Dentro
do Evangelho – (cfr:
São Josemaria, Sulco 253)
(Re Lc XIX...)
A caminho de Jerusalém Jesus deteve-Se e
ouvi-O dizer a dois discípulos: «Ide à povoação que está em frente de vós e,
logo que nela entrardes, encontrareis um jumentinho preso, que ainda ninguém
montou. Soltai-o e trazei-o. E se alguém vos perguntar: 'Porque fazeis isso?'
respondei: 'O Senhor precisa dele;' e logo trouxeram o jumentinho a Jesus,
lançaram-lhe por cima as capas e Jesus montou nele. Muitos estenderam as capas
pelo caminho; outros, ramos de verdura que tinham cortado nos campos. E tanto
os que iam à frente como os que vinham atrás gritavam:
Hossana! Bendito seja o que vem em nome
do Senhor! Bendito o Reino do nosso pai David».
Todas estas cenas ficaram-me gravadas de
forma indelével e nelas me detenho uma e outra vez.
Jesus não possui senão a roupa que
veste, uma túnica confeccionada pelas mulheres dos discípulos que, igualmente
asseguravam a limpeza e manutenção das vestes de todos e se encarregavam das suas
parcas refeições. Sim... parcas refeições porque como o Evangelista refere «Mal
tinham tempo para comer» e, noutra passagem... comiam «as espigas que
encontravam porque tinham fome».
Considerando tudo isto, revendo uma e
outra vez estas cenas entranháveis, sou levado a pensar na responsabilidade, o
dever que tenho de acorrer com o que possa para a manutenção dos Templos, as
alfaias, o recheio, mas, mais... a manutenção do Clero que precisa de se
apresentar aos fiéis dignamente vestido, com saúde, isento de preocupações
materiais.
A "esmola" que deposito na
bandeja que passa pelos assistentes na Santa Missa tem de ser algo
significativo de valor.
Uma moeda! Mas... por exemplo, um maço
de cigarros ou uma Revista Semanal, custam várias moedas que não me coíbo
gastar!
Cada um saberá como fazer, eu
disponho-me a colocar na bandeja pelo menos... um "maço de cigarros ou uma
Revista" , resolvo, também, não me ficar por aqui e dizer ao meu Senhor:
'Meu Jesus, deixa-me, pelo menos, ser o
Teu jumentinho'.
Reflexão
Como já terei escrito - mas não me importo repetir - os meus actos têm
sempre uma consequência. Não interessa a sua "importância", grande,
pequena, trivial... geram consequências.
Tal conclusão deve levar-me a avaliar préviamente o que me proponho fazer;
o que faço é visto, talvez, por muitos que não sabendo as razões porque fiz o
que fiz só podem avaliar o que constatam e, talvez perplexos concluam:
"Este não sabe o que faz".
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