Tempo comum IX Semana |
Evangelho: Mc 12, 13-21
13 Enviaram-Lhe alguns dos fariseus e dos herodianos, para que O
apanhassem em alguma palavra. 14 Chegando eles, disseram-Lhe:
«Mestre, sabemos que és verdadeiro, que não atendes a respeitos humanos; porque
não consideras o exterior dos homens, mas ensinas o caminho de Deus segundo a
verdade: É lícito pagar o tributo a César, ou não? Devemos pagar ou não?».
15 Jesus, reconhecendo a sua hipocrisia, disse-lhes: «Porque Me tentais?
Trazei-Me um denário para Eu ver». 16 Eles o trouxeram. Então
disse-lhes: «De quem é esta imagem e esta inscrição?». Responderam-Lhe: «De
César». 17 Então Jesus disse-lhes: «Dai, pois, a César o que é de
César, e a Deus o que é de Deus». E admiravam-n'O.
Comentário:
Neste
texto de S. Marcos levantam-se duas questões importantes: A obrigação de
cumprir as leis das autoridades civis estados e as das autoridades religiosas.
Aqui
Jesus dá a resposta à primeira questão não aceitando que se misturem as duas
obrigações.
O que é de Deus e o que é dos homens nem sempre coincidem, embora devessem, no seu enunciado, muitas vezes não são, as primeiras, de acordo com as segundas.
Uma
coisa é obedecer e cumprir aos regulamentos justos dispostos pelos homens,
outra, completamente diferente, é tentar eximir-se com a desculpa de que Deus
não o deseja.
Cristo é muito claro e, como sempre, não deixa margem a dúvidas: o que é dos homens é dos homens, o que é de Deus é de Deus, mas, como os homens são criaturas de Deus não podem invocá-lo presumindo estar isentos de satisfazer as suas obrigações. Assim, nenhum cristão pode outorgar-se esse nome se, por vontade própria se exime ao cumprimento do que deve enquanto membro da sociedade, bem pelo contrário, é-lhe pedida maior responsabilidade exactamente por o ser.
Por outras palavras, a unidade de vida tem de estar presente no cristão que não pode umas vezes agir como homem e, outras, como cristão mas, sempre, como cristão inserido na sociedade a que pertence e que, justamente, espera dele o exemplo de conduta que deve dignificar a sua Filiação Divina.
(ama, comentário sobre Mc 12, 13-21,
2012.08.09)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.