28/05/2023

Publicações em Maio 28

  


Mês de Maio

Fidelidade de Jesus

«Muito bem, servo bom e fiel! Foste fiel em coisas de pouca monta, dar-te-ei a superintendência de coisa grandes. Entra no gozo do teu Senhor» (Cfr. Mt XXV, 21-23).

A mim, parece-me muito justa esta declaração de Jesus, como se pode assegurar a quem for a nossa fidelidade se só nos preocupamos com o que tem relevo, notariedade?

As “coisas pequenas” que são a maior parte das com que nos deparamos diariamente, não podem ser descartadas como não importantes; o desprezo ou alheamento das “coisas pequenas” é meio-caminho andando para desprezar as grandes.

O nosso critério, do que é grande ou pequeno, não deverá o ser que devemos ter em conta, para o Senhor, nada, absolutamente, é pequeno, sem valor, desconsiderável, tudo tem um valor intrínseco que não nos compete avaliar.

Não se começa o treino para uma maratona correndo vinte ou mais quilómetros, começa-se por, dia a dia, perseverantemente, ir correndo pequenas distâncias que irão aumentando à medida que os nossos músculos se vão adaptando e fortalecendo.

Com esse empenho diário, consequente, chegaremos ao “estágio” que desejamos: Estar prontos, preparados, para o desafio, seja qual for.

A pessoa fiel tem muitos amigos que confiam nele sejam quais forem as circunstâncias e, por isso, recorrem a ele pedindo ajuda nos momentos mais difíceis e problemáticos.

A palavra, a acção, o jesto da pessoa fiel tem um valor intrínsseco que é reconhecido como veraz e não uma conveniência de momento.

A fidelidade tem sempre um “prémio”… a satisfação íntima de se ter feito o que se deveria fazer.

As “pequenas coisas” tornam-se, assim, coisas grandes que não podem nem devem ser ignoradas.

A Santíssima Virgem foi, antes de mais, fiel, sempre fiel, na Anunciação, quando disse FIAT ao Arcanjo Gabriel, quando aceitou a Fuga para o Egipto, quando foi necessário estar aos pés da Cruz no Gólgota e, depois, quando entendeu que o seu “papel” era atender e aconselhar os Apóstolos, ajudando-os a perseverar, aconselhando-os e acolhendo-os como filhos autênticos.

Ah Mãe! A juda-me a ser fiel… sempre, mesmo quando titubeie a minha Fé!

 

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27/05/2023

Publicações em Maio 27

  


Mês de Maio

Abandono em Jesus

 

«Por isso vos digo: Não vos inquieteis quanto à vossa vida, com o que haveis de comer ou beber, nem quanto ao vosso corpo, com o que haveis de vestir. Porventura não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestido?» (Cfr Mt VI, 23…)

A escutar estas palavras de Jesus senti como que um "baque" dentro de mim... o que são, verdadeiramente, as inquietações da minha vida? Coisas materiais ou do espírito? Algo que passa, que morre, ou um valor pelo qual vale a pena inquietar-me para o conseguir?

Chego á triste conclusão que tenho vivido de tal forma absorto em conseguir aquelas que me esqueço... ah tantas vezes... que o que importa é acreditar firmemente que o Senhor nunca permitirá que me falte algo que seja absolutamente necessário para atingir o fim para o qual me criou: A Vida Eterna!

Ele sabe muito bem o que preciso e mesmo que tenha fome, esteja despido, não tenha abrigo, confio que se Ele o permite é porque desses males aparentes tirará sempre, incomensuráveis bens concrectos.

Não o fará, contudo, se eu não aceitar... verdadeiramente aceitar... que quanto me acontece é porque Ele o permite e, sendo assim, estimula o meu desejo de aceitar a Sua Justíssima Vontade sobre todas as coisas.

- Senhor... eu não valho nada, eu não posso nada mas... Tu vales tudo, podes absolutamente tudo, entrego-me total e confiadamente nas Tuas Mãos Amorosas, certo que Tu És é o Caminho, a Verdade, a Vida.

Nos perigos, nas angústias, em todos os momentos de dúvida, pensa em Maria, invoca Maria.

