18/05/2011

Educação, Fé e Ciência - A usura

Caminho e Luz
Continua a ser imoral o empréstimo com Juros?


A condenação da usura não oferece muitos problemas. A ninguém escapa que não é moralmente lícito cobrar juros absolutamente desproporcionados (de acordo com o risco que se assume e as condições de mercado), sobretudo quando o devedor aceitou o empréstimo por se encontrar numa situação angustiante, por ignorância, inexperiência ou deficiência mental. Todavia, a Igreja não condenou só a cobrança de juros usurários ou leoninos. Tem sido doutrina da Igreja que a cobrança de juros, de qualquer tipo de juros, é moralmente ilícito.  “Dinheiro não cria dinheiro”, pelo que não haveria banco nem prestamista que não praticasse a usura.


Bento XIV, na sua carta aos bispos italianos Vix Pervenit   (1745) declarou pecado de usura a cobrança de juros no contrato de mútuo, e o Santo Oficio  em 1836 declarou-a aplicável a toda a Igreja (ainda que esta declaração da Vix Pervenit não tenha carácter infalível) 


Continua vigente a doutrina “tradicional” sobre a usura? 
Até que ponto? 
Houve alguma rectificação oficial sobre esta doutrina, mais para além do “quem cala consente”?


apolinar, ReligionenLibertad, trad ama, 2011.05.09

Diálogos apostólicos

Diálogos


Costa do Marfim! Espantas-te…

Mas, diz-me: 


Será que na rua onde moras não haverá alguém que espere uma palavra de esperança, uma atitude de solidariedade, um ensinamento importante?


Talvez até...te conheça e sabe que és cristão.


Não te parece que poderá perguntar-se porque não lhe falas?

ama , 2011.05.18

35 novos sacerdotes

Homilia completa do Prelado

D. Javier Echevarria, prelado do Opus Dei, ordenou, no dia 14 de Maio, 35 novos sacerdotes. A cerimónia teve lugar na Basílica de Santo Eugénio, em Roma.


Um dos novos sacerdotes é Damien Peter Lim Guan Heng, de Singapura, que antes de começar os estudos eclesiásticos em Roma, trabalhou em vários escritórios bancários do seu país e de Taiwan. Nascido numa família budista, conheceu o catolicismo graças à conversão do seu irmão.

José Manuel Giménez Amaya, outro dos presbíteros, é, desde 1988, catedrático de Anatomia e Embriologia na Universidade Autónoma de Madrid. É especialista en Neurociência.  


Ivan Kanyike Mukalazi, nascido há 29 anos em Kampala, é o primeiro fiel do Opus Dei do Uganda que recebe o sacerdócio. O trabalho da Prelatura neste país iniciou-se de modo estável em 1996. 



Alejandro Macía, da Colômbia, tinha trabalhado em desenvolvimento de software, primeiro na Microsoft e, mais tarde, na Oracle, até decidir ir para Roma para realizar estudos eclesiásticos na Universidade Pontifícia da Santa Cruz.


O mais velho dos 35 novos sacerdotes é Paolo Calzona, nascido em Catanzaro (Itália) em 1949. O mais jovem é Lucas Buch, nascido em Barcelona (Espanha) em 1984.

Os outros ordenandos são:
Isidro Miguel Fontenla (Espanha); Enrique Alonso de Velasco (Holanda); Benito Agustín Calahorra (Espanha); Alfonso Romero Corral (Espanha); Francisco Martín Vivas (Espanha); Gonzalo Otero (Espanha); José Manuel de Lasala (Espanha); Alberto Barbés (Espanha); Vicente Guzmán (Espanha); Ferran Canet (Espanha); Piero Vavassori (Itália); Manuel José Martínez (Espanha); Damien Peter Lim Guan Heng (Singapura); Pablo Mones Cazón (Argentina); Francisco Javier Insa (Espanha); Juan López Agúndez (Espanha); Vicente de Castro y Manglano (Espanha); Alejandro Macía Nieto (Colômbia); Anthony Kenechukwu Odoh (Nigéria); John Richard Grieco (Estados Unidos da América); Thierry Sol (França);
Robert Weber (Áustria); Josepmaria Quintana (Espanha); Francisco Contreras Chicote (Espanha); Fabiano Dourado Guedes (Brasil); Juan Pablo Lira (México); Juan Manuel Carranza (Argentina); Christian Mendoza Ovando (México); Federico Guillermo Ruiz López (El Salvador); Michal‚ Twarkowski (Polónia); Joseph Thomas (Estados Unidos da América)



