Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
22/11/2020
Novíssimos
O FINAL DOS TEMPOS
No final dos tempos Deus prometeu céu novo e uma nova terra.
Que devemos esperar?
A Sagrada Escritura chama “céus novos e nova terra” a
esta renovação misteriosa que transformará a humanidade e o mundo (2 P 3, 13; cf. Ap 21, 1). Esta será a realização definitiva do
desígnio de Deus de “fazer com que tudo tenha Cristo como Cabeça, o que está
nos céus e o que está na terra” (EF.1, 10).
Não queiramos esquivar-nos à sua Vontade
Esta é a chave para abrir a porta e entrar no Reino dos Céus: «qui facit voluntatem Patris mei qui in coelis est, ipse intrabit in regnum coelorum» – quem faz a vontade de meu Pai..., esse entrará! (Caminho, 754)
Não te esqueças: muitas coisas
grandes dependem de que tu e eu vivamos como Deus quer. (Caminho,
755)
Nós somos pedras, silhares, que
se movem, que sentem, que têm uma libérrima vontade. O próprio Deus é o
estatuário que nos tira as esquinas, desbastando-nos, modificando-nos, conforme
deseja, a golpes de martelo e de cinzel.
Não queiramos afastar-nos, não
queiramos esquivar-nos à sua Vontade, porque, de qualquer modo, não poderemos
evitar os golpes. – Sofreremos mais e inutilmente, e, em lugar de pedra polida
e apta para edificar, seremos um montão informe de cascalho que os homens
pisarão com desprezo. (Caminho, 756)
A aceitação rendida da Vontade
de Deus traz necessariamente a alegria e a paz; a felicidade na Cruz. – Então
se vê que o jugo de Cristo é suave e que o seu peso é leve. (Caminho,
758)
Um raciocínio que conduz à paz
e que o Espírito Santo oferece aos que querem a Vontade de Deus: "Dominus
regit me, et nihil mihi deerit" – o Senhor é quem me governa; nada me
faltará.
Que é que pode inquietar uma
alma que repita sinceramente estas palavras? (Caminho, 760)
Leitura espiritual 22 Novembro
Jo
XV, 18-27; XVI, 1-4
Ódio do mundo
18 «Se o mundo vos odeia, reparai que,
antes que a vós, me odiou a mim. 19 Se viésseis do mundo, o mundo amaria o que
é seu; mas, como não vindes do mundo, pois fui Eu que vos escolhi do meio do
mundo, por isso é que o mundo vos odeia. 20 Lembrai-vos da palavra que vos
disse: o servo não é mais que o seu senhor. Se me perseguiram a mim, também vos
hão-de perseguir a vós. Se cumpriram a minha palavra, também hão-de cumprir a
vossa. 21 Mas tudo isto vos farão por causa de mim, porque não reconhecem
aquele que me enviou. 22 Se Eu não tivesse vindo e não lhes tivesse dirigido a
palavra, não teriam culpa, mas, agora, não têm escusa do seu pecado. 23Quem me
odeia a mim odeia também o meu Pai. 24 Se, diante deles, Eu não tivesse
realizado obras que ninguém mais realizou, não teriam culpa; mas agora, apesar
de as verem, continuam a odiar-me a mim e ao meu Pai. 25 Tinha, porém, de se
cumprir a palavra que ficou escrita na sua Lei: Odiaram-me sem razão.» 26 «Quando
vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, e que Eu vos
hei-de enviar da parte do Pai, Ele dará testemunho a meu favor. 27 E vós também
haveis de dar testemunho, porque estais comigo desde o princípio.»
16 1 «Dei-vos a conhecer estas coisas
para não vos perturbardes. 2 Sereis expulsos das sinagogas; há-de chegar mesmo
a hora em que quem vos matar julgará que presta um serviço a Deus! 3 E farão
isto por não terem conhecido o Pai nem a mim. 4 Deixo-vos ditas estas coisas,
para que, quando chegar a hora, vos lembreis de que Eu vo-las tinha dito. Não
vo-las disse, porém, desde o princípio, porque Eu estava convosco.» 5 «Agora
vou para aquele que me enviou, e ninguém de vós me pergunta: ‘Para onde vais?’
6 Mas, por vos ter anunciado estas coisas, o vosso coração ficou cheio de
tristeza.
Amar a Igreja
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Sacerdotes e leigos
Compreendo
essa estranheza, mas não seria sincero se afirmasse que a compartilho.
Estes
homens que, livremente, porque assim o quiseram - e isto é uma razão muito
sobrenatural - abraçam o sacerdócio, sabem que não fazem nenhuma renúncia, no
sentido em que vulgarmente se emprega esta palavra.