Que este nome sagrado não se afaste do teu coração e não falte jamais nos teus lábios.

Seguindo esta Estrela, não te desviarás.

Se a invocares com humildade, não desesperarás.

Se pensares em Maria, não errarás.

Se ela estiver contigo, não cairás.

Se te proteger, nada temerás.

Com ela, como guia, não te fatigarás.

Se te for propícia, chegarás à meta, firme e seguro.

Quem quer que sejas, sacudido pelo vendaval das tempestades deste mundo, sentindo a terra como um mar devorador, não afastes os olhos do fulgor desta Estrela.

Quando soprar o vento tempestuoso e traiçoeiro da tentação, quando te sentires batido contra os escolhos perigosos da tribulação, olha para a Estrela e invoca Maria.

Se te açoitarem as ondas da soberba, da inveja, da maledicência, olha para a Estrela, invoca Maria.

Quando sentires a ira, a avareza, a carne e a tristeza tentarem fazer soçobrar a barquinha frágil de tua alma, olha para a Estrela, invoca Maria…

 

(São Bernardo de Claraval)

 

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26/05/2023

Publicações em Maio 26

  


Mês de Maio

No mês de Maio evocamos de modo especial a Mulher.

O Evangelho fá-lo de forma muito evidente e clara, ressaltando o papel que a mulher desempenha na vida de todos nós.

A Mãe, a Esposa, a Irmã… aquela que de algum modo está presente nas nossa vidas e tem influência em nós.

O conselho, a sugestão portuna, a opinião despida de artifício ou subtilezas.

Muito particularmente, São Paulo dedicavárias páginas dos seus escritos, das suas cartas, à mulher, como, por exemplo, em Act 17 e muitos outros.

O nosso Salvador nasceu de uma mulher, deu-nos uma mulher, que era a Sua Mãe, como nossa Mãe e, ao fazê-lo, deu-nos o maior bem a que poderíamos aspirar: Sermos filhos, verdadeiros, autênticos da Sua própria Mãe transformando-nos assim, em Seus Irmãos.

Uma Mãe a quem recorremos contínuamente, a quem louvamos e enaltecemos com os maiores elogios e palavras repassadas de ternura e amor, uma Mãe que está sempre disposta a ouvir-nos e a levar ao seu Divino Filho o que pedimos, o que necessitamos.

Em Fátima, onde vou em espírito muitas vezes ao dia, espera por todos os seus filhos, que somos todos os homens, para um consolo, uma sugestão carinhosa, um apaziguar das tormentas interiores que nos afligem, dando-nos paz, tranquilidade, confiança e fé.

Ah Senhora minha!!! Como vos amo! Como confio em vós!

Sob o teu manto eu me acolho, certo de que em nenhum outro lugar poderei estar melhor, a salvo de tudo, de mim mesmo e das torpezas que sou capaz.

Oh Senhora minha, oh minha Mãe, eu me entrego todo a vós…

 

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25/05/2023

Publicações em Maio 25

  


Mês de Maio

Dentro do Evangelho

Mt XVIII, 21-35

 

21 Então, aproximando-se d'Ele Pedro, disse: «Senhor, até quantas vezes poderá pecar meu irmão contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?». 22 Jesus respondeu-lhe: «Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23 «Por isso, o Reino dos Céus é comparável a um rei que quis fazer as contas com os seus servos. 24 Tendo começado a fazer as contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos. 25 Como não tivesse com que pagar, o seu senhor mandou que fosse vendido ele, a mulher, os filhos e tudo o que tinha, e se saldasse a dívida. 26 Porém, o servo, lançando-se-lhe aos pés, suplicou-lhe: “Tem paciência comigo, eu te pagarei tudo”. 27 E o senhor, compadecido daquele servo, deixou-o ir livre e perdoou-lhe a dívida. 28 «Mas este servo, tendo saído, encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários e, lançando-lhe a mão, sufocava-o dizendo: “Paga o que me deves”. 29 O companheiro, lançando-se-lhe aos pés, suplicou-lhe: “Tem paciência comigo, eu te pagarei”. 30 Porém ele recusou e foi mandá-lo meter na prisão, até pagar a dívida. 31 «Os outros servos seus companheiros, vendo isto, ficaram muito contristados e foram referir ao seu senhor tudo o que tinha acontecido. 32 Então o senhor chamou-o e disse-lhe: “Servo mau, eu perdoei-te a dívida toda, porque me suplicaste. 33 Não devias tu também compadecer-te do teu companheiro, como eu me compadeci de ti?”. 34 E o seu senhor, irado, entregou-o aos guardas, até que pagasse toda a dívida. 35 «Assim também vos fará Meu Pai celestial, se cada um não perdoar do íntimo do seu coração ao seu irmão»

