11/08/2015

NUNC COEPI o que pode ver em 11 Ago

O que pode ver em NUNC COEPI em Ago 11

São Josemaria – Textos

C. Cardona, Metafísica de la opción intelectual ( C. Cardona)

AMA - Comentários ao Evangelho Mt 18 1-5 10 12-14,Amigos de Deus (S. Josemaria), São Josemaria Escrivá

Suma Teológica - Tratado da Vida de Cristo - Quest 32- Art 1,São Tomás de Aquino

Aborto, Defesa da vida


Agenda Terça-Feira

Tratado da vida de Cristo 25

Questão 32: Do princípio activo na concepção de Cristo

Em seguida, devemos tratar do princípio activo na concepção de Cristo.

E nesta questão discutem-se quatro artigos:

Art. 1 — Se a obra da concepção de Cristo deve ser atribuída ao Espírito Santo.
Art. 2 — Se Cristo deve ser considerado como concebido do Espírito Santo.
Art. 3 — Se o Espírito Santo deve ser considerado pai de Cristo segundo a humanidade.
Art. 4 — Se a Santa Virgem foi de algum modo, princípio activo na concepção do corpo de Cristo.

Art. 1 — Se a obra da concepção de Cristo deve ser atribuída ao Espírito Santo.

 O primeiro discute-se assim. — Parece que a obra da concepção de Cristo não deve ser atribuída ao Espírito Santo.

1. — Pois, conforme diz Agostinho, são indivisas as obras da Trindade, como indivisa é a essência da Trindade. Ora, a obra da concepção de Cristo é uma obra divina. Logo, parece que não dever ser atribuída, antes, ao Espírito Santo, que ao Pai ou ao Filho.

2. Demais. — O Apóstolo diz: Quando veio o cumprimento enviou Deus a seu Filho, feito de mulher. Expondo o que, diz Agostinho: Foi certamente mandado por quem o fez nascer de uma mulher. Ora, a missão do Filho é atribuída principalmente ao Pai, como se estabeleceu na Primeira Parte. Logo, também a concepção, enquanto foi feito de mulher, deve ser principalmente atribuída ao Pai.

3. Demais. — A Escritura diz: A Sabedoria edificou para si uma casa. Ora, Cristo é a Sabedoria de Deus, segundo o Apóstolo: Cristo, Virtude de Deus e Sabedoria de Deus. Ora, a casa dessa Sabedoria é o corpo de Cristo, também chamado o seu templo, segundo o Evangelho: Mas ele falava do templo do seu corpo. Logo, parece que a obra da concepção do corpo de Cristo deve ser atribuída principalmente ao Filho. Portanto, não ao Espírito Santo.

Mas, em contrário, o Evangelho: O Espírito Santo descerá sobre ti, etc.

