Por
vezes, ao ler um trecho do Evangelho contraio-me um pouco no meu desejo de o
"explorar" devidamente, detidamente.
Já
conheço, já meditei... até já escrevi sobre o texto... que poderei acrescentar?
Porque
tal "contracção' me desagrada - percebo que é uma tentação - releio o que
escrevi e descubro sempre que me "escapou" algo.
Não
posso mais que pensar que a fonte de inspiração do Evangelho não se esgota
nunca, é um manancial de água viva, corrente, sempre renovada.
Como
a água que passa por nós num rio não é igual à que já passou.
Só
nos charcos estagnados a água não se renova.
Eu,
decididamente, não quero ser um charco fétido, irrespirável, um caldo de bichos
horríveis.
Quem
em seu perfeito juízo poderá desejar tal coisa!?!
Não!
Pretendo ser um curso de águas cristalinas que realmente sirvam para dar de
beber a quem tenha sede.
A
sede de saber mais, conhecer melhor, compreender com maior clareza é, deve ser,
um desejo de qualquer ser humano que não se acomoda ao que a vida corrente lhe
vai proporcionando. Quer compreender a razão, o motivo que está na raiz do que
se lhe depara.
Só
assim terá elementos indispensáveis para escolher, decidir o que lhe convém em
cada circunstância.
Se
não fizer esta inquirição desapaixonada, simples e concreta corre o sério risco
de não escolher o melhor.
Tudo
isto envolve uma coisa a ter em conta: CRITÉRIO.
Ao
criar-nos Deus concedeu-nos algo precioso, um tesouro que tem de ser guardado
como tal: A LIBERDADE PESSOAL.
Poder
escolher entre uma coisa e outra é uma faculdade que os seres humanos têm. Para
usar essa faculdade é absolutamente necessário o CRITÉRIO.
E o
que vem a ser o CRITÉRIO?
Diria
simplesmente que o critério é a capacidade de equacionar o que se apresenta,
comparando com outras coisas semelhantes ou parecidas.
No
entanto, para ter critério é indispensável conhecer a fundo a matéria em
apreciação. Nunca se poderá exercer esse critério de que falo sem estar razoavelmente
seguro do que avaliamos.
Daqui,
parece-me óbvio, a necessidade do estudo cuidado e atento das questões.
"A
mim parece-me que...) não é aceitável, "julgo que..." tão pouco e,
muito menos... 'ouvi dizer que...'.
Isto
não é condizente com uma pessoa dotada de juízo mas desculpas esfarrapadas para
não fazer o que devo: não titubear na decisão de perguntar quando tenho alguma
incerteza.
Perguntar
a quem se não ao meu Director Espiritual?
Pôr
a nu com clareza o tema que não compreendo bem, as dúvidas que possa
suscitar-me resultará num sossego e paz interiores inestimaveis, não o fazer,
ao contrário, será uma manifestação de orgulho pateta e sem sentido.
Esta
postura tem de ser permanente e não apenas quando o impasse tem algum vulto. As
coisas grandes só se conseguem atingir com a resolução de muitas coisas
pequenas.
Parece-me
lógica e acertada esta conclusão por isso me disponho a cumprir.
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