Já
se dedicavam - pela sua vocação ao Opus Dei - ao serviço da Igreja e de todas
as almas, com uma vocação plena, divina, que os levava a santificar o trabalho
e a procurar, por meio dessa ocupação profissional, a santificação dos outros.
Como
todos os cristãos, os membros do Opus Dei, sacerdotes e leigos, sempre cristãos
correntes, encontram-se entre os destinatários destas palavras de São Pedro: “Vós sois raça eleita, sacerdócio real, nação
santa, povo adquirido, afim de anunciantes as virtudes d'Aquele que vos chamou
das trevas para a Sua luz admirável. Vós que outrora não éreis o Seu povo, mas
que agora sois o povo de Deus; vós que antes não tínheis alcançado misericórdia
e agora a alcançastes”.
Uma
única e a mesma é a condição de fiéis cristãos nos sacerdotes e nos leigos,
porque Deus Nosso Senhor nos chamou a todos à plenitude da caridade, à
santidade: bendito seja Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos
abençoou com toda a espécie de bênçãos espirituais em Cristo.
Foi
assim que n'Ele nos escolheu antes da constituição do mundo, para sermos santos
e imaculados diante dos Seus olhos.
Não
há santidade de segunda categoria: ou existe uma luta constante por estar na
graça de Deus e ser conformes a Cristo, nosso Modelo, ou desertamos dessas
batalhas divinas.
O
Senhor convida todos para que cada um se santifique no seu próprio estado.
No
Opus Dei esta paixão pela santidade - apesar dos erros e misérias individuais -
não se diferencia pelo facto de se ser sacerdote ou leigo; e, além disso, os
sacerdotes são apenas uma pequeníssima parte, em comparação com o total de
membros.
Olhando
com olhos de fé, a chegada ao sacerdócio não constitui, portanto, nenhuma
renúncia; e chegar ao sacerdócio também não significa um passo mais na vocação
ao Opus Dei.
A
santidade não depende do estado - solteiro, casado, viúvo, sacerdote -, mas sim
da correspondência pessoal à graça, que a todos é concedida, para aprendermos a
afastar de nós as obras das trevas e para nos revestirmos das armas da luz, da
serenidade, da paz, do serviço sa
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Dignidade do Sacerdócio
O
sacerdócio leva a servir a Deus num estado que, em si mesmo, não é melhor nem
pior do que os outros; é diferente.
Mas
a vocação de sacerdote aparece revestida duma dignidade e duma grandeza que
nada na terra supera.
Santa
Catarina de Sena põe na boca de Jesus Cristo estas palavras: “Não quero que diminua a reverência que se
deve professar aos sacerdotes, porque a reverência e o respeito que se lhes
manifesta, não se dirige a eles, mas a Mim, em virtude do Sangue que lhes dei
para que o administrem. Se não fosse isso, deveríeis dedicar-lhes a mesma
reverência que aos leigos e não mais... Não devem ser ofendidos: ofendendo-os
ofende-se a Mim e não a eles. Por isso o proibi e estabeleci que não admito que
toqueis nos meus Cristos”.
Alguns
afadigam-se à procura, como dizem, da identidade do sacerdote.
Que
claras resultam estas palavras da Santa de Sena!
Qual
é a identidade do sacerdote?
A de
Cristo.
Todos
os cristãos podem e devem ser, não já alter
Christus, mas ipse Christus:
outros Cristos, o próprio Cristo!
Mas
no sacerdote isto dá-se imediatamente, de forma sacramental.
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Para
realizar uma obra tão grande - a da Redenção - Cristo está sempre presente na
Igreja, principalmente nas acções litúrgicas.
Está
presente no sacrifício da Missa, tanto na pessoa do Ministro -
"oferecendo-se agora por ministério dos sacerdotes O mesmo que se ofereceu
a si mesmo na cruz" -, como, sobretudo, sob as espécies eucarísticas.
Pelo
sacramento da Ordem, o sacerdote torna-se efectivamente apto para emprestar a
Nosso Senhor a voz, as mãos, todo o seu ser: é Jesus Cristo quem, na Santa
Missa, com as palavras da consagração, transforma a substância do pão e do
vinho no Seu Corpo, Alma, Sangue e Divindade.
Nisto
se fundamenta a incomparável dignidade do sacerdote.
Uma
grandeza emprestada, compatível com a minha pequenez.
Eu
peço a Deus Nosso Senhor que nos dê, a todos os sacerdotes, a graça de realizar
santamente as coisas santas, e de reflectir também na nossa vida as maravilhas
das grandezas do Senhor.