A obra da concepção do corpo de Cristo foi realizada por toda a Trindade. Mas é atribuída ao Espírito Santo, por três razões. — Primeiro, porque isso convinha à causa da Encarnação, considerada relativamente a Deus. Pois, o Espírito Santo é o amor do Pai e do Filho, como estabelecemos na Primeira Parte. Ora, é uma prova máxima do amor de Deus que o Filho de Deus tivesse assumido a carne no ventre virginal; donde o dizer o Evangelho: Assim amou Deus ao mundo, que lhe deu a seu Filho unigénito. — Segundo, porque isso convinha à causa da Encarnação, relativamente à natureza assumida. Pois, por aí entendemos que a natureza humana foi assumida pelo Filho de Deus na unidade de pessoa, não por causa de nenhum mérito, senão só pela graça. E esta é atribuída ao Espírito Santo, segundo o Apóstolo: Há repartição de graça, mas um mesmo é o Espírito. Donde o dizer Agostinho: O modo pelo qual Cristo nasceu do Espírito Santo nos insinua a graça de Deus; pois, o homem, no momento mesmo em que a sua natureza começou a existir, e sem nenhum mérito anterior, foi tão perfeitamente unido ao Verbo de Deus na unidade de pessoa, que o Filho do homem foi o mesmo que o Filho de Deus. — Terceiro, porque convinha ao termo da Encarnação. Pois, o fim da Encarnação foi fazer com que o homem Cristo concebido fosse santo e Filho de Deus. Ora, ambos esses efeitos se atribuem ao Espírito Santo. Pois, por ele os homens se tornam filhos de Deus, segundo o Apóstolo: Porque vós sois filhos de Deus, mandou Deus aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Pai, Pai. E ele é também o Espírito de santificação, no dizer ainda do Apóstolo. Ora, assim como os outros homens são santificados espiritualmente para serem os filhos adoptivos de Deus, assim Cristo foi concebido na santidade, pelo Espírito Santo, para que fosse naturalmente o Filho de Deus. Donde, conforme uma glosa, a palavra do Apóstolo — Que foi predestinado Filho de Deus com poder — é explicada pelo que imediatamente se lhe segue - segundo o Espírito de santificação, isto é, por ter sido concebido do Espírito Santo. E o próprio Anjo, anunciando pelas palavras que primeiro pronunciou — O Espírito Santo descerá sobre ti — conclui: E por isso mesmo o santo que há de nascer de ti será chamado Filho de Deus.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — A obra da concepção é por certo comum a toda a Trindade; mas de um certo modo é atribuída a cada uma das Pessoas. Assim, ao Pai é atribuída a autoridade sobre a pessoa do Filho, que por essa concepção assumiu para si a carne. Ao Filho é atribuída a própria assunção da carne. Mas ao Espírito Santo é atribuída a formação do corpo assumido pelo Filho. Pois, o Espírito Santo é o Espírito do Filho, segundo o Apóstolo: Mandou Deus o Espírito de seu Filho. Porque, assim como a virtude da alma, existente no sémen, pelo espírito que o sémen contém, forma o corpo, na geração dos outros homens, assim a Virtude de Deus, que é o próprio Filho, segundo o Apóstolo - Cristo, virtude de Deus, formou, mediante o Espírito Santo o corpo que assumiu. E o mesmo significam as palavras do anjo quando declarou: O Espírito Santo descerá sobre ti, como para preparar e formar a matéria do corpo de Cristo; é a Virtude do Altíssimo, isto é, Cristo, te cobrirá da sua sombra, isto é, como ensina Gregório, o teu corpo humano receberá a luz incorpórea da Divindade; pois, a sombra supõe a luz e um corpo. E a expressão - Altíssimo, significa o Pai, cuja virtude é o Filho.

RESPOSTA À SEGUNDA. — A missão se refere à pessoa assumente, enviada pelo Pai; enquanto a concepção refere-se ao corpo assumido, formado por obra do Espírito Santo. E assim, embora a missão e a concepção tivessem o mesmo sujeito, diferindo porém pelas suas noções respectivas, a missão se atribui ao Pai; a obra da concepção, porém, ao Espírito Santo; e enfim, o assumir a carne, ao Filho.

RESPOSTA À TERCEIRA. — Diz Agostinho: A questão vertente pode ser entendida em dois sentidos. Num primeiro sentido, a casa de Cristo é a Igreja, que edificou com o seu sangue. Depois, também podemos chamar casa ao seu corpo, assim como foi chamado o seu templo. Quanto ao feito do Espírito Santo, foi obra do Filho de Deus, por causa da unidade de natureza e de vontade.

Nota: Revisão da versão portuguesa por ama.



Evangelho, comentário, L. Espiritual


Tempo comum XIX Semana


Evangelho: Mt 18, 1-5. 10. 12-14

1 Naquela mesma ocasião aproximaram-se de Jesus os discípulos, dizendo: «Quem é o maior no Reino dos Céus?». 2 Jesus, chamando uma criança, pô-la no meio deles 3 e disse: «Na verdade vos digo que, se não vos converterdes e vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus. 4 Aquele, pois, que se fizer pequeno como esta criança, esse será o maior no Reino dos Céus. 5 E quem receber em Meu nome uma criança como esta, é a Mim que recebe. 10 Vede, não desprezeis um só destes pequeninos, pois vos declaro que os seus anjos nos céus vêm incessantemente a face de Meu Pai que está nos céus.
12 «Que vos parece? Se alguém tiver cem ovelhas, e uma delas se extraviar, porventura não deixa as outras noventa e nove no monte, e vai em busca daquela que se extraviou?13 E, se acontecer encontrá-la, digo-vos em verdade que se alegra mais por esta, do que pelas noventa e nove que não se extraviaram.14 Assim, não é a vontade de vosso Pai que está nos céus que pereça um só destes pequeninos.


Comentário:

A segurança pessoal que não podemos deixar de sentir por nos sabermos protegidos e acompanhados a cada instante pelo Anjo da Guarda é sem dúvida o maior bem e inestimável benefício.

Conhecendo as nossas fraquezas e debilidades o Senhor que é Pai amantíssimo, quis dar-nos esses Guardas e companheiros de viagem para nos proteger, guiar e aconselhar.

