04/06/2013

Evangelho do dia e comentário

Tempo comum
IX Semana

Evangelho: Mc 12, 13-21

13 Enviaram-Lhe alguns dos fariseus e dos herodianos, para que O apanhassem em alguma palavra. 14 Chegando eles, disseram-Lhe: «Mestre, sabemos que és verdadeiro, que não atendes a respeitos humanos; porque não consideras o exterior dos homens, mas ensinas o caminho de Deus segundo a verdade: É lícito pagar o tributo a César, ou não? Devemos pagar ou não?». 15 Jesus, reconhecendo a sua hipocrisia, disse-lhes: «Porque Me tentais? Trazei-Me um denário para Eu ver». 16 Eles o trouxeram. Então disse-lhes: «De quem é esta imagem e esta inscrição?». Responderam-Lhe: «De César». 17 Então Jesus disse-lhes: «Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus». E admiravam-n'O. 

Comentário:

Neste texto de S. Marcos levantam-se duas questões importantes: A obrigação de cumprir as leis das autoridades civis estados e as das autoridades religiosas.
Aqui Jesus dá a resposta à primeira questão não aceitando que se misturem as duas obrigações.

O que é de Deus e o que é dos homens nem sempre coincidem, embora devessem, no seu enunciado, muitas vezes não são, as primeiras, de acordo com as segundas.
Uma coisa é obedecer e cumprir aos regulamentos justos dispostos pelos homens, outra, completamente diferente, é tentar eximir-se com a desculpa de que Deus não o deseja.

Cristo é muito claro e, como sempre, não deixa margem a dúvidas: o que é dos homens é dos homens, o que é de Deus é de Deus, mas, como os homens são criaturas de Deus não podem invocá-lo presumindo estar isentos de satisfazer as suas obrigações. Assim, nenhum cristão pode outorgar-se esse nome se, por vontade própria se exime ao cumprimento do que deve enquanto membro da sociedade, bem pelo contrário, é-lhe pedida maior responsabilidade exactamente por o ser.

Por outras palavras, a unidade de vida tem de estar presente no cristão que não pode umas vezes agir como homem e, outras, como cristão mas, sempre, como cristão inserido na sociedade a que pertence e que, justamente, espera dele o exemplo de conduta que deve dignificar a sua Filiação Divina.

(ama, comentário sobre Mc 12, 13-21, 2012.08.09)

Leitura espiritual para 04 Jun



Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.

Para ver, clicar SFF.

Sendo crianças, não tereis penas


Sendo crianças, não tereis penas: os miúdos esquecem depressa os desgostos para voltar aos seus divertimentos habituais. – Por isso, com o abandono, não tereis de vos preocupar, pois descansareis no Pai. (Caminho, 864)

Por volta dos primeiros anos da década de 40, eu ia muito a Valência. Não tinha então nenhum meio humano e, com os que – como vocês agora – se reuniam com este pobre sacerdote, fazia oração onde podíamos, algumas tardes numa praia solitária. (...)

Pois um dia, ao fim da tarde, durante um daqueles pores do Sol maravilhosos vimos que uma barca se aproximava da beira-mar e que saltaram para terra uns homens morenos, fortes como rochas, molhados, de tronco nu, tão queimados pela brisa que pareciam de bronze. Começaram a tirar da água a rede que traziam arrastada pela barca, repleta de peixes brilhantes como a prata. Puxavam com muito brio, os pés metidos na areia, com uma energia prodigiosa. De repente veio uma criança, muito queimada também, aproximou-se da corda, agarrou-a com as mãozinhas e começou a puxar com evidente falta de habilidade. Aqueles pescadores rudes, nada refinados, devem ter sentido o coração estremecer e permitiram que aquele pequeno colaborasse; não o afastaram, apesar de ele estorvar em vez de ajudar.

Pensei em vocês e em mim; em vocês, que ainda não conhecia e em mim; nesse puxar pela corda todos os dias, em tantas coisas. Se nos apresentarmos diante de Deus Nosso Senhor como esse pequeno, convencidos da nossa debilidade mas dispostos a cumprir os seus desígnios, alcançaremos a meta mais facilmente: arrastaremos a rede até à beira-mar, repleta de frutos abundantes, porque onde as nossas forças falham, chega o poder de Deus. (Amigos de Deus, 14)

Resumos da Fé cristã


TEMA 31. O Decálogo. O primeiro mandamento

4. Amor aos outros por amor a Deus

O amor a Deus deve compreender o amor àqueles que Deus ama. «Se alguém disser: “Eu amo a Deus”, mas tiver ódio ao seu irmão, esse é um mentiroso; pois aquele que não ama o seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. E nós recebemos dele este mandamento: quem ama a Deus, ame também o seu irmão» (1 Jo 4,19-21). Não se pode amar a Deus sem amar todos os homens, criados por Ele à sua imagem e semelhança, e chamados para serem seus filhos pela graça sobrenatural (cf. Catecismo, 2069).

«Com os filhos de Deus, temos de comportar-nos como filhos de Deus» 13:

Comportar-se como filho de Deus, como outro Cristo: «Dou-vos um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros; que vos ameis uns aos outros assim como Eu vos amei. Por isto é que todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros» (Jo 13,34-35). O Espírito Santo foi enviado aos nossos corações para que possamos amar como filhos de Deus, com o amor de Cristo (cf. Rm 5,5). «Dar a vida pelos outros. Só assim se vive a vida de Jesus e nos fazemos uma só coisa com Ele» 14.

Ver nos outros filhos de Deus, o próprio Cristo: «Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes» (Mt 25,40). Querer para eles o seu verdadeiro bem, o que Deus quer: que sejam santos e, por conseguinte, felizes. A primeira manifestação de caridade é o apostolado, bem como a preocupação pelas suas necessidades materiais. Compreender – sentir como próprias – as dificuldades espirituais e materiais dos outros. Saber perdoar. Ter misericórdia (cf. Mt 5,7). «O amor é paciente, o amor é prestável, não é invejoso, não é arrogante nem orgulhoso, nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita nem guarda ressentimento. Não se alegra com a injustiça» (1 Co 13, 4-5). A correcção fraterna (cf. Mt 18,15).

javier lópez

Bibliografia básica:
Catecismo da Igreja Católica, 2064-2132.

Leituras recomendadas:
Bento XVI, Enc. Deus Caritas est, 1-18, 25-XII-2005.
Bento XVI, Enc. Spe Salvi, 30-XI-2007.
S. Josemaria, Homilias «Vida de Fé», «A Esperança do cristão», «Com a força do amor», em Amigos de Deus.

(Resumos da Fé cristã: © 2013, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet)
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Notas:
13 S. Josemaria, Cristo que Passa, 36.
14 S. Josemaria, Via Sacra, XIV Estação. Cf. Bento XVI, Enc. Deus Caritas est, 25-XII-2005, 12-15.

Tratado das paixões da alma 44



Questão 31: Do prazer em si mesmo.

Art. 7 ― Se há algum prazer inatural.







O sétimo discute-se assim. ― Parece que nenhum prazer é inatural.


Pequena agenda do cristão



Terça-Feira

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)

Propósito: Aplicação no trabalho.

Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.

Lembrar-me: Os que estão sem trabalho.

Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.

Pequeno exame: Cumpri o propósito e lembrei-me do que me propus ontem?