04/06/2015

O que pode ver em NUNC COEPI em 04 de Junho

O que pode ver em NUNC COEPI em Jun 04

São Josemaria – Textos

AMA - Reflectindo – Vocação

A beleza de ser cristão (Ernesto Juliá), AMA - Comentários ao Evangelho Mc 12 28-34, Ernesto Juliá Diaz


Agenda Quinta-Feira

Evangelho, comentário, L. Espiritual (A beleza de ser cristão)



Tempo comum IX Semana


Evangelho: Mc 12 28-34

28 Então aproximou-se um dos escribas, que os tinha ouvido discutir. Vendo que Jesus lhes tinha respondido bem, perguntou-Lhe: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?». 29 Jesus respondeu-lhe: «O primeiro de todos os mandamentos é este: “Ouve, Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. 30 Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças”. 31 O segundo é este: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Não há outro mandamento maior do que estes». 32 Então o escriba disse-Lhe: «Mestre, disseste bem e com verdade que Deus é um só, e que não há outro fora d'Ele; 33 e que amá-l'O com todo o coração, com todo o entendimento, com toda a alma, e com todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, vale mais que todos os holocaustos e sacrifícios». 34 Vendo Jesus que tinha respondido sabiamente, disse-lhe: «Não estás longe do reino de Deus». Desde então ninguém mais ousava interrogá-l'O.

Comentário:

Jesus Cristo faz como que uma síntese dos Mandamentos da Lei de Deus.
Os Dez podem reduzir-se a estes dois?
Não é bem assim!
Cada Mandamento é específico e a sua observância é obrigatória.
O que acontece é que observando aqueles dois primeiros é possível – com verdade e são critério - praticar melhor outros.
Porquê? Porque os outros são mandamentos da Lei Natural a observar por qualquer pessoa humana; por exemplo ninguém deve roubar ou prejudicar intencionalmente o seu semelhante, um ateu pode muito bem observá-los.
Mas a um baptizado acresce a responsabilidade e agrava a sua não observância.

(ama, comentário sobre Mc 12, 28-34, 2015.03.13)


Leitura espiritual



a beleza de ser cristão

SEGUNDA PARTE

COMO SER CRISTÃOS




iv o processo da conversão

…/2

        Ascética é uma palavra de origem grega que significa «preparação para algo».
Comporta, logicamente, privações, exercícios, etc., com vista a obter um fim.

        Na ascese põe-se o ênfase nos esforço que o homem realiza para lutar contra o que pode opor-se ao seu processo de conversão de viver mais plenamente como filho de Deus em Cristo Jesus e viver em Cristo no seu sacerdócio, como mais adiante veremos.
Ou seja, a conversão leva o cristão a identificar-se com Cristo, com o seu Viver e com a sua Missão.

        Para encontrar melhor este caminho e tendo em conta que a conversão tem como finalidade que Cristo viva no crente e o crente viva em Cristo, fazemos um precisão – antes de entrar com mais detalhe na matéria da conversão – para sublinhar a importância de uma prática de ajuda nessa «luta ascética» que teve grande relevância a longo do séculos e que se mantém vigente nos momentos actuais: a direcção espiritual.

        O que é e em que consiste esta prática?
No seu encontro com os discípulos de Emaús, Nosso Senhor Jesus Cristo explica-o claramente.

        Os discípulos eram homens crentes que ainda que tendo ouvido rumores acerca da Ressurreição se retiram do grupo dos Apóstolos talvez sem esperança que Cristo cumpra verdadeiramente as suas promessas.

        O Senhor sai ao seu encontro.
Não interrompe bruscamente o seu processo de abandono. Nem sequer os recrimina.
Simplesmente põe-se a seu lado e caminha com eles.
Interessa-se pela sua situação, a sua tristeza e ante o protesto dos dois homens e a sua estranheza que não estivesse informado do que recentemente acontecera em Jerusalém, começa a explicar-lhes as Escrituras recriminando-os ao mesmo tempo pela sua dureza de coração para as entender.

        Depois de algum tempo e aproximando-se já o anoitecer, faz menção de prosseguir viajem enquanto eles se preparam para descansar um pouco.
Aceita o convite de ficar com eles e na conversa durante a ceia, abre-lhes definitivamente os olhos para compreender a realidade da Ressurreição e desaparece da sua vista.