(ama, comentário sobre Mt 18 1-5 2014.10.02)



Leitura espiritual



São Josemaria Escrivá

Amigos de Deus

281
        
Mãe da Igreja

Agrada-me voltar, em pensamento, àqueles anos em que Jesus permaneceu junto de sua Mãe e que abarcam quase toda a vida de Nosso Senhor neste mundo.
Vê-lo pequeno quando Maria cuida d'Ele e o beija e o entretém...
Vê-lo crescer diante dos olhos enamorados de sua Mãe e de José, seu pai na terra...
Com quanta ternura e com quanta delicadeza Maria e o Santo Patriarca se preocupariam com Jesus durante a sua infância!
E, em silêncio, aprenderiam muito e constantemente d'Ele.
As suas almas ir-se-iam afazendo à alma daquele Filho, Homem e Deus.
Por isso, a Mãe - e, depois dela, José - conhece como ninguém os sentimentos do coração de Cristo e os dois são o caminho melhor, diria até que o único, para chegar ao Salvador.

Que em cada um de vós, escrevia Santo Ambrósio, esteja a alma de Maria, para louvar o Senhor; que em cada um esteja o espírito de Maria, para se regozijar em Deus.
E este Padre da Igreja acrescenta umas considerações, que à primeira vista parecem atrevidas, mas que têm um sentido espiritual claro para a vida do cristão: Segundo a carne, uma só é Mãe de Cristo; segundo a fé, Cristo é fruto de todos nós.

Se nos identificarmos com Maria, se imitarmos as suas virtudes, poderemos conseguir que Cristo nasça, pela graça, na alma de muitos que se identificarão com Ele pela acção do Espírito Santo.
Se imitarmos Maria, participaremos de algum modo na sua maternidade espiritual: em silêncio, como Nossa Senhora, sem que se note, quase sem palavras, com o testemunho íntegro e coerente de uma conduta cristã, com a generosidade de repetir sem cessar um fiat que se renova como algo íntimo entre Deus e nós.

282
        
O muito amor a Nossa Senhora e a falta de cultura teológica levou um bom cristão a fazer um comentário que vos vou narrar, porque, com toda a ingenuidade, é lógico em pessoas de poucas letras.

Tome-o - dizia-me - como um desabafo; compreenda a minha tristeza perante algumas coisas que sucedem nestes tempos.
Durante a preparação e o desenrolar do actual Concílio, propôs-se que fosse incluído o tema da Virgem.
Assim mesmo: o tema.
É deste modo que falam os filhos?
É esta a fé que sempre professaram os fiéis?
Desde quando é que o amor da Virgem é um tema, sobre o qual se admite entabular uma disputa a propósito da sua conveniência?

Se há alguma coisa contrária ao amor, é a mesquinhez.
Não me importo de ser muito claro; se não o fosse - continuava ele - parecia-me uma ofensa à Nossa Santa Mãe.
Discutiu-se se era ou não oportuno chamar a Maria Mãe da Igreja... Incomoda-me descer a mais pormenores, mas a Mãe de Deus e, por isso, Mãe de todos os cristãos, não será Mãe da Igreja, que é o conjunto dos que foram baptizados e renascem em Cristo, filho de Maria?

Não entendo - acrescentava - donde vem a mesquinhez de regatear esses títulos de louvor a Nossa Senhora.
Que diferente é a fé da Igreja!
O tema da Virgem!
Pretendem os filhos discutir o tema do amor a sua mãe?
Querem-lhe muito e basta!
E amá-la-ão muito, se são bons filhos.
Do tema - ou do esquema - falam os estranhos, os que estudam o caso com a frieza do enunciado de um problema.
Até aqui, o desabafo recto e piedoso, mas injusto, daquela alma simples e devotíssima.

283
         
Continuemos nós a considerar este mistério da Maternidade divina de Maria, numa oração calada, afirmando do fundo da alma: Virgem, Mãe de Deus: Aquele a quem os Céus não podem conter, encerrou-se no teu seio para tomar carne de homem.

Vede o que nos faz recitar hoje a liturgia: bem-aventuradas sejam as entranhas da Virgem Maria, que acolheram o Filho do Pai eterno. Uma exclamação velha e nova, humana e divina.
É dizer ao Senhor o que se costuma dizer nalguns sítios para exaltar uma pessoa: bendita seja a mãe que te trouxe ao mundo!

284
        
Mestra de Fé, de Esperança e de Caridade

Maria cooperou com a sua caridade para que nascessem na Igreja os fiéis membros da Cabeça de que é efectivamente mãe segundo o corpo.
Como Mãe, ensina; e, também como Mãe, as suas lições não são ruidosas.
É preciso ter na alma uma base de finura, um toque de delicadeza, para compreender o que nos manifesta, mais do que com promessas, com obras.

