T. Comum – XX Semana
Nossa Senhora Rainha
Evangelho:
Lc 1, 26-38
26 Estando Isabel no
sexto mês, foi enviado por Deus o anjo Gabriel a uma cidade da Galileia,
chamada Nazaré, 27 a uma virgem desposada com um varão chamado José,
da casa de David; o nome da virgem era Maria. 28 Entrando o anjo
onde ela estava, disse-lhe: «Salve, ó cheia de graça; o Senhor é contigo». 29
Ela, ao ouvir estas palavras, perturbou-se e discorria pensativa que saudação
seria esta. 30 O anjo disse-lhe: «Não temas, Maria, pois achaste
graça diante de Deus; 31 eis que conceberás no teu ventre, e darás à
luz um filho, a Quem porás o nome de Jesus. 32 Será grande e será
chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus Lhe dará o trono de Seu pai David; 33
reinará sobre a casa de Jacob eternamente e o Seu reino não terá fim». 34
Maria disse ao anjo: «Como se fará isso, pois eu não conheço homem?». 35
O anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo descerá sobre ti e a virtude do
Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra; por isso mesmo o Santo que há-de nascer
de ti será chamado Filho de Deus. 36 Eis que também Isabel, tua
parenta, concebeu um filho na sua velhice; e este é o sexto mês da que se dizia
estéril; 37 porque a Deus nada é impossível». 38 Então
Maria disse: «Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua
palavra». E o anjo afastou-se dela.
Comentário:
Hoje, em
que a Igreja celebra Nossa Senhora Rainha, nada mais apropriado que meditar
neste trecho do Evangelho de S. Lucas:
As palavras
contidas no anúncio do Anjo são extraordinárias: um Rei poderoso, herdeiro de
David, um reino para sempre.
Mas, a
Virgem, identificando-as com as Escrituras, não se admira, só necessita de um
esclarecimento: saber com segurança, se quem lhe traz esta extraordinária
mensagem vem, realmente, de Deus.
Há uma
forma de obter essa confirmação, interrogar o mensageiro, e, com toda a
simplicidade, Maria faz a pergunta crucial:
«Como será isso se eu não conheço homem?».
Se o
enviado vem de Deus não pode ignorar que ela Lhe tinha entregue a sua vida o
que seria incompatível com a maternidade que lhe é anunciada.
A resposta
que obtém é conclusiva. Não necessita saber mais nada porque, como
humilíssimamente declara, mantém impecável a sua escolha:
Fazer a
Vontade de Deus.
E, o Anjo,
talvez "espantado" com a simplicidade serena e confiante da jovem
retira-se com a missão cumprida.
Missão de
uma relevância que jamais houve ou haverá na história da humanidade, do
universo inteiro e que, no entanto, não demorou que um brevíssimo tempo a
cumprir.
No Céu há
uma alegria imensa:
A Virgem de
Nazaré aceitou a Vontade de Deus e a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade
tomará, no seu ventre puríssimo, a forma humana.
(ama,
comentário sobre Lc 1, 26-38, 2012.12.18)