Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
10/12/2012
Evangelho do dia e comentário
EVANGELHO: Lc 5, 17-26
17 Um dia, enquanto ensinava, estavam
ali sentados fariseus e doutores da lei vindos de todas as aldeias da Galileia,
da Judeia e de Jerusalém; e o poder do Senhor levava-O a fazer curas. 18 E eis
que uns homens, levando sobre um leito um homem que estava paralítico,
procuravam introduzi-lo dentro da casa e pô-lo diante d'Ele. 19 Porém, não
encontrando por onde o introduzir por causa da multidão, subiram ao telhado e,
levantando as telhas, desceram-no com o leito no meio de todos, diante de
Jesus. 20 Vendo a fé deles, Jesus disse: «Homem, são-te perdoados os teus
pecados». 21 Então os escribas e os fariseus começaram a pensar e a dizer:
«Quem é este que diz blasfémias? Quem pode perdoar pecados, senão só Deus?». 22
Jesus, conhecendo os seus pensamentos, respondeu-lhes: «Que estais a pensar nos
vossos corações? 23 Que coisa é mais fácil dizer: “São-te perdoados os
pecados”, ou dizer: “Levanta-te e caminha”? 24 Pois, para que saibais que o
Filho do Homem tem na terra o poder de perdoar pecados, Eu te ordeno - disse
Ele ao paralítico - levanta-te, toma o teu leito e vai para a tua casa». 25
Levantando-se logo em presença deles, tomou o leito em que jazia e foi para a
sua casa, glorificando a Deus. 26 Ficaram todos estupefactos e glorificavam a
Deus. Possuídos de temor, diziam: «Hoje vimos coisas maravilhosas».
Comentário:
Quando, de facto, se quer chegar perto
de Jesus Não há obstáculo que possa impedir a fé e confiança dos que O querem
ver, pedir-lhe algo ou, simplesmente, estar com Ele.
A Fé e a Confiança são duas virtudes
que andam muito juntas se completam, contribuem de forma decisiva para a união
com o Senhor.
Os actos praticados sob a inspiração
destas duas virtudes têm, sempre, uma recta intenção e, como tal, Cristo não
pode deixar de os atender e aceitar de tal forma que, o Seu Coração
Amantíssimo, não resiste a conceder o que se Lhe pede.
Leitura espiritual para 10 Dez 2012
Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemaria, Caminho 116)
Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.
Para ver, clicar SFF.
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CULTIVAR A FÉ 20
O rosto de Jesus
…3
Com Santa Maria, um só coração
Mal
se levantou Jesus da Sua primeira queda, encontra Sua Mãe Santíssima, junto ao
caminho por onde Ele passa. O Evangelho não nos diz nada desse encontro, mas o
silêncio da Escritura não fez mais do que estimular a imaginação dos cristãos
ao longo dos séculos. O nosso Padre representa-o assim: Com imenso amor olha
Maria para Jesus, e Jesus olha para Sua Mãe; os Seus olhares encontram-se, e
cada coração verte no outro a Sua própria dor.
O
amor é tão intenso que basta o encontro dos olhares para que cada um saiba que
conta com o outro, que pode verter n’Ela, n’Ele, a Sua imensa dor, porque
aquele coração é capaz de o aceitar. No meio desse sofrimento, têm o profundo
consolo de se saberem acompanhados, compreendidos.
A
alma de Maria fica mergulhada em amargura, na amargura de Jesus Cristo. A
amargura que enche a alma de Maria é a do seu Filho, como de Maria é a amargura
que enche a alma de Jesus. É tão forte a união dos Seus corações que a dor de
um está feita do sofrimento do outro; assim se apoiam e mutuamente se mantêm.
Quem
nos dera a nós uma identificação assim com os sentimentos de Cristo! Ficamos –
é certo – muito longe, mas desejamo-la ardentemente. Sabemos que se avançarmos
por esse caminho não pouparemos dores nesta vida, porque toda a existência
humana as traz consigo, mas teremos sempre uma luz para as enfrentar, nunca nos
faltará uma base firme para não sucumbir, para as encarar com serenidade.