2011, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet, 2011/05/14

TEXTOS DE SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ

“A formosura da santa pureza”

Não se pode levar uma vida limpa sem a ajuda divina. Deus quer a nossa humildade, quer que lhe peçamos a sua ajuda, através da nossa Mãe e sua Mãe. Tens que dizer a Nossa Senhora, agora mesmo, na solidão acompanhada do teu coração, falando sem ruído de palavras: – Minha Mãe, este meu pobre coração rebela-se algumas vezes... Mas se Tu me ajudares... E ajudar-te-á, para que o conserves limpo e continues pelo caminho a que Deus te chamou: Nossa Senhora facilitar-te-á sempre o cumprimento da Vontade de Deus. (Forja, 315)

Devemos ser o mais limpos possível em relação ao corpo, mas sem medo, porque o sexo, é algo santo e nobre – participação no poder criador de Deus –, foi feito para o matrimónio. Assim, limpos e sem medo, dareis com a vossa conduta o testemunho da viabilidade e da formosura da santa pureza. (…)

Cuidai com esmero da castidade e também das virtudes que a acompanham e a salvaguardam: a modéstia e o pudor. Não olheis com ligeireza as normas, tão eficazes, que nos ajudam a conservarmo-nos dignos do olhar de Deus: a guarda atenta dos sentidos e do coração; a valentia de ser cobarde para fugir das tentações; a frequência dos sacramentos, especialmente da Confissão sacramental; a sinceridade total na direcção espiritual pessoal; a dor, a contrição e a reparação depois das faltas. E tudo isto ungido com uma terna devoção a Nossa Senhora, de modo que ela nos obtenha de Deus o dom de uma vida limpa e santa.
(Amigos de Deus, 185)


© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

A cor da forma (Afonso Cabral)

Navegando pela minha cidade
“Em épocas mais bárbaras que a nossa, os dirigentes procuravam abertamente o seu interesse. A nossa época é uma daquelas em que os governantes se sentem mais vivamente estimulados a convencer-se a si próprios e a convencer o povo de que não procuram senão o bem comum. Mas isto não é uma grande diferença: vê-se bem o que é.”[1]

“A maior parte dos reformadores sociais imaginaram que seria suficiente estabelecer boas instituições para que a sociedade realizasse a justiça. Mas os homens corrompidos, corrompem as instituições. Numa sociedade civilizada, ou seja, numa sociedade em que a vida comum está subordinada a condições técnicas complicadas, a virtude dos governantes não basta, são precisas, por outro lado, boas instituições; mas as melhores instituições são ineficazes quando postas em prática por corruptos; e seria fácil encontrar boas instituições se os homens fossem virtuosos.”[2]  

Faço estas citações porque estamos numa semana – talvez única na história deste país – em que todos os partidos concordam em que precisamos de ajuda para nos safarmos da bancarrota, mas nenhum a quer pedir. São verdadeiramente patriotas os nossos partidos de governo!

E porque, entretanto, a nossa vidinha de cada dia de cidadão comum continua, precisei de me deslocar à Rua da Porta do Sol - onde fica o Comando Geral da Policia de Segurança Pública - para apresentar a carta verde comprovando que tenho o carro segurado. Acontece que pedi ao agente de seguros que ma enviasse por correio electrónico e a imprimi. Com ela na carteira dirigi-me ao agente principal da PSP que de imediato me informou: não serve; tem de ser verde. Nem leu o que estava impresso: matrícula do veículo; datas, validade, nº de apólice; companhia de seguro, etc. Só interessava a cor do papel, e essa, não era verde.

