08/11/2016

Temos de meditar na vida de Jesus

Esses minutos diários de leitura do Novo Testamento que te aconselhei (metendo-te e participando no conteúdo de cada cena, como um protagonista mais) são para que encarnes, para que "cumpras" o Evangelho na tua vida... e para "fazê-lo cumprir". (Sulco, 672)

Para ser ipse Christus é preciso mirar-se Nele. Não basta ter-se uma ideia geral do espírito que Jesus viveu; é preciso aprender com Ele pormenores e atitudes. É preciso contemplar a sua vida, sobretudo para daí tirar força, luz, serenidade, paz.

Quando se ama alguém, deseja-se conhecer toda a sua vida, o seu carácter, para nos identificarmos com essa pessoa. Por isso temos de meditar na vida de Jesus, desde o Seu nascimento num presépio até à Sua morte e à Sua Ressurreição. Nos primeiros anos do meu labor sacerdotal costumava oferecer exemplares do Evangelho ou livros onde se narra a vida de Jesus, porque é necessário que a conheçamos bem, que a tenhamos inteira na mente e no coração, de modo que, em qualquer momento, sem necessidade de nenhum livro, cerrando os olhos, possamos contemplá-la como um filme; de forma que, nas mais diversas situações da nossa vida, acudam à memória as palavras e os actos do Senhor. (Cristo que passa, 107)


Temas para meditar - 674

Paz


A verdadeira paz é a tranquilidade na ordem.




(santo agostinhoA Cidade de Deus, 19 13 I,)

Evangelho e comentário

Tempo Comum

Evangelho: Lc 17, 7-10

7 «Quem de vós, tendo um servo a lavrar ou a guardar gado, lhe dirá quando ele voltar do campo: Vem depressa, põe-te à mesa? 8 Não lhe dirá antes: Prepara-me a ceia, cinge-te e serve-me, enquanto eu como e bebo; depois comerás tu e beberás? 9 Porventura, fica o senhor obrigado àquele servo, por ter feito o que lhe tinha mandado? 10 Assim também vós, depois de terdes feito tudo o que vos foi mandado, dizei: Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer».

Comentário:

Servir é uma condição do ser humano à qual não pode fugir.

Há sempre alguém que precisa de nós, da nossa assistência, do nosso interesse.

E, servir, não tem que se conotar com algo degradante ou que diminui a pessoa, pelo contrário, servir pode ser – deve ser – uma ocasião de nos mostrarmos solidários.

Servir os outros será, portanto uma honra, servir a Deus um privilégio.

Pequeno ou grande, importante ou de escasso relevo o serviço que prestemos terá sempre recompensa que, no caso do serviço prestado a Deus, será muito superior ao que mereceríamos.

(ama, comentário sobre Lc 17, 7-10, Porto, 2015.11.10)





Leitura espiritual



Leitura Espiritual


Amigos de Deus



São Josemaria Escrivá

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Voltemos os nossos olhos para Jesus Cristo, que é o nosso modelo, o espelho em que nos devemos olhar.
Como se comporta, mesmo exteriormente, nas grandes ocasiões? Que nos diz d'Ele o Santo Evangelho?
Comove-me essa disposição habitual de Cristo, que recorre ao Pai an­tes dos grandes milagres e o seu exemplo, ao retirar-se quarenta dias e quarenta noites para o deserto, antes de iniciar a sua vida pública, para rezar.

É muito importante - perdoai a minha insistência - observar os passos do Messias, porque Ele veio mostrar-nos o caminho que nos leva ao Pai: descobriremos, com ele, como se pode dar relevo sobrenatural às actividades aparentemente mais pequenas; aprenderemos a viver cada instante com vibração de eternidade e compreenderemos com maior profundidade que a criatura precisa desses tempos de conversa íntima com Deus, para privar com Ele na sua intimidade, para invocá-lo, para ouvi-lo ou, simplesmente, para estar com Ele.