        Esta forma de actuar de Cristo é o exemplo mais claro de uma verdadeira direcção espiritual, ou ajuda espiritual, como queira chamar-se.
Não lhes impõe nada nem os deslumbra com a manifestação da Verdade.
Respeita as suas dívidas, as suas tribulações e não os liberta do seu pesar, da sua pena sem mais nem menos.
Unicamente se põe a seu lado, fala-lhes e esforça-se para que eles, pessoalmente e a partir do seu interior, consigam desvelar o sentido das Escrituras que manifestam a realidade de Cristo.
Procura com as suas palavras provocar que o espírito dos discípulos e inflame no amor a Deus que um dia os moveu a seguir pessoalmente Nosso Senhor Jesus Cristo.
Esse amor tornará possível o seu arrependimento.

        Cristo sabe que, salvo em casos muito excepcionais, de nada vale uma conversação fruto de um deslumbramento fulgurante e irresistível e que o importante e decisivo é que q luz chegue – e penetre – suavemente no espírito e se inculque com raízes profundas na inteligência e no coração dos homens.

        O Senhor depois espera o convite para ficar para que seja a liberdade dos discípulos que clame uma nova luz.
Uma vez consciente que a preparação do espírito dos dois homens alcançou o grau adequado para gozar da luz e considerada a colaboração no seu actuar que eles manifestam ao convidá-lo a partilhar a ceia, revela-lhes o mistério da sua Ressurreição: nesse momento os seus olhos são capazes de ver Cristo.
A oração de petição «fica connosco» preparou o seu espírito para receber a luz da Redenção.

Essa é a função da ajuda espiritual – a direcção espiritual – que qualquer cristão pode receber de outro cristão qualquer, seja ou não sacerdote, como se vive em não poucas instituições da Igreja e como João Paulo II sublinhou com estas palavras:
«a ‘direcção espiritual’, ou ‘diálogo espiritual’, como por vezes se lhe chama, também se pode levar a cabo fora do sacramento da Penitência e também pelos que não estão ordenados» [1].

        Esta ajuda consiste essencialmente em mover a sua livre vontade a manter-se firme na procura do Senhor e a não permitir que nenhum obstáculo impeça a sua mente de iluminar-se com a luz recebida de Deus.

        Convém acrescentar um esclarecimento: essa ajuda produz-se no seio da família de Deus que é e Igreja, quer dizer, no âmbito da comunhão dos santos que se dá entre todos os que acreditam em Cristo.

        Este é um aspecto que talvez não sublinhamos bastante e caímos na tentação de considerar toda a ajuda espiritual como um assunto entre quem a dá e quem a recebe.
Essa não é a verdadeira perspectiva.
Todo o director espiritual, por chamar-lhe assim, deve saber-se transmissor da verdade de Cristo na Igreja.
De contrário o seu trabalho será inútil ou nefasto.
Santo Agostinho recorda-o com palavras muito claras:

        «Quem quiser viver, tem onde viver, tem do que viver.
Que se aproxime, que acredite, que se deixe incorporar para ser vivificado.
Não rejeite a companhia dos membros» [2].
Os discípulos de Emaús compreenderam muito bem e, apenas terem reconhecido Cristo Ressuscitado, foram diligentes a comunicar a notícia a Pedro e aos Apóstolos: à Igreja.

        Concluído este breve preâmbulo, entramos no exame da conversão que todo o cristão está chamado a realizar em si mesmo, com perseverança, ao longo de toda a sua vida.


v o que é verdadeiramente uma conversão?


        Lembrámos que o Senhor fala sempre de dois momentos no caminho do espírito: arrependei-vos e acreditai no Evangelho.

        Agora temos de acrescentar a queixa de Deus ante os que «o honram com as palavras e o seu coração está longe dele» [3].

        Nestas breves citações esconde-se todo o significado de uma conversão: converte-se quem, arrependido dos seus pecados, crê no Evangelho e, pela fé, dirige o seu coração em busca do Senhor, como o cervo procura a fonte das águas.

        Lembremos que a conversão de que agora nos ocupa se realiza nos que já receberam a primeira e definitiva conversão pelo Baptismo.
«O Baptismo é o lugar principal da primeira e fundamental conversão.
Pela fé na Boa Nova e pelo Baptismo renuncia-se ao mal e alcança-se a salvação, quer dizer a remissão de todos os pecados e o dom da vida nova» [4].

        Esse «dom da vida nova», a nova condição de filhos de Deus em Cristo Jesus que o cristão recebe no Baptismo, origina no seu espírito uma tendência espiritual para que essa «vida nova» se desenvolva e cresça: essa é a perene conversão cristã.

        O Catecismo também nos recorda com palavras muito explícitas:
«A chamada de Cristo à conversão continua a ressoar na vida dos cristãos.
Esta segunda conversão é uma tarefa ininterrupta para toda a Igreja que ‘recebe os pecadores no seu próprio seio’ e que sendo santa e  ao mesmo tempo necessitada de constante purificação, procura sem cessar a penitência a e a renovação’.
Este esforço de conversão não é só obra humana.
É o movimento do ‘coração contrito’ atraído e movido pela graça a responder ao amor misericordioso de Deus que nos amou primeiro» [5].