Mestra de fé! Bem-aventurada és tu, porque acreditaste!
Assim a saúda Isabel, sua prima, quando Nossa Senhora sobe à montanha para a visitar.
Tinha sido maravilhoso aquele acto de fé de Santa Maria: eis aqui a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra.
No nascimento de seu Filho contempla as grandezas de Deus na terra; há um coro de Anjos e tanto os pastores como os poderosos da terra vêm adorar o Menino.
Mas depois a Sagrada Família tem de fugir para o Egipto, para escapar às intenções criminosas de Herodes.
Depois, o silêncio; trinta longos anos de vida simples, vulgar, como a de qualquer lar, numa pequena povoação da Galileia.

285
        
O Santo Evangelho facilita-nos rapidamente o caminho para entender o exemplo da Nossa Mãe: Maria conservava todas estas coisas dentro de si, ponderando-as no seu coração.
Procuremos nós imitá-la, tratando com o Senhor, num diálogo cheio de amor, de tudo o que nos acontece, mesmo dos acontecimentos mais insignificantes.
Não nos esqueçamos de que devemos pesá-los, avaliá-los, vê-los com olhos de fé, para descobrir a Vontade de Deus.

Se a nossa fé é débil, recorramos a Maria.
Conta S. João que, devido ao milagre das bodas de Caná que Cristo realizou a pedido de sua Mãe, acreditaram n'Ele os seus discípulos.
A Nossa Mãe intercede sempre diante de seu Filho para que nos atenda e se nos mostre de tal modo que possamos confessar: - Tu és o Filho de Deus.

286
        
Mestra de esperança!
Maria proclama que a chamarão bem-aventurada todas as gerações. Humanamente falando, em que motivos se apoiava essa esperança? Quem era Ela para os homens e mulheres de então?
As grandes heroínas do Velho Testamento - Judite, Ester, Débora - conseguiram já na terra uma glória humana, foram aclamadas pelo povo, louvadas.
O trono de Maria, como o de seu Filho é a Cruz.
E durante o resto da sua existência, até que subiu ao Céu em corpo e alma, a sua silenciosa presença é o que nos impressiona mais. S. Lucas, que a conhecia bem, anota que Ela está junto dos primeiros discípulos, em oração.
Assim termina os seus dias terrenos Aquela que havia de ser louvada pelas criaturas até à eternidade.

Como contrasta a esperança de Nossa Senhora com a nossa impaciência!
Com frequência exigimos que Deus nos pague imediatamente o pouco bem que fizemos.
Mal aflora a primeira dificuldade, queixamo-nos.
Muitas vezes somos incapazes de aguentar o esforço, de manter a esperança, porque nos falta fé: bem-aventurada és tu, porque acreditaste que se cumpririam as coisas que te foram ditas da parte do Senhor.

287
         
Mestra de caridade!
Recordai aquele episódio da apresentação de Jesus no templo.
O velho Simeão assegurou a Maria, sua Mãe: este Menino está destinado para ruína e para ressurreição de muitos em Israel e para ser sinal de contradição; o que será para ti mesma uma espada que trespassará a tua alma, a fim de que sejam descobertos os pensamentos ocultos nos corações de muitos.
A imensa caridade de Maria pela Humanidade faz com que se cumpra também n'Ela a afirmação de Cristo: ninguém tem mais amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos.

Com razão os Romanos Pontífices chamaram a Maria Corredentora: juntamente com o seu Filho paciente e agonizante, de tal modo padeceu e quase morreu e de tal modo abdicou, pela salvação dos homens, dos seus direitos maternos sobre o seu Filho e o imolou, na medida em que d'Ela dependia, para aplacar a justiça de Deus, que com razão se pode dizer que ela redimiu o género humano juntamente com Cristo.
Assim entendemos melhor aquele momento da Paixão de Nosso Senhor, que nunca nos cansaremos de meditar: stabat autem iuxta crucem Jesu mater eius, junto da Cruz de Jesus estava a sua Mãe.

Tereis observado como algumas mães, movidas por um legítimo orgulho, se apressam a pôr-se ao lado dos seus filhos quando estes triunfam, quando recebem um reconhecimento público.
Outras, pelo contrário, mesmo nesses momentos permanecem em segundo plano, amando em silêncio.
Maria era assim e Jesus sabia-o.

288
         
Agora, pelo contrário, no escândalo do sacrifício da Cruz, Santa Maria estava presente, ouvindo com tristeza os que passavam por ali e blasfemavam abanando a cabeça e gritando: Tu, que arrasas o templo de Deus e, em três dias o reedificas, salva-te a ti mesmo!
Se és o Filho de Deus, desce da cruz.
Nossa Senhora escutava as palavras de seu Filho, unindo-se à sua dor; Meu Deus, meu Deus, por que me desamparaste?
Que podia Ela fazer? Fundir-se com o amor Redentor de seu Filho, oferecer ao Pai a dor imensa - como uma espada afiada - que trespassava o seu Coração puro.