Há já muitos anos, considerando este modo de proceder do meu Senhor, cheguei à conclusão de que o apostolado, seja ele de que tipo for, consiste numa superabundância da vida interior.
Por isso me parece tão natural, e tão sobrenatural, essa passagem em que se relata como Cristo decidiu escolher definitivamente os primeiros doze.
Conta S. Lucas que, antes, tinha passado toda a noite em oração. Vede-o também em Betânia.
Quando se dispõe a ressuscitar Lázaro, depois de ter chorado pelo amigo, levanta os olhos ao céu e exclama: Pai, dou-te graças porque me tens ouvido.
Este foi o seu ensinamento preciso: se queremos ajudar os outros, se pretendemos sinceramente animá-los a descobrir o autêntico sentido do seu destino na terra, é preciso que nos fundamentemos na oração.

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São tantas as cenas em que Jesus Cristo fala com o seu Pai, que se torna quase impossível determo-nos em todas.
Mas penso que não podemos deixar de considerar as horas, tão inten­sas, que precederam a sua Paixão e Morte, quando se prepara para consumar o Sacrifício que nos reconduzirá ao Amor Divino.
Na intimidade do Cenáculo o seu Coração transborda, dirige-se suplicante ao Pai, anuncia a vinda do Espírito Santo, anima os seus a um contínuo fervor de caridade e de fé.

Esse fervoroso recolhimento do Redentor continua em Getsémani, quando se apercebe de que já está iminente a Paixão, com as humilhações e as dores que se aproximam, essa Cruz dura, onde suspendem os malfeitores e que Ele desejou ardentemente.
Pai, se é do teu agrado, afasta de mim este cálice.
E logo a seguir: não se faça, contudo, a minha vontade, mas a tua. Mais tarde, pregado ao madeiro, só, com os braços estendidos num gesto de sacerdote eterno, continua a manter o mesmo diálogo com o seu Pai: nas tuas mãos encomendo o meu espírito.

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Contemplemos agora a sua Mãe bendita, também nossa Mãe.
No Calvário, junto ao patíbulo, reza.
Não é uma atitude nova em Maria.
Assim se conduziu sempre, cumprindo os seus deveres, ocupando-se do seu lar.
Enquanto estava nas coisas da terra, permanecia pendente de Deus. Cristo, perfectus Deus, perfectus homo, quis que também a sua Mãe, a criatura mais excelsa, a cheia de graça, nos confirmasse nesse afã de elevar sempre o olhar para o amor divino.
Recordai a cena da Anunciação: desce o arcanjo para comunicar a divina embaixada - a mensagem de que seria Mãe de Deus - e encontra-a retirada em oração.
Maria está totalmente recolhida no Senhor, quando S. Gabriel a saúda: Deus te salve, oh cheia de graça! O Senhor é contigo.
Dias depois, irrompe na alegria do Magnificat - esse cântico mariano que nos transmitiu o Espírito Santo pela delicada fidelidade de S. Lucas - fruto da intimidade habitual da Virgem Santíssima com Deus.

A nossa Mãe meditou longamente as palavras das mulheres e dos homens santos do Antigo Testamento, que esperavam o Salvador, e os acontecimentos de que foram protagonistas.
Admirou o cúmulo de prodígios e o excesso da misericórdia de Deus com o seu povo, tantas vezes ingrato.
Ao considerar esta ternura do Céu, incessantemente renovada, brota o afecto do seu Coração imaculado: a minha alma glorifica o Senhor; e o meu espírito exulta em Deus, meu Salvador. Porque lançou os olhos para a baixeza da sua escrava.
Os filhos desta boa Mãe, os primeiros cristãos, aprenderam com Ela, e nós também podemos e devemos aprender.

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Nos Actos dos Apóstolos narra-se uma cena que me encanta, porque apresenta um exemplo claro e sempre actual: perseveravam todos na doutrina dos Apóstolos, na comum fracção do pão e na oração.
É uma nota insistente no relato da vida dos primeiros seguidores de Cristo: Todos, animados por um mesmo espírito, perseveravam juntos em oração.
E quando Pedro é preso por pregar audazmente a verdade, decidem rezar.
Entretanto a Igreja fazia sem cessar oração a Deus por ele.

