03/11/2017

E não dizem sempre a mesma coisa os que se amam?...

O Santo Rosário é arma poderosa. Emprega-a com confiança e maravilhar-te-ás do resultado. (Caminho, 558)

O princípio do caminho, que tem por fim a completa loucura por Jesus, é um confiado amor a Maria Santíssima.

– Queres amar a Virgem? – Pois então conversa com Ela! – Como? – Rezando bem o Rosário de Nossa Senhora.

Mas, no Rosário... dizemos sempre o mesmo! – Sempre o mesmo? E não dizem sempre a mesma coisa os que se amam?... Se há monotonia no teu Rosário, não será porque, em vez de pronunciares palavras, como homem, emites sons, como animal, estando o teu pensamento muito longe de Deus? – Além disso, repara: antes de cada dezena, indica-se o mistério a contemplar – Tu... já alguma vez contemplaste esses mistérios?

Faz-te pequeno. Vem comigo, e viveremos (este é o nervo da minha confidência) a vida de Jesus, de Maria e de José.


Todos os dias Lhes havemos de prestar um novo serviço. Ouviremos as Suas conversas de família. Veremos crescer o Messias. Admiraremos os Seus trinta amos de obscuridade... Assistiremos à Sua Paixão e Morte... Pasmaremos ante a glória da Sua Ressurreição... Numa palavra: contemplaremos, loucos de Amor (não maior amor que o Amor), todos e cada um dos instantes de Cristo Jesus. (Santo Rosário, Introdução)

Temas para meditar

A força do Silêncio, 226

Sem uma humildade radical que se exprime em gestos de adoração e em ritos sagrados, não é possível uma amizade com Deus.

O silêncio manifesta essa ligação de forma evidente.

O verdadeiro silêncio cristão, para se tornar silêncio de comunicação, torna-se primeiro silêncio sagrado.


CARDEAL ROBERT SARAH

Reflectindo

Confissões – 2 [i]

Amor próprio

Talvez devesse dizer antes orgulho.
O velho e pateta orgulho que desde que me conheço está sempre presente na minha vida.

Como combater este terrível defeito?

Tento, mas por cada pequeno passo em frente logo dou dois ou três passos atrás.

É este o espinho na minha carne?

Não sei, mas condiciona-me é entristece-me.
Peço diariamente a São Filipe de Néri, mestre da simplicidade, que me ajude.
Agora peço que me sugira o que posso fazer em concreto para ir progredindo.

(AMA, reflexões, 2017)




[i] [i] Completados setenta e sete anos de vida - duas semanas - resolvo-me a um exame tentando empenhadamente encontrar o que urge corrigir, alterar, emendar.
Sem fantasias, mas com humildade e sentido prático, não o que deveria e gostaria de fazer, mas, antes o que posso.
Sobretudo tendo a noção que por mim mesmo nada conseguirei, mas com a Tua ajuda sim. Então poderei amar-te mais é melhor.

Evangelho e comentário

Tempo Comum


Evangelho: Lc 14, 1-6

1 Tendo entrado, a um sábado, em casa de um dos principais fariseus para comer uma refeição, todos o observavam. 2 Achava-se ali, diante dele, um hidrópico. 3 Jesus, dirigindo a palavra aos doutores da Lei e fariseus, disse-lhes: «É permitido ou não curar ao sábado?» 4 Mas eles ficaram calados. Tomando-o, então, pela mão, curou-o e mandou-o embora. 5 Depois, disse-lhes: «Qual de vós, se o seu filho ou o seu boi cair a um poço, 6 não o irá logo retirar em dia de sábado?» E a isto não puderam replicar.

Comentário:

São Lucas começa este capítulo 14 do Evangelho que escreveu descrevendo o local onde Jesus Se encontrava.

Como se constata, a controvérsia quase constante levantada por muitos Fariseus, não só não é comum a todos como o Senhor não recusa um convite feito por um deles, um dos principais, como consta.

Talvez por isso mesmo, pela posição e categoria do anfitrião os outros se terão abstido de qualquer comentário, mas, Jesus não perde a oportunidade de os esclarecer que não deverá ser essa razão, mas sim, aquela com que os deixou sem resposta credível e lógica.


(AMA, comentário sobre Lc 14, 1-6, 18.07.2017)

Doutrina – 372

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ
SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ
CAPÍTULO TERCEIRO

CREIO NA SANTA IGREJA CATÓLICA

A Igreja no desígnio de Deus


150. Qual é a missão da Igreja?


A missão da Igreja é a de anunciar e instaurar no meio de todos os povos o Reino de Deus inaugurado por Jesus Cristo.


Ela é, na terra, o germe e o início deste Reino salvífico.