De novo Jesus se sente confortado com essa presença discreta e amorosa de sua Mãe. Maria não grita, não corre de um lado para outro...
Stabat: está de pé, junto ao Filho.
É então que Jesus olha para Ela, dirigindo depois o olhar para João. E exclama: - Mulher, aí tens o teu filho. Depois diz ao discípulo: Aí tens a tua Mãe.
Em João, Cristo confia à sua Mãe todos os homens e especialmente os seus discípulos, os que haviam de acreditar n'Ele.

Felix culpa, canta a Igreja, feliz culpa, porque nos fez ter tal e tão grande Redentor!
Feliz culpa, podemos acrescentar também, que nos mereceu receber por Mãe, Santa Maria!
Já estamos seguros, já nada nos deve preocupar, porque Nossa Senhora, coroada Rainha dos Céus e da Terra, é a omnipotência suplicante diante de Deus. Jesus não pode negar nada a Maria, nem tão pouco a nós, filhos da sua própria Mãe.

(cont)




Defesa da vida

Questões sobre o aborto

2: “Crianças não queridas”?

…/4


Se não, reparem como se resolveriam facilmente uma série de questões com tão singular método:

- Há crianças problemáticas - pela idade, pelo ambiente familiar (ou falta dele), por condições psicológicas - que introduzirão em qualquer escola que frequentem um factor de pouca estabilidade; e elas próprias sofrerão ao serem confrontadas com outros alunos mais capacitados.
Remédio?
Deixá-las em casa sem estudos, mudando quanto antes a lei sobre escolaridade obrigatória.
Problema número um resolvido.

- Passemos a um segundo conflito. Há uma percentagem X de estudantes de Direito que não encontrarão emprego no mercado de trabalho. A solução é fácil quando se adota um método parecido ao do aborto que acaba com potenciais infelizes: chumbe-se cegamente essa percentagem de alunos em todos os exames da faculdade até desistirem do curso.


(cont)

Pratica a caridade sem limites

Ama e pratica a caridade, sem limites e sem discriminações, porque é a virtude que caracteriza os discípulos do Mestre. Contudo essa caridade não pode levar-te – deixaria de ser virtude – a amortecer a fé, a tirar as arestas que a definem, a dulcificá-la até convertê-la, como alguns pretendem, em algo amorfo, que não tem a força e o poder de Deus. (Forja, 456)

O Senhor tomou a iniciativa, vindo ao nosso encontro. Deu-nos o exemplo para nos pormos com Ele ao serviço dos outros, para – gosto de repetir – pormos generosamente o nosso coração a servir de alcatifa, de modo que os outros caminhem suavemente e a sua luta resulte para eles mais amável. Devemos comportar-nos assim, porque somos filhos do mesmo Pai, que não hesitou em entregar-nos o seu Filho muito amado.

Não somos nós que construímos a caridade; é ela que nos invade com a graça de Deus: porque Ele nos amou primeiro. Convém que nos empapemos bem desta verdade formosíssima: se podemos amar a Deus é porque fomos amados por Deus. Tu e eu estamos em condições de derramar carinho sobre os que nos rodeiam, porque nascemos para a fé pelo amor do Pai. Pedi com ousadia ao Senhor este tesouro, esta virtude sobrenatural da caridade, para a exercitardes até ao último pormenor.


Nós, os cristãos, não temos sabido muitas vezes corresponder a esse dom; algumas vezes temo-lo rebaixado como se se limitasse a uma esmola dada sem alma, friamente; outras vezes temo-lo reduzido a uma atitude de beneficência mais ou menos convencional. Exprimia bem esta aberração a queixa resignada de uma doente: Aqui, tratam-me com caridade, mas a minha mãe cuidava de mim com carinho. O amor que nasce do Coração de Cristo não pode dar lugar a este tipo de distinções. (Amigos de Deus, nn. 228–229)

Pequena agenda do cristão


TeRÇa-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Aplicação no trabalho.

Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.

Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.

Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?




Temas para meditar - 483

Fim último do homem



Como fim último, o homem ou procura Deus ou procura-se a si próprio.
Não existe meio-termo, porque só se pode propor como fim último algo absoluto.



(C. Cardona, Metafísica de la opción intelectual, 2ª ed. Rialp, Madrid, 1973, nr. 103, trad ama)