09/06/2015

O que pode ver em NUNC COEPI em 09 de Junho

O que pode ver em NUNC COEPI em Jun 09

São Josemaria – Textos

Bento XVI - Pensamentos espirituais

A beleza de ser cristão (Ernesto Juliá), AMA - Comentários ao Evangelho Mt 5 13-16, Ernesto Juliá Diaz

de vera religione (Stº Agostinho), Liberdade, Santo Agostinho

Suma Teológica - Tratado da Vida de Cristo - Quest 28- Art 3,São Tomás de Aquino


Agenda Terça-Feira

Evangelho, comentário, L. Espiritual (A beleza de ser cristão)




Tempo comum X Semana


Evangelho: Mt 5, 13-16

13 «Vós sois o sal da terra. Porém, se o sal perder a sua força, com que será ele salgado? Para nada mais serve senão para ser lançado fora e ser calcado pelos homens. 14 Vós sois a luz do mundo. Não pode esconder-se uma cidade situada sobre um monte; 15 nem se acende uma candeia para a colocar debaixo do alqueire, mas no candelabro, a fim de que dê luz a todos os que estão em casa. 16 Assim brilhe a vossa luz diante dos homens para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus.

Comentário:

A importância do sal foi e é enorme, diria mesmo vital para a humidade.

Os povos que vivem a grandes distâncias da orla marítima sabem bem quanto esforço e trabalho lhes é exigido para o obterem e, também o elevado preço que têm de pagar por bem tão precioso como indispensável.

Assim o cristão é, ele próprio e pelo facto de o ser, tão importante que Jesus o compara ao sal: tem de ser o tempero  indispensável na sociedade, o elemento fundamental na vida dos homens seus irmãos.

O cristão, por isso mesmo, não tem preço!

Já pensamos nisto? 

(ama, comentário, MT 5, 13-16 2014.02.09)


Leitura espiritual

  


a beleza de ser cristão

SEGUNDA PARTE

COMO SER CRISTÃOS





viii a luta ascética para a conversão

…/3
         

        3º Crescer em Caridade.

…/2
       
        «Amar a Deus e amor ao próximo são inseparáveis, são o único mandamento. Ambos vivem do Amor que vem de Deus que nos amou primeiro» [1].

        A caridade é o palpitar do espírito que há-de impregnar todas as acções do cristão.
É, certamente, «vínculo de perfeição» [2], «é a forma das virtudes: articula-as e ordena-as entre si é fonte e termo da sua prática cristã.

A caridade assegura e purifica a nossa faculdade humana de amar.
Eleva-a à perfeição natural do amor divino» [3].

        Nessa perspectiva e sabendo que a caridade é a manifestação viva da fé, o cristão acaba por se dar conta da verdade da afirmação do Apóstolo: «Tudo o que não procede da fé e pecado» [4].


***


        Crescendo na Fé, na Esperança e na Caridade, o cristão, além de manifestar que Cristo já vive nele, torna possível que o enxerto de Cristo no seu espírito se desenvolva sempre mais, viva nele mais profundamente e chegue assim a manifestar nas suas acções, nos seus pensamentos, nos seus desejos, a vida de Cristo.
Cristo converte-se para ele em «Caminho, Verdade e Vida».

        Verdade porque a fé em que Cristo é o Filho de Deus feito homem o leva a aceitar a Verdade de Deus que ilumina todos os caminhos da sua vida, todas as suas acções pessoais, familiares, sociais e que dá sentido a todo o seu viver: às suas penas e às suas alegrias, às suas doenças e dores, aos seus gozos.

        Caminho porque a esperança alimentada na Ressurreição de Cristo, que abre as portas do Céu, da Vida Eterna com e no Pai, o Filho e o Espírito, anima e sustém o seu caminhar entre os montes, vales, planícies, alegria, penas, fracassos e triunfos com que  crente se depara diariamente no seu labor de redenção.
«Tudo suporto por amor aos eleitos, para que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus, juntamente com a glória eterna» [5].

        E Vida.
Cristo chega a ser a vida do crente - «viremos e faremos nele morada» [6], e, em razão desta vida, o crente realiza todas as suas acções movido pela caridade, pelo amor, como Cristo.
Então, ao ter sido enxertado em Cristo, o cristão chega definitivamente a poder dizer:
«Já não sou eu, é Cristo que vive em mim» [7].


ix as virtudes


        Terminámos a primeira parte destes apontamentos fazendo referência aos frutos do Espírito Santo.
Assinalámos que o seu crescimento na alma era o sinal do desenvolvimento da vida cristã no crente e a manifestação mais preclara da Graça, por a vida de Fé, Esperança e de Caridade tinha chegado a deitar raízes profundas na pessoa baptizada.