 

Personagem 2.2

 

Um dos servos revoltados 

Não vou revelar o meu nome, direi apenas que sou um dos servos que constatou a tristíssima cena daquele nosso compatriota apertando o pescoço a um outro que lhe devia uma quantia que, depois vim a saber, somava cerca de cem denários.  Não revelo o meu nome porque, confesso, tenho receio daquele sujeito, homem de “maus fígados” que toda a gente sabe é um usurário que “explora” as necessidades dos outros revelando-se um intransigente sem dó nem piedade, exigindo por qualquer meio a devolução do emprestado aos que tiveram a desdita de lhe caírem nas “garras”. Mas, todos sabíamos que esse dinheiro que emprestava a elevados juros vinha directamente das mãos do nosso Senhor e Rei que nunca recusava nada a quem a ele recorria. Espantava-nos como podia continuar a emprestar-lhe enormes quantias que – todos o sabíamos – atingiam um valor absurdamente grande, sem exigir que prestasse contas como seria de esperar. Mas, finalmente chegou o dia em que o nosso Senhor e Rei se inteirou da situação e resolveu chamá-lo à sua presença. Estávamos todos naturalmente suspensos do que se iria passar e ficamos cá fora no átrio do palácio à espera do desfecho. Para nosso espanto, o homem sai do palácio com um sorriso rasgado no rosto como que animado de grande contentamento para, logo depois, completamente alterado o semblante e a atitude, proceder como a princípio relatei. Que se teria passado? Logo tudo se esclareceu porque imediatamente surgiu no cimo da escadaria o escrivão do Rei levantando os braços ao céu e mostrando toda uma surpresa e descontentamento que não pudemos ignorar. Então contou-nos o que se passara: Em resumo disse que depois de o Rei lhe ter exigido que pagasse quanto lhe devia e tendo obtido como resposta que não o podia fazer, que lhe desse um pouco mais de tempo… prometendo pagar logo que possível, o nosso excelente Rei que o ameaçara com a prisão e a venda de todos os seus bens incluindo a mulher e os filhos, encheu-se de compaixão e simplesmente mandou-o embora perdoando-lhe toda a enorme dívida. Ficámos, naturalmente, espantados com a atitude do nosso Senhor que, embora conhecendo a sua bondade para com os seus súbditos, perdoava assim – sem mais nem menos – uma quantia exorbitante. Evidentemente que o Rei pode fazer com o seu dinheiro o que muito bem entender e só nos competia dar graças por tão excelente Senhor. Mas sabíamos que sendo extremamente generoso era, também, absolutamente justo e que, seguramente, e deveria ficara saber que o servo a quem perdoara tão grande dívida acabava de praticar um acto exactamente oposto para com um colega e, por isso mesmo, fomos – todos - à sua presença contar o que se passara. Note-se que não fomos apresentar uma “queixa” mas tão só procedemos como achávamos que era de absolutamente correcto fazer. Caberia ao nosso Rei e Senhor julgar conforme o seu superior critério.

 

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24/05/2023

Publicações em Maio 24

  


Mês de Maio

Prudência de Jesus

 

O Evangelho refere algumas vezes que Jesus Cristo aconselhava a PRUDÊNCIA.

Não ser prudente e ponderado nas acções e atitudes pode constituir como que um desafio - quase sempre desnecessário - ou, também, o que é pior, orgulho sem sentido. Ser prudente não se opõe à coragem nem à determinação de fazer o que é correcto e necessário, antes, ser ponderado nas decisões e actos.

A prudência é uma virtude que devo pedir com insistência sobretudo quando se trata de responder a questões que, de algum modo, tenham a ver com a nossa Santa Religião Cristã.

