Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
24/09/2019
Leitura espiritual
5
A Igreja é Santa
Agora
compreenderemos melhor como a unidade da Igreja leva à santidade, como um dos
aspectos capitais da sua santidade é essa unidade centrada no mistério de Deus
Uno e Trino:
Há
um só corpo e um só espírito, como também vós fostes chamados a uma só
esperança pela vossa vocação.
Há
um só Senhor, uma só fé, um só baptismo.
Há
um só Deus e Pai de todos, que está acima de todos, e governa todas as coisas e
habita em todos nós.
Santidade
rigorosamente não significa senão união com Deus. A uma maior intimidade com o
Senhor corresponderá, portanto, maior santidade.
A
Igreja foi querida e fundada por Cristo, que cumpre assim a vontade do Pai; a
Esposa do Filho está assistida pelo Espírito Santo.
A
Igreja é a obra da Santíssima Trindade; é Santa e Mãe, a Nossa Santa Mãe
Igreja.
Podemos
admirar na Igreja uma perfeição a que chamaríamos original e outra final,
escatológica.
Às
duas se refere São Paulo na Epistola aos Efésios:
Cristo
amou a sua Igreja, e por ela se entregou a si mesmo, para a santificar,
purificando-a no baptismo da água pela palavra da vida, para apresentar a si
mesmo esta Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, ou coisa semelhante, mas
santa e imaculada.
A
santidade original e constitutiva da Igreja pode ficar velada - mas nunca
destruída, porque é indefectível: as portas do inferno não prevalecerão contra
ela -, pode ficar encoberta aos olhos humanos, dizia, em certos momentos de
obscuridade pouco menos que colectiva.
Mas
S. Pedro aplica aos cristãos o título de gens
sancta, povo santo.
E,
sendo membros dum povo santo, todos os fiéis receberam essa vocação para a
santidade e hão-de esforçar-se por corresponder à graça e ser pessoalmente
santos.
Ao
longo de toda a história, e também na actualidade, tem havido tantos católicos
que se santificaram efectivamente:
jovens
e velhos, solteiros e casados, sacerdotes e leigos, homens e mulheres.
Mas
acontece que a santidade pessoal de tantos fiéis - dantes e de agora - não é
uma coisa aparatosa.
É
frequente que não a descubramos nas pessoas normais, correntes e santas, que
trabalham e convivem no meio de nós.
Para
um olhar terreno o pecado e as faltas de fidelidade ressaltam mais; chamam mais
a atenção.
SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
(cont)
Temas para reflectir e meditar
Nós
devemos ouvir o Evangelho como se o Senhor estivesse presente e nos falasse.
Não
devemos dizer: “felizes aqueles que puderam vê-Lo”. Porque muitos dos que O
viram crucificaram-No; e muitos dos que O não viram acreditaram n’Ele.
As
mesmas palavras que saíram da boca do Senhor escreveram-se, guardaram-se e
conservam-se para nós.
(SANTO AGOSTINHO, Comentário ao Ev. de
S. João, 30)
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Aplicação no trabalho.
Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.
Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.
Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
Evangelho e comentário
Evangelho: Lc 8, 19-21
Naquele tempo, vieram ter com Jesus
sua Mãe e seus irmãos, mas não podiam chegar junto d’Ele por causa da multidão.
Então disseram-Lhe: «Tua Mãe e teus irmãos estão lá fora e querem ver-Te». Mas
Jesus respondeu-lhes: «Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra
de Deus e a põem em prática».
Comentário:
Assusta
um pouco esta declaração do Senhor: «Minha
mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática».
O
“laço” familiar indispensável está bem claro e definido.
Não
nos diz para sermos correctos, leais, fiéis, piedosos, “apenas” que estejamos
dispostos a ouvir a palavra de Deus e a pô-la em prática.
E,
aqui, está o segredo que, afinal, não o é porque como seria lógico alguém
pretender pertencer a uma família sem estar disposto a seguir a vontade e
desejos do seu Chefe?
(AMA,
comentário sobre Lc 8, 19-21, 27.06.2019)
Precisas de um bom exame diário de consciência
Repara na
tua conduta com vagar. Verás que estás cheio de erros, que te prejudicam a ti e
talvez também aos que te rodeiam. – Lembra-te, filho, que não são menos importantes
os micróbios do que as feras. E tu cultivas esses erros, esses enganos – como
se cultivam os micróbios no laboratório –, com a tua falta de humildade, com a
tua falta de oração, com a tua falta de cumprimento do dever, com a tua falta
de conhecimento próprio... E, depois, esses focos infectam o ambiente.
Precisas
de um bom exame diário de consciência, que te conduza a propósitos concretos de
melhora, por sentires verdadeira dor das tuas faltas, das tuas omissões e
pecados. (Sulco, 481)
A conversão é coisa de um instante; a
santificação é tarefa para toda a vida. A semente divina da caridade, que Deus
pôs nas nossas almas, aspira a crescer, a manifestar-se em obras, a dar frutos
que correspondam em cada momento ao que é agradável ao Senhor. Por isso, é
indispensável estarmos dispostos a recomeçar, a reencontrar – nas novas
situações da nossa vida – a luz, o impulso da primeira conversão. E essa é a
razão pela qual havemos de nos preparar com um exame profundo, pedindo ajuda ao
Senhor para podermos conhecê-Lo melhor e conhecer-nos melhor a nós mesmos. Não
há outro caminho para nos convertermos de novo. (Cristo que passa, 58)
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