Nós,
que celebramos os mistérios da Paixão do Senhor, temos de imitar o que fazemos.
E
então a hóstia ocupará o nosso lugar diante de Deus, se nós mesmos nos fizermos
hóstias.
Se
alguma vez encontrais um sacerdote que, exteriormente, não parece viver de
acordo com o Evangelho - não o julgueis, Deus o julga –
,
sabei que, se celebrar validamente a Santa Missa, com intenção de consagrar,
Nosso Senhor não deixa de descer até àquelas mãos, ainda que sejam indignas.
Pode
haver maior entrega, maior aniquilamento?
Mais
do que em Belém e no Calvário!
Porquê?
Porque
Jesus Cristo tem o Coração oprimido pelas suas ânsias redentoras, porque não
quer que ninguém possa dizer que não foi chamado, porque se faz encontrar pelos
que não O procuram.
É
amor?
Não
há outra explicação.
Que
insuficientes se tornam as palavras, para falar do Amor de Cristo!
Ele
baixa-Se a tudo, admite tudo, expõe-Se a tudo - a sacrilégios, a blasfémias, à
frieza da indiferença de tantos - com o fim de oferecer, ainda que seja a um
único homem, a possibilidade de descobrir o bater de um Coração que salta no
Seu peito chagado.
Esta
é a identidade do sacerdote: instrumento imediato e diário da graça salvadora que
Cristo ganhou para nós.
Se
se compreende isto, se isto é meditado no silêncio activo da oração, como se
pode considerar o sacerdócio uma renúncia?
É um
ganho impossível de calcular.
A
Nossa Mãe Santa Maria, a mais santa das criaturas - mais do que Ela, só Deus -
trouxe uma vez Jesus ao mundo; os sacerdotes trazem-No à nossa terra, ao nosso
corpo e à nossa alma, todos os dias: Cristo vem para nos alimentar, para nos
vivificar, para ser, desde já, penhor da vida futura.
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Sacerdócio comum e sacerdócio
ministerial
Nem
como homem, nem como fiel cristão, o sacerdote é mais do que o leigo.
Por
isso é muito conveniente que o sacerdote professe uma profunda humildade, para
entender como também no seu caso se cumprem plenamente, de modo especial,
aquelas palavras de São Paulo: “Que
possuís que não tenhais recebido?”
O
recebido... é Deus!
O
recebido é poder celebrar a Sagrada Eucaristia, a Santa Missa - fim principal
da ordenação sacerdotal -, perdoar os pecados, administrar outros sacramentos e
pregar com autoridade a Palavra de Deus, dirigindo os outros fiéis nas coisas
que se referem ao Reino dos Céus.
Pequena agenda do cristão
SACRAMENTOS
O Matrimónio
«O
pacto matrimonial, pelo qual o homem e a mulher constituem entre si a comunhão
íntima para toda a vida, ordenado por sua índole natural ao bem dos cônjuges e
à procriação e educação da prole, entre os baptizados foi elevado por Cristo
Senhor à dignidade de sacramento» (CDC, 1055 §1).
1.
O desígnio divino sobre o matrimónio
«O
próprio Deus é o autor do matrimónio» Concílio Vaticano II, Const.
Gaudium et Spes , 48. A íntima comunidade conjugal entre o
homem e a mulher é sagrada e está estruturada com leis próprias estabelecidas
pelo Criador que não dependem do arbítrio humano.
A
instituição do matrimónio não é uma ingerência indevida nas relações íntimas
entre um homem e uma mulher, mas uma exigência interior do pacto de amor
conjugal: é o único lugar que torna possível que o amor entre um homem e uma
mulher seja conjugal João Paulo II, Ex. ap. Familiaris
Consortio , 22-XI-1981, 11., quer dizer, um amor
electivo que abarca o bem da totalidade da pessoa enquanto sexualmente
diferenciada (Concílio Vaticano II, Const. Gaudium et Spes
, 49). Este amor mútuo entre os esposos «torna-se imagem do
amor absoluto e indefectível com que Deus ama o homem. É bom, muito bom, aos
olhos do Criador (Gn 1, 31). E
este amor, que Deus abençoa, está destinado a ser fecundo e a realizar-se na
obra comum do cuidado da criação: «Deus abençoou-os e disse-lhes: "Sede
fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a" (Gn
1, 28)». (Catecismo, 1604).
O
pecado original introduziu a ruptura da comunhão original entre o homem e a
mulher, debilitando a consciência moral relativa à unidade e indissolubilidade
do matrimónio. A Lei antiga, conforme a pedagogia divina, não critica a
poligamia dos patriarcas nem proíbe o divórcio; mas «ao verem a Aliança de Deus
com Israel sob a imagem dum amor conjugal, exclusivo e fiel (cf.
Os 1-3; Is 54.62, Jr 2-3.31; Ez 16, 62; 23), os profetas
prepararam a consciência do povo eleito para uma inteligência aprofundada da
unicidade e indissolubilidade do matrimónio» (cf.
Mal 2, 13-17) ( Catecismo , 1611).
«Jesus
Cristo não só restabelece a ordem inicial querida por Deus, mas dá a graça para
viver o Matrimónio na nova dignidade de sacramento, que é o sinal do seu amor
esponsal pela Igreja: «Vós maridos amai as vossas mulheres, como Cristo amou a
Igreja» (Ef 5,25)» (Compêndio, 341).
«Entre
os baptizados, não pode haver contrato matrimonial válido que não seja por isso
mesmo sacramento» (CDC, 1055 §2) (De
facto, mediante o Baptismo, o homem e a mulher estão definitivamente inseridos
na Nova e Eterna Aliança, na Aliança nupcial de Cristo com a Igreja. E é em
razão desta indestrutível inserção que a íntima comunidade de vida e de amor
conjugal, fundada pelo Criador, é elevada e assumida pela caridade nupcial de
Cristo, sustentada e enriquecida pela sua força redentora» João Paulo II, Ex.
ap. Familiaris Consortio, 13)
O
sacramento do matrimónio aumenta a graça santificante e confere a graça
sacramental específica, a qual exerce singular influência sobre todas as
realidades da vida conjugal («Os casais têm graça de
estado - a graça do sacramento - para viverem todas as virtudes humanas e
cristãs da convivência: a compreensão, o bom humor, a paciência, o perdão, a
delicadeza no convívio» (S. Josemaria, Temas Actuais do Cristianismo, 108),
especialmente sobre o amor dos esposos («O autêntico amor conjugal
é assumido no amor divino, e dirigido e enriquecido pela força redentora de
Cristo e pela acção salvadora da Igreja, para que, assim, os esposos caminhem
eficazmente para Deus e sejam ajudados e fortalecidos na sua missão sublime de
pai e mãe» (Concílio Vaticano II, Const. Gaudium et Spes , 48). A
vocação universal à santidade é especificada para os esposos «pela celebração
do sacramento e traduzida concretamente nas realidades próprias da existência
conjugal e familiar» (São João Paulo II, Ex. ap. Familiaris
Consortio, 56). «Os casados estão chamados a santificar o
seu matrimónio e a santificar-se nessa união: cometeriam, por isso, um grave
erro. se edificassem a sua vida espiritual à margem do lar. A vida familiar, as
relações conjugais, o cuidado e a educação dos filhos, o esforço por sustentar,
manter e melhorar economicamente a família, as relações com as outras pessoas
que constituem a comunidade social, tudo isso são situações humanas e correntes
que os esposos cristãos devem sobrenaturalizar» (São.
Josemaria, Cristo que Passa, 233).
Reflexão
Impaciência
Uma “prova” muito comum a quem
não domina a informática e os seus “truques” e segredos, é o não conseguir
fazer, o que for, tal qual se deseja.
É difícil "gerir" a frustração e, pior,
aceitar a limitação da falta de conhecimentos adequados.
Quem tem como prioridade o
“apostolado da escrita”, encara estes obstáculos - deve encarar - como o
esforço que lhe é sugerido para ter merecimento.
_ “Quero lá saber" e
decisões semelhantes não devem ser a solução.
- É que escrevi não sei quantas
páginas e… tudo se perdeu…
Mas… perdeu-se… como?
Quer dizer: Não vou conseguir
publicar no blog?
Enviar a outros?
E, se for assim é uma catástrofe?
Perde-se algo inestimável?
De enormíssima importância?
Tomba-se o mundo?
Não será, antes, orgulho,
desejo de proeminência, vaidade pessoal, ou… mais “soft”, patetice?
Ver bem, sob outro ângulo:
O que escrevi foi o produto do
meu estro, tentei escrever o melhor e
mais concreto que fui capaz, o esforço que fiz é que conta e terá algum mérito…
Sendo assim tenho de concluir:
O que na verdade me deve
interessar é “fazer" o melhor que posso e sei, aplicando todos os dons que
possa ter nessa tarefa.
O resto… não interessa para
nada porque o que me deve preocupar é que Quem me deu os dons fique contente
com o uso que faço deles.
(AMA, Algarve, 2020)