Simeão
tinha profetizado à Virgem que uma espada trespassaria a sua alma. Desde o
anúncio da Paixão, a ferida da espada não abandonará nunca a Mãe de Jesus. Ela
terá sempre presente unicamente podem ofendê-la através das afrontas feitas ao
seu Filho; tem consciência de que todo o sofrimento, e também toda a alegria,
só pode ter a sua causa em relação com Ele.
Nossa
Senhora ensina que nas amarguras e nos pequenos desgostos – profissionais,
familiares, sociais... – podemos procurar e descobrir o rosto de Cristo; e,
como consequência, estaremos cheios de paz inclusivamente no meio da dor.
j. diéguez, 2011.12.20
Nota:
Revisão da tradução portuguesa por AMA.
Tratado da bem-aventurança 06
Art. 6 — Se tudo o que o homem quer é por causa do fim último.
(IV Sent., dist. XLIV, q. 1, a
. 3, q ª 4, I Cont. Gent., cap. CI).
O
sexto discute-se assim. — Parece que nem tudo o homem quer por causa do fim
último.
A experiência da dor 8
Um médico, ao ler o Evangelho, não pode evitar aperceber-se da profunda compaixão de Jesus quando se aproximava dos doentes, tomando Ele a iniciativa para ir ao seu encontro e atendendo sempre as suas súplicas. No entanto, o Senhor pôs uma condição: fé, uma fé humana e sobrenatural n’Ele.
Quando
no Evangelho aquele pai pergunta porque é que os Apóstolos não tinham podido
curar o seu filho Jesus responde que a causa é a sua falta de fé [i].
Atualmente, os médicos esquecem com frequência a necessidade fundamental de
estabelecer uma relação de verdadeira confiança com os seus doentes. Estes
vêem-se estimulados a pôr a sua confiança mais nos medicamentos do que na
pessoa que lhos administra. A burocratização inapropriada na prática médica
pode efetivamente destruir a relação médico-doente e reduzi-la a um mero
intercâmbio de informação e prescrições, onde as estatísticas tomam o lugar da
comunicação interpessoal.
São
Josemaria Escrivá recordava aos médicos a dimensão única que possui a sua
relação pessoal com o doente, e estimulava-os a evitar cair na rotina no seu
trabalho. Incitava-os a manter o seu coração em sintonia com o coração de Deus.
Não se tratava de sentimentalismo, mas da forte convicção de que não se pode
exercer a profissão médica como se fosse qualquer outra profissão, nem sequer
movido meramente pelo amor à ciência.
Numa
ocasião, algumas enfermeiras perguntaram-lhe como podiam melhorar no seu
trabalho, e ele respondeu: «Necessitamos de muitas enfermeiras cristãs. O vosso
trabalho é um sacerdócio, muito mais do que o trabalho de um médico. Disse
muito mais porque vós tendes a delicadeza, a proximidade de estar sempre perto
do doente. Creio que para ser enfermeira, se requer uma verdadeira vocação
cristã. Para aperfeiçoar essa vocação, requer-se estar cientificamente preparado
e ter uma grande delicadeza» [ii].
Noutra
oportunidade, explicou ainda mais este ponto de vista: «Que Deus vos abençoe!
Pensai que estais a cuidar da Sagrada Família de Nazaré e que a pessoa doente á
Jesus [...] Ou pensai que é a Sua Mãe. Tratai-os com amor, com cuidado, com
delicadeza. Assegurai-vos de que não necessitem de nada, especialmente de ajuda
espiritual [...] Rezo por vós porque penso no bem ou no mal que podeis fazer. A
uma pessoa que está espiritualmente preparada, pode-se-lhe falar do seu estado
com franqueza. Mas se não é esse o caso, deveis aproveitar qualquer
oportunidade para os ajudar a recorrer à Confissão e a receber a Comunhão. E
chegará o momento em que a pessoa que está doente, desejará que se lhe diga que
vai para o Céu. Eu próprio conheço alguns exemplos muito bonitos» [iii].
Mais
de uma vez, S. Josemaria sublinhou a dimensão sacerdotal deste trabalho:
«Impressiona-me quando me dizem algo que muitos de vós já conheceis. Os médicos
devem fazer o que fazem os bons confessores, mas na esfera material. Os médicos
devem não só preocupar-se com o estado físico do doente mas também da sua alma»
[iv].
p. binetti, 2012.09.07
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