do que a exigida para a explicação e solução dos problemas dos livros anteriores. É que, de facto, ao tratarmos da chamada teologia natural, temos que lidar, não com quaisquer homens (pois já não se trata da teologia fabulosa ou civil, isto é, a do teatro e a da cidade, das quais uma exalta ostensivamente os crimes dos deuses e a outra põe a descoberto os seus mais criminosos desejos, desejos, portanto, mais de demónios maléficos do que de deuses), mas é com filósofos que devemos discutir, com aqueles cujo nome proclama o amor da sabedoria.

Ora se a Sabedoria é Deus por quem tudo foi feito, como o demonstraram a autoridade divina e a verdade, verdadeiro filósofo é o que ama a Deus. Mas porque a própria coisa assim chamada não existe em todos os que se gabam deste nome (realmente nem todo aquele que se diz filósofo é por isso amigo da verdadeira sabedoria), certamente que, de entre todos aqueles cujas opiniões e escritos podemos conhecer, teremos que escolher aqueles com quem se pode dignamente tratar desta questão. Aliás, nesta obra não pretendo refutar todas as opiniões de todos os filósofos, mas apenas as que se referem à teologia, palavra grega com que queremos significar o pensamento ou palavra acerca da divindade; e mesmo assim, não a opinião de todos, mas apenas a dos que, admitindo embora a existência de Deus e a sua solicitude para com os homens, julgam todavia que o culto de um Deus único e imutável é insuficiente para se obter a bem-aventurança depois da morte e crêem que por isso é preciso adorar uma multidão de deuses, criados, aliás, e instituídos pelo único e verdadeiro Deus.

A opinião destes filósofos marca já um grande progresso sobre a de Varrão na aproximação da verdade. Realmente este soube desenvolver a teologia natural apenas até aos limites deste mundo ou da sua alma: aqueles, porém, confessam um Deus que ultrapassa toda a natureza da alma; um Deus que fez não apenas este mundo visível, a que tantas vezes chamamos o céu e a terra, mas também toda a alma sem excepção; um Deus que concede a felicidade à alma dotada de razão e de inteligência, como é o caso da alma humana, fazendo-a participar da sua luz imutável e incorpórea.

Estes filósofos chamam-se platónicos, nome que deriva de Platão, seu mestre. Ninguém o ignora por muito que tenha ouvido falar destes assuntos. Vou, portanto, a propósito de Platão, tratar sumariamente do que me parece necessário à presente discussão, mencionando primeiramente os que o precederam neste género de estudos.

CAPÍTULO II

As duas escolas filosóficas — a itálica e a jónica — e os seus fundadores.

No que respeita às letras gregas, cuja língua é considerada como a de maior lustre entre as nações, a tradição dá-nos a conhecer duas escolas de filósofos: uma, denominada itálica, desta parte da Itália a que outrora se dava o nome de Grande Grécia, e a outra, a jónica, da parte a que ainda hoje se dá o nome de Grécia.

A escola itálica teve por fundador Pitágoras de Samos de quem provém também, segundo se conta, o nome da filosofia. Efectivamente antes dele chamavam-se sábios aqueles que de certo modo sobressaíam dos demais por uma conduta digna de louvor; mas ele, interrogado acerca da sua profissão, respondeu que era um filósofo, isto é, um estudante ou amigo da sabedoria. É que lhe parecia demasiado pretensioso chamar-se sábio a si próprio.

A escola jónica teve por chefe Tales de Mileto, um dos chamados sete sábios. Os outros seis distinguiram-se pelo seu género de vida e por certas regras próprias para assegurarem uma boa conduta. Tales, na mira de suscitar sucessores, elevou-se acima de todos aprofundando a natureza das coisas e reduzindo as suas pesquisas a escrito. O que lhe valeu maior admiração foi ter conseguido captar as leis da astronomia e predizer os eclipses do Sol e da Lua. Pensou que a água é o princípio das coisas donde provêm todos os elementos do mundo, o próprio mundo e o que nele se produz. Mas a esta actividade que a consideração do mundo nos faz ver tão admirável, não prepôs ele qualquer princípio proveniente da inteligência divina.

Anaximandro, um dos seus auditores, sucedeu-lhe e modificou a sua concepção da natureza. Para este não é duma só coisa, — como a água para Tales —, que tudo provém; mas cada coisa nasce dos seus princípios próprios. Estes princípios próprios de cada coisa são, crê ele, em número infinito e geram inúmeros mundo há com tudo o que nele aparece. Ainda segundo a sua opinião, estes mundos ora se dissolvem ora renascem, conforme o tempo que cada um pode durar. Também ele não reconhece à inteligência divina nenhuma interferência nas actividades da natureza.