Já referi algumas vezes que nem todas as perguntas merecem resposta porque feitas com espírito malévolo e intencionalmente crítico. Ser prudente no que digo e também no que escrevo e, em caso de dúvida, pedir conselho. Sim, algumas vezes o que escrevo pode ou não ser adequado ou poderá ser deficientemente interpretado. O homem prudente é avisado, não age nem por impulso nem por entusiasmo. Prepara convenientemente a sua acção tomando conselho apropriado de quem melhor o poderá guiar. Ao enviar dois discípulos com instruções tão “misteriosas” para escolherem a sala onde iriam comer a Última Páscoa, Jesus quer pôr a recato a possibilidade de Judas, que sabia o iria trair, se poder adiantar no seu torpe desígnio. Assim, ninguém saberia, de antemão, onde se encontraria Jesus e os Seus discípulos antes da hora que, desde sempre, estava destinada a ser a hora da prisão, no Getzemani.

A Santíssima Virgem deu-me um precioso exemplo de Prudência quando sabendo perseguição de Herodes para matar o Menino Jesus decide partir para o Egipto. E, pergunto-me: Se o não tivessesse feito?

 

 

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23/05/2023

Publicações em Maio 23

  


Mês de Maio

História verdadeira

 

Com 4/5 anos de idade, o sexto filho de uma, família nessa altura com 7 irmãos, mais tarde seriam 10, apareceu com uma doença, na época, pelos anos 1944/45, estranha ou, pelo menos, pouco divulgada: Leucemia.

 

Não havia, então, grandes meios, nem de diagnóstico e, muito menos de tratamento. As análises semanais eram feitas e enviadas para Alemanha; em Portugal, não havia recursos para tal. Os resultados revelavam sempre o agravamento da doença.

 

Os Pais, não desistiam de aplicar todos os meios, embora escassos, para lutar pela saúde do seu filho e, sobretudo, todos os dias 13 de cada mês, levavam-no a Fátima onde participava na Missa dos peregrinos e recebia a bênção dos doentes.

O miúdo olhava para a Mãe ao seu lado, vestida de servita e via nos seus olhos doces, fixando a Custódia, um brilho de lágrimas incontidas.

 

Passados talvez 2 anos e meio, num dia 13 de Maio, mais uma vez ali estiveram.

 

No dia seguinte mais uma análise, desta vez com colheita de gânglios linfáticos que se avolumavam no pescoço do rapazinho. Uns dias depois, talvez uma semana, vieram os resultados do laboratório alemão: Não havia vestígios de Leucemia!

 

As análises continuaram, cada vez mais espaçadas e, os resultados mantinham-se.

O rapazinho recuperou totalmente a saúde, foi para o colégio e fazia, normalmente, a vida que todos os rapazes da sua idade faziam.

 

Passados 3 anos, em Fevereiro, nova e terrível doença: Meningite no seu estado mais grave!

 

Não havia ainda medicamentos apropriados (como a Estreptomicina que só apareceria no mercado em Abril desse ano e por um preço astronómico). As punções lombares cada dois dias eram um tormento indescritível e as dores de cabeça eram tais que o Pai do menino pediu ao porteiro do prédio que desse uma moeda a cada tocador de guitarra, acordeão etc., que então abundavam nas ruas de Lisboa, com a recomendação de se afastarem do local.

 

Não havia possibilidades de o levar a Fátima, tal a prostração e debilidade crescentes, mas, a sua Mãe colocou-lhe debaixo da almofada da sua cama de quase moribundo, um cravo que tinha colhido do andor de Nossa Senhora, em Fátima, depois da “procissão do adeus” num dia 13 também de Maio.

 

Passadas poucas semanas, voltou para o colégio, são e salvo!

 

Naquela família existiu – existe – sempre a convicção profunda que Jesus, por intercessão da Sua Santíssima Mãe, tinha, mais uma vez, operado um milagre.

 

O rapazinho viveu.

 

Tem, hoje 83 anos!

 

A Deus nada é impossível… e atende sempre a Sua Santíssima Mãe!

 

 

 

(AMA, 2016.11.12)

 

 

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