        Agora ao chegar aos últimos detalhes da luta ascética cristã, q eu vai tornando possível que a vida da Graça converta em santo o homem já cristão, temos de fazer alusão às Virtudes que também podemos considerar como frutos do desenvolvimento da Fé na inteligência, da Esperança na memória, no sentido histórico que o ser humano tem da sua vida, da Caridade na vontade.

        O que é uma Virtude?

        «A Virtude é uma disposição habitual e firme a fazer o bem.
Permite à pessoa não só realizar actos bons como também dar o melhor de si própria.
Com todas as suas forças sensíveis e espirituais a pessoa virtuosa tende para o bem, procura-o e elege-o através de acções concretas» [8].

        Tender para o bem, fazer o bem quer dizer que a pessoa está movida pela graça de Deus e a finalidade dessa tendência ao bem é desenvolver a acção da Graça em nós e, portanto, «configurar-nos com Cristo, viver com Deus»
«O objectivo de uma vida virtuosa consiste em chegar a ser semelhante a Deus» [9].[10]

        Na vida natural o homem tem tendências, impulsos que o movem a partir de dentro de si mesmo e o sustêm na procura prática do bem, tendências e impulsos que o homem guia e dirige com livre vontade.
De forma semelhante na vida pessoal cristã, enxertados como estamos na natureza divina, o homem é guiado pela Graça, pela acção do Espírito Santo que aceita em liberdade.
Assim, o cristão vai adquirindo uns hábitos em fazer o que o sustêm na procura não só de um certo bem natural como do verdadeiro e último fim da pessoa humana: Deus.

        Podemos perguntar-nos:

Para que tendem as virtudes?
A uma certa melhoria das qualidades do homem, a um certo equilíbrio e a uma excelência simplesmente humana e natural?
Já o assinalámos.
Para entender o verdadeiro sentido das virtudes na vida pessoal cristã, temos de ter presente que a sua finalidade é «configurar-nos com Cristo, fazer o possível que Cristo viva em cada cristão, que cada cristão reflicta na sua vida a vida de Cristo».

        Neste sentido, as virtudes não são simples melhorias na vida cristã do crente que se limitem ao desenvolvimento das suas qualidades humanas sem nenhuma referência à sua vida cristã.
Não.
As virtudes são uma manifestação de que Cristo vive verdadeiramente non crente.

        Rezar, comungar e, depois, não servir no trabalho os outros quer dizer simplesmente que a Graça não deitou raízes profundas no espírito do cristão, que avida de piedade que nunca se deve descuidar não deu todavia os frutos desejados.
E, por outro lado, viver a laboriosidade por si mesma ou para demonstrar a alguém do que se é capaz, não contribui em nada para o verdadeiro ser cristão de uma pessoa.

        Para ter uma perspectiva mais concreta da vida pessoal cristã, não podemos esquecer que as virtudes reflectem a vida cristã de cada um segundo a sua condição humana e sobrenatural e que cada ser humano as reflecte de forma irrepetível.
É certo que há uma série de modelos e de normas de actuação que se podem a plicar a todos os homens, a todos os crentes, mas, ao mesmo tempo, a vivência desses modelos, dessas normas é única e irrepetível em cada ser humano.

        Por exemplo, um sacerdote, um monge, uma mãe de família, um professor nas suas aulas, um profissional no seu trabalho poderão viver as mesmas virtudes, a prudência, a fortaleza, a temperança, a justiça de forma muito diferente em cada caso, sendo em todos as mesmas virtudes, os mesmos hábitos de fazer o bem.

        E, para completar a perspectiva das virtudes, é oportuno não perder de vista que ainda que se insista em que «as virtudes morais se adquirem mediante as forças humanas são o fruto e o gérmen de actos oralmente bons. Dispõem todas as potências do ser humano para se harmonizarem co o amor divino» [11].

Esse esforço do cristão para viver as virtudes está sempre acompanhado por uma certa acção da Graça nele e dá-lhe o que ele, talvez, não é de todo consciente.