Deixou como sucessor Anaxímenes que atribuiu ao ar infinito todas as causas dos seres. Não negou os deuses, nem deixou de a eles se referir; todavia não julgou que tivessem feito o ar, mas, antes, eles é que provêm do ar.

Pelo contrário Anaxágoras, auditor de Anaxímenes, julgou que todos os seres que vemos tiveram por autor um espirito divino e afirmou que ele os tirou de uma matéria infinita, constituída por partículas semelhantes entre si. Cada um dos seres era feito das suas partículas próprias, mas sob a acção do espírito divino.

Diógenes, outro auditor de Anaximandro, afirmou, também ele, que o ar era a matéria de que todos os seres eram feitos; mas que o ar era dotado duma inteligência divina sem a qual dele nada se pode fazer.

A Anaxágoras sucede seu auditor Arquelau. Também este pensou que todas as coisas são constituídas por partículas semelhantes entre si, mas entendia que todas elas se mantinham coesas graças a uma inteligência que movia os corpos eternos, isto é, as referidas partículas, unindo-as e separando-as.

Diz-se que teve por discípulo Sócrates, mestre de Platão; foi em consideração a este mestre que resumi todas estas doutrinas.

CAPÍTULO III

Doutrina de Sócrates.

Segundo a tradição, Sócrates foi o primeiro a orientar toda a filosofia para a reforma e a disciplina dos costumes, ao passo que todos os seus antecessores tinham consagrado os maiores esforços a aprofundar as coisas físicas, isto é, as coisas da natureza. Porque terá ele procedido assim? Terá ele pretendido, dominado pelo tédio das coisas obscuras e incertas, descobrir algo de claro e certo, necessário para a vida feliz, a cuja única consecução parece encaminhado o cuidado e o trabalho de todos os filósofos? Ou será, como suspeitam alguns mais benevolentemente, que ele não queria que espíritos manchados pelas paixões terrenas tivessem a veleidade de aspirar às coisas divinas? Não me parece que seja possível pôr a claro esta questão. Às vezes notava que se afadigavam na investigação das causas das coisas, quando, segundo pensava, essas causas apenas residem, como primeiras e supremas, unicamente na vontade de um único e soberano Deus. Daí que, ainda segundo a sua opinião, só é possível captá-las com uma inteligência purificada. E por isso é que ele julgava que era necessário insistir na obrigação de purificar a vida com hábitos; assim é que a alma, aliviada do fardo das paixões degradantes, se poderia elevar pelo seu natural vigor para as verdades eternas e contemplar com uma inteligência pura a substância da incorpórea e imutável luz onde vivem firmes as causas de todas as naturezas criadas.

Consta que, ora confessando a sua ignorância, ora dissimulando o seu saber, castigou e venceu, com o maravilhoso encanto da sua dialéctica e a extrema finura da sua graça, a loucura dos ignorantes que pretendiam saber alguma coisa, mesmo em questões morais, às quais parecia que tinha ele dedicado toda a sua atenção. Deste modo atraiu sobre si inimizades e, incriminado por acusação caluniosa, foi condenado à morte. Mais tarde, porém, essa mesma Atenas que publicamente o declarara culpado, também publicamente por ele pôs luto; e a indignação do povo voltou-se contra os dois acusadores com tamanha violência que um deles morreu às mãos da multidão e o outro só escapou ao castigo pelo exílio voluntário e perpétuo.

A fama de tão preclara vida e da sua morte valeu a Sócrates ter deixado numerosos discípulos que, à porfia, tomaram o gosto pelo estudo dos problemas morais em que se trata do soberano bem que pode tomar o homem feliz. Mas porque nas lucubrações de Sócrates não aparece tudo muito claro, dada a sua maneira de tratar as questões, isto é, afirmando-as ou negando-as, cada um dos seus discípulos tomou o que mais lhe aprouve, estabelecendo, como melhor lhe pareceu, qual o fim último. Mas chama- -se fim último ao que toma feliz quem o consegue. É acerca desse fim que os Socráticos (facto dificilmente de acreditar por se tratar de discípulos do mesmo e único mestre) têm concepções tão divergentes que alguns, como Aristipo, puseram o bem supremo na voluptuosidade; outros, como Antístenes, na virtude; e houve ainda muitos outros que emitiram opiniões que seria muito demorado a todas enumerar.




