Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
26/12/2019
Tudo pode e deve levar-nos a Deus
É
urgente difundir a luz da doutrina de Cristo. Entesoura formação, enche-te de
clareza de ideias, de plenitude da mensagem cristã, para poder depois
transmiti-la aos outros. Não esperes umas iluminações de Deus, que não tem
porque dá-las, já que dispões de meios humanos concretos: o estudo, o trabalho.
(Forja, 841)
O
cristão precisa de ter fome de saber. Desde o estudo dos saberes mais
abstractos até à habilidade do artesão, tudo pode e deve conduzir a Deus.
Efectivamente não há tarefa humana que não seja santificável, motivo para a
nossa própria santificação e oportunidade para colaborar com Deus na
santificação dos que nos rodeiam. A luz dos seguidores de Jesus Cristo não deve
estar no fundo do vale, mas no cume da montanha para que vejam as vossas boas
obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus.
Trabalhar
assim é oração. Estudar assim é oração. Investigar assim é oração. Nunca saímos
afinal do mesmo: tudo é oração, tudo pode e deve levar-nos a Deus, alimentar a
nossa intimidade contínua com Ele, da manhã à noite. Todo o trabalho honrado pode
ser oração e todo o trabalho que é oração é apostolado. Deste modo, a alma
fortalece-se numa unidade de vida simples e forte.
Vimos
a realidade da vocação cristã, ou seja, como o Senhor confiou em nós para levar
as almas à santidade, para as aproximar d'Ele, para as unir à Igreja e estender
o reino de Deus a todos os corações. O Senhor quer-nos entregues, fiéis,
dedicados, com amor. Quer-nos santos, muito seus. (Cristo que passa, nn. 10–11)
THALITA KUM 51
(Cfr. Lc 8, 49-56)
Aproximava-se a
Páscoa e Jesus sabe que essa será a Sua última Páscoa. Em Jerusalém irá sofrer
todo o martírio da Paixão e Morte. Tudo o que irá acontecer nesses dias
derradeiros, está bem patente no Seu espírito.
A Sua natureza
divina conhece em pormenor os incríveis sofrimentos, o desprezo, os ultrajes,
as mentiras, a violência, o abandono mais completo.
A Sua natureza
humana “força-se” a empreender o caminho que O levará a Jerusalém para cumprir
o plano salvífico.
Temos de admitir
que teve de fazer um esforço enorme, inaudito, para tomar essa firme resolução,
como nos diz S. Lucas. [1]
Também nós nos
enfrentamos, muitas vezes, com situações de grande tensão. Temos pela frente um
quadro negro e carregado de problemas, de dificuldades, de grande sofrimento.
Sabemos que é inevitável enfrentar a situação e temos de nos dispor a fazer o
que tem de ser feito. E, a nossa humanidade revolta-se firmemente contra isto,
porque o sofrimento, é contrário à condição humana, porque Deus nos criou para
sermos felizes.
«Bem-aventurado
significa «feliz», «ditoso», e em cada uma das Bem-aventuranças Jesus começa
prometendo a felicidade e assinalando os meios para a conseguir.
Porque começará
Nosso Senhor falando da felicidade?
Porque em todos os
homens existe uma tendência irresistível para ser felizes; este é o fim que
todos os seus actos propõem; mas muitas vezes procuram a felicidade onde não se
encontra, onde não acharão senão miséria.» [2]
Só que, a
felicidade, pelo menos a felicidade autêntica, duradoura, não está na
consolação e no bem-estar, na vida tranquila e sem incidentes.
A verdadeira
felicidade está no cumprimento da Vontade de Deus, custe o que custar, doa o
que doer.
«A Vontade de Deus
é a bússola que em todo o momento nos indica o caminho que nos leva a Ele; é,
ao mesmo tempo, o caminho da nossa própria felicidade. O cumprimento do querer
divino dá-nos também uma grande fortaleza para superar os obstáculos.» [3]
(AMA,
reflexões sobre o Evangelho, 2006)
[1] Cfr. Lc 9, 51.
[2] Cfr. j. garrigou lagrange, Las tres edades de la vida interior, Vol
I, 188.
[3] Cfr. francisco fernández carvajal, Hablar com Dios, Advento, 1ª Sem., 5ª F.