A oração era então, como hoje, a única arma, o meio mais poderoso para vencer nas batalhas da luta interior.
Há entre vós alguém que esteja triste?
Que se recolha em oração.
E S. Paulo resume: orai sem cessar, nunca vos canseis de implorar.

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Como fazer oração

Como fazer oração?
Atrevo-me a assegurar, sem temor de me enganar, que há muitas, infinitas maneiras de orar.
Mas eu preferia para todos nós a autêntica oração dos filhos de Deus, não o palavreado dos hipócritas que hão-de ouvir de Jesus: nem todo o que me diz, Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus.

Os que são movidos pela hipocrisia podem talvez conseguir o ruído da oração - escrevia Santo Agostinho - mas não a sua voz, porque aí falta vida e há ausência de afã por cumprir a Vontade do Pai.
Que o nosso clamor - Senhor! - vá unido ao desejo eficaz de converter em realidade essas moções interiores, que o Espírito Santo desperta na nossa alma.

Temos de nos esforçar para que da nossa parte não fique nem sombra de hipocrisia.
O primeiro requisito para desterrar esse mal que o Senhor condena duramente, é procurar comportar-se com a disposição clara, habitual e actual de aversão ao pecado.
Com fortaleza, com sinceridade, temos de sentir - no coração e na cabeça - horror ao pecado grave.
E também há-de ser nossa a atitude, profundamente arreigada, de abominar o pecado venial deliberado, essas claudicações que não nos privam da graça divina, mas que debilitam as vias através das quais ela nos chega.

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Nunca me cansei e, com a graça de Deus, nunca me cansarei de falar de oração.
Por volta de 1930, quando se aproximavam de mim, sacerdote jovem, pessoas de todas as condições - universitários, operários, sãos e do­entes, ricos e pobres, sacerdotes e leigos - que procuravam acompanhar mais de perto o Senhor, aconselhava-os sempre: rezai. E se algum me respondia: "não sei sequer como começar", recomendava-lhe que se pusesse na presença do Senhor e lhe manifestasse a sua inquietação, a sua dificuldade, com essa mesma queixa: "Senhor, não sei!"
E muitas vezes, naquelas humildes confidências, concretizava--se a intimidade com Cristo, um convívio assíduo com Ele.

Passaram muitos anos e não conheço outra receita.
Se não te consideras preparado, recorre a Jesus como faziam os seus discípulos: ensina-nos a fazer oração.
Comprovarás como o Espírito Santo ajuda a nossa fraqueza, pois que, não sabendo sequer o que havemos de pedir nas nossas orações, nem como é conveniente expressarmo-nos, o mesmo Espírito Santo facilita as nossas súplicas com gemidos inexplicáveis, que não podem contar-se porque não existem modos apropriados para descrever a sua profundidade.

Que firmeza deve produzir em nós a Palavra divina!
Não inventei nada, quando - ao longo do meu ministério sacerdotal - repeti e repito incansavelmente esse conselho.
Foi recolhido da Escritura Santa, daí o aprendi: Senhor, não sei dirigir-me a Ti! Senhor, ensina-nos a orar!
E vem toda a assistência amorosa - luz, fogo, vento impetuoso - do Espírito Santo, que ateia a chama e a torna capaz de provocar incên­dios de amor.

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Oração, diálogo

Já entrámos por caminhos de oração.
Como prosseguir?
Não vistes como tantas pessoas - elas e eles - parece que falam consigo mesmas, ouvindo-se comprazidas?
É uma verborreia quase contínua, um monólogo que insiste incansavelmente nos problemas que os preocupam, sem pôr os meios para resolvê-los, movidos talvez unicamente pela mórbida ideia de que se compadeçam deles ou de que os admirem.
Dir-se-ia que não pretendem mais nada.