(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)


Evangelho e comentário

Tempo comum


Evangelho: Mc 9, 41-50

41 «Quem vos der um copo de água, porque sois de Cristo, em verdade vos digo que não perderá a sua recompensa.42 «Quem escandalizar um destes pequeninos que crêem em Mim, melhor fora que lhe atassem ao pescoço a mó que um asno faz girar, e que o lançassem ao mar.43 Se a tua mão é para ti ocasião de pecado, corta-a; melhor te é entrar na vida eterna mutilado, do que, tendo as duas mãos, ir para a Geena, para o fogo inextinguível.44 Omitido pela Neo-Vulgata.45 Se o teu pé é para ti ocasião de pecado, corta-o; melhor te é entrar na vida eterna coxo, do que, tendo os dois pés, ser lançado na Geena.46 Omitido pela Neo-Vulgata.47 Se o teu olho é para ti ocasião de pecado, lança-o fora; melhor te é entrar no reino de Deus sem um olho do que, tendo dois, ser lançado na Geena,48 “onde o seu verme não morre e o seu fogo não se apaga”.49 Todo o homem será salgado no fogo.50 O sal é uma coisa boa; porém, se se tornar insípido, com que haveis de lhe dar o sabor? Tende sal em vós, e tende paz uns com os outros».

Comentário:

Jesus Cristo insiste muitas vezes neste tema: a dignidade dos pequeninos e o seu “valor” perante Deus.

Estes “pequeninos” são evidentemente em primeiro lugar as crianças mas, também todos aqueles que são como elas no comportamento e, sobretudo, na inocência.

Mas são também os que por um motivo ou outro, têm escassa cultura e poucos conhecimentos ou não têm acesso fácil aos meios para os obter.

Numa palavra, pode dizer-se – e creio bem que este é o “pensamento” do Senhor – são as pessoas simples e sem malícia.

(ama, comentário sobre Mc 9, 41-50, 2016.11.18)






Nunca actueis por medo ou por rotina

Atravessas uma etapa crítica: um certo vago temor; dificuldade em adaptares o plano de vida; um trabalho angustiante, porque não te chegam as vinte e quatro horas do dia para cumprir todas as tuas obrigações... Já experimentaste seguir o conselho do Apóstolo: "Faça-se tudo com decoro e com ordem", quer dizer, na presença de Deus, com Ele, por Ele e só para Ele? (Sulco 512)

E como é que vou conseguir – parece que me perguntas – actuar sempre com esse espírito, que me leve a concluir com perfeição o meu trabalho profissional? A resposta não é minha. Vem de S. Paulo: Trabalhai varonilmente, sede fortes. Que tudo, entre vós, se realize na caridade. Fazei tudo por Amor e livremente. Nunca actueis por medo ou por rotina: servi ao Nosso Pai Deus.

Gosto muito de repetir – porque tenho experimentado bem a sua mensagem – aqueles versos pouco artísticos, mas muito gráficos: Minha vida é toda amor / Se em amor sou entendido, / Foi pela força da dor, / Pois ninguém ama melhor / Que quem muito haja sofrido.

Ocupa-te dos teus deveres profissionais por Amor. Faz tudo por Amor – insisto – e comprovarás as maravilhas que produz o teu trabalho, precisamente porque amas, embora tenhas de saborear a amargura da incompreensão, da injustiça, da ingratidão e até do próprio fracasso humano. Frutos saborosos, sementes de eternidade!


Acontece, porém, que algumas pessoas – são boas, bondosas – afirmam por palavras que aspiram a difundir o formoso ideal da nossa fé, mas se contentam na prática com uma conduta profissional superficial e descuidada, própria de cabeças-no-ar. Se nos encontrarmos com alguns destes cristãos de fachada, temos de ajudá-los com carinho e com clareza e recorrer, quando for necessário, a esse remédio evangélico da correcção fraterna: Irmãos, se porventura alguém for surpreendido nalguma falta, vós, os espirituais, corrigi-o com espírito de mansidão; e tu, acautela-te a ti mesmo, não venhas também a cair na tentação. Levai os fardos uns dos outros e desse modo cumprireis a lei de Cristo. (Amigos de Deus, nn. 68–69)

Pequena agenda do cristão

Quinta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Participar na Santa Missa.


Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.


Lembrar-me:
Comunhões espirituais.


Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?