Suicídio

El absurdo

El hombre, al matar a Dios, convierte su vida en una ausencia, en una fisura en la noción del ser; en definitiva, en un infierno. Entonces el hombre descubre que en su derredor se extiende un vacío cuyo perímetro es del mismo radio que Dios.

Escribió Albert Camus que «no hay más que un problema filosófico verdaderamente serio: el suicidio». Lo hizo al comienzo de su ensayo El mito de Sísifo, donde estudia la relación entre el absurdo y el suicidio. En este mismo ensayo, Camus afirma, parafraseando a Kierkegaard, que «el absurdo es el pecado sin Dios». Aquí vuelve a probarse que los ateos suelen ser mejores teólogos que muchos teólogos profesionales, que no dicen más que baboserías y delicuescencias.

«El absurdo es el pecado sin Dios», en efecto; y el absurdo es el estado habitual del hombre contemporáneo. El hombre, al matar a Dios, convierte su vida en una ausencia, en una fisura en la noción del ser; en definitiva, en un infierno. Entonces el hombre descubre que en su derredor se extiende un vacío cuyo perímetro es del mismo radio que Dios. Y ante semejante paisaje infinito, ¿qué más da vivir que morir? ¿Qué más da encender el pulso de la sangre con placeres frenéticos que apagarlo con un disparo? En un arrebato de ingenuidad, Kirilov, el personaje de Los endemoniados, proclamaba orgulloso que  «si Dios no existe, todo está permitido»; pero lo que en realidad ocurre es que, si Dios no existe, nada puede ser perdonado. En las sociedades que se han quedado sin Dios todos los pecados están, en efecto, permitidos; pero, puesto que nadie puede perdonarlos, irradian el gas venenoso del absurdo. Y a una sociedad nutrida con este gas venenoso no se le puede pedir que refrene su ansia de placeres frenéticos, ni tampoco sus instintos de muerte. En Los endemoniados, Kirilov se suicidaba para probar fatuamente su independencia de Dios. Pero lo que probaba, con lógica aplastante, era su dependencia extrema de Dios: al matar a Dios, el hombre se endiosa y ocupa su lugar; pero, al endiosarse, al hombre no le queda otro remedio que matarse, para estar muerto como Dios mismo. El hombre endiosado sólo puede hacer consigo mismo lo que antes cree haber hecho con Dios.

Ante el triste suicidio del banquero Miguel Blesa, que tanta polvareda mediática ha levantado, se ha escrito que aquel hombre antaño poderoso había pasado “de la gloria al infierno”, que es tanto como decir que había pasado de creerse Dios a descubrir que nadie podía perdonar sus pecados. Blesa se subió un día a un monte altísimo para contemplar los reinos del mundo y su gloria; y cuando ya se creía dueño de ellos cayó rodando desde aquel monte, hasta morder el polvo. Y, aunque esquivó la cárcel, se encontró prisionero de un mundo que se había quedado sin un Dios que perdone los pecados; un mundo sin misericordia en el que los hombres antaño aduladores y obsequiosos se habían erigido en diosecillos crueles que lo despreciaban, insultaban y estigmatizaban.  Blesa esquivó la cárcel, pero se tropezó –como el personaje borgiano– con una cárcel mucho más aflictiva, donde no hay puertas que forzar, ni fatigosas galerías que recorrer, ni muros que veden el paso. Se tropezó con el pecado sin Dios. Se tropezó con que nadie iba a perdonarlo. Se tropezó, en fin, con el absurdo. Y se pegó un tiro. Tal vez en ese instante vertiginoso en el que la bala mordía su corazón descubriese que Dios, en contra de lo que proclama nuestra época, está vivo. Yo así se lo deseo.

Leo que, por haberse suicidado cuando todavía no pesaba contra él ninguna condena firme, sus herederos no tendrán que apechugar con responsabilidad civil alguna. Así se cumple sarcásticamente lo que escribió André Malraux, otro ateo con muy buena teología: «El hombre ha muerto después de Dios y vosotros buscáis en vano a quien confiar su extraña herencia».


Juan Manuel de Prada, Publicado en ABC el 22 de julio de 2017.

Perguntas e respostas

O CÉU

B. COMO ALCANÇAR O CÉU?

10. Desejar o céu não é egoísmo?


O egoísmo é um amor próprio exagerado e que prescinde dos outros. Por seu lado, o desejo do céu é um amor próprio correcto - o melhor - e não esquece os outros, já que o caminho para o céu inclui a caridade, o amor a Deus, o serviço, o afã apostólico, etc.

Pequena agenda do cristão

Sexta-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:

Contenção; alguma privação; ser humilde.


Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.

Lembrar-me:
Filiação divina.

Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?