        No cristão, insistimos, a «natureza humana» e a «participação na natureza divina» não actuam em paralelo.
Confluem na vontade livre do homem que junta as forças naturais e sobrenaturais, humanas e divinas nas decisões pessoais que toma para desenvolver a sua vida pessoal cristã.

        Ao mesmo tempo, e precisamente tendo em conta essa unidade radical da pessoa humana, não podemos esquecer que, por vezes, homens e mulheres crentes e pouco piedosas actuam aproveitando tendências e impulsos naturais que os levam a fazer o bem, a procurar o bem.
Ou seja, são pessoas das quais se pode dizer, sem dúvida alguma, que actuam de forma moralmente boa ainda que quase em absoluto careçam de vida de piedade.

        Não podemos esquecer o que assinalámos repetidamente ao longo destas páginas, muitos não se relacionam com Deus, são criaturas que não tiveram ensejo de escutar a palavra divina ou que a esqueceram.
Mas as suas disposições são humanamente sinceras, leais, compassivas, honradas.
E não me atrevo a afirmar quem reúne essas condições está a ponto de ser generoso com Deus porque as virtudes humanas compõem o fundamento das sobrenaturais.[12]

        Esta afirmação adquire o seu verdadeiro significado quando, considerando a unidade do ser humano, se aprecia nas acções moralmente boas que realiza a procura do bem último, Deus, que todo o ser pessoal, queira-o ou não, o pense ou não, anseia conhecer e amar.


(cont)

ernesto juliá, La belleza de ser cristiano, trad. ama)







[1] BentoXVI, Deus caritas est, n. 18
[2] Col 3, 14
[3] Catecismo, n. 1827
[4] Rom 14, 23
[5] 2 Tim 2, 10
[6] Jo 14, 23
[7] Ga 2, 20
[8] Catecismo, n. 1803
[9] São Gregóriode Nisa, beat. 1
[10] Catecismo, n. 1803
[11] Catecismo, n. 1804
[12] São Josemaria Escrivá, Amigos nde Deus, n. 74

Tratado da vida de Cristo 09

Questão 28: Da virgindade da Santa Virgem Maria

Art. 3 — Se a mãe de Cristo permaneceu Virgem depois do parto.

O terceiro discute-se assim. — Parece que a mãe de Cristo não permaneceu Virgem depois do parto.

1. — Pois, diz o Evangelho: Antes de coabitarem José e Maria, se achou ela ter concebido por obra do Espírito Santo. Ora, o Evangelista não teria dito – antes de coabitarem – se não fosse certo que haveriam de coabitar; assim não diremos, que não vai comer, quem não ia comer. Logo, parece que a Santa Virgem chegou a ter conjunção carnal com José. E portanto não permaneceu virgem depois do parto.

2. Demais. — No mesmo lugar, o Evangelho refere as palavras do anjo a José: Não temas receber a Maria, tua mulher. Ora, o casamento consuma-se pela cópula carnal. Logo, parece que houve cópula carnal entre Maria e José. Donde, pois, resulta que não permaneceu virgem depois do parto.

3. Demais. — Logo a seguir, acrescenta o Evangelho: E recebeu a sua mulher; e ele não na conheceu, enquanto ela não pariu o seu primogénito. Ora, a expressão adverbial – até que – costuma significar um tempo determinado; completo o qual, se faz o que até então não se fez. E quanto ao verbo conhecer – ele significa o coito; assim, como quando a Escritura diz: Adão conheceu a sua mulher. Logo, parece que depois do parto a Santa Virgem foi conhecida de José. E portanto, parece que não permaneceu virgem depois do parto.

4. Demais. — Primogénito não pode chamar-se senão quem teve outros irmãos mais moços. Por isso, diz o Apóstolo: Os que ele conheceu na sua presciência, também os predestinou para serem conforme a imagem Filho, para que ele seja o primogénito entre muitos irmãos. Ora, o Evangelista chama a Cristo primogénito da sua mãe. Logo, ela teve outros filhos além de Cristo. E assim, parece que a mãe de Cristo não permaneceu virgem depois do parto.

5. Demais — O Evangelho diz: Depois disto vieram para Cafarnaum, ele, isto é, Cristo, e sua mãe e seus irmãos. Ora, chamam-se irmãos os que tem os mesmos pais. Logo, parece que a santa Virgem teve outros filhos, além de Cristo.