Como já conheço o género, nem disse nada; nem tentei explicar que importa e interessa mais o conteúdo do que a forma, etc., etc. Fiquei foi a pensar como é que resolvem o problema com os recibos verdes que já não têm a cor que os define.

Também, a verdade é que estava bem mais interessado no nome daquela rua: da Porta do Sol. Admito que seja por ser exactamente nesse azimute que, visto da Sé, nasce o sol. São ruas que vêm de um tempo em que os homens se orientavam pelas estrelas e sabiam velejar. De um tempo em que havia mistérios e por isso tudo era cósmico e transcendente.

Essa rua vai dar à Rua do Sol e nesse entroncamento ergue-se a Capela de Nossa Senhora de Agosto que em 1940 para lá migrou vinda do Terreiro da Sé. Talvez para ficar mais perto do sol. Por ter sido construída pela Confraria dos Alfaiates em 1554 é conhecida por Capela dos Alfaiates.

É de um tempo em que os conteúdos é que definiam as formas e por isso Miguel Ângelo fez o mármore falar; Galileu centrou o Sol na abóbada celeste e os antepassados daquele agente principal da PSP, guiando-se pelas estrelas, navegaram até ao outro lado do mar e do mundo.

De um tempo em que as profissões tinham mestres; estes tinham confrarias e estas erigiam capelas em honra da Mãe do Sol.


Afonso Cabral


[1] Jacques Leclercq – Diálogo de Deus e do Homem – COLECÇÃO ÉFESO - Editorial Aster Lda. – Lisboa -1965 – pág. 144
[2] Ibid. pág. 145

Sobre a família 55

A missão educativa da família
Posto que a educação é continuação necessária da paternidade e maternidade, a participação comum dos dois esposos estende-se também à educação. A missão educativa reside nos pais precisamente enquanto casal; cada esposo participa solidariamente da paternidade ou maternidade do outro. É preciso não esquecer que o resto dos agentes educativos – escola, colégio, paróquia, clube juvenil, etc. – são colaboradores dos pais: a sua ajuda é um prolongamento – nunca uma substituição – do lar. Definitivamente, para a missão de construir o lar são necessários os dois cônjuges. Deus dá a sua graça para suprir a ausência forçada de um, mas o que não pode ocorrer é a inibição ou renúncia voluntária.
É claro que o mundo sofreu enormes mudanças sociais e laborais que têm também a sua repercussão na família. Entre outros fenómenos, cresceu o número de lares em que tanto o marido como a mulher  têm um trabalho profissional fora do lar, não poucas vezes muito absorvente. Cada geração tem os seus problemas e os seus recursos e não é forçosamente pior do que outra, nem se pode cair em casuísticas.

m. díez
© 2011, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Evangelho do dia e comentário







Páscoa – V Semana






Evangelho: Jo 12, 44-50

44 Jesus levantou a voz e disse: «Quem acredita em Mim, não é em Mim que acredita, mas n'Aquele que Me enviou. 45 Quem Me vê a Mim, vê Aquele que Me enviou. 46 Eu vim ao mundo como uma luz, para que todo o que crê em Mim não fique nas trevas. 47 Se alguém ouvir as Minhas palavras e não as guardar, Eu não o julgo, porque não vim para julgar o mundo, mas para salvar o mundo. 48 Quem Me despreza e não recebe as Minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que anunciei, essa o julgará no último dia. 49 Com efeito, Eu não falei por Mim mesmo, mas o Pai que Me enviou, Ele mesmo Me prescreveu o que Eu devia dizer e ensinar. 50 Eu sei que o Seu mandamento é a vida eterna. As coisas, pois, que digo, digo-as como Meu Pai Me disse».

Meditação:

Senhor, que complicado é por vezes, entender as Tuas palavras! Esta confissão talvez não seja muito frequente, mas... é o que sinto.
Aos poucos vou percebendo que foi deliberadamente que inspiraste o Evangelista a escrever desta forma.
Queres que leia e medite; torne a ler e a meditar com mais profundidade tentando encontrar o núcleo da mensagem.
Peço-te que abras o meu espírito para entender melhor e, assim, pôr em obras o que ensinas.

(ama, meditação sobre Jo 12, 44-50, 2010.04.28)