Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
10/01/2020
Temos de nos gastar diariamente com ele
Que contente se deve morrer quando se
viveram heroicamente todos os minutos da vida! Posso-to garantir, porque
presenciei a alegria daqueles que, com serena impaciência, durante muitos anos,
se prepararam para esse encontro. (Sulco, 893)
O Senhor deu-nos a vida, os sentidos,
as potências, graças sem conta. E não temos o direito de esquecer que somos,
cada um, um operário, entre tantos, nesta fazenda em que ele nos colocou, para
colaborar na tarefa de dar alimento aos outros. Este é o nosso sítio: dentro
destes limites. Aqui temos nós de nos gastar diariamente com ele, ajudando-o no
seu trabalho redentor.
Deixai-me que insista: o teu tempo
para ti? O teu tempo para Deus! Pode ser que, pela misericórdia do Senhor, esse
egoísmo não tenha entrado de momento na tua alma. Digo-te isto desde já, para
estares prevenido no caso de sentires alguma vez que o teu coração vacila na fé
de Cristo. Então, peço-te – pede-te Deus – que sejas fiel no teu empenhamento,
que domines a soberba, que sujeites a imaginação, que não te deixes ir longe
demais por leviandade, que não desertes. (Amigos de Deus, 49)
THALITA KUM 66
(Cfr. Lc 8, 49-56)
Em quinto lugar, ou, talvez, como primeiríssimo motivo
para se manter nas trevas, vem a tibieza.
Esse “querer e não querer”, essa falta de decisão, o
conformismo, a indolência, a falta de vontade.
Incapaz de decidir o que quer da vida, o que deseja
como melhor para si, a hesitação permanente perante os desafios que a vida traz
consigo, as decisões que é preciso tomar, as atitudes em face de cada
circunstância peculiar da vida de todos os dias.
Infelizmente,
muitas vezes não se dá conta que, quanto mais tempo permanecer na escuridão
mais difícil lhe será aceitar a luz.
Os olhos
afeitos às trevas suportam mal a claridade e, quase que instintivamente,
fecham-se porque não conseguem distinguir com clareza o que convém.
(AMA,
reflexões sobre o Evangelho, 2006)
Evangelho e comentário
Evangelho: Lc 5, 12-16
12
Encontrando-se Jesus numa das cidades, apareceu um homem coberto de lepra. Ao
ver Jesus, caiu com a face por terra e dirigiu-lhe esta súplica: «Senhor, se
quiseres, podes purificar-me.» 13 Jesus estendeu a mão e tocou-lhe, dizendo:
«Quero, fica purificado.» E imediatamente a lepra o deixou. 14 Ordenou-lhe,
então, que a ninguém o dissesse; no entanto, acrescentou: «Vai mostrar-te ao
sacerdote e oferece pela tua purificação o que Moisés ordenou, para lhe servir
de prova.» 15 A sua fama espalhava-se cada vez mais, juntando-se grandes
multidões para o ouvirem e para que os curasse dos seus males. 16 Mas Ele
retirava-se para lugares solitários e aí se entregava à oração.
Comentário:
São
Lucas relata algo extraordinário: Jesus estendeu a mão e tocou o leproso!
Naquele
tempo a lepra obrigava à segregação radical dos que a tinham e (era uma doença
bastante comum naquele tempo) esta segregação imposta pela Lei era observada
com todo o rigor.
Os
circunstantes deverão ter ficados mudos de espanto ao ver o gesto do Senhor.
Não
obstante, o Senhor deseja que tudo fique devidamente registado e por isso mesmo
manda que o miraculado cumpra o que a Lei previa em casos de cura.
Nós
pensamos que seríamos capazes de fazer o mesmo? Ultrapassar a repulsa natural e
tocar alguém na mesma situação?
Bom…
mas e o pecado… essa autêntica lepra da alma que a torna tão repulsiva como a
da doença, convivemos com ele sem problema algum?
(AMA, comentário sobre Lc
5, 12-16, 12.11.2018)
Leitura espiritual
Tt 2
Qualidades dos anciãos e
dos jovens –
1 Tu, porém, ensina o que
é conforme à sã doutrina. 2 Os anciãos sejam sóbrios, dignos, prudentes, firmes
na fé, na caridade e na paciência. 3 Do mesmo modo, as anciãs tenham um
comportamento reverente, não sejam caluniadoras nem escravas do vinho, mas mestras
de virtude, 4 a fim de ensinarem as jovens a amar os maridos e os filhos, 5 a
serem prudentes, castas, boas donas de casa e dóceis aos maridos, de modo que a
palavra de Deus não seja difamada. 6 Exorta igualmente os jovens a serem
moderados, 7 apresentando-te em tudo a ti próprio como exemplo de boas obras,
de integridade na doutrina, de dignidade, 8 de palavra sã e irrepreensível,
para que os adversários fiquem confundidos, por não terem nada de mal a dizer
de nós.
Os escravos (1 Tm 6,1-2; 1
Pe 2,18-25)
9 Exorta os escravos a
serem em tudo dóceis aos seus senhores, procurando agradar-lhes em tudo e não
os contradizendo 10 nem defraudando, mas mostrando-se totalmente leais, a fim
de honrarem em tudo a doutrina de Deus nosso Salvador. 11 Com efeito, manifestou-se
a graça de Deus, portadora de salvação para todos os homens, 12 para nos
ensinar a renúncia à impiedade e aos desejos mundanos, a fim de vivermos no
século presente com sobriedade, justiça e piedade, 13 aguardando a
bem-aventurada esperança e a gloriosa manifestação do nosso grande Deus e
Salvador Jesus Cristo. 14 Ele entregou-se por nós, a fim de nos resgatar de
toda a iniquidade e de purificar e constituir um povo de sua exclusiva posse e zeloso
na prática do bem. 15 Assim é que deves falar, exortar e repreender com toda a
autoridade. E que ninguém te despreze.
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Contenção; alguma privação; ser humilde.
Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.
Lembrar-me:
Filiação divina.
Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
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