        Em seguida parece oportuno assinalar «o que a conversa não é», para que não caíamos em engano.
A conversa não é «alcançar um ideal», não é tampouco chegar a viver as virtudes em certo grau de intensidade, e muito menos é libertar-nos completamente do pecado.

        A conversa de que estamos tratando é o germinar da Graça de ser «filhos de Deus em Cristo», nas nossas almas.
Um germinar fruto da acção do Espírito Santo na alma que permite ao homem abrir-se à acção da Graça, convencer-se do pecado e reconstruir no seu coração a verdade e o amor [6].

        Como este «germinar» nunca se conclui o converter-se do cristão comporta a cadeia ininterrupta de conversões ao longo da vida.
Em suma, o pôr em prática essa segunda conversão de que nos fala o Catecismo.
Segunda conversão que estará sempre viva na mediada em que «procuremos Cristo».

        «Arrependei-vos e acreditai no Evangelho» [7].




(cont)

ernesto juliá, La belleza de ser cristiano, trad. ama)







[1] João Paulo II, Audiência, 12-IV-1984
[2] San Agustin, Tratado sobre el Evangelio de San Juan, 26, 13
[3] Cfr. Is 29, 13
[4] Catecismo, n. 1427
[5] Catecismo, n. 1428
[6] Cfr. Juan Pablo II, Dominum et vivificantem, n. 45
[7] Mc 1, 15

Reflectindo - 81

Vocação


O que é a vocação, a minha vocação?

Como responder a tal pergunta que parece ter resposta simples?

Penso que antes de mais é correspondência a um apelo do Espírito Santo feito directamente à minha pessoa. 
Apelo claro sem tergiversações  nem passível de dúvida ou avaliação.

Porquê o Senhor me escolheu a mim? 

Não sei nem me cabe perguntar.

Ele chama quem quer e quando quer e convém ter claro que esta chamada é algo de tão  transcendente  superior que só por si revela uma iniludível preferência do Senhor como se quisesse de um modo que só Ele sabe como e para quê levar-nos a um estatuto especial diferenciado do comum dos homens
Chama todos à santidade, à perfeição e unidade de vida mas a alguns pede mais exige mais, não por serem especialmente aptos ou com virtudes extraordinárias mas porque na Sua sabedoria infinita presume encontrar aquela terra boa que dará os frutos necessários ao bem de todos.
A vocação surge assim como uma espécie de "aposta" do Senhor nessa pessoa concreta para que leve a cabo uma missão específica e muito concreta: colaborar com Ele na salvação da humanidade, tornar real o Reino de Deus em todos os homens.

Já se vê a grandiosidade da tarefa a que a vocação corresponde e se bem que por nós não tenhamos capacidade para dar uma resposta capaz e totalmente satisfatória não podemos deixar de tentar. É isto mesmo que o Senhor espera de nós: que tentemos, verdadeiramente e com fortaleza e perseverança levar por diante o que nos pede.


(ama, reflexões, 2014)

Sereno no meio das preocupações

Se, por teres o olhar fixo em Deus, souberes manter-te sereno no meio das preocupações; se aprenderes a esquecer as ninharias, os rancores e as invejas; pouparás muitas energias, que te fazem falta para trabalhar com eficácia, em serviço dos homens. (Sulco, 856)

Luta contra as asperezas do teu carácter, contra os teus egoísmos, contra o teu comodismo, contra as tuas antipatias... Além de que temos de ser corredentores, o prémio que receberás (pensa bem nisso!) estará em relação directíssima com a sementeira que tiveres feito. (Sulco, 863)

Tarefa do cristão: afogar o mal em abundância de bem. Nada de fazer campanhas negativas, nem de ser anti-nada. Pelo contrário: viver de afirmação, cheios de optimismo, com juventude, alegria e paz; olhar para todos com compreensão: os que seguem Cristo e os que O abandonam ou não O conhecem.

Compreensão, porém, não significa abstencionismo, nem indiferença, mas actividade. (Sulco, 864)


Paradoxo: desde que me decidi a seguir o conselho do salmo – "Lança sobre o Senhor as tuas preocupações, e Ele te sustentará", cada dia tenho menos preocupações na cabeça... E ao mesmo tempo, com o devido trabalho, resolve-se tudo com mais clareza! (Sulco, 873)

Pequena agenda do cristão


Quinta-Feira

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Participar na Santa Missa.


Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.


Lembrar-me:
Comunhões espirituais.


Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?