Evangelho e comentário
Santo
Estevão – Primeiro Mártir
Evangelho: Mt 10, 17-22
Naquele tempo, disse Jesus aos seus
apóstolos: «Tende cuidado com os homens: hão-de entregar-vos aos tribunais e
açoitar-vos nas sinagogas. Por minha causa, sereis levados à presença de
governadores e reis, para dar testemunho diante deles e das nações. Quando vos
entregarem, não vos preocupeis em saber como falar nem com o que dizer, porque
nessa altura vos será sugerido o que deveis dizer; porque não sereis vós a falar,
mas é o Espírito do vosso Pai que falará em vós. O irmão entregará à morte o
irmão e o pai entregará o filho. Os filhos hão-de erguer-se contra os pais e
causar-lhes a morte. E sereis odiados por todos por causa do meu nome. Mas
aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo».
Comentário:
Pode parecer estranho que
a Liturgia tenha escolhido este trecho do Evangelho escrito por São Mateus para
o dia logo a seguir à celebração do Nascimento do Salvador.
No início da Oitava do
Natal – tempo de festa, portanto – é-nos chamada a atenção para o que implica
seguir esse Menino acabado de nascer.
Mais nos admiramos com
esta decisão do nosso Deus e Senhor de Se encarnar num corpo humano para nos
salvar a todos e ganhar-nos a vida eterna.
Desde a manjedoura de
Belém, este Menino Deus sorri para o mundo que veio salvar e, nós, cristãos,
prostramo-nos admirados e agradecidos e no mais íntimo dos nossos corações
comprometemo-nos segui-lo sempre, custe o que custar.
(AMA,
comentário sobre Mt 10, 17-22, 16.09.2017)
Leitura espiritual
Cl 4
1
Senhores, dai aos escravos o que for justo e equitativo, sabendo que também vós
tendes um Senhor no Céu.
Oração
e testemunho cristão –
2
Perseverai na oração e mantende-vos, por ela, em vigilante acção de graças. 3 Ao
mesmo tempo, orai também por nós, para que Deus abra uma porta à nossa
pregação, a fim de que eu anuncie o mistério de Cristo - é por ele que estou
preso – 4 para que o dê a conhecer, falando como devo. 5 Procedei com sabedoria
para com os que estão de fora, aproveitando as ocasiões. 6 Que a vossa palavra
seja sempre amável, temperada de sal, para que saibais responder a cada um como
deveis.
CONCLUSÃO
(4,7-18)
Os
enviados do Apóstolo –
7
De tudo o que me diz respeito informar-vos-á Tíquico, o irmão querido, servidor
fiel e meu companheiro no serviço do Senhor. 8 Foi para isso mesmo que eu vo-lo
enviei: para que saibais o que se passa connosco e consolar os vossos corações.
9 Vai juntamente com Onésimo, o irmão fiel e querido, que é um dos vossos. Eles
informar-vos-ão de tudo o que aqui se passa.
Saudações
–
10
Saúda-vos Aristarco, meu companheiro de prisão, bem como Marcos, primo de
Barnabé. Recebestes instruções a respeito dele; se for ter convosco, recebei-o
bem. 11 Também Jesus, chamado Justo, vos saúda. São os únicos judeus
circuncisos que colaboram comigo no reino de Deus; têm sido uma consolação para
mim. 12 Saúda-vos Epafras, que é um dos vossos, um servo de Cristo Jesus, que
continuamente luta por vós nas suas orações, para que vos mantenhais no
aperfeiçoamento e no pleno cumprimento da vontade de Deus. 13 Com efeito, dele
posso testemunhar que trabalha muito por vós, assim como pelos que estão em
Laodiceia e em Hierápoles. 14 Saúda-vos Lucas, o caríssimo médico, bem como
Demas. 15 Saudai os irmãos de Laodiceia, assim como Ninfa e a igreja que se
reúne em casa dela. 16 E quando esta carta tiver sido lida entre vós, fazei com
que seja lida também na igreja de Laodiceia. Lede também a que receberdes da
igreja de Laodiceia. 17 E dizei a Arquipo: «Presta atenção ao serviço que
recebeste do Senhor, a fim de o realizares bem.» 18 A saudação é da minha mão,
Paulo. Lembrai-vos das minhas cadeias. A graça esteja convosco!
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