Quando efectivamente se quer desafogar o coração, se somos francos e simples, procuramos o conselho de pessoas que nos amam, que nos entendem, isto é, fala-se com o pai, com a mãe, com a mulher, com o marido, com o irmão, com o amigo.
Isto já é diálogo, ainda que, frequentemente, não se deseje tanto ouvir como desabafar, contar o que nos acontece.
Comecemos por nos comportar assim com Deus, certos de que Ele nos ouve e nos responde; e escutá-lo-emos e abriremos a nossa consciência a uma conversa humilde, para lhe referir confiadamente tudo o que palpita na nossa cabeça e no nosso coração: alegrias, tristezas, esperanças, dissabores, êxitos, fracassos e até os pormenores mais pequenos da nossa jornada, porque já então teremos comprovado que tudo o que é nosso interessa ao nosso Pai Celestial.


(cont)

Fue el terremoto en Italia un «castigo divino»?

El Vaticano responde a la fuerte polémica surgida

Así quedó la Basílica de San Benito en Norcia

Frente a la religiosidad natural que dice que las víctimas de un desastre natural son parte de un castigo de Dios a la humanidad, Jesús ofrece la otra cara cuando en el Evangelio de Lucas (13, 4-5) pregunta si “aquellos dieciocho sobre los que se desplomó la torre de Siloé matándolos, ¿pensáis que eran más culpables que los demás hombres que habitaban en Jerusalén? No, os lo aseguro; y si no os convertís, todos pereceréis del mismo modo”.

Algo parecido ha ocurrido durante estos días ante la polémica suscitada en Italia después de que en Radio María un sacerdote relacionase el terremoto que ha sacudido recientemente Italia con la aprobación de las uniones homosexuales considerándolo así un “castigo divino”. Y desde el Vaticano han condenado las palabras de este sacerdote.

"Consecuencias del pecado original"
El padre Giovanni Cavalcoli dijo en antena que “desde el punto de vista teológico estos desastres son consecuencias del pecado original, por tanto se pueden considerar verdaderamente como un castigo del pecado original.  También si la palabra no gusta, la digo igual, es una palabra bíblica, no hay ningún problema. Naturalmente, se necesita entender bien qué cosa se entiende por castigo”.

Y añadía que “se tiene la impresión que estas ofensas se causan a la ley divina, piensen en la dignidad de la familia, la dignidad del matrimonio, a la misma dignidad de la unión sexual”. Era en opinión de este sacerdote para pensar que “estamos delante, llamémoslo de un castigo divino”.


El Vaticano critica duramente las palabras del sacerdote
Sin embargo, en el Vaticano no están de acuerdo con estas afirmaciones ni en considerar un “castigo divino” este terremoto. Así lo ha manifestado, Giovanni Angelo Becciu, sustituto de la Secretaría de Estado del Vaticano, que ha considerado que “son afirmaciones ofensivas para los creyentes y escandalosas para quien no cree”.

Para el representante vaticano las palabras de este sacerdote “datan del periodo precristiano y no responden a la teología de la Iglesia porque son contrarias a la visión de Dios que nos ofrece Cristo”.

"Ofende a la misma Virgen"
Tras pedir perdón a las víctimas de esta catástrofe, monseñor Becciu añadió en declaraciones a la agencia ANSA que “quien evoca el castigo divino en los micrófonos de Radio María ofende al mismo tiempo el nombre de la Virgen, que para los creyentes es vista como la Madre misericordiosa que se inclina sobre sus hijos llorosos y limpia sus lágrimas, sobre todo en momentos terribles como el terremoto”.

“No podemos no pedir perdón a nuestros hermanos golpeados por esta tragedia del terremoto por ser señalados como víctimas de la ira de Dios. Sabemos al contrario que tienen la simpatía, la solidaridad y el apoyo de la Iglesia, de quien tiene algo de corazón”.

Jesus Cristo e a Igreja – 132

 Celibato eclesiástico: História e fundamentos teológicos

IV. O CELIBATO NA DISCIPLINA DAS IGREJAS ORIENTAIS

A fragmentação do sistema disciplinar no Oriente

…/11

A Legislação do II Concílio Trullano.

…/5

Cân. 12: Ordena que os bispos não podem, após a Ordenação, coabitar com a sua esposa e, por conseguinte, não podem mais usar do matrimónio;


(Revisão da versão portuguesa por ama)

Pequena agenda do cristão

TeRÇa-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:

Aplicação no trabalho.

Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.

Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.

Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?