6. Demais. — O Evangelho diz: Achavam-se também ali, isto é, ao pé da cruz de Cristo, vindo de longe, muitas mulheres, que desde Galileia tinham seguido a Jesus, subministrando-lhe o necessário; entre as quais estavam Maria Madalena e Maria, Mãe de Tiago e de José, e a Mãe dos filhos de Zebedeu. Ora, essa era Maria, chamada aí mãe de Tiago e de José, é também a mãe de Cristo; pois, como diz o Evangelho, estava em pé junto à cruz de Jesus, sua mãe. Logo, parece que a mãe de Cristo não permaneceu virgem depois do parto.

Mas, em contrário, a Escritura: Esta porta estará fechada; ela não se abre e nenhum homem passará por ela, porque o Senhor Deus de Israel entrou por esta porta. Expondo o que, diz Agostinho: Que significa a porta fechada na casa do Senhor, senão que Maria sempre será intacta? E que significa a expressão – nenhum homem passará por ela – senão que José não a conhecerá? E só o Senhor entrará e sairá por ela – que quer dizer, senão que o Espírito Santo a fecundará e dela nascerá o Senhor dos anjos? E que significa – estará eternamente fechada – senão que Maria será virgem antes, durante e depois do parto?

Sem nenhuma dúvida devemos detestar o erro de Celvídio, que pretendia ter sido a mãe de Cristo, depois do parto, conhecida de José e ter gerado outros filhos. - Pois, isto, primeiro, vai contra a perfeição de Cristo, que, assim como, pela sua natureza divina, é o Unigénito do Pai, como o seu Filho em tudo perfeito, assim também convinha que fosse o unigénito da mãe, como o perfeitíssimo gerado dela. - Segundo, esse erro faz injúria ao Espirito Santo, cujo sacrário foi o ventre virginal, no qual formou a carne de Cristo; por isso não convinha, que a seguir fosse violado pela conjunção marital. - Terceiro, vai contra a dignidade e a santidade da Mãe de Deus, que seria ingratíssima se não se tivesse contentado com um tão grande Filho; se a virgindade, nela conservada milagrosamente, quisesse espontaneamente perdê-la pelo concúbito carnal. - Quarto, seria também uma pretensão soberanamente imputável a José, tentar poluir aquela que, por uma revelação do Anjo, sabia que concebeu do Espírito Santo. - Donde devemos absolutamente concluir que a Mãe de Deus, assim como concebeu virgem e virgem deu à luz, assim também permaneceu sempre virgem depois do parto.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — Como diz Jerónimo, devemos entender a palavra – antes – como indicativa, às vezes, somente do que foi anteriormente pensado, embora de ordinário indique uma consequência. Nem é necessário o realizar-se do que foi pensado, pois, às vezes um obstáculo interveniente impede essa realização. Assim, o alguém dizer – antes de ter comido, no porto, naveguei – não significa que comeu no porto, depois de ter navegado; mas, que pensava haver de comer, no porto. Semelhantemente, o evangelista diz – Antes de coabitarem, se achou ela ter concebido por obra do Espírito Santo; não que depois coabitassem: concepção pelo Espírito Santo e, pois não realizaram o concúbito.

RESPOSTA À SEGUNDA. — Como diz Agostinho, a Mãe de Deus é chamada esposa, pela fé primeira dos esponsórios, ela que nem conheceu nem havia de conhecer o concúbito. Pois, no dizer de Ambrósio, a celebração das núpcias não declara a perda da virgindade, mas a testificação do casamento.

RESPOSTA À TERCEIRA. — Alguns disseram que esse lugar do Evangelho não deve entender-se do conhecimento carnal, mas do conhecimento informativo. Assim, diz Crisóstomo, que José não lhe conhecia a dignidade, antes de ela ter dado à luz; mas, depois do parto, então o soube. Pois, concebendo um tal filho, tornou-se maior e mais digna que todo o mundo; por ter, só ela, recebido no augusto âmbito do seu ventre, aquele a quem todo o mundo não podia conter. — Mas outros referem o lugar em questão ao conhecimento de visão. Pois, assim como o rosto de Moisés, quando falava com Deus, se lhe glorificou de modo que não podiam fitá-lo os filhos de Israel, assim Maria, obumbrada pelo esplendor da virtude do Altíssimo, não podia ser reconhecida por José, antes do parto. Mas, depois do parto, José reconheceu-lhe a feição das faces, sem nenhum contato corpóreo. — Mas Jerónimo, que concede devamos entender a expressão evangélica, do conhecimento carnal, diz que até (usque) ou até que (donec), na Escritura, pode ser entendido de dois modos. Assim, às vezes designa o tempo, conforme o Apóstolo: Por causa das transgressões foi posta a lei, até que viesse a semente, a quem havia feito a promessa. Outras vezes, porém, significa o tempo infinito: Os nossos olhos estão fitos no Senhor nosso Deus, até que tenha misericórdia de nós; o que não se deve entender como significando que, depois de pedida a misericórdia, os nossos olhos se afastam de Deus. E, segundo este modo de falar, são-nos expressas as coisas de que poderíamos duvidar, se não estivessem escritas; quanto às demais, são confiadas à nossa inteligência. E, assim, o Evangelista diz que a Mãe de Deus não foi conhecida por nenhum homem, até o parto, para entendermos que, com maior razão, não o foi depois do parto.

RESPOSTA À QUARTA. — É costume das divinas Escrituras chamar primogénito não só aquele que teve outros irmãos, como o que nasceu em primeiro lugar. Do contrário se não fosse primogénito senão quem teve irmãos, os direitos de primogenitura não seriam, pela lei, devidos enquanto não sobreviessem mais irmãos. O que é claramente falso, pois, a lei mandava que, dentro de um mês, fossem os primogénitos resgatados.

RESPOSTA À QUINTA. — Alguns, como refere Jerónimo, pensam que os referidos irmãos do Senhor, José teve-os de outra mulher. Mas nós pensamos que os irmãos do Senhor não eram filhos de José, mas primos do Salvador, filhos de uma outra Maria, tia dele. Pois, na Escritura, há quatro espécies de irmãos: por natureza, pela raça, pela cognação e pelo afecto. Donde o serem chamados irmãos do Senhor, não por natureza, como se fossem nascidos da mesma mãe; mas, por cognação, quase como sendo os seus consanguíneos. José, porém, como diz Jerónimo, devemos antes crer que permaneceu virgem, pois, de um lado, dele não diz a Escritura que tivesse outra mulher e, de outro, não se pode atribuir a fornicação a um varão santo.

RESPOSTA À SEXTA. — A Maria chamada Mãe de Tiago e de José não se entende que fosse a mãe do Senhor, a que não se refere o Evangelho senão atribuindo-lhe a sua dignidade de Mãe de Jesus. Ora, entende-se que essa Maria era a mulher de Alfeu, cujo filho era Tiago menor, chamado irmão do Senhor.



Nota: Revisão da versão portuguesa por ama.

Bento VXI – Pensamentos espirituais 54

Teologia e espiritualidade



A espiritualidade não reduz a carga científica, mas confere ao estudo da teologia o método correcto para poder chegar a uma interpretação coerente.


Mensagem por ocasião do centenário do nascimento de H, U. von Balthasar (6.Out.05)

(in “Bento XVI, Pensamentos Espirituais”, Lucerna 2006)

Temas para meditar - 449

Liberdade 




Deus julgou que seriam melhores os Seus servidores se O servissem livremente.



(santo agostinho, De Vera Religione, Pl 34, 134)

Pede a verdadeira humildade

A humildade nasce como fruto do conhecimento de Deus e do conhecimento de si próprio. (Forja, 184)

Essas depressões por veres ou por outros descobrirem os teus defeitos, não têm fundamento...
Pede a verdadeira humildade. (Sulco, 262)

Fujamos dessa falsa humildade que se chama comodismo. (Sulco, 265)

– Senhor, peço-te um presente: Amor..., um Amor que me deixe limpo. E mais outro presente: conhecimento próprio, para me encher de humildade. (Forja, 185)

São santos os que lutam até ao final da sua vida: os que se sabem levantar sempre depois de cada tropeção, de cada queda, para prosseguir valentemente o caminho com humildade, com amor, com esperança. (Forja, 186)

Se os teus erros te fazem mais humilde, se te levam a procurar agarrar com mais força a mão divina, são caminho de santidade: "felix culpa!", bendita culpa!, canta a Igreja. (Forja, 187)


A humildade leva cada alma a não desanimar ante os próprios erros. A verdadeira humildade leva... a pedir perdão! (Forja, 189)

Pequena agenda do cristão


TeRÇa-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Aplicação no trabalho.

Